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27 maio 2021

O MINISTÉRIO PASTORAL


Pr. José Wellington  Bezerra da Costa, Presidente do Ministério do Belém em São Paulo


Neste terceiro e último tópico falaremos sobre os detalhes da missão do pastor. O ministério do pastor tem múltiplas funções, pois ele cuida desde os assuntos espirituais até os mais terrenos. Falaremos também sobre o cuidado que devemos ter com os falsos pastores. 

O pastor é um guia espiritual do povo de Deus. Do ponto de vista bíblico, a missão do pastor está relacionada à oração, ensino da Palavra de Deus, defesa da fé, exortação, aconselhamento bíblico, visita aos enfermos e o cuidado com as pessoas, não como dominador, mas, servindo de exemplo à Igreja. (At 6.4; 1 Pe 5.2; Hb 13.20). 

1. A missão do pastor. A palavra pastor, no grego é “poimēn” e tem o significado de “apascentador de ovelhas”. Sendo assim, a principal missão do pastor deve ser cuidar das pessoas que vieram para Cristo. O pastor é alguém que cuida de um rebanho que não é dele e deve fazê-lo com amor e dedicação, não como dominador. (1 Pe 5.2). É de responsabilidade do pastor, alimentar, cuidar e proteger o rebanho de Deus. 

a. Alimentar. O crente é alimentado pelo ensino da Palavra de Deus, pela oração e comunhão com o Senhor. Sendo assim, cabe ao pastor ensinar a Palavra de Deus à Igreja que ele pastoreia, com fidelidade e dedicação. Deve também orar, dando o exemplo e incentivando os crentes a orarem e terem comunhão com Deus, para se fortalecerem no Senhor e na força do seu poder (Ef 6.10).

b. Cuidar. No sentido secular, as ovelhas têm necessidades diversas. Algumas estão feridas, outras se perdem pelo caminho e outras são rebeldes. Cabe ao pastor identificar o problema de  cada uma e tentar resolvê-los. Na Igreja não é diferente. Nem todos os crentes são iguais. Há os fracos na fé, os novos convertidos, os rebeldes, os imaturos, os jovens, as mulheres, os anciãos, etc. O pastor precisa aconselhar, visitar, resolver conflitos, etc. Precisa da direção do Espírito Santo para saber o que fazer nas mais variadas situações. 

c. Proteger. O pastor é o responsável por proteger a Igreja que ele pastoreia dos falsos mestres e falsos profetas. É preciso estar atento com aqueles que se aproximam da Igreja, para não contaminarem o rebanho com heresias e inovações. 

2. Uma missão polivalente. Conforme falamos acima, do ponto de vista bíblico, a missão do pastor está relacionada às questões doutrinárias, através da evangelização, ensino da Palavra de Deus e defesa da fé. Também faz parte do Ministério pastoral na Bíblia, o cuidado com os crentes, através de visitas, oração e exortação. Espera-se do pastor, que tenha maturidade, idoneidade e amor no trato com as coisas de Deus.

Além destas múltiplas funções bíblicas do ministério pastoral, em algumas denominações, como a nossa por exemplo, foram incorporadas as funções administrativas, financeiras, construções de templos e até políticas nas convenções.  Faz-se necessário esclarecer que existem vários tipos de governo ou de administração da Igreja. Os três tipos principais de administração eclesiástica são:

a. Presbiteral. O governo da Igreja é exercido através do presbitério. Os presbíteros se reúnem e tomam as decisões. Nessa forma de governo, o pastor é apenas um líder espiritual, que cuida da oração, ensino da Palavra de Deus e visitas. O pastor não administra a Igreja. Este é o modelo da Igreja Presbiteriana. 

b. Episcopal ou assembleiano. O governo da Igreja é exercido através de bispos ou pastores. Nessa forma de governo, os pastores ou bispos são tanto líderes espirituais como administradores da Igreja. Este é o modelo das Assembléias de Deus. 

c. Congregacional. O governo da Igreja é exercido pelos membros da Igreja, através de uma equipe ou junta administrativa, escolhida pelos membros. Como no caso dos presbiterianos, o pastor não é um administrador, é apenas um líder espiritual. Esta é a forma de governo das Igrejas Batistas.

