21 março 2023

O CONFRONTO ENTRE A CARNE E O ESPÍRITO

(Comentário do 2⁰ tópico da lição 12: Vivendo no Espírito).

No segundo tópico, falaremos do confronto que há entre a carne e o Espírito. Esta é a maior luta que o crente enfrenta nesta vida. A carne é a natureza humana corrompida pelo pecado, que se inclina para a prática do pecado. Depois faremos uma breve exposição das obras da carne, descritas por Paulo em Gálatas 5.19-21.  


1- Carne x Espírito. Escrevendo aos crentes da Galácia,  o apóstolo Paulo disse: “Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis” (Gl 5.16-17). Para entendermos este texto bíblico, precisamos buscar o significado de três palavras chaves do texto: carne, Espírito (com "E" maiúsculo) e concupiscência. 

A palavra "carne" que aparece aqui, no grego é "sarx". Segundo o dicionário bíblico Wycliffe, esta palavra é usada em sentido figurado e refere-se à natureza carnal, ou a disposição no homem que é propensa a pecar e que é antagônica a Deus. A natureza humana foi corrompida pelo pecado e tem forte inclinação para o pecado. 

Espírito, por sua vez, é a tradução do grego "pneuma", que significa literalmente "sopro". Neste contexto de Gálatas 5 e em todas as vezes que aparece em nossa Bíblia com "E" maiúsculo, refere-se ao Espírito Santo. Quando recebemos a Jesus como Senhor e Salvador, o Espírito Santo nos é dado para habitar em nós e Ele se opõe frontalmente à natureza pecaminosa do homem (carne). 

A terceira palavra que devemos compreender para entender este texto é "concupiscência". A palavra grega traduzida por concupiscência é “epithymia”, que significa literalmente forte desejo por algo. É o contexto que determina o real significado, pois a palavra era usada em sentido positivo ou negativo. Por exemplo, o Senhor Jesus usou esta palavra em um sentido piedoso, quando se reuniu com os seus discípulos para a última ceia: “E disse-lhes: Desejei [epithymia] muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça." (Lc 22.15). Entretanto no contexto de Gálatas 5, a palavra é usada em sentido negativo, para se referir aos desejos da natureza pecaminosa, por práticas ilícitas. 

O apóstolo Paulo explica que em nosso interior há um embate entre a velha natureza, corrompida pelo pecado, e o Espírito Santo, que é absolutamente Santo e se opõe à carne. A seguir veremos as obras da carne descritas por Paulo e, no terceiro tópico discorreremos sobre as virtudes que compõem o fruto do Espírito. 


2- As obras da carne. Conforme mencionado acima, a carne, no contexto de Gálatas 5, não se refere aos órgãos e tecidos do corpo humano e sim, à natureza humana decaída, com forte inclinação ao pecado.  O apóstolo Paulo enumera uma lista de dezesseis obras da carne, mas deixa claro que esta lista não é exaustiva, quando diz "...e coisas semelhantes a estas". Estas obras de dividem em três categorias:

a. Pecados contra o próprio corpo: 

1. Prostituição. (Gr. porneia). Em sentido genérico, refere-se a qualquer tipo de imoralidade sexual, incluindo pornografia, homossexualismo, relacionamento sexual entre solteiros, etc. O adultério, que é o relacionamento sexual entre uma pessoa casada e outra que não é o seu cônjuge, no grego é moichéia, embora em alguns texto em português ambos são traduzidos como prostituição. 

2. Impureza. (Gr. Akatharsia). Refere-se aos desejos sexuais e pensamentos por pessoas que não sejam o seu cônjuge. Jesus disse que aquele que alimentar esse tipo de pensamento já cometeu adultério em seu coração (Mt 5.28). 

3. Lascívia (Gr. Aselgeia). Refere-se à sensualidade despudorada, para atrair o desejo sexual de outras pessoas. Por exemplo, exibir o próprio corpo, usando roupas minúsculas. Isso alimenta o pecado da impureza. Portanto, pecam aqueles que mostram o corpo e os que olham e desejam. 

4. Bebedices (Gr. methe). Descontrole físico e mental oriundo do consumo de substâncias inebriantes.

5. Glutonaria (Gr. Komos). Descontrole total em relação aos alimentos, bebidas, sexo, festas e diversões.

b. Pecados contra a religião:

1. Idolatria (Gr. Eidolatria). Vem da junção de dois termos gregos: eidolos (ídolos) e latreuo (adoração). Portanto, é a adoração a qualquer pessoa, espírito, instituição, pessoas ou objeto em lugar de Deus. 

