16 agosto 2023

REAFIRMANDO A VISÃO BÍBLICA DE GÊNERO

(Comentário do 2⁰ tópico da Lição 08: Transgênero - Que transrealidade é essa)

Ev. WELIANO PIRES

No segundo tópico, falaremos sobre a visão bíblica da sexualidade. Primeiro, falaremos da constituição biológica do corpo humano, que foi criado do pó úmido da terra, com apenas dois gêneros: masculino e feminino. Segundo, falaremos da constituição moral do ser humano, mostrando que este foi criado à imagem e semelhança de Deus, moralmente perfeito. Entretanto, o pecado corrompeu-lhe a natureza. Por último, falaremos da constituição sexualidade humana, do ponto de vista bíblico que é heterossexual e monogâmico. 

1- A constituição biológica. Biologicamente falando, gênero é o conjunto de características que diferenciam o homem da mulher. O corpo humano é formado com estas diferenças. Se passarem 100 anos após a sua morte e for encontrado algum pedaço de um corpo, através do exame de DNA é possível determinar se era homem ou mulher. 

Esta é a concepção científica de gênero, que está em pleno acordo com as Escrituras Sagradas. O Criador criou apenas dois gêneros: masculino e feminino (Gn 2.24). Veremos abaixo, do ponto de vista bíblico, as três composições do ser humano: biológica, moral e sexual. A Bíblia diz que "Deus formou o homem do pó da terra, soprou em suas narinas e fez-lhe alma vivente". (Gn 2.7). Diz também que "Deus criou macho e fêmea". (Gn 1.26). 

Estas afirmações bíblicas nos dão o fundamento da constituição biológica do ser humano, que é constituído de três partes: corpo, alma e espírito. Falaremos mais sobre este assunto na próxima lição, quando trataremos da visão bíblica do corpo humano. 

2- A constituição moral. Deus criou o ser humano à sua imagem e conforme a sua semelhança. Esta imagem, evidentemente, não é física, pois Deus é Espírito e não possui uma forma física. Significa imagem no sentido mental, moral e espiritual de Deus. Deus fez o ser humano um ser moralmente puro. Mas o pecado corrompeu-lhe a natureza e agora ele precisa ser restaurado pelo Espírito Santo.  

Com a entrada do pecado no mundo, através do primeiro casal, a natureza humana foi corrompida em todos os aspectos, inclusive as suas vontades. Esta corrupção não se limitou ao primeiro casal, como ensinava o pelagianismo. A corrupção espiritual, moral e física do ser humano foi transferida à sua posteridade, de sorte que o ser humano, sem exceção, já nasce pecador (Sl 51.5; Rm 3.23). 

Esta corrupção moral atingiu, evidentemente, a sexualidade humana e os seus desejos, corrompidos pelo pecado, afrontam a santidade de Deus. Por esta razão, Deus estabeleceu padrões para a prática sexual. Claro que o ser humano por si mesmo não consegue atingir os padrões de moralidade estabelecidos por Deus e necessita ser restaurado pelo Espírito Santo.

3- A constituição da sexualidade. O texto bíblico de Gênesis 1.26,27 diz que Deus criou apenas dois gêneros: masculino e feminino. O gênero e a sexualidade, portanto, estão definidos pela ordem cromossômica: XY (homem) e XX (mulher) e pelos órgãos reprodutores do corpo. 

O gênero de um ser humano é aquele que está definido biologicamente em seu corpo e não aquilo que a pessoa pensa que é. Conforme vimos no tópico anterior, existem muitas características inerentes aos corpos masculino e feminino, que definem o seu gênero. Até nos exames de sangue que fazemos, os índices de referência são diferentes para homem e mulher.

Portanto, não existe esta aberração de gênero em um corpo errado. Isso só existiu no filme do Chapolin Colorado, onde um cientista maluco fazia supostos experimentos científicos de transplante de cérebros e, quando acionava um botão, transplantava o cérebro de uma pessoa para outra. 