3. O cuidado contra os falsos pastores. Assim como há os falsos profetas, há também os falsos pastores. Desde os tempos do Antigo Testamento, Deus já alertava o seu povo em relação aos falsos pastores. Deus usou o profeta Ezequiel para repreender duramente os falsos pastores. (Ez 34). A principal característica dos falsos pastores é que eles não se preocupam com as ovelhas e querem apenas se beneficiar delas. 

No Novo Testamento também, o apóstolo Paulo alertou aos seus companheiros pastores Timóteo e Tito, para terem cuidado com os falsos obreiros. (Tt 1.9-11). Escrevendo aos Filipenses, Paulo disse para tomarem cuidado com os cães e falsos obreiros, referindo aos judaizantes. (Fp 3.2). 

Em resumo os falsos pastores são aqueles, cuja preocupação é apenas consigo mesmo e com o seu bem estar. Não se preocupam com as ovelhas e não as defendem dos lobos. Não ensinam fielmente a Palavra de Deus e pregam apenas aquilo que lhe rende popularidade, com o objetivo de obterem vantagens pessoais. 


CONCLUSÃO DA LIÇÃO

Conforme visto na introdução, ao ministério pastoral é uma tarefa árdua. Além das próprias lutas, o pastor enfrenta também as lutas dos outros, sofrendo com os que sofrem e se alegrando com os que se alegram. Para piorar, em nossos dias, incorporou-se ao ministério pastoral, funções administrativas, financeiras, construção civil e até políticas. Mas, no modelo bíblico, estas funções não são dos pastores. 

Oremos pelos nossos pastores! 


Pb. Weliano Pires


24 maio 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 09: O MINISTÉRIO DE PASTOR

Imagem do site Aqui eu aprendi

REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA


Na lição passada, falamos sobre o Ministério de evangelista. No primeiro tópico, falamos sobre o envio de setenta discípulos por Jesus, para uma missão evangelística. Destacamos que são poucos os obreiros para a evangelização e que os campos estão brancos para a ceifa. Discorremos também sobre as perseguições que a Igreja sofre, pois, Jesus nos enviou como ovelhas para o meio de lobos. Ainda no primeiro tópico, falamos sobre os sinais e maravilhas que o Senhor opera, quando nos dispomos a proclamar o Evangelho, confirmando a palavra que pregamos. 


No segundo tópico falamos a respeito da grande comissão, que foi a ordem dada por Jesus aos seus discípulos, para saírem pelo mundo ensinando a sua doutrina e batizando aqueles que crerem, em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Esta grande comissão tem alcance global, pois, o Senhor nos mandou ir por todas as nações. Vimos que o mundo está dividido em dois grupos: os que crêem e os que não crêem. Falamos também a respeito do desafio de cumprirmos a grande comissão na atualidade. 


No terceiro e último tópico, estudamos sobre o dom ministerial de evangelista, as suas funções e finalidade. A palavra evangelista significa literalmente “transmitir boas boas novas”. Então, um evangelista é, por natureza alguém chamado por Deus, exclusivamente para proclamar o Evangelho aos perdidos. Portanto, deve ser alguém com profundo amor pelas almas e com preparo espiritual e teológico para pregar mensagens evangelísticas. 


INTRODUÇÃO À LIÇÃO 09


Dando continuidade ao nosso estudo dos dons ministeriais, estudaremos nesta lição sobre o Ministério de pastor. Embora almejado por muitos, ser pastor não é uma tarefa fácil. Pode ser que seja fácil ser um lobo ou um mercenário, disfarçado de pastor. Mas, ser um verdadeiro pastor, segundo o modelo bíblico, é uma tarefa árdua. 


No primeiro tópico, falaremos sobre as características de Jesus como o sumo pastor. Ele é o melhor exemplo para um ministério integral: acolhedor, admoestador e servidor. Jesus é o bom pastor, que conhece as suas ovelhas, é conhecido delas e dá a sua vida pelo rebanho. 


No segundo tópico, veremos as características de um verdadeiro pastor. Um verdadeiro pastor deve ser irrepreensível e ter um caráter íntegro. A sua conduta deve estar de acordo com o seu discurso, senão não terá credibilidade. Além de ter um bom caráter, o verdadeiro pastor deve ter uma boa reputação. Ele deve ser um exemplo para os fiéis, para a sua família e até para os infiéis. 


