11 setembro 2023

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 12: SENDO A IGREJA DO DEUS VIVO

Ev. WELIANO PIRES


Nesta lição estudaremos o tema: Sendo a Igreja do Deus Vivo. Abordaremos a natureza da Igreja de Cristo, o seu relacionamento com Cristo e as armas que impedem a secularização da igreja. O objetivo é chamar a atenção para o papel da Igreja do Deus vivo como coluna e firmeza da verdade (1 Tm 3.15).

Há muita confusão, em relação à natureza e ao papel da Igreja de Cristo neste mundo. Muitas pessoas confundem Igreja com denominação. Os que fazem esta confusão ficam discutindo qual seria a Igreja correta, pois a Bíblia fala apenas de uma Igreja de Cristo. Outros dizem que todas as Igrejas se desviaram e a organização deles é a única remanescente que permaneceu fiel. Portanto, quem está fora dela, não será salvo. Neste grupo estão as Testemunhas de Jeová, os Adventistas e outros.

Os católicos, por exemplo, dizem que eles são a única Igreja fundada por Jesus, através do apóstolo Pedro, que teria sido bispo em Roma por 25 anos e o primeiro Papa. Acontece que Pedro nunca foi bispo de Roma e só foi a Roma na ocasião da sua morte. Além disso, Pedro era casado e nunca foi líder mundial da Igreja. Paulo escreveu uma Epístola à Igreja de Roma e, no final, enviou saudações para vários irmãos, mas sequer mencionou o nome de Pedro.

Quando falamos de Igreja, precisamos ter em mente que ela tem duas dimensões: A Igreja invisível ou universal, que é formada por todos os que foram salvos por Jesus; e a Igreja local, que é uma denominação que se reúne em um determinado lugar. A Igreja, portanto, é organismo e organização. Como organismo, ela é o corpo de Cristo e todos os salvos são membros dela. Como organização, ela é visível, humana, local e imperfeita, pois é dirigida por seres humanos. 

No primeiro tópico, falaremos sobre a natureza da Igreja do Deus Vivo. Falaremos neste tópico sobre três expressões usadas pelo apóstolo Paulo para se referir à Igreja de Cristo. Primeiro, falaremos sobre a expressão “a Casa do Deus Vivo”. Esta expressão no Antigo Testamento se referia ao Templo e Paulo a usa em sentido figurado para se referir à Igreja. Segundo, falaremos sobre a expressão “Coluna e firmeza da Verdade”, usada por Paulo para se referir à Igreja como a guardiã da Verdade revelada por Deus nas Escrituras. Por último, falaremos da expressão “o mistério da piedade”, que é uma referência a todo o processo de encarnação do Verbo, crucificação, ressurreição e ascensão de Cristo.  A Igreja é a portadora desta Verdade. 

No segundo tópico, abordaremos o relacionamento de Cristo com a Sua Igreja. A Igreja de Cristo está intimamente ligada a Ele. A Igreja sem Cristo estará morta, pois sem Ele nada podemos fazer. Este relacionamento entre Cristo e a Sua Igreja é pautado pela santidade, pureza e caráter irrepreensível. 

Falaremos da santidade e pureza da Igreja. Santidade e pureza se refere à separação do pecado e aproximação do Senhor. É um processo contínuo realizado pelo Espírito Santo na Igreja até a glorificação do nosso corpo. 

Depois falaremos da qualificação da Igreja de Cristo: gloriosa e irrepreensível. Paulo compara a Igreja de Cristo a uma noiva pura que aguarda o seu noivo para a festa nupcial, com as suas vestes brancas e limpas. Da mesma forma, a Igreja do Senhor o espera em santidade, com as suas vestes brancas, sem nenhuma mancha de ordem moral ou espiritual. A Bíblia assegura que sem a santificação, ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).

No terceiro tópico, falaremos das armas da Igreja de Deus. O comentarista nos apresenta duas armas importantes para evitar a secularização da Igreja que são: O zelo pela verdade e o ensino da verdade. Sendo a Coluna e firmeza da Verdade, a Igreja de Cristo tem o dever de zelar, viver e propagar a verdade das Escrituras, com fidelidade, sem omitir, sem acrescentar e sem modificar nada. 

O Senhor Jesus ordenou aos seus discípulos que ensinassem todas as nações a guardar tudo o que Ele mandou. Portanto, é papel da Igreja, não apenas zelar pela Verdade, mas ensiná-la. Uma Igreja que negligencia o ensino da Palavra de Deus, torna-se presa fácil dos falsos mestres e corre sérios riscos de se tornar uma seita. 


REFERÊNCIAS: 


BATISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o império do mal: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD. págs. 145-156.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. Ed. 94. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, pág. 42.

Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.537,538, 544-546.


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