REFERÊNCIAS:
BATISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o império do mal: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD. págs. 72-84
HUGHES, Barbara. Disciplinas da Mulher Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp. 33,34,156

15 agosto 2023

COMPREENDENDO O PENSAMENTO DA TRANSGENERIDADE

(Comentário do 1⁰ tópico da Lição 08: Transgênero - Que transrealidade é essa)

Ev. WELIANO PIRES


No primeiro tópico, falaremos sobre a ideologia da transgeneridade. Inicialmente, falaremos sobre a chamada identidade de gênero, que afirma que o gênero e a orientação sexual são questões culturais e não têm relação com os órgãos reprodutores do corpo. Na sequência, traremos as definições dos termos cisgênero e transgênero usados pelos teóricos da identidade de gênero. Por último, falaremos sobre transgênero e sexualidade, explicando os mais variados tipos de orientação sexual, segundo os adeptos da transgeneridade.


1- Identidade de gênero. Desde o início da humanidade, o ser humano sempre foi classificado por dois gêneros: masculino e feminino. Conforme vimos nas duas últimas lições, quando falamos, respectivamente, de masculinidade e feminilidade, homem e mulher têm características diferentes, tanto no aspecto físico, como no aspecto emocional. 


No aspecto físico, o corpo masculino é muito diferente do corpo feminino. Primeiro, a ordem dos cromossomos é diferente e, produz hormônios diferentes. O corpo masculino produz testosterona e o corpo feminino produz estrogênio. Os músculos, os ossos e o formato dos corpos do homem e da mulher também são muito diferentes. Há diferenças na cabeça, na voz, no pescoço, nos braços, nas mãos, no tórax, nos quadris, nas pernas, nos pés, etc. 


Há muitas diferenças também no conjunto de órgãos reprodutores de homem e mulher. Não há como alterar isso, mesmo que se façam mutilações externas. O aparelho reprodutor masculino é formado por: pênis, bolsa escrotal, testículos, epidídimo, canal deferente, próstata e vesículas seminais. Já o aparelho reprodutor feminino é formado por: vagina, ovários, trompas  e útero. Sendo assim, os homens precisam ir ao urologista e as mulheres ao ginecologista. Estas inúmeras diferenças físicas são inegáveis. 


Há também as diferenças emocionais como vimos nas duas últimas lições. Enquanto as mulheres são mais ligadas às emoções, os homens são mais racionais. Estudos comprovam estas diferenças e elas podem ser observadas por qualquer pessoa que tenha o mínimo de honestidade intelectual. Não precisa ser cientista ou fazer pesquisas para saber que homens e mulheres são diferentes emocionalmente. 


Não tendo como negar as diferenças entre homem e mulher, citadas acima, a partir de 1970, as ciências sociais, dominadas pela ideologia marxista, passaram a defender que o ser humano pode ter um gênero biológico, identificado pelos órgãos reprodutores e outro mental, com o qual se identifica. Dizem também que gênero e orientação sexual são determinados pela cultura e não pelo sexo biológico. Está teoria é chamada de identidade de gênero ou sexualidade não binária. Isso tem validado as maiores aberrações, como se fosse algo normal. O pior é quererem obrigar até as escolas primárias a ensinarem isso como se fosse ciência. 


2- Cisgênero e Transgênero. No estudo da identidade de gêneros, os seus teóricos usam dois termos para a classificação principal do gênero do indivíduo: cisgênero e transgênero. Temos dois prefixos nestas duas palavras. No primeiro caso, temos o prefixo "cis", que significa aquém de, ou do mesmo lado. Por exemplo: Cisjordânia (abaixo da Jordânia), Cisalpina (abaixo da Alpes), cisterna (reservatório de água abaixo da superfície da terra), etc. No segundo caso, temos o prefixo "trans" que significa além de, ou do outro lado, Por exemplo: Transnordestina (Além do Nordeste) transcendente, transvaginal, transferência, etc. É algo que vai além da palavra que vem depois do prefixo.


a. Cisgênero. São os indivíduos, cujo gênero biológico está em conformidade com o gênero com o qual a pessoa se identifica. É a pessoa cujos órgãos internos e externos o classificam como um determinado gênero e a pessoa se identifica com o mesmo gênero. Por exemplo, uma pessoa que tem todas as características físicas de um homem e também se identifica como homem; ou a tem todas as características de uma mulher e se reconhece como mulher. 


b. Transgênero (Disforia de Gênero). Segundo a ideologia da transgeneridade, existem pessoas que nascem com um gênero biológico, identificado através dos órgãos reprodutores, mas, se assumem com outro gênero diferente daquele. Por exemplo, uma pessoa que nasceu com todas as características biológicas de um homem e, em sua mente, identifica-se como mulher e vice-versa. 