No terceiro e último tópico falaremos sobre os detalhes da missão do ministério pastoral. A missão do pastor é múltipla, pois ele cuida desde os assuntos espirituais até os mais terrenos. Do ponto de vista bíblico, a missão do pastor está relacionada à oração, ensino da Palavra de Deus, defesa da fé, exortação, aconselhamento bíblico, visita aos enfermos e o cuidado com as pessoas, não como dominador, mas, servindo de exemplo à Igreja. (At 6.4; 1 Pe 5.2; Hb 13.20). Entretanto, em nosso modelo de administração eclesiástica, incorporou-se funções administrativas, financeiras, construção civil e outras ao pastor, tornando a sua tarefa mais difícil do que já era. 


Oremos por nossos pastores, ajudemos-lhes nas suas tarefas, para que não fiquem sobrecarregados e sejamos-lhes submissos às suas orientações bíblicas, para que o seu trabalho não se torne mais pesado do que já é. (Hb 13.17). Entretanto, vale lembrar que esta submissão não é absoluta e não pode fugir dos parâmetros bíblicos. Quem pratica a submissão incondicional aos seus líderes, inclusive aos falsos ensinos, são os adeptos das seitas, que consideram os seus líderes inquestionáveis. 


Pb. Weliano Pires

Lição 9: O Ministério de Pastor

 Data: 30 de maio de 2021

TEXTO ÁUREO:

“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10.11).


VERDADE PRÁTICA:

“Por meio do ministério pastoral, conduzimos as ovelhas ao Supremo Pastor, Jesus Cristo.”


HINOS SUGERIDOS: 156, 337, 515.


LEITURA DIÁRIA

Segunda - Ec 12.11 - Há um só Pastor

Terça - Is 40.11 - O pastor apascenta as ovelhas

Quarta - Ez 34.12 - O pastor em busca das ovelhas

Quinta - Am 3.12 - O pastor protege as ovelhas

Sexta - Zc 11.17 - O pastor negligente com o rebanho

Sábado - Hb 13.20 - Cristo, o Pastor das ovelhas


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 10.11,14; Tito 1.7-11; 1 Pedro 5.2-4.


João 10

11 - Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.

14 - Eu sou o bom Pastor; e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.


Tito 1

7 - Porque convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;

8 - mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante,

9 - retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes.

10 - Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão,

11 - aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras, ensinando o que não convém, por torpe ganância.


1 Pedro 5

2 - apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;

3 - nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.

4 - E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória.


INTERAÇÃO COM O PROFESSOR


Atualmente, muitos são os modelos de liderança pastoral sugeridos sob os aspectos empresarial e meramente psicológico. Entretanto, o modelo de liderança para um pastor cristão deve estar centralizado sob o de Jesus de Nazaré. A vida do nosso Mestre é o melhor exemplo para um ministério integral: acolhedor, admoestador e servidor. Um modelo pastoral centrado na concepção empresarial pode até trazer resultados visíveis, mas para Deus será um verdadeiro fracasso. Seguir a liderança de Jesus de Nazaré pode parecer um grande fracasso, mas em relação a Deus é grande vitória. Qual você escolhe?


OBJETIVOS:

  • Reconhecer o papel fundamental de Jesus como o sumo pastor.
  • Classificar as características de um verdadeiro pastor.
  • Conscientizar-se da missão do ministério pastoral.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Caro professor, para o terceiro tópico da lição, e após o subtópico que conceitua a missão do pastor, use o esquema abaixo. Fale a respeito do aspecto múltiplo da missão pastoral. Na igreja local, o pastor é um guia espiritual do povo de Deus. Dele se espera maturidade, idoneidade e amor no trato com as coisas de Deus e ao rebanho. Por isso, conclua a lição desta semana afirmando a complexidade da função pastoral e como Deus leva a sério o pastor que cumpre o seu ministério. Em seguida, reúna os seus alunos para orarem pelo pastor local e pelos pastores de todo o mundo.


COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO


Palavra Chave

Pastor: Guia espiritual.