2. Feitiçarias (Gr. Pharmakeia). Refere-se a todo tipo de espiritismo: magia negra, necromancia, invocação aos espíritos e uso de drogas na prática de feitiçarias.

c. Pecados contra o próximo.

1. Porfias (Gr. Eris). Brigas de disputas por posições superiores. 

2. Emulações (Gr. Zelos). Refere-se ao ressentimento e amargura pela prosperidade dos outros. 

3. Iras (Gr thumos). Explosão de fúria que resulta em palavras e atos violentos contra o próximo. Esta palavra deu origem à palavra portuguesa tumor.

4. Pelejas (Gr. Eriteia). Disputa ambiciosa pelo poder. 

5. Dissensões (Gr. Dichostasia). Ensinos exclusisvistas, sem nenhum respaldo bíblico. 

6. Heresias (Gr. Hairesis). Formação de grupos dentro da congregação, que destroem a unidade da congregação. 

7. Homicídios (Gr. Phonos). Assassinato doloso, por pura maldade. Jesus comparou o ódio aos irmãos com o assassinato. O apóstolo João também disse que aquele que odeia o seu irmão é assassino (1 Jo 3.15).


Estas e outras obras originam-se na natureza humana decaída e distante de Deus. No final, apóstolo Paulo diz que aqueles que praticam estas coisas não herdarão o Reino de Deus. Muitos crentes, equivocadamente, tentam repreender o demônio das pessoas que praticam estas coisas. Mas, embora o inimigo use estas coisas para escravizar as pessoas no pecado e afastá-las de Deus, estas pessoas não estão possessão por demônios. O que elas precisam fazer é buscar a Deus e andar segundo a direção do Espírito Santo. Somente assim, poderão vencer a carne e as suas concupiscências.


REFERÊNCIAS:

RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra: O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD. 4 Ed 2006. pag. 1180-1182.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. 2ª Impressão: 2010. Vol. 2. pag. 295-296.

17 março 2023

A VIDA NO ESPÍRITO


(Comentário do 1⁰ tópico da lição 12: Vivendo no Espírito).

Ev. WELIANO PIRES 

No primeiro tópico, falaremos sobre a vida no Espírito. Discorreremos sobre o significado bíblico da expressão andar no Espírito. Depois, falaremos sobre as razões pelas quais o crente deve andar no Espírito. Por último, veremos como e o que é preciso, para andar no Espírito.

1- Andando em Espírito. A palavra andar é usada em sentido figurado em vários textos, para se referir ao estilo de vida que as pessoas adotam, seja para andar de com Deus, ou na prática do pecado  No Livro do Gênesis, após a queda do homem, o primeiro homem a andar com Deus foi Enoque. Após os sessenta e cinco anos dele, a Bíblia que Enoque andou com Deus por trezentos anos e Deus o tomou para Sl. (Gn 5.22). 

Antes de Enoque temos os relatos sobre os antepassados dele, que viveram vários anos e morreram. Quando chegam em Enoque, o sétimo depois de Adão, o texto diz que ele andou com Deus por trezentos anos e não diz que ele morreu, mas que Deus o tomou (Gn 5.24). No Novo Testamento temos a informação de que ele foi trasladado para não ver a morte (Hb 11.5). 

Ainda no Gênesis temos o exemplo de Noé, outro homem que andou com Deus, vivendo em uma sociedade ímpia e corrompida: "Noé era homem justo e perfeito em suas gerações; Noé andava com Deus". (Gn 6:9). Como podemos notar neste texto, andar com Deus é sinônimo de justiça e integridade. 

Nos Salmos também temos várias referências à "andar", em sentido figurado para se referir ao estilo de vida de alguém: "...o homem que não anda segundo o conselho do ímpios" (Sl 1.1); "...o homem que tem ao Senhor e anda nos seus caminhos" (Sl 128.1). "... o que anda num caminho reto" (Sl 101.6). 

No Novo Testamento, o apóstolo Paulo usa a palavra "andar" para se referir a um estilo de vida de acordo com a vontade do Espírito Santo e totalmente controlado por Ele: (Ef 2.10; 5.2, 8; Cl 2.6; 1Ts 2.12; 4.1). Em todas estas referências, na versão Nova Almeida Atualizada aparece a palavra viver e seus respectivos derivados.


2- Por que andar em Espírito? A vida espiritual é comparada a uma corrida, que exige muito treinamento, renúncia, esforço e disciplina. Após a conversão, há uma luta constante entre a velha natureza carnal, corrompida pelo pecado, e a nova natureza regenerada pelo Espírito Santo. O apóstolo Paulo recomendou aos crentes da Galácia: "Andai em Espírito e não cumprireis as concupiscências da carne". (Gl 5.16). Quem vencerá esta batalha? Aquele a quem o ser humano alimentar mais. 