3- Transgênero e sexualidade. Partindo do pressuposto de que existe transgeneridade, os adeptos desta teoria dizem que a orientação sexual de uma pessoa não está relacionada ao seu gênero biológico, nem tampouco àquele com o qual a pessoa se identifica. Está relacionada ao gênero que a pessoa sente atração sexual. Sendo assim, dizem que uma pessoa pode nascer com um gênero biológico, identificar-se com outro gênero e sentir atração pelo mesmo gênero, por outro gênero diferente, por dois gêneros,  por uma infinidade de gêneros que eles dizem que existe, ou por nenhum deles. A sigla LGBTQIAPN+ identifica cada uma destas orientações sexuais. O "+", no final da sigla, significa que pode haver muito mais.


Durante muito tempo, os movimentos de militância homossexual, tentaram convencer as pessoas de que a homossexualidade é genética, ou seja,  a pessoa nasce homossexual. Nunca houve comprovação científica disso, pois, na biologia só existem dois tipos de cromossomos sexuais:  XY e XX, respectivamente, homem e mulher. Por isso,  mudaram a estratégia e dizem que a pessoa pode ter uma sexualidade biológica (no corpo) e outra na mente, que seria aquela que a pessoa se identifica. 


Os militantes desta causa chamam isso de "sexualidade não binária". Usam também o termo em inglês "genderqueer" para identificar as pessoas que se reconhecem como não-binárias. "Genderqueer" é formada por "gender" (gênero sexual) e "queer" (estranho, esquisito). A palavra queer foi usada inicialmente, por volta de 1920, de forma pejorativa e ofensiva aos homossexuais, como as expressões brasileiras "bicha", "viado", "sapatão", etc. Queer é representado pela letra "Q" na sigla LGBTQIAPN+ (Lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais, queer, intersexuais, assexuais, pansexuais, não binário, etc.).


REFERÊNCIAS: 


BATISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o império do mal: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD. págs. 97-108.

PEARCEY, Nancy. Ama Teu Corpo: Contrapondo a cultura que fragmenta o ser humano criado à imagem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 20 21, pp .24-25; 227-228.


14 agosto 2023

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 08: TRANSGÊNERO – QUE TRANSREALIDADE É ESSA

Ev. WELIANO PIRES

REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA


Na lição passada falamos da desconstrução da feminilidade bíblica.


No primeiro tópico, falamos sobre a feminilidade bíblica. Falamos da forma e das circunstâncias em que se deu a criação e formação da mulher. Falamos também sobre a bênção da maternidade, que é uma benção de Deus e um privilégio para a mulher. Por último, falaremos da mulher como auxiliadora, que é um complemento do papel do homem como líder da família. 

No segundo tópico, falamos sobre a desconstrução da feminilidade bíblica. Falamos sobre o ativismo feminista, que iniciou-se como um movimento em defesa dos direitos das mulheres e se transformou em um movimento de extrema esquerda. Discorremos também sobre a pauta feminista da liberdade sexual, que defendem que não deve haver os conceitos de certo e errado na área sexual. Por último, falamos da família patriarcal, que é o padrão de família, do ponto de vista bíblico.

No terceiro tópico falamos da mulher virtuosa, descrita em Provérbios 31.10-31, como símbolo de feminilidade. Vimos que esta mulher virtuosa é um modelo de esposa fiel, não apenas, pelo fato de não ter amantes. A conduta da mulher virtuosa é de fidelidade a Deus e ao seu esposo, em todas as áreas e circunstâncias. Falamos também do padrão de mãe amorosa. Uma mulher virtuosa é amorosa e dedicada aos filhos. Por último, vimos que a mulher virtuosa é uma exímia administradora, empreendedora e generosa para com os pobres. 