Ser pastor sempre foi uma tarefa árdua. Muitas são as demandas internas e externas da igreja local, entre elas o cuidado para com as pessoas do rebanho, visita a enfermos, questões relacionadas a administração eclesiástica e o constante desafio de se dedicar à oração, à pregação e ao ensino da Palavra de Deus. O dia a dia pastoral é desafiador a quem é vocacionado por Deus para apascentar. Somente pela graça e o amor do Pai é possível encarar tão grande responsabilidade. Por outro lado, uma liderança madura e servidora é imprescindível ao desenvolvimento da igreja local. Assim, a lição de hoje abordará esse importante ministério.


I. JESUS, O SUMO PASTOR

1. Jesus é o pastor supremo. A expressão “grande Pastor das ovelhas”, que aparece em Hebreus 13.20, refere-se diretamente à sublimidade do Senhor Jesus como pastor no Novo Testamento. Marcado pela humildade e despojamento da sua glória, Ele foi chamado “grande” em seu nascimento (Lc 1.32). O adjetivo “grande” enfatiza o quanto o Nazareno é incomparável e mediador da nova aliança de Deus com os homens. Jesus Cristo é o supremo pastor em todos os aspectos. Ele venceu a morte e libertou o homem da prisão do pecado. Ele é Deus!

2. O pastor conhece as suas ovelhas. Em João 10.14, o adjetivo “bom” identifica Jesus como o pastor que por amor protege e cuida das ovelhas que lhe pertence. Por isso, Ele é o “bom Pastor”. Tal expressão designa ainda a intimidade entre o Sumo Pastor e as suas ovelhas. Estas não ouvem a voz de outro pastor. O bondoso Salvador conhece a sua Igreja por inteiro, e se relaciona com cada membro (Jo 10.5,15).

3. O pastor dá a vida pelas ovelhas. Uma das principais fontes da economia israelita era o trabalho pastoril. Os pastores cuidavam das ovelhas para delas obterem o lucro diário. Este é o contexto de que se valeu o Senhor Jesus para referir-se ao ensinamento contido na expressão “o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10.11). Aqui, diferente dos pastores que garantiam o seu sustento no campo através do uso das ovelhas, o Mestre Jesus mostra a disposição em dar a própria vida pelo seu rebanho (Jo 10.15). Os verdadeiros pastores da igreja devem imitar o Sumo Pastor, Jesus. NEle não há jamais exploração alguma do rebanho, e isso deve servir de exemplo a todos aqueles que desejam ministrar à igreja do Senhor, tal como ensina a Palavra em 1 Pedro 5.2-4.


SINOPSE DO TÓPICO (I)

Jesus, o Pastor Supremo, conhece as suas ovelhas e deu a sua vida por elas.


II. AS CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO PASTOR


1. Um caráter íntegro. Entre outras coisas, o exercício pastoral envolve aptidão para ensinar, aconselhar e comunicar-se de forma clara com a igreja local. Porém, essas características não são validadas se o caráter do pastor não for íntegro. Uma das piores queixas que se pode ouvir acerca de um ministro é que sua palavra pastoral não se coaduna com a sua vida. Como pode o líder falar sobre honestidade e ser desonesto? De simplicidade e mostrar-se esbanjador? De humildade e comportar-se soberbo? A melhor palavra pastoral é a vida do pastor em sintonia com a mensagem do Evangelho que ele proclama (Mt 7.24-27; 23.2-36).

2. Exemplo para os fiéis e os infiéis. O texto bíblico de 1 Timóteo 3.2,3, afirma que o bispo não deve ser dado ao vinho, espancador, cobiçoso de torpe ganância, contencioso ou avarento; a recomendação é que o obreiro seja moderado. A Igreja, o Corpo de Cristo, precisa contemplar em seu líder sinais claros do fruto do Espírito, tais como autocontrole, mansidão, bondade e amor. Estas características denotam idoneidade moral e maturidade espiritual. A mesma postura moral que o pastor atesta aos fiéis deve ser demonstrada, igualmente, aos infiéis (1Tm 3.7).

3. Exemplo para a família. Não podemos esquecer que antes de ser exemplo para igreja local, e com os de fora, o ministro do Evangelho, em primeiro lugar, deve ser o exemplo para a sua própria família — sua primeira comunidade e igreja. Governar a própria casa com modéstia e equilíbrio, criando seus filhos com respeito (1Tm 3.4), é o testemunho que toda a família cristã deseja experimentar na convivência sadia com o pastor que é esposo, pai e avô. Portanto, todo obreiro deve cuidar bem do seu lar, pois sem o devido respaldo deste, o seu ministério jamais terá credibilidade.