O padrão moral de Deus é altíssimo, pois Ele é absolutamente santo e não pode conviver com o pecado. Por si mesmo, nenhum ser humano conseguiria atingi-lo. Por outro lado, a natureza humana decaída tem a tendência natural de praticar o pecado. O viver no Espírito é o único antídoto capaz de mortificar a carne com as suas concupiscências (Forte anelo por prazeres carnais e materiais). 


3- Como andar em Espírito? Vimos acima o que é andar no Espírito e as razões pelas quais o crente deve andar no Espírito. Agora veremos como andar no Espírito. O que é necessário o crente fazer para andar no Espírito? A primeira coisa que devemos fazer é crer em Jesus e recebê-lo como Senhor e Salvador. Sem isso, é impossível andar no Espírito. Quando o Senhor Jesus prometeu aos seus discípulos que lhes enviaria o Espírito Santo, Ele disse: "...O Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber". (Jo 14.17). Então, para andar no Espírito é preciso ter o Espírito Santo habitando em nós e só quem pode conceder isso é Jesus Cristo, o Filho de Deus. 

Em segundo lugar, é preciso dar ouvidos à voz do Espírito Santo e ser guiado por Ele. Paulo, escrevendo aos Romanos disse: "...todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus." (8.14). Há muitas pessoas equivocadas, que querem seguir os seus próprios sentimentos e intuições. Mas a Bíblia diz que "enganoso é o coração humano." (Jr 17.9). Quem segue o pensamento humano, segue a natureza carnal, acaba praticando as obras da carne e não herdará o Reino de Deus. Mas aquele que é guiado pelo Espírito Santo, anda em novidade de vida e vence a inclinação natural que tem para as coisas da carne.

Em terceiro lugar, para andar no Espírito, precisamos buscar ser cheios do Espírito. Paulo escrevendo aos Efésios disse: "Não vos embriagueis com vinho em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito". (Ef 5.18). Em outros textos, eles diz: "...Revesti-vos do Senhor e da força do seu poder". Nestes dois textos o apóstolo coloca sobre o crente a responsabilidade de se manter cheio do Espírito Santo. Isso significa que é preciso estar sempre em contato com Deus através da oração e meditação na Palavra de Deus para se manter cheio do Espírito e viver segundo na sua orientação. 


REFERÊNCIAS:

RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra: O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD. 4 Ed 2006. pág. 1180.

LOPES, Hernandes Dias. GÁLATAS: A carta da liberdade cristã. Editora Hagnos. pág. 238-240.

13 março 2023

Introdução à Lição 12: Vivendo no Espírito


Ev. WELIANO PIRES


Nesta penúltima lição, falaremos sobre dois estilos de vida que são antagônicos e que combatem um contra o outro: O Fruto do Espírito e as obras da carne. Mesmo tendo recebido a Cristo como Senhor e Salvador e, portanto, tendo o Espírito Santo morando em nós, ainda temos a velha natureza, sujeita ao pecado, que precisa ser mortificada diariamente. 

Paulo escrevendo aos Gálatas disse: “Andai em Espírito e não cumprireis as concupiscências da carne”. (Gl 5.16). Na sequência desse texto, ele faz uma lista de pecados, que ele chama de obras da carne, e alerta que aqueles que os praticarem, não herdarão o Reino de Deus. Por último, o apóstolo cita nove virtudes que formam o Fruto do Espírito Santo. São nove virtudes e não são nove frutos, pois elas são inseparáveis. Não é possível alguém andar no Espírito, ter uma ou mais destas virtudes e outras não.

No primeiro tópico, falaremos sobre a vida no Espírito. Discorreremos sobre o significado bíblico da expressão andar no Espírito. Depois, falaremos sobre as razões pelas quais, o crente deve andar no Espírito. Por último, veremos como e o que é preciso, para andar no Espírito 

No segundo tópico, falaremos do confronto que há entre a carne e o Espírito. Esta é a maior luta que o crente enfrenta nesta vida. A carne é a natureza humana corrompida pelo pecado, que se inclina para a prática do pecado. Depois faremos uma breve exposição das obras da carne, descritas por Paulo em Gálatas 5.19-21.  

No terceiro tópico, falaremos sobre  o avivamento pelo Fruto do Espírito Santo. Veremos que o Fruto do Espírito Santo e os dons espirituais são características essenciais à vida cristã. Os dons espirituais não são para todos os crentes e são concedidos pelo Espírito Santo a quem Ele quer, para o que for útil. O Fruto do Espírito, no entanto, é indispensável a todos os crentes. Por último, faremos uma breve exposição das nove virtudes do Fruto do Espírito que são inseparáveis e interdependentes. A conclusão que Paulo faz da exposição dessas virtudes é que não há Lei contra o Fruto do Espírito.