LIÇÃO 08: TRANSGÊNERO – QUE TRANSREALIDADE É ESSA


Na lição desta semana, estudaremos a terceira lição sobre a desconstrução dos conceitos relacionados ao gênero humano. Estudamos sobre a desconstrução da masculinidade e a desconstrução da feminilidade. Dando continuidade, nesta lição falaremos sobre a transgeneridade. 

Deus criou os seres humanos com o sexo biológico definido, macho e fêmea, e com a orientação heterossexual (Gn 2.24). Entretanto, o ensino progressista, com a sua desconstrução de valores, ensina que há várias formas de gêneros e sexualidades. Uma das mais controversas é a transgeneridade. 

Os adeptos da chamada ideologia de gênero, além de negarem os princípios da Palavra de Deus, negam até mesmo a Biologia e defendem que homens e mulheres são produtos da realidade social e não decorrência da anatomia dos seus corpos. Dizem que há diferença entre o sexo biológico, a identidade de gênero e a orientação sexual. 

No primeiro tópico, falaremos sobre o fenômeno da transgeneridade. Inicialmente, falaremos sobre a chamada identidade de gênero, que é uma ideologia que afirma que o gênero e a orientação sexual são questões culturais e não tem relação com os órgãos reprodutores do corpo. Na sequência, traremos as definições dos termos cisgênero e transgênero usados pelos teóricos da identidade de gênero. Por último, falaremos sobre transgênero e sexualidade, explicando os mais variados tipos de orientação sexual, segundo os adeptos da transgeneridade.

No segundo tópico, falaremos sobre a visão bíblica da sexualidade. Primeiro, falaremos da constituição biológica do corpo humano, que foi criado do pó úmido da terra, com apenas dois gêneros: masculino e feminino. Segundo, falaremos da constituição moral do ser humano, mostrando que este foi criado à imagem e semelhança de Deus, moralmente perfeito. Entretanto, o pecado corrompeu-lhe a natureza. Por último, falaremos da constituição sexualidade humana, do ponto de vista bíblico que é heterossexual e monogâmico. 

No terceiro tópico, falaremos sobre os efeitos da ideologia transgênero. O primeiro deles é a depreciação da heterossexualidade. Os adeptos da ideologia transgênero tentam a todo custo desconstruir a ideia de normalidade da heterossexualidade e, pior, querem criminalizar quem pensa diferente deles. O segundo efeito é a construção de narrativas, como por exemplo, a ideia de que a ideologia se sobrepõe à realidade biológica do corpo. O terceiro efeito é a linguagem neutra. Os adeptos da ideologia da transgeneridade tentam adaptar até a língua portuguesa às suas narrativas, usando palavras que não existem em nosso vernáculo, como "todos", "amigues" ,"elu", etc. 


REFERÊNCIAS: 


BATISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o império do mal: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD. págs. 97-108.

PEARCEY, Nancy. Ama Teu Corpo: Contrapondo a cultura que fragmenta o ser humano criado à imagem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 20 21, pp .24-25; 227-228.


10 agosto 2023

MULHER VIRTUOSA: SÍMBOLO BÍBLICO DE FEMINILIDADE

(Comentário do 3º tópico da lição 07: A desconstrução da feminilidade bíblica)

Ev. WELIANO PIRES


No terceiro tópico, falaremos da mulher virtuosa, descrita em Provérbios 31, como símbolo de feminilidade. Nos versículos 10 a 31 de Provérbios 31, há um poema em acróstico, exaltando as qualidades de uma mulher virtuosa, que seria a mulher ideal, segundo os padrões bíblicos. 

Veremos que esta mulher virtuosa é um modelo de esposa fiel. Esta fidelidade não se resume ao fato de não ter amantes. A conduta da mulher virtuosa é de fidelidade a Deus, em primeiro lugar, e ao seu esposo, em todas as áreas e circunstâncias. 

Depois, falaremos do padrão de mãe amorosa. Uma mulher virtuosa é amorosa e dedicada aos filhos. O cuidado com os filhos envolve a saúde, alimentação, educação, disciplina, correção e regras na criação dos filhos, para que eles cresçam saudáveis e protegidos.

