01 julho 2025

INTRODUÇÃO AO 3º TRIMESTRE DE 2025: A IGREJA EM JERUSALÉM


Ev. WELIANO PIRES


Com a graça de Deus, estamos iniciando mais um trimestre de estudo em nossa Escola Bíblica Dominical, no ano  2025. O tema deste 3º trimestre será: A Igreja em Jerusalém: Doutrina, comunhão e fé: a base para o crescimento da Igreja em meio às perseguições. O estudo deste trimestre abrangerá os primeiros quinze capítulos do Livro de Atos dos Apóstolos. O foco do trimestre será especificamente a Igreja de Jerusalém, que é a Igreja mãe de toda a Cristandade e o primeiro modelo de Igreja apresentado no Novo Testamento. 


Evidentemente, a Igreja de Jerusalém não era perfeita e também tinha problemas, pois era formada por crentes imperfeitos como nós. Mas, é inegável que aquela Igreja teve um crescimento extraordinário, em um contexto de ferrenha perseguição, primeiro dos judeus e posteriormente do Império romano. Conforme podemos notar no título da Revista deste trimestre, o comentarista aborda três pontos fundamentais como base para o crescimento da Igreja em meio à perseguição: Doutrina, comunhão e fé. Este pontos estão descritos no texto de Atos 2.42-47, junto com outros como a oração e o temor a Deus. 


A Igreja de Jerusalém perseverava "na Doutrina dos Apóstolos". Doutrina aqui é uma referência ao conjunto de ensinos ministrados por Jesus, que os apóstolos receberam do Mestre e transmitiram à Igreja. A Igreja do primeiro século cresceu muito rápido e eles tinham apenas o Antigo Testamento como Palavra de Deus. Então, se fazia necessário que os apóstolos transmitissem os ensinos de Jesus, oralmente e posteriormente, por epístolas. O ensino da doutrina dos apóstolos à Igreja continua sendo fundamental para o crescimento saudável da Igreja. Uma Igreja que cresce sem o ensino da Palavra de Deus, adoece e pode até se tornar uma seita. 


O termo grego traduzido por comunhão, no texto de Atos 2.42, é koinonia. É uma referência à união dos irmãos em todos os sentidos. Eles tinham uma comunhão tão profunda que, os que tinham mais de uma propriedade decidiram, voluntariamente, vender uma e doar o dinheiro para a liderança da Igreja suprir a necessidade dos mais pobres. Esta atitude generosa fez com que não houvesse nenhum necessitado entre eles. Não pode haver Cristianismo onde não há comunhão e os crentes vivem isolados. Há várias recomendações no Novo Testamento sobre a necessidade de haver comunhão entre os irmãos.


Embora não apareça no texto de Atos 2.42-47, a fé também fazia parte da base para o crescimento da Igreja de Jerusalém. A palavra fé, no grego é “pistis” e significa confiança, fidelidade e total dependência de Deus. A fé em Deus é provada nas adversidades e confirmada através da fidelidade a Deus. É preciso passar pelas provações e manter a sua fidelidade a Deus, até mesmo com o sacrifício da própria vida, para comprovar a fé em Deus. Quem realmente tem fé em Deus, precisa está disposto a morrer pela sua fé e abrir mão de tudo por amor à Deus. Era exatamente assim que vivia a Igreja de Jerusalém. 


A Igreja de Jerusalém foi inaugurada pelo Espírito Santo no dia de Pentecostes e continuou sendo dirigida por Ele. Por isso, esta Igreja é um modelo a ser seguido em todas as épocas e lugares. Ao longo deste trimestre estudaremos algumas características, virtudes desta Igreja e como ela enfrentou alguns problemas. A partir destes estudos, extrairemos preciosas lições para a Igreja atual.



COMENTARISTA

O comentarista deste trimestre é o pastor José Gonçalves. Presidente da Assembleia de Deus em Água Branca/PI, articulista, escritor, conferencista e comentarista de Lições Bíblicas de Adultos da Escola Dominical da CPAD há vários anos. É Mestre em Teologia pela Faculdade Batista do Paraná (FABAPAR) e especialista em Interpretação bíblica por essa mesma Instituição. É graduado em Teologia pelo Seminário Batista de Teresina (1995) e licenciado em Filosofia pela Universidade Federal do Piauí (2001). Ensinou grego, hebraico e Teologia Sistemática na Faculdade Evangélica do Piauí. Autor de mais de uma dezena de livros, dentre os quais: Por que Caem os Valentes? (2009); Defendendo o Verdadeiro Evangelho (2009); Davi: Vitórias e Derrotas de Um homem de Deus (co-autor, prêmio Areté, 2009); Maravilhosa Graça (2016), A Supremacia de Cristo (2017) e O Carisma Profético e o Pentecostalismo Atual (2021), todos publicados pela CPAD.

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