REFERÊNCIAS:

RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra: O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

STAMPS. Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

PFEIFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody: Gálatas. Editora Batista Regular. pág. 32.

09 março 2023

O AVIVAMENTO E AS MISSÕES TRANSCULTURAIS


(Comentário do 3º tópico da Lição 11: O avivamento e a missão da Igreja)

No terceiro e último tópico falaremos do avivamento nas missões transculturais. A última parte da ordem de Jesus fala das missões até aos confins da terra. É o que hoje conhecemos como missões transculturais. Nos primeiros anos da Igreja Primitiva, os discípulos pregavam o Evangelho apenas aos Judeus. Após a grande perseguição que se deu após o apedrejamento de Estêvão, eles foram obrigados a sair de Jerusalém e se espalharam por várias regiões. Mas onde chegavam anunciavam o Evangelho. 

A evangelização chegou à cidade de Antioquia da Síria e lá, em um culto de oração e jejum, o Espírito Santo chamou Barnabé e Saulo para a missão transcultural. Antioquia, então, se tornou a primeira igreja a fazer missões. Falaremos ainda neste tópico sobre a evangelização da Europa, que teve início com o apóstolo Paulo. Depois veremos que este continente que foi responsável por enviar missionários para vários países do mundo, entrou em decadência espiritual e hoje é considerado um continente pós-cristão. Precisamos clamar a Deus por um avivamento espiritual, que venha despertar a Igreja em todo o mundo para levar o Evangelho aos perdidos. 


1- Primeira igreja missionária. Há duas cidades mencionadas na Bíblia com o nome de Antioquia: Antioquia da Síria e Antioquia da Pisídia. Além disso, há outras cidades com este nome no mundo greco-romano, que não foram mencionadas na Bíblia. Estas cidades chamadas de Antioquia foram construídas pelo general Seleuco Nicátor, filho de Antíoco e fundador do reino dos Selêucidas na Síria. 


A cidade de Antioquia, que se tornou a base missionária de Barnabé e Saulo, é Antioquia da Síria. Nos tempos do Novo Testamento, Antioquia da Síria era uma das maiores cidades do Império Romano, com uma população de aproximadamente quinhentos mil habitantes. Bem estruturada e com belas construções, ficou conhecida como “a bela e dourada”. Tinha também uma localização privilegiada, que lhe rendeu o apelido de "rainha do Oriente”. 

O Evangelho chegou a Antioquia na ocasião da grande perseguição contra a Igreja de Jerusalém, que se deu após a morte de Estêvão. Alguns cristãos foram dispersos por vários lugares e anunciavam o Evangelho por onde passavam. Alguns deles passaram pela Fenícia, Chipre e Antioquia da Síria e anunciavam o Evangelho, somente aos judeus (At 11.19-21). Mas alguns homens chíprios e de Cirene, anunciaram o Evangelho também aos gentios (At 11.20). A mão do Senhor era com eles e um grande número de pessoas se converteram em Antioquia. 

Esta notícia chegou à Igreja de Jerusalém e Barnabé, que era natural de Chipre, foi enviado a Antioquia. Chegando lá, Barnabé viu o crescimento do Evangelho na cidade e exortou os novos convertidos para que permanecessem na fé. Em seguida, partiu para Tarso, em busca de Saulo. Durante um ano, Barnabé e Saulo ensinaram a palavra de Deus nesta Igreja e ela se tornou uma Igreja rica em líderes, com vários profetas e doutores. Em uma reunião de oração e jejum, o Espírito Santo mandou que a Igreja separasse Barnabé e Saulo para a obra missionária. A partir daí. Antioquia tornou-se, então, a primeira Igreja a fazer missões transculturais, ou seja, em outras culturas totalmente diferentes da cultura dos missionários.

A Igreja de Antioquia já era uma Igreja fervorosa e bem estruturada. Tinham o hábito de orar e jejuar e possuía em seu corpo de obreiros, ensinadores de excelência, como Barnabé e Saulo. Esta Igreja fazia missões locais em seu próprio reduto e muitas pessoas se converteram lá. Havia também o discipulado e o ensino da Palavra de Deus. Mas, o Espírito Santo chamou dois obreiros desta Igreja, Barnabé e Saulo, para levar a mensagem do Evangelho aos confins da terra: “Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.” (At 13.1-3). 