Por último, veremos o exemplo de administradora. A mulher virtuosa é uma exímia administradora, empreendedora e generosa para com os pobres. Evidentemente, as qualidades da mulher virtuosa são consideradas ofensivas e opressoras pelo ativismo feminista.


1- Modelo de esposa fiel. A mulher virtuosa é uma jóia raríssima, cujo valor é superior ao rubi. A palavra Rubi vem do Latim e significa literalmente “vermelho”. É a pedra colorida mais cara do mundo. Uma pedra de rubi chegou a ser vendida por 30 milhões de dólares. Portanto, o que o texto bíblico nos mostra em linguagem poética é que o valor de uma mulher virtuosa é altíssimo e supera as pedras mais preciosas. 

O valor de uma mulher na Bíblia não é medido pela sua juventude, beleza do seu rosto e cabelos ou pelas curvas do seu corpo. A sociedade atual avalia a mulher por estes parâmetros e impõe padrões de beleza, que levam muitas mulheres à paranóia para atingi-los. A indústria dos cosméticos, os suplementos alimentares, as academias de ginástica e os cirurgiões plásticos ganham muito dinheiro, com pessoas em busca do corpo perfeito. Não há nada de errado em cuidar do corpo e melhorar a aparência. Mas o valor de uma mulher está nas suas virtudes.

A conduta da mulher virtuosa é de fidelidade a Deus, em primeiro lugar e em segundo lugar ao esposo, em todas as áreas. Sim, pois fidelidade ao cônjuge, não envolve apenas não ter amantes. 

É preciso haver fidelidade, conforme prometido diante do ministro de Deus que oficiou o casamento e da Igreja: na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na bonança e na escassez, em todas as áreas da vida. 


2- Padrão de mãe amorosa. Uma mulher virtuosa é amorosa e dedicada aos filhos. Ser mãe é um grande privilégio, mas, isso não se resume a gerar um filho e receber homenagens e presentes no dia das mães. Ser mãe amorosa é amar, cuidar, educar e ensinar a Palavra de Deus aos filhos, preparando-os para a vida em todos os aspectos. 

O cuidado com os filhos envolve: saúde, alimentação, educação, disciplina, correção, regras e principalmente o temor ao Senhor. Uma mãe que acorda de manhã e não se preocupa se os filhos fizeram a higiene bucal, se comeram de forma correta e saudável, se fizeram as atividades da escola e não os ensina a servir a Deus, não é uma mulher virtuosa. Mas e o pai? Bem, esta lição não é sobre as responsabilidades do pai. 


3- Exemplo de administradora e empreendedora. A mulher virtuosa é uma exímia administradora e empreendedora. Segundo os teóricos da administração, a boa administração consiste em quatro princípios básicos: 

a. Planejamento: O que fazer? Por que fazer? Como fazer? Onde fazer? Do que vou precisar?

b. Organização: Dividir as atividades a serem desenvolvidas, de forma a facilitar a sua execução.

c. Controle: Supervisionar a evolução das atividades e estar atento às receitas e despesas.

d. Direção: Avaliação, negociação e comunicação, tornando as propostas estratégicas e aplicáveis.


Uma mulher virtuosa aplica estes princípios na administração da sua casa. A mulher de Provérbios 31 também é uma excelente empreendedora: ela compra tecidos e confecciona roupas, lençóis e colchas de cama; compra propriedades e gerencia negócios lucrativos; administra o seu empreendimento; Além disso, é generosa e ajuda aos pobres


REFERÊNCIAS:


BATISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o império do mal: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD. págs. 72-84

HUGHES, Barbara. Disciplinas da Mulher Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp. 33,34,156


A DESCONSTRUÇÃO DA FEMINILIDADE

(Comentário do 2º tópico da lição 07: A desconstrução da feminilidade bíblica)

Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico, falaremos sobre a desconstrução da feminilidade bíblica. Falaremos sobre o ativismo feminista, que iniciou-se como uma reação ao machismo e em defesa dos direitos das mulheres. Porém ao longo da história tomou outros rumos e se transformou em um movimento de extrema esquerda. 

