23 novembro 2021

ÉFESO, O PONTO DE APRENDIZADO DOS VOCACIONADOS

 

Éfeso era uma das mais importantes cidades do Império Romano. Era a segunda maior cidade do Império romano. Por ser uma cidade portuária estar em conexão com as estradas para várias cidades, Éfeso se tornou um importante centro comercial. Havia também nesta cidade vários armazéns e um anfiteatro com capacidade para vinte mil e cinco pessoas. Entretanto, a construção que tornava Éfeso uma cidade mundialmente conhecida, era o templo dedicado à deusa Ártemis, conhecida por Diana no império romano. 

Paulo esteve em Éfeso pela primeira vez, em sua segunda viagem missionária, acompanhado do casal Priscila e Áquila. Ali, Paulo disputava com os  judeus sobre as Escrituras. Os judeus em Éfeso receberam bem o Evangelho e rogaram a Paulo que demorasse mais um pouco ali. Mas, devido a um compromisso que tinha em Jerusalém, Paulo deixou Priscila e Áquila em Éfeso e seguiu viagem. Este casal conheceu Apolo, um judeu de Alexandria, eloquente e poderosos nas Escrituras, que conhecia apenas o batismo de João. O casal de missionários o orientou sobre o Evangelho ele se tornou um importante pregador e companheiro de Paulo. 

Depois, em sua terceira viagem missionária, Paulo retornou a Éfeso, Ali, ele encontrou um grupo de doze cristãos, que haviam crido na mensagem pregada por João Batista, provavelmente, pregada em Éfeso por Apolo. Estes cristãos nada sabia a respeito do Espírito Santo. Paulo lhes ensinou sobre a doutrina do Espírito Santo e, impondo-lhes as mãos, foram batizados no Espírito Santo, falaram em línguas e profetizaram (At 19.1-7). Nesta ocasião, Paulo permaneceu em Éfeso por três meses, pregando ousadamente a Palavra de Deus na sinagoga  (Atos 19:23-41). Durante este período, ferrenhos opositores, liderados pelo ourives Demétrio, se levantaram contra a equipe, irritados por causa dos prejuízos causados aos fabricantes de ídolos, em virtude das muitas conversões. 

1. O ponto de partida. A Igreja em Éfeso cresceu e foi avivada pelo ensino bíblico. Paulo permaneceu ali por três anos, ensinando a Palavra de Deus. Por isso, esta Igreja se tornou uma referência na doutrina, sendo elogiada por Jesus, por suas boas obras, trabalho árduo e perseverança e por desmascarar os falsos apóstolos (Ap 2.2.3).

Devido ao longo período que Paulo permaneceu em Éfeso, ele fundou ali, uma escola de preparação de obreiros, para ensinar aos que tinham vocação para o ministério. Evidentemente, não era uma escola nos moldes de hoje, com materiais didáticos e instalações adequadas e não possuíam ainda o Novo Testamento como temos hoje. 

2. Paulo e o despertamento de novas vocações. O ministério de Paulo era muito intenso. Ele viajava por todo o mundo pregando o Evangelho, ensinando e visitando Igrejas. Ele não podia ficar muito tempo em um lugar ensinando uma Igreja. Sendo assim, Paulo se preocupou em formar novos obreiros para dar continuidade ao seu trabalho, principalmente porque ele sabia que teria que partir de Éfeso e que não voltaria mais. Por onde passava, Paulo investia em novos obreiros e formou vários companheiros de ministério, entre eles estão Timóteo, Sópatro, Segundo, Trófimo (At 20.4), Tíquico (Ef 6.21,22: Cl 4.7:2 Tm 4.12; Tt 3.12), Tito, Aristarco (CL 4.10), Filemom, Gaio e tantos outros. 

Paulo tinha um cuidado e carinho especiais com cada um deles, como podemos notar no tratamento dado por ele a Tito, Timóteo e Filemon nas Epístolas. Não era uma relação de ‘chefe e subordinado’, como se vê em muitos lugares. Paulo os chamava de “meu filho” e conhecia o perfil de cada companheiro. 

A obra de Deus não pode parar. É preciso recrutar e preparar novas lideranças para dar continuidade ao trabalho. As lideranças mais experientes devem ajudar, compreender e ensinar aos mais novos. Os pastores precisam formar novos pastores; os regentes devem formar novos regentes; os superintendentes e professores, da mesma forma.

3. Paulo, um mestre inspirado. Paulo recebeu a doutrina cristã diretamente do Senhor Jesus, por meio de revelações e por inspiração do Espírito Santo. Além disso, Paulo tinha profunda comunhão com o Senhor. Era um homem de oração e que ouvia o Senhor falar com ele nas prisões e nos momentos difíceis. Tinha muitas experiências para repassar aos obreiros mais jovens. Ele se tornou uma inspiração para os seus filhos na fé. 

Todos nós, de alguma forma influenciamos a alguém, seja para o bem, ou para o mal. Em tudo o que fazemos na Igreja tem alguém nos olhando e pode se espelhar em nós, principalmente os novos convertidos. A pergunta que fica é: Que tipo de influência temos sido? Se os novos obreiros olharem para nós, se tornarão melhores ou piores? Escrevendo a Timóteo, Paulo disse coisas do tipo: Sejas exemplo para os fiéis, em tudo te dá por exemplo. Escrevendo aos Coríntios, ele disse: Sede meus imitadores (1 Co 11.1). Tenhamos cuidado para que as nossas palavras e atitudes não escandalizem os nossos filhos na fé e novos crentes. 


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Pb. Weliano Pires


REFERÊNCIAS:

CABRAL, Elienai. O Apostolo Paulo, Lições de Vida e Ministério do Apostolo do Gentios para a Igreja de Cristo. RIO DE JANEIRO: CPAD. Ed. 1, 2021.

BALL, Charles Ferguson. A vida e os Tempos do Apostolo Paulo. Editora CPAD. pag. 83.  

LOURENÇO, Stelio Rega. Paulo e Sua Teologia. Editora Vida. pag. 42-46.    

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. Vol. 3. pag. 413.      


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