SINOPSE DO TÓPICO (II)

Do pastor espera-se um caráter íntegro; um exemplo para os fiéis, aos infiéis e a toda a sua família.


III. O MINISTÉRIO PASTORAL


1. A missão do pastor. O termo pastor (do gr. poimēn) no Novo Testamento tem o significado de “apascentador de ovelhas”. De acordo com esta definição podemos afirmar que a principal missão de um ministro é cuidar das pessoas que receberam Cristo como Salvador, dando-lhes alimento espiritual através do ensino da Palavra de Deus, como encontramos no livro do profeta Isaías (Is 40.11). O verdadeiro pastor cuida das ovelhas com zeloso amor e compaixão, entregando-se totalmente às suas demandas.

2. Uma missão polivalente. A missão pastoral também é múltipla, pois o ministério envolve o ensinamento, o aconselhamento, a evangelização e missões, bem como a pregação expositiva da Palavra de Deus, que é o seu mais importante empreendimento. Para além dessas responsabilidades, o pastor age como o bom conciliador e administrador eclesiástico dos bens e recursos humanos disponíveis para toda boa obra da igreja local. Está sob os seus cuidados a gestão eficiente e honesta dos bens materiais, patrimoniais e das finanças da igreja local.

3. O cuidado contra os falsos pastores. Quando Deus levantou Ezequiel como profeta de Israel, Ele ordenou-lhe que repreendesse os pastores infiéis da nação. O Altíssimo considerava como falsos pastores os que apascentavam a si mesmo e não as ovelhas (Ez 34.2c); exploravam o rebanho e não o poupavam (34.3); não demonstravam amor pelas ovelhas, fazendo com que elas se dispersassem (34.4-6). O próprio Deus é contra os falsos pastores (Ez 34.8-10)! Ele inspirou o apóstolo Paulo a escrever para Tito quando da sua instrução pastoral ao jovem obreiro, que este retivesse “firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes. Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores [...] aos quais convém tapar a boca” (Tt 1.9-11).


SINOPSE DO TÓPICO (III)

A missão do pastor é múltipla, pois ele cuida desde os assuntos espirituais até os mais terrenos.


CONCLUSÃO


O dom ministerial de pastor é concedido àqueles a quem Deus chama para servir ao seu precioso rebanho, a Igreja de Jesus. Esta acha-se espalhada nas igrejas locais que reúnem crentes oriundos de todos os lugares do mundo. Eles estão sob os cuidados de líderes para serem alimentados com a Palavra de Deus. O objetivo do ministério pastoral é fazer com que o rebanho do Senhor cresça na graça e no conhecimento do Evangelho de nosso Salvador (2Pe 3.18). Portanto, o pastor precisa da graça divina para não fracassar em seu ministério. Oremos pelos pastores, compreendamos as suas lutas e os apoiemos com amor e carinho.


QUESTIONÁRIO


1. A expressão “grande Pastor das ovelhas”, que aparece em Hebreus 13.20, está diretamente ligada a quê?

Ao valor que o Novo Testamento atribui ao Senhor Jesus.


2. De acordo com a lição, relacione as características do verdadeiro pastor.

Um caráter íntegro, exemplo para os fiéis e os infiéis e exemplo para a família.


3. Segundo o texto bíblico de 1 Timóteo 3.2,3, cite o que o pastor não pode ser.

O texto bíblico de 1 Timóteo 3.2,3 afirma que o bispo não pode ser dado ao vinho, espancador, cobiçoso de torpe ganância, contencioso ou avarento; a recomendação é que o obreiro seja moderado.


4. Qual o significado do termo “pastor” no Novo Testamento?

“Apascentador de ovelhas”.


5. Qual é a principal missão de um ministro?

Cuidar das pessoas que receberam a Cristo como salvador, dando-lhes alimento espiritual através do ensino da Palavra de Deus.