Discorremos também sobre a pauta feminista da liberdade sexual. O movimento feminista e as demais correntes marxistas consideram o modelo de sexualidade bíblico como opressor e defendem que não deve haver os conceitos de certo e errado na área sexual. 

Por último, falaremos da família patriarcal, que é o padrão de família, do ponto de vista bíblico. O ativismo feminista é totalmente contrário aos padrões familiares bíblicos, ataca ferozmente a família, os homens e o Cristianismo. O que mais preocupa é que muitas mulheres cristãs se deixam enganar por este movimento diabólico e anticristão.


1- O ativismo feminista. Os principais ataques sofridos pela feminilidade vem do ativismo feminista. O movimento feminista não é um único movimento. Ele teve pelo menos três ondas ao longo da sua história. Antes destas três ondas feministas, no entanto, houve o chamado Protofeminismo, que era formado por homens, que defendiam o fim a monogamia e defendiam o divórcio a liberdade sexual para homens e mulheres. Os principais protofenistas foram William Godwin, Marquês de Sade (de onde veio as palavras sadismo e sadomasoquismo) e Mary Wollstonecraft. 

a. A primeira onda. Aconteceu no século XIX, na Europa e Estados Unidos. As duas pautas iniciais da primeira onda feminista era a luta pelo direito de votar e pelo ingresso da mulher no mercado de trabalho. Este movimento teve início, nas dependências de uma Igreja Wesleyana, com Elizabeth Stanton e Lucretia Mott, duas militantes abolicionistas, que tentaram incluir em uma reunião abolicionista, as pautas feministas, mas foram barradas. 

A partir daí, as duas abandonaram a militância contra a escravidão e passaram a se dedicar exclusivamente às pautas feministas. Como não tiveram apoio das mulheres, para as suas pautas, elas explicaram ao pastor da Igreja, com base na igualdade na criação do homem e mulher, que as pautas delas eram apenas pelos direitos das mulheres e tinha respaldo bíblico. O pastor, então, abriu espaço para elas se reunirem e panfletar. 

b. A segunda onda. Iniciou-se no início do século XX e teve o seu ápice a partir de 1960, com a chamada revolução sexual. As mulheres passaram a defender a liberdade sexual, a pílula anticoncepcional e o divórcio. Simone de Beauvoir, uma das principais teóricas da segunda onda feminista, defendia a inexistência de características exclusivamente femininas. Ela dizia que a feminilidade era algo inventado pelos homens para prender as mulheres e que moral era simplesmente uma estrutura de poder. Simone fazia parte do chamado "feminismo radical", cujas principais pautas eram: o fim do casamento, o aborto, o incesto e a pedofilia.

c. A terceira onda. Teve início entre o final do século XX e o início do século XXI. Originou-se a partir das pautas do feminista radical e tem como base a chamada ideologia de gênero, ou identidade de gênero como os seus defensores preferem chamar. Segundo os teóricos desta ideologia, os seres humanos nascem neutros na questão sexual, sem uma natureza sexual definida e pode escolher o que quiser ser: homem, mulher, os dois ou nenhum. 


A professora Ana Campagnolo, em seu E-book: A História do Feminismo, publicado pela plataforma digital Brasil Paralelo, faz várias críticas ao feminismo, entre as quais destaco três:

  • O feminismo destrói a feminilidade;

  • O feminismo não representa às mulheres, mas serve aos interesses de grupos ideológicos;

  • O feminismo não trouxe benefícios às mulheres. Ao contrário,  acrescentou outros fardos sociais. 


2- A “liberdade sexual”. Deus criou a sexualidade humana, como algo prazeroso, com o objetivo de procriar e satisfazer o casal, restrito ao casamento. Entretanto, o movimento feminista e as demais correntes marxistas consideram que este modelo é opressor. Sendo assim, defendem o sexo sem compromisso: pré-conjugal, extra-conjugal, homossexual, bissexual, etc. Defendem que não deve haver os conceitos de certo e errado na área sexual. 


