11 novembro 2021

PAULO, O DESBRAVADOR SOB UMA GLORIOSA OBRIGAÇÃO


(Comentário do 1⁰ tópico da lição 7: Paulo, o plantador de Igrejas).

O apóstolo Paulo foi um gigante na pregação do Evangelho em vários aspectos. Nesta lição veremos como Paulo foi um plantador de Igrejas em várias partes do mundo do seu tempo. Um missionário é antes de tudo, um plantador de Igrejas. Existem vários tipos de missões: transculturais, nacionais, urbanas, capelanias, etc. Mas, quando falamos do início de um trabalho missionário, tem que haver o plantador de Igreja, que é alguém que inicia a pregação do Evangelho, onde não há Igreja formada e nenhuma estrutura. 


1. Paulo, o desbravador. Paulo foi chamado por Deus para levar o Evangelho para fora do território de Israel. Era uma mensagem totalmente desconhecida para os seus ouvintes. Como se diz na linguagem popular era "começar do zero". A palavra desbravador aqui é usada em referência a um agricultor primitivo, que chegava a um terreno para iniciar o seu plantio e precisava desmatá-lo manualmente e prepará-lo para a agricultura. Eu já trabalhei nesse tipo de serviço e não é nada fácil. 

Um desbravador, no caso do Evangelho, é um missionário que começa um trabalho evangelístico pregando nas praças ou em uma casa, com toda persistência, até que a semente nasça nos corações. Eu me lembro da minha infância, quando a Assembleia de Deus chegou à minha cidade natal. Era algo totalmente desconhecido. O Presbítero Isaías Soares da Silva foi o desbravador. Ele começou cantando hinos e pregando na praça, com a sua esposa e mais alguns irmãos. Aos poucos, algumas pessoas foram ouvindo a mensagem do Evangelho e se entregando a Cristo. O meu pai foi uma destas pessoas. No ano de 1978, ele entregou a sua vida a Cristo e é hoje, o crente mais antigo da cidade. 

No início da Assembleia de Deus no Brasil, foi assim que ela cresceu. Muitos crentes que se convertiam em um local, iam para outras cidades e abriam pontos de pregação. Quando o trabalho crescia um pouco, era enviado um pastor para pastorear aquele rebanho. Assim a Assembleia de Deus chegou as vilas, comunidades, fazendas e locais mais distantes dos grandes centros urbanos. Mas, tudo começava com um desbravador como Paulo. Muitos deles eram pessoas simples e desconhecidas nas convenções. 


2. Uma gloriosa obrigação. Paulo via a evangelização dos gentios como uma obrigacão que o Senhor lhe havia confiado: “Pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho”. (1 Co 9.16). Ele também se considerava "devedor" tanto aos judeus como aos gentios, de lhes anunciar a mensagem do Evangelho (Rm 1.14). De fato, é assim que a Igreja do Senhor deve se considerar. A pregação do Evangelho aos pedidos não é uma opção, que podemos adotar ou não. É uma ordem do Senhor Jesus e uma obrigação que Ele, como Senhor dá Igreja, nos incumbiu. (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; At 1.8). Eu tive um pastor que costumava dizer que "uma Igreja que não evangeliza não pode ser chamada de Igreja". 


3. Plantação de igreja, uma parceria. O processo de plantação de Igrejas envolve uma parceria, entre o evangelista, que planta a semente, e Deus que a faz brotar e crescer. Paulo deixa isso bem claro, quando escreveu aos Coríntios: "Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento". (1 Co 3.6,7). 

Neste contexto, estava acontecendo partidarismo entre os cristãos de Corinto. Um grupo dizia que era de Paulo; outro, de Apolo; outro de Pedro; e outro dizia que era de Cristo. Paulo os chamou de carnais e explicou que os obreiros são apenas trabalhadores da lavoura de Deus. Um planta, outro rega, mas o crescimento é dado por Deus. É assim na agricultura. Preparamos a terra, lançamos a semente, adubamos a terra e aguardamos o crescimento e os frutos. 

Infelizmente, há obreiros que pensam que a obra cresce por causa dele. Imaginam que são insubstituíveis. Mas, estão enganados. Se o Espírito Santo não agir nos corações, nada acontece. A nossa parte é plantar, regar e proteger a planta durante o seu crescimento, para que os predadores não a matem. Mas o crescimento e os frutos são obras de Deus. 


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Pb. Weliano Pires


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