Aprendemos com a Igreja de Antioquia que uma Igreja não pode continuar trabalhando somente em seu próprio campo, por mais eficiente que seja o trabalho que está fazendo. Antioquia era uma Igreja espiritual, que tinha comunhão com Deus. Com esta Igreja aprendemos também que a Igreja deve ser dirigida pelo Espírito Santo, inclusive na ordenação de obreiros e envio de missionários. Barnabé e Saulo já eram obreiros ali e, certamente, já sabiam que Deus os havia chamado para a missão. Mas aguardaram as orientações do Senhor. Depois que o Espírito Santo mandou que a Igreja os enviasse, eles fizeram a primeira viagem missionária pelo mundo. 


2- Evangelização e decadência espiritual da Europa. Na segunda viagem de Paulo, aconteceu uma divergência entre Paulo e Barnabé, por causa de João Marcos. Barnabé, que era primo dele, queria levá-lo consigo, mas Paulo discordou, porque ele havia abandonado a equipe na primeira viagem. Por causa disso, a equipe se dividiu. Barnabé navegou para Chipre com João Marcos e Paulo partiu com Silas, da Síria e Cilícia. Paulo e Silas iniciaram esta viagem missionária, visitando as cidades onde Paulo já havia pregado, até que chegou ao porto de Trôade. Ali, Paulo teve uma visão, na qual lhe apareceu um homem da Macedônia, que lhe rogava dizendo: 

- Passa à Macedônia e ajuda-nos!

Paulo, então, concluiu que o Senhor os chamava para anunciar o Evangelho naquela região. De Trôade, a equipe navegou em direção a Filipos, que era uma colônia romana e a primeira cidade da Europa, para quem vinha da Ásia. Ali, havia uma comerciante chamada Lídia, que temia a Deus e se converteu ao Evangelho com a pregação de Paulo. Após o batismo nas águas, Lídia ofereceu a sua casa como um ponto de pregação e ali teve início a Igreja de Filipos e o Cristianismo entrou na Europa.

O Cristianismo na Europa passou por vários períodos. Primeiro, a perseguição cruel do Império Romano, por cerca de duzentos anos, praticando as piores atrocidades contra os cristãos. Depois, com a conversão do imperador Constantino, teve fim a perseguição aos cristãos, com o édito de Milão em 313 d.C. e, em 390.d.C., Cristianismo foi declarado a religião oficial do império. 

Constantino também restituiu várias propriedades dos cristãos que haviam sido confiscadas e passou a oferecer benesses aos cristãos. Isso acabou atraindo para o Cristianismo, pessoas que não eram convertidas de verdade, as quais trouxeram práticas e doutrinas de outras religiões para dentro da Igreja. Esta mistura entre Igreja e estado trouxe muitos problemas, afastando a Igreja cada vez mais da Bíblia. Entretanto sempre houve os remanescentes fiéis. 

Somente no século XVI, com a Reforma Protestante, muitos cristãos retornaram aos princípios bíblicos, liderados por Martinho Lutero, João Calvino, Ulrico Zwinglio e outros. Antes deles houve também os precursores da Reforma Protestante como  Pedro Valdo, John Tauler, John Wycliffe, John Huss, Jerônimo Savonarola e outros, que se levantaram contra as heresias e desmandos do clero católico. Por isso, foram excomungados, presos e mortos pela Inquisição católica. 

A Reforma Protestante, conforme vimos em lições anteriores, deu bastante ênfase ao retorno às Escrituras e combateu muito a ideia de salvação pelas obras, compra de bençãos divinas e mediadores entre Deus e os homens, além de Jesus. Entretanto, não se aprofundou na Doutrina do Espírito Santo. Isso acabou levando muitas Igrejas ao formalismo, ao comodismo e à teologia liberal. Deixaram o primeiro amor,  pararam os cultos domésticos, deixaram de evangelizar e se entregaram à secularização. 

O resultado disso foi trágico! O materialismo e o ateísmo tomou conta das universidades e as novas gerações foram abandonando a fé cristã. Deus orientou Moisés, para alertar o povo a ensinar a Palavra de Deus aos filhos, quando estivessem na mesa com eles, andando pelo caminho e ao deitar e levantar. (Dt 11.18-21). Está orientação divina não pode ser negligenciada, pois se os pais não passarem para as próximas gerações a Palavra de Deus, os jovens não irão conhecer a Deus e se desviarão completamente. Não podemos deixar a educação dos nossos filhos a cargo da escola, da televisão e da internet. Eles precisam aprender desde cedo a amar a Deus e ter um relacionamento pessoal com Ele. Se isto acontecer, as ideologias malignas não conseguirão espaço em seus corações. 