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsídio Teológico


Viver como Pedro: A Supervisão Pastoral (5.1-11)


Dirigindo-se aos ‘estrangeiros’ (1.2) que haviam sido dispersos entre povos infiéis, e frequentemente hostis, Pedro inicia sua carta com um imperativo à vida santificada baseada no exemplo de Deus Pai (1.3-2.10). Pelo fato de muitos de seus leitores poderem sofrer injustamente e de modo abusivo nas mãos de cruéis agentes do governo, senhores ou maridos, na parte central e mais importante de sua carta Pedro manda que se submetam à autoridade e sofram, mesmo sem merecer, segundo o exemplo de Cristo (2.11-4.13). Nesta seção final da carta, Pedro dirige-se aos presbíteros [pastores], responsáveis pelo pastoreio do rebanho de Deus (5.1-4). Escrevendo como um presbítero [pastor] mais experiente, Pedro é seu modelo de liderança sobre o povo de Deus (5.1-11). Termina os ensinamentos com uma série de obrigações aplicáveis não só aos presbíteros, mas também a todo o povo de Deus (5.5-11)” (STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2: Romanos a Apocalipse. 4 ed., RJ: CPAD, 2009, p.921).

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II


Subsídio Teologia Devocional


[...] Prioridades na Vida do Pastor


Manter as prioridades em sua devida ordem é um dos maiores desafios que o pastor enfrenta. As muitas ocupações do pastorado constantemente pressionam os ministros a comprometer a oração, a vida devocional, a família e, às vezes, até o padrão moral exigido pela Palavra de Deus.

As prioridades do ministro do Evangelho devem estar nesta ordem: (1) seu relacionamento com o Senhor, (2) sua esposa e filhos e (3) seu ministério e trabalho. Acompanhe-me em alguns pontos de especial interesse no campo dessas três prioridades.

Seu relacionamento com o Senhor. Sua vida devocional é absolutamente decisiva. Anos atrás, pedi ao Senhor que pusesse em ordem meu horário, e Ele o fez. Todos os dias, das cinco às sete da manhã, estudo a Bíblia e oro. Tenho sido cuidadoso em observar esse tempo — o tempo mais precioso do meu dia. Meus pais deram-me o exemplo; seu devocional coincidia com as primeiras horas da manhã. Jesus dedicava as primeiras horas do dia à oração. O Salmista Davi disse: ‘Pela manhã, ouvirás a minha voz, ó Senhor; pela manhã, me apresentarei a ti, e vigiarei’ (Sl 5.3). Esta disciplina será fundamental em tudo o que você fizer e intentar realizar.Seu relacionamento com a esposa e filhos. Alguns ministros ficam tão ocupados, que negligenciam as necessidades emocionais, alimentares e outras carências da família. Esposa e filhos podem ficar ressentidos contra o ministério, e mesmo contra Deus, tudo porque o chefe da família falhou em suprir-lhes as necessidades básicas. Isso é trágico. Já faz tempo que determinei que não vou ganhar para o Senhor os filhos dos outros e perder os meus. O Senhor nos tem ajudado — a mim e a Shirley — nessa prioridade. [...] Paulo instruiu a Timóteo: ‘Se alguém não sabe governar sua própria casa terá cuidado da igreja de Deus?’

(CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas (et all.). Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD, 2005, p.17).


SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO


O Ministério de Pastor


Na obra “Ministério Pastoral: Alcançando a excelência no ministério cristão”, do pastor norte-americano John Macarthur, Jr., editada pela CPAD; o autor relata este comentário: “Reconhecemos essas tendências alarmantes, crendo que as decisões tomadas nesta década reprogramarão a igreja evangélica até boa parte do século 21. Assim, a futura direção da igreja é uma preocupação preeminente e legítima. Sem dúvida, a igreja enfrenta um momento decisivo. O verdadeiro contraste entre os modelos ministeriais concorrentes não é o tradicional versus o contemporâneo, mas o bíblico e o não-bíblico” (p.22).


A que tendências alarmantes, Macarthur se refere? A oito respostas que emergiram de uma pesquisa realizada por John Seel, em 1995, nos Estados Unidos. Elas foram dadas por 25 líderes evangélicos de renome que foram entrevistados pelo pesquisador.


