12 dezembro 2016

Qualificações bíblicas exigidas para o Ministério Pastoral

Diretoria do Ministério do Belém em São Paulo / 2016

Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. 
Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus? ); Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo. Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo. (1 Timóteo 3.1-7)

O episcopado ou pastorado é uma obra (v.1), não é um status ou posição de destaque, como se vê na atualidade. Qualquer cristão, com o mínimo de conhecimento sobre administração eclesiástica, um pouco de honestidade e que não seja um fanático por sua denominação,  sabe que na atualidade vivemos uma crise de liderança evangélica segundo os padrões bíblicos. Temos pessoas sem nenhuma vocação ou preparo e até pessoas sem escrúpulos,  em cargos importantes na liderança de Igrejas.
A palavra 'Bispo' (Gr. episkopos) significa superintendente ou supervisor de Igrejas. Em termos práticos, do ponto de vista assembleiano, seria um pastor presidente de um campo. No capítulo 3, da primeira Epístola a Timóteo, o apóstolo Paulo, recomenda alguns requisitos para alguém que deseja se tornar um bispo, ou um líder regional de Igrejas.

1) Irrepreensibilidade. Que não apresenta motivos para ser repreendido. O obreiro precisa ter uma conduta ilibada e ser exemplo para os fiéis. Um obreiro que tem uma vida suja e não dá testemunho será um desastre para a saúde espiritual e moral da Igreja.
2) Monogamia (Marido de uma mulher). No princípio, Deus criou o homem e a mulher e os uniu dizendo: serão ambos uma só carne. Portanto, é inadmissível o obreiro ser polígamo, adúltero, divorciado, etc. Na atualidade, lamentavelmente, temos visto pessoas que traíram a esposa ou trocaram de esposa sendo empossados na presidência de campos. Eu fico imaginando alguém com este perfil, realizando cerimônias de casamento. Como irão recomendar a fidelidade aos nubentes, ou que o casamento dure até que a morte os separe, sem serem hipócritas?
3) Vigilância. O pastor é um dos alvos prediletos do diabo, pois, o inimigo sabe que se conseguir derrubar um pastor, o escândalo será enorme. Muitos cairão com ele e outros ficarão decepcionados. Por isso, o obreiro deve vigiar em todo tempo, para não cair em tentação.
4) Honestidade. Honesto é aquele que é verdadeiro em tudo o que faz e honra os compromissos assumidos, no que depender dele. Um pastor precisa ter credibilidade, falar sempre a verdade, cumprir o que promete e pagar o que deve.
5) Hospitalidade. Nos tempos bíblicos havia muitos viajantes, que andavam vários dias e até meses, pois as viagens era feitas a pé, a cavalo ou por embarcações primitivas. Estas pessoas precisavam de apoio para descansar, antes de seguir viagem, principalmente, os missionários. Por isso, há várias recomendações aos cristãos para que fossem hospitaleiros. Hoje, temos hospedagens por toda parte e não é recomendável hospedar desconhecidos em nossas casas, mesmo que se digam cristãos, por questões de segurança. É preciso ter cautela e ajudar de outra forma.
6) Aptidão para ensinar. Uma das principais tarefas do pastor é ensinar a Palavra de Deus. Para isso, evidentemente, ele deve se preparar teologicamente e em oração, para ensinar a Sã Doutrina. É inadmissível termos alguém na liderança da Igreja que não conhece a Palavra de Deus, ou não tem aptidão para ensiná-la.
7) Sobriedade. A sobriedade é a característica de uma pessoa sensata e equilibrada. É o contrário de ébrio ou bêbado, que age sem saber o que está fazendo. Um pastor não pode agir irresponsavelmente, precipitadamente, ou por impulso. É preciso, orar e pensar antes de tomar decisões.
8) Não dado ao vinho. Há diversos textos na Bíblia que falam contra o uso de vinho ou bebida forte. Há também exemplo de pessoas que por estarem embriagados, cometeram loucuras, como Noé, Ló, Belsazar, etc. Infelizmente, há obreiros que se deixaram influenciar pela teologia liberal e acham que não há problema em consumir bebida alcoólica. Mas, isso é um grande engano. A bebida prejudica em todos os aspectos: físico, moral, espiritual e social.
9) Não violento. Um obreiro não pode jamais espancar alguém, seja a esposa, filhos, ou quem a ele se opor. Jesus nos recomendou a aprendermos com Ele, a sermos mansos e humildes de coração. Portanto, pessoas com temperamento forte e que gostam de resolver as desavenças ‘no braço’, não podem ser pastores.
10) Não ganancioso, mas, moderado. Na atualidade vemos alguns obreiros que querem atuar na Igreja como se estivessem em um leilão: Quem der mais, leva. O objetivo de um pastor nunca poderá ser financeiro. Ele é digno do seu salário, mas, isso é um detalhe, não o seu objetivo final.
11) Não avarento. A avareza é uma espécie de idolatria. Paulo diz que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. A pessoa que ama o dinheiro comete as piores coisas para ganhar dinheiro: roubos, sequestros, corrupção, injustiça, assassinatos, etc. Por isso alguém que é avarento não pode ser pastor.
12) Bom pai de família. O pastor é o exemplo para Igreja. Portanto, aquilo que ele ensina, deve ser visto na sua família. A família do pastor é sempre observada como o exemplo da Igreja, seja para que bem ou para o mal. A esposa e os filhos menores dos pastores não podem dar maus exemplos. O pastor deve orar d orientar a sua família em casa. A primeira Igreja que devemos pastorear é a nossa família.
13) Não ‘neófito. A palavra 'neófito' vem de duas palavras gregas: 'neo' (novo) e 'fide' (Fé). Portanto, significa 'novo na fé', ou 'inexperiente'. Um pastor precisa ter experiência e maturidade para exercer o seu Ministério. Não é recomendável ordenar um novo convertido ao pastorado, pois, ele pode não aguentar a carga e morrer espiritualmente. O ideal seria que todos os pastores fossem primeiro auxiliares, ao lado de um pastor mais experiente, antes de assumir a primeira Igreja.
14) De boa reputação. Alguém já disse: Não basta ser honesto, tem que parecer honesto. O caráter é aquilo que nós realmente somos e a reputação é aquilo que as pessoas pensam de nós. Na vida do obreiro, o caráter é fundamental, mas, a reputação também é importante. Um pastor, mesmo que tenha caráter, se não tiver boa reputação, acaba prejudicando a obra , Deus. Devemos prestar atenção onde e com quem andamos, para evitar má impressão ou manchar a nossa reputação.

Conclusão

É urgente que a Igreja Evangélica brasileira se volte para os padrões bíblicos, para ordenar pastores. Se não fizer isso, retrocederemos aos padrões da Igreja Católica na Idade Média, que tinha um clero vergonhosamente corrupto, imoral e distante do povo e das Escrituras. Antes de sermos pastores, precisamos ser salvos e tementes a Deus. Paulo recomenda a Timóteo que, em tudo ele deveria ser exemplo para os fiéis. Pedro também recomenda os presbíteros a apascentarem o rebanho de Deus, não como dominadores, mas, servindo de exemplo ao rebanho.

Pb. Weliano Pires

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