3- Clamor pelo avivamento espiritual. É urgente clamarmos por um reavivamento espiritual na Europa e Estados Unidos, que no passado foram celeiros de muitos missionários e fizeram muitas missões transculturais, inclusive no Brasil. Nós somos frutos das missões transculturais iniciadas por dois corajosos e abnegados missionários suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren. Estes dois homens de Deus, foram revestidos de poder e deixaram os Estados Unidos, onde viviam, obedeceram à voz do Espírito Santo e vieram ao Brasil pregar o Evangelho, conforme estudamos na Lição 9.

Depois deles, outros missionários suecos e americanos, como Samuel Nystron, Frida Strandberg (que depois casou-se com Gunnar Vingren), Joel Carlson, Otto Nelson, Nils Kastberg, Eurico Bergstén, Orlando Boyer, Bernhard Johnson, John Kolenda Lemos e muitos outros,  também desembarcaram em terras brasileiras para dar apoio evangelístico e doutrinário a esta missão transcultural no Brasil. 

Hoje, precisamos nos voltar para os países de origem deles, clamando a Deus por um avivamento, contribuindo com as missões nestes países e, se for o caso, atender a chamada do Mestre para ir ao campo missionário. Oremos como Habacuque: “Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia” (Hc 3.2). Estudaremos mais sobre este assunto na última lição deste trimestre, cujo tema é: Aviva, ó Senhor, a tua obra. 


REFERÊNCIAS: 


RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra: O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. 2a Impressão: 2010. Vol. 1. pág. 674; 680.

HENRY, Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento: ATOS A APOCALIPSE. Edição completa. Editora CPAD. 1Ed 2008. pág. 133-134.

WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. III. Editora Central Gospel. pág. 220-221.

VAILATTI, Carlos Augusto. Habacuque: Introdução, Tradução e Comentário. Editora Reflexão, Ed. 2020. pág. 233-238.


08 março 2023

O AVIVAMENTO NA MISSÃO DA IGREJA LOCAL

Foto do site Projeto Ide Missões nas ruas

(Comentário do 2º tópico da Lição 11: O avivamento e a missão da Igreja). 

Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico, falaremos sobre o avivamento na missão da Igreja local.  Em Atos 1.8, Jesus reafirmou aos seus discípulos, a promessa da descida do Espírito Santo. Em seguida falou do objetivo deste revestimento de poder, que era capacitá-los para serem suas testemunhas (Gr. martyria), tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra. Jesus fez referência à missão da Igreja no âmbito local (Jerusalém), regional (toda a Judéia (e Samaria) e transcultural (Até aos confins da terra). Neste segundo tópico estudaremos sobre o avivamento nas missões locais, nas missões regionais e sobre o contexto atual das missões.  

1- O avivamento nas missões locais. Antes subir ao Céu, Senhor Jesus orientou os seus discípulos a permanecerem em Jerusalém, aguardando a promessa do Pai, que era a descida do Espírito Santo sobre eles, para guiá-los e capacitá-los para a sua missão em Jerusalém, Judéia, Samaria e nos confins da terra. Paulo falou que o Senhor Jesus foi visto por mais de quinhentos irmãos, após a sua ressurreição. Entretanto, somente cento e vinte pessoas permaneceram orando e esperando a promessa do Consolador. 

Passados dez dias após a ascensão de Jesus e quarenta dias após a sua ressurreição, chegou o dia de Pentecostes. A cidade de Jerusalém estava em festa e havia judeus e prosélitos de várias partes do mundo, que vieram para a celebração da festa do Pentecostes. Aqueles cento e vinte discípulos estavam reunidos em oração em um cenáculo. De repente, veio do céu um som como de um vento forte e impetuoso e encheu todo ambiente. Foram vistas também línguas como se fossem de fogo pousando sobre as cabeças deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, falaram em outras línguas e profetizaram. O barulho emitido por eles foi ouvido de longe e uma multidão cercou o cenáculo para saber o que estava acontecendo. 

Quando se aproximaram, perceberam que aqueles homens falavam das maravilhas de Deus em vários idiomas e cada um dos estrangeiros identificava alguém falando em seu idioma. Surpresos, perguntavam uns aos outros, o que seria aquilo, pois souberam que aqueles discípulos eram da região da Galiléia e não eram poliglotas. Alguns, no entanto, zombaram e insinuaram que os discípulos estavam embriagados. 