Conforme vimos na lição 02, quando estudamos sobre a deturpação da doutrina bíblica do pecado, a sociedade pós-moderna rejeita a idéia da pureza sexual e diz que isso é um modelo opressor. Com o advento da revolução sexual e a cultura da contestação do Cristianismo e seus valores, que ocorreu a partir dos anos de 1960, a sociedade ocidental aos poucos foi se afastando deste padrão judaico-cristão e mergulhando na promiscuidade e perversão sexual. 

As telenovelas passaram a exibir comportamentos que até então, eram tidos como imorais, como o uso de anticoncepcionais, o divórcio, a infidelidade conjugal, o sexo entre solteiros, o aborto, a prática homossexual, etc. A indústria pornográfica, também cresceu assustadoramente e promove, através de fotos, vídeos e contos eróticos, práticas sexuais pervertidas e contrárias aos princípios cristãos. 

A divulgação dessa cultura promíscua, aos poucos foi criando na sociedade ocidental, a ideia de que os valores cristãos são retrógrados, ou tabus a serem quebrados. Até mesmo nas escolas é ensinada essa cultura de liberdade sexual. A ideia de manter-se puro e casar virgem é ridicularizada entre a juventude, a ponto de jovens terem vergonha de confessar que ainda são virgens. 


3- Ataques à família tradicional. A Bíblia determina a família patriarcal como o único modelo de família. Conforme já vimos na lição passada e também no tópico anterior desta lição, Deus criou homem e mulher iguais perante Ele, mas com papéis diferentes na família. 

A família foi instituída por Deus e Ele a instituiu através do casamento. Deus realizou o primeiro casamento, depois de criar o primeiro casal. Os três fundamentos do casamento criado por Deus são: monogamia, heterossexualidade e vitaliciedade. Ou seja, Deus criou um homem para casa mulher, uniu homem e mulher para serem uma só carne até que a morte os separe. Nesta união, Deus estabeleceu o homem como líder e a mulher como sua ajudadora. A isso chamamos de família tradicional. 

O ativismo feminista, por sua vez, é totalmente contrário aos padrões familiares bíblicos, ataca ferozmente a família, os homens e o Cristianismo. Por outro lado, como já vimos, defende coisas abomináveis aos olhos de Deus. O que mais preocupa é que muitas mulheres cristãs se deixam enganar por este movimento diabólico. 


REFERÊNCIAS:


BATISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o império do mal: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD. págs. 72-84

HUGHES, Barbara. Disciplinas da Mulher Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp. 33,34,156

GONÇALVES, José. Os ataques contra a Igreja de Cristo: As sutilezas de Satanás neste dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022.

Brasil Paralelo: O que é feminismo? Entenda a Vasta Influência do Movimento.

08 agosto 2023

FEMINILIDADE BÍBLICA

(Comentário do 1º tópico da lição 07: A desconstrução da feminilidade bíblica)

Ev. WELIANO PIRES


No primeiro tópico, falaremos a respeito da feminilidade bíblica, que é a condição ou características inerentes à mulher, do ponto de vista bíblico. Não deve ser confundido com o feminismo, que é um movimento político, que supostamente defende as mulheres, mas, na verdade, promove a guerra entre homem e mulher. 

Deus criou o homem e a mulher, à sua imagem, conforme a sua semelhança. Ambos são iguais em valor, honra e respeito. Entretanto, são diferentes na estrutura física, emocional e nos papéis na família. 

Veremos neste tópico a forma e as circunstâncias em que se deu a criação e formação da mulher. Falaremos também sobre a bênção da maternidade, que é uma benção de Deus e um privilégio para a mulher. Por último, falaremos da mulher como auxiliadora, que é um complemento do papel do homem e uma cooperação mútua pelo bem comum da família. 

1- A criação divina da mulher. Conforme falamos na lição passada, tanto o homem quanto a mulher foram criados à imagem de Deus e conforme a Sua semelhança (Gn 1.27). Ambos são absolutamente iguais perante Deus, em personalidade, valor, honra e respeito. Nem o homem, nem a mulher tem mais importância diante de Deus. No projeto de criação divina do ser humano, constava o homem e a mulher. Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, Deus não criou o homem e depois viu que não era bom que este estivesse só e, por isso, criou a mulher. Deus é presciente, ou seja, Ele conhece o futuro antecipadamente. Sendo assim, Ele sabe antecipadamente o que acontecerá e o que precisa ser feito. 

