Ev. WELIANO PIRES
O número de pessoas que se declaram cristãs evangélicas no Brasil é significativo e tem crescido nas últimas décadas. Segundo o censo de 2022, entre 2010 e 2022, o número de evangélicos saiu de 21,6% para 26,9%. Por outro lado, o número de pessoas que se afastaram das nossas igrejas também é muito grande. Não me refiro aqueles que mudam de ministério e continuam servindo a Deus e sim, aos que deixaram de congregar.
É importante destacar que as pessoas se afastam da Igreja por motivos diferentes e, por isso, a forma que a Igreja deve abordá-los, também é diferente. Vejamos abaixo, os três tipos principais de pessoas que se afastaram da Igreja e como devemos proceder com cada um deles:
1. Pessoas que, por não vigiarem ou por fraqueza, pecaram e se afastaram da Igreja. São pessoas tementes a Deus, que não conseguiram vencer o pecado, mas continuam crendo em Deus e desejam voltar, embora não tenham forças. Por estes, nós devemos sempre orar, visitá-los e aconselhá-los para que voltem a congregar o mais depressa possível.
2. Pessoas soberbas que se afastaram da Igreja por rebeldia. São pessoas que queriam uma Igreja conforme as suas conveniências e, como não tiveram os seus caprichos atendidos, saíram da Igreja. Estes se afastam e culpam os outros pelos próprios erros, tentando justificá-los. Com estes, não vale a pena argumentar para que voltem, pois seria lançar pérolas aos porcos e coisas santas aos cães (Mt 7.6). A única coisa que podemos fazer nesse caso é orar, para que Deus trabalhe no coração deles para que se arrependam.
3. Pessoas que abraçaram heresias e se apostaram da fé. São pessoas que por desconhecimento da Verdade, ou rebeldia contra Deus, saíram da Igreja, ingressaram em seitas e passaram a combater as doutrinas cristãs. Na maioria dos casos são pessoas que blasfemam contra o Espírito Santo e negam a Verdade que antes professavam. Com estes também não vale a pena argumentar, pois, a Bíblia diz que nestes casos não há perdão e não devemos orar (Mt 12.31,32; 1 Jo 5.16).
O apóstolo Paulo disse que aquele que está em pé, olhe para que não caia. O primeiro passo para não cair é reconhecer a própria fragilidade e buscar forças em Deus. A Igreja precisa agir para que as pessoas não se desviem e se empenhar em buscar os que se desviaram. Para isso, precisa conhecer os problemas de cada crente, para não confundir pessoas fragilizadas com rebeldes e apóstatas.
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