Pedro, então, se levantou junto com os demais discípulos e fez um longo e ousado discurso para a multidão, explicando que aqueles homens não estavam embriagados, como alguns pensaram, mas aquilo era o cumprimento da profecia de Joel 2.28-30, que dizia que nos últimos dias, Deus derramaria do Seu Espírito sobre toda carne. Na sequência, em seu discurso Pedro falou sobre Jesus, citando várias passagens bíblicas do Antigo Testamento e dizendo que Ele era o Messias prometido a Israel. Pedro concluiu o seu discurso dizendo que este Jesus, a quem eles haviam crucificado, Deus o fez Senhor e Cristo. Estas duas palavras eram muito significativas para o povo de Israel. A palavra grega "kyrios" (Senhor) é a tradução do hebraico "adon", que eles usavam para se referir a Deus e o imperador romano exigia ser tratado assim. A palavra grega "Christos" (Cristo), por sua vez, traduz o hebraico "Mashiach", (Messias), que significa o Ungido.

Diante destas declarações ousadas de Pedro, a multidão veio à frente e perguntaram unânimes, o que eles deveriam fazer. Pedro respondeu:

– Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar. (At 2.38,39). 

Os que de bom grado receberam a Palavra pregada, foram batizados. O número dos que se converteram após esta pregação de Pedro, foi de quase três mil pessoas. Não foi apenas emocionalismo por causa de um discurso inflamado. Houve conversão genuína e estas pessoas permaneceram na doutrina dos apóstolos, no partir do pão, na comunhão e nas orações. Veio um grande temor e grande comunhão sobre todos, a ponto de venderem voluntariamente as suas propriedades e entregar o dinheiro aos apóstolos para socorrer os necessitados. 

Após o dia de Pentecostes, o trabalho de evangelização não parou mais. Os apóstolos estavam todos os dias no templo e nas ruas pregando ousadamente a Palavra de Deus, no templo, nas casas e nas ruas. Deus os usava também para realizar grandes sinais entre o povo. Um coxo de nascença foi curado na porta do Templo e Pedro fez outro discurso cristocêntrico. O número de convertidos chegou a quase cinco mil pessoas. 

Isso gerou inveja e despertou a fúria das autoridades religiosas, que mandaram prender Pedro e João. Entretanto, eles foram libertos milagrosamente da prisão, mesmo com os portões fechados e um forte aparato de segurança. Após saírem da prisão, continuaram pregando ousadamente o Evangelho nas ruas. Assustados, as autoridades mandaram prendê-los novamente e os ameaçaram para que não pregassem mais no nome de Jesus. Não adiantou, pois os apóstolos, de forma ousada e corajosa, disseram que poderia deixar de falar daquilo que tinham visto e ouvido e que importava mais obedecer a Deus do que aos homens. Sem saber o que fazer e seguindo conselho de um fariseu respeitado chamado Gamaliel, mandaram soltar os apóstolos. 

A pregação do Evangelho na cidade de Jerusalém continuou, mesmo sob intensa oposição e perseguição dos judeus, que resultou na morte do diácono Estevão. Este modelo de crescimento da Igreja local é o ideal que devemos seguir. Os discípulos foram cheios do Espírito Santo e cada um deles se tornou uma testemunha fiel do Senhor Jesus. Até o Sumo Sacerdote,  ao reprovar as ações dos discípulos disse: “E eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina […]”. (At 5.28). Então, aprendemos com a Igreja Primitiva que a missão local deve ser feita por pessoas cheias do Espírito Santo, que tenham ousadia e conheçam a Palavra de Deus para pregar mensagens cristocêntricas. 


2- O avivamento nas missões regionais. Inicialmente, a Igreja Primitiva permaneceu apenas em Jerusalém e não se lembrou da ordem de Jesus não era esta. O Senhor ordenou que eles seriam testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra (At 1.8). Esta missão era para ser cumprida simultaneamente, não era para evangelizar primeiro Jerusalém, depois a Judéia, depois Samaria e, por último o restante do mundo. Foi necessário o Senhor permitir que levantasse uma grande perseguição, a ponto deles não poderem continuar em Jerusalém, para que eles saíssem para outras regiões. 

A partir da morte de Estevão, os discípulos se espalharam por outras cidades e pregavam o Evangelho onde chegavam. Quanto mais perseguiam, mais a Igreja crescia. Muitos sacerdotes se converteram e até Saulo, o grande perseguidor da Igreja, teve um encontro pessoal com o Senhor Jesus e se converteu ao Cristianismo. Antes da conversão de Saulo, a Igreja já havia se espalhado por várias cidades de Israel. O diácono Filipe, por exemplo, foi a Samaria e lá pregou o Evangelho. Muitas pessoas se converteram lá e a Igreja enviou Pedro e João para estabelecer o trabalho em Samaria e impor as mãos que os crentes recebessem o batismo no Espírito Santo. 