Deus criou homem e mulher juntos. Entretanto, na formação, que é o que vem a seguir, Deus formou primeiro o homem do pó da terra. Depois, retirou uma das suas costelas e dela formou a mulher. Sendo assim, ambos são criaturas de Deus e ambos vieram do pó da terra. Adão veio diretamente do pó da terra e Eva indiretamente, pois foi formada de uma parte de Adão. Depois que Deus criou a mulher e trouxe-a a Adão, este reconheceu que Eva era da mesma substância e disse: “... esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada” (Gn 2.23). 

Mesmo sendo imagem e semelhança de Deus, iguais perante Ele em importância e dignidade, homem e à mulher têm estrutura física e emocional diferentes, para cumprirem cada um, papéis diferentes na família. Deus os fez assim, não há de errado nisso e estas diferenças não diminuem nenhum dos dois.


2- A bênção da maternidade. Depois de criar a mulher, Deus ordenou que o casal "frutificasse, se multiplicasse e enchesse a terra". (Gn 1.28). Sozinho, o homem jamais conseguiria tal proeza. Então, ao contrário do que dizem as feministas, a maternidade é uma benção de Deus e um privilégio para a mulher.  As dores e sofrimentos decorrentes são consequências do pecado e não faziam parte do plano de Deus.

A maternidade não se resume à gravidez e ao parto, mas inclui também o cuidado e dedicação aos filhos. Deus deu à mulher as características emocionais para cuidar dos filhos, com muito amor e dedicação. No Livro do profeta Isaías 49.15, o Senhor pergunta: "Pode uma mãe esquecer-se do seu filho que amamenta?...". A resposta natural a esta pergunta é: em condições normais, dificilmente uma mãe esqueceria o seu filho recém nascido. 

As mulheres antigamente, quando não tinham filhos, buscavam a Deus pedindo que abrisse a sua madre. A ideologia feminista, no entanto, incute na cabeça das mulheres que ser mãe é um peso e tratam a criança no ventre da mãe como algo indesejável que pode ser descartado. 

O feminismo, do qual falaremos mais no próximo tópico, luta também para que as mulheres não se sacrifiquem pela criação dos filhos e acham que uma mulher ficar em casa cuidando dos filhos é uma opressão. Isso vai contra a vontade de Deus. Infelizmente, até mulheres cristãs se deixam levar por este discurso diabólico. Certa vez, eu falar como uma mulher cristã sobre o papel da mulher e ela retrucou com desprezo pela maternidade:

– Quer dizer, então, que a mulher só serve para parir?! 


3- A mulher como auxiliadora. Deus deu ao homem a missão de liderar a família, provendo-lhe o sustento e proteção. A mulher foi criada como uma auxiliadora do homem nesta missão e como tal, deve submeter-se à sua liderança no Senhor: "Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo." (Ef 5.22-24).

Talvez esta seja a parte mais contestada. Infelizmente, até mesmo mulheres cristãs se deixam levar pelos apelos feministas antibíblicos e questionam o fato da mulher ser colocada como auxiliadora. Entretanto, ajudadora, do ponto de bíblico não diminui a mulher e não a coloca em posição inferior. O próprio Deus é chamado de ajudador em vários textos bíblicos, como por exemplo, no Salmo 54.4: "Eis que Deus é o meu ajudador; o SENHOR está com aqueles que sustêm a minha alma."

A função de ajudadora é um complemento ao papel do homem, ou seja há uma cooperação mútua pelo bem comum. O homem e a mulher não são rivais e competidores, são parceiros com diferenças funcionais que se completam. As diferenças físicas e emocionais servem para cada um cumprir os papéis estabelecidos por Deus e se complementarem.  


REFERÊNCIAS:

BATISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o império do mal: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD. págs. 72-84
HUGHES, Barbara. Disciplinas da Mulher Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp. 33,34,156

MURMURAÇÃO: UM PECADO QUE NOS IMPEDE DE ENTRAR NA CANAÃ CELESTIAL

(Comentário do 3º tópico da Lição 07: O perigo da murmuração) Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, veremos que a murmuração também nos impe...