Dentre oito principais respostas surgidas na pesquisa (identidade incerta; desilusão institucional; falta de liderança; pessimismo em relação ao futuro; crescimento positivo, impacto negativo; isolamento cultural; solução política e metodológica como resposta), a que chama mais atenção é a “troca de orientação bíblica pela pesquisa de mercado no ministério”. Não por acaso, se vê muitos seminários teológicos trocando disciplinas fundamentais para uma sólida formação de um obreiro, como o hebraico, o grego, a hermenêutica, a exegese etc., por aquelas que enfatizam a gestão, a forma de crescimento de uma igreja local nos parâmetros do marketing e das estratégias meramente empresariais. Aqui, é à hora de a igreja fazer uma profunda reflexão sobre “Que modelo de ministério pastoral se quer exercer nos próximos anos”?


Com intuito de deixarmos em aberto esta reflexão, porque o espaço não permite irmos além, solicitamos ao prezado professor meditar nesta semana em todos os textos bíblicos possíveis — use as concordâncias bíblicas, dicionários bíblicos e bons comentários para lhe auxiliarem — em que Jesus aparece como o “Bom Pastor” de ovelhas. Em seguida, procure responder, à luz dos quatro Evangelhos, as seguintes perguntas: Qual o modelo ministerial de pastorado que o Senhor Jesus espera encontrar nos seus discípulos? Que molde de liderança se acha no agir de Jesus de Nazaré? É possível implantar esse ideal hoje? Qual seria o impacto para a igreja e a sociedade? Boa aula!


 


12 dezembro 2016

Qualificações bíblicas exigidas para o Ministério Pastoral

Diretoria do Ministério do Belém em São Paulo / 2016

Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. 
Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus? ); Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo. Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo. (1 Timóteo 3.1-7)

O episcopado ou pastorado é uma obra (v.1), não é um status ou posição de destaque, como se vê na atualidade. Qualquer cristão, com o mínimo de conhecimento sobre administração eclesiástica, um pouco de honestidade e que não seja um fanático por sua denominação,  sabe que na atualidade vivemos uma crise de liderança evangélica segundo os padrões bíblicos. Temos pessoas sem nenhuma vocação ou preparo e até pessoas sem escrúpulos,  em cargos importantes na liderança de Igrejas.
A palavra 'Bispo' (Gr. episkopos) significa superintendente ou supervisor de Igrejas. Em termos práticos, do ponto de vista assembleiano, seria um pastor presidente de um campo. No capítulo 3, da primeira Epístola a Timóteo, o apóstolo Paulo, recomenda alguns requisitos para alguém que deseja se tornar um bispo, ou um líder regional de Igrejas.