Judéia e Samaria são duas regiões que compreendem basicamente os reinos do Sul e do Norte de Israel. A capital do Reino do Sul ficava em Jerusalém e a do Reino do Norte ficava em Samaria. Com os dois cativeiros, da Assíria que dominou o Reino do Norte e da Babilônia que dominou o Reino do Sul, houve várias alterações, principalmente nas tribos do Norte que se espalharam pelo mundo e não voltaram mais depois do cativeiro. Portanto, Judéia e Samaria significam a missão regional e nacional da Igreja. A evangelização do nosso bairro e da nossa cidade é importante, mas a Igreja local não pode se limitar ao local onde está estabelecida ou aos locais onde possui membros. Há muitas regiões do nosso estado e do nosso país, que são carentes do Evangelho e não há quem pregue. 


3- Missões regionais atualmente. Nas primeiras décadas da Assembléia de Deus, conforme vimos na Lição 09, cada crente se tornava um evangelista e as casas dos novos convertidos se tornavam pontos de pregação. Conforme o trabalho ia crescendo e o local ficava pequeno, alugavam um salão e, finalmente, construíam templos, mesmo com poucos recursos, em forma de mutirões. Os obreiros iam para outras cidades, começavam a pregar em praças públicas e plantavam novas Igrejas. O resultado disso foi que em poucos anos, a Igreja se espalhou por todo o país e tornou-se a maior denominação pentecostal do mundo e o Brasil é o país com o maior número de membros da Assembléia de Deus. 

Entretanto, esta realidade vem mudando de uns anos para cá, depois que a Igreja cresceu. O fervor evangelístico e o amor pelas almas vem desaparecendo a cada dia. Mesmo tendo liberdade religiosa em nosso país, para expressar publicamente a nossa fé e pregar o Evangelho a toda criatura, o fato é que muitas Igrejas se conformaram com a quantidade de membros e simplesmente pararam de evangelizar. Os trabalhos que realizam são voltados única e exclusivamente para o público interno. Nos congressos, a preocupação é apenas chamar outras Igrejas e as mensagens são voltadas para os crentes. Não há mais a preocupação de convidar as pessoas que não conhecem a Cristo e pregar-lhes uma mensagem evangelística.

Há também a lamentável disputa por territórios. Embora ainda haja muitas cidades brasileiras onde não há nenhuma Igreja evangélica estabelecida, há nos grandes centros urbanos, muitos templos a poucos metros um do outro, disputando membros entre si. Mesmo a legislação exigindo um distanciamento mínimo de 100 metros de um templo para outro, em muitas ruas nas periferias abrem-se locais de cultos em frente ou ao lado de outras Igrejas. Até mesmo nas Assembléias de Deus, há ministérios que invadem o campo dos outros. 

Antigamente, a Convenção Geral proibia um ministério da Assembléia de Deus de abrir trabalhos nas áreas onde já houvesse uma Assembléia de Deus. Mas, muitos pastores ignoravam esta regra e abriam trabalhos. O Brasil é um país de dimensões continentais e há muitos campos locais extremamente carentes da pregação do Evangelho e não há obreiros dispostos a ir, ou Igrejas dispostas a enviar missionários regionais e nacionais. Em contrapartida, há muitos púlpitos lotados de pastores e evangelistas pregando apenas para crentes e disputando espaço. 

Oremos para que o Senhor envie sobre o Brasil um despertamento para as missões locais, regionais e nacionais. Que o Espírito Santo nos conceda estratégias eficientes de evangelização. Hoje dispomos de muito mais liberdade, recursos e tecnologia que podem ser usados em prol da evangelização. Hoje, as nossas leis permitem o trabalho de capelania nos hospitais, presídios, escolas, etc. Podemos também usar as redes sociais gratuitamente para evangelizar pessoas que jamais teríamos acesso de outra forma. Precisamos buscar a Deus em oração e nos preparar a cada dia para cumprir a ordem de Jesus para a sua Igreja de pregar o Evangelho a toda criatura. Ele não fez um pedido ou uma sugestão, mas nos deu uma ordem. Esta ordem não foi dada apenas aos apóstolos e sim a todos os crentes. 


REFERÊNCIAS: 

RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra: O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. 2a Impressão: 2010. Vol. 1. pág. 646.

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD. 4 Ed 2006. pág. 654-655.

HENRY, Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento: MATEUS A JOÃO. Edição completa. Editora CPAD. 1ª Ed 2008. pág. 81-82.

PETERS, George W. A Teologia Bíblica de Missões. Editora CPAD.

CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 1. 11 ed. 2013. pág. 309.

A RESSURREIÇÃO DE JESUS

(Comentário do 3° tópico da Lição 12: Do julgamento à ressurreição) Ev. WELIANO PIRES O terceiro tópico nos fala da Ressurreição de Jesus, q...