1) Irrepreensibilidade. Que não apresenta motivos para ser repreendido. O obreiro precisa ter uma conduta ilibada e ser exemplo para os fiéis. Um obreiro que tem uma vida suja e não dá testemunho será um desastre para a saúde espiritual e moral da Igreja.
2) Monogamia (Marido de uma mulher). No princípio, Deus criou o homem e a mulher e os uniu dizendo: serão ambos uma só carne. Portanto, é inadmissível o obreiro ser polígamo, adúltero, divorciado, etc. Na atualidade, lamentavelmente, temos visto pessoas que traíram a esposa ou trocaram de esposa sendo empossados na presidência de campos. Eu fico imaginando alguém com este perfil, realizando cerimônias de casamento. Como irão recomendar a fidelidade aos nubentes, ou que o casamento dure até que a morte os separe, sem serem hipócritas?
3) Vigilância. O pastor é um dos alvos prediletos do diabo, pois, o inimigo sabe que se conseguir derrubar um pastor, o escândalo será enorme. Muitos cairão com ele e outros ficarão decepcionados. Por isso, o obreiro deve vigiar em todo tempo, para não cair em tentação.
4) Honestidade. Honesto é aquele que é verdadeiro em tudo o que faz e honra os compromissos assumidos, no que depender dele. Um pastor precisa ter credibilidade, falar sempre a verdade, cumprir o que promete e pagar o que deve.
5) Hospitalidade. Nos tempos bíblicos havia muitos viajantes, que andavam vários dias e até meses, pois as viagens era feitas a pé, a cavalo ou por embarcações primitivas. Estas pessoas precisavam de apoio para descansar, antes de seguir viagem, principalmente, os missionários. Por isso, há várias recomendações aos cristãos para que fossem hospitaleiros. Hoje, temos hospedagens por toda parte e não é recomendável hospedar desconhecidos em nossas casas, mesmo que se digam cristãos, por questões de segurança. É preciso ter cautela e ajudar de outra forma.
6) Aptidão para ensinar. Uma das principais tarefas do pastor é ensinar a Palavra de Deus. Para isso, evidentemente, ele deve se preparar teologicamente e em oração, para ensinar a Sã Doutrina. É inadmissível termos alguém na liderança da Igreja que não conhece a Palavra de Deus, ou não tem aptidão para ensiná-la.
7) Sobriedade. A sobriedade é a característica de uma pessoa sensata e equilibrada. É o contrário de ébrio ou bêbado, que age sem saber o que está fazendo. Um pastor não pode agir irresponsavelmente, precipitadamente, ou por impulso. É preciso, orar e pensar antes de tomar decisões.
8) Não dado ao vinho. Há diversos textos na Bíblia que falam contra o uso de vinho ou bebida forte. Há também exemplo de pessoas que por estarem embriagados, cometeram loucuras, como Noé, Ló, Belsazar, etc. Infelizmente, há obreiros que se deixaram influenciar pela teologia liberal e acham que não há problema em consumir bebida alcoólica. Mas, isso é um grande engano. A bebida prejudica em todos os aspectos: físico, moral, espiritual e social.
9) Não violento. Um obreiro não pode jamais espancar alguém, seja a esposa, filhos, ou quem a ele se opor. Jesus nos recomendou a aprendermos com Ele, a sermos mansos e humildes de coração. Portanto, pessoas com temperamento forte e que gostam de resolver as desavenças ‘no braço’, não podem ser pastores.
10) Não ganancioso, mas, moderado. Na atualidade vemos alguns obreiros que querem atuar na Igreja como se estivessem em um leilão: Quem der mais, leva. O objetivo de um pastor nunca poderá ser financeiro. Ele é digno do seu salário, mas, isso é um detalhe, não o seu objetivo final.
11) Não avarento. A avareza é uma espécie de idolatria. Paulo diz que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. A pessoa que ama o dinheiro comete as piores coisas para ganhar dinheiro: roubos, sequestros, corrupção, injustiça, assassinatos, etc. Por isso alguém que é avarento não pode ser pastor.
12) Bom pai de família. O pastor é o exemplo para Igreja. Portanto, aquilo que ele ensina, deve ser visto na sua família. A família do pastor é sempre observada como o exemplo da Igreja, seja para que bem ou para o mal. A esposa e os filhos menores dos pastores não podem dar maus exemplos. O pastor deve orar d orientar a sua família em casa. A primeira Igreja que devemos pastorear é a nossa família.
13) Não ‘neófito. A palavra 'neófito' vem de duas palavras gregas: 'neo' (novo) e 'fide' (Fé). Portanto, significa 'novo na fé', ou 'inexperiente'. Um pastor precisa ter experiência e maturidade para exercer o seu Ministério. Não é recomendável ordenar um novo convertido ao pastorado, pois, ele pode não aguentar a carga e morrer espiritualmente. O ideal seria que todos os pastores fossem primeiro auxiliares, ao lado de um pastor mais experiente, antes de assumir a primeira Igreja.
14) De boa reputação. Alguém já disse: Não basta ser honesto, tem que parecer honesto. O caráter é aquilo que nós realmente somos e a reputação é aquilo que as pessoas pensam de nós. Na vida do obreiro, o caráter é fundamental, mas, a reputação também é importante. Um pastor, mesmo que tenha caráter, se não tiver boa reputação, acaba prejudicando a obra , Deus. Devemos prestar atenção onde e com quem andamos, para evitar má impressão ou manchar a nossa reputação.

Conclusão

É urgente que a Igreja Evangélica brasileira se volte para os padrões bíblicos, para ordenar pastores. Se não fizer isso, retrocederemos aos padrões da Igreja Católica na Idade Média, que tinha um clero vergonhosamente corrupto, imoral e distante do povo e das Escrituras. Antes de sermos pastores, precisamos ser salvos e tementes a Deus. Paulo recomenda a Timóteo que, em tudo ele deveria ser exemplo para os fiéis. Pedro também recomenda os presbíteros a apascentarem o rebanho de Deus, não como dominadores, mas, servindo de exemplo ao rebanho.

Pb. Weliano Pires

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