06 outubro 2021

A PERSEGUIÇÃO CONTRA A IGREJA DE CRISTO


A Igreja é o corpo de Cristo e é por meio dela que o Senhor proclama a Salvação aos pecadores. A Igreja, portanto, é a agência do Reino de Deus na terra. Sendo assim, quando alguém persegue a Igreja, está perseguindo e se opondo ao próprio Jesus. 


1. Contra os seguidores de Jesus. Saulo empreendeu uma verdadeira caçada aos discípulos do Senhor, com o objetivo claro de destruir a Igreja. A primeira vítima desta perseguição cruel foi o diácono Estevão, um fervoroso pregador do Evangelho, defensor da Doutrina Cristã. Estevão, cheio do Espírito Santo, não se deixou intimidar pelas ameaças e venceu os debates através do conhecimento bíblico que possuía e, principalmente, pela sabedoria irresistível que o Espírito Santo lhe concedeu. 

Saulo não conhecia Jesus e não sabia que a Sua Igreja é indestrutível e invencível. Foi o próprio Jesus que edificou a Sua Igreja e garantiu que as portas do inferno não prevaleceriam contra ela (Mt 16.18). Ao longo da história, vários perseguidores já tentaram destruir a Igreja de todas as formas, mas não conseguiram: os judeus, os romanos, o comunismo, os mulçumanos, etc. A Igreja, no entanto, segue firme em sua missão, até o Senhor Jesus voltar para buscá-la. 


2. Saulo de Tarso e Estevão. Temos aqui um duelo de dois personagens, que conheciam profundamente a Lei e a história do povo de Israel. Vamos traçar um paralelo entre eles e estabelecermos a diferença: 

De um lado, temos Saulo, como vimos na lição passada, um judeu de nascimento, filho de fariseu e também fariseu, nascido em Tarso da Cilícia, com cidadania romana, doutor da lei, poliglota, conhecedor da cultura e da filosofia grega, zeloso ao extremo pela Lei de Moisés, disposto a perseguir, torturar, prender e até matar, quem contrariasse o seu entendimento farisaico da lei. 

Do outro lado, temos Estêvão, um jovem que nada sabemos acerca da sua biografia. O seu nome é grego: “Stephanos”. Isso pode indicar que ele tenha nascido fora do território de Israel e sua família falava grego. Alguns intérpretes da Bíblia sugerem que ele pode ter sido um judeu nascido em Israel, pois, naquela época muitos israelitas também tinham nomes gregos.

De concreto, pelo texto bíblico, sabemos que ele Israelita de nascimento, pois se referiu a Abraão como “nosso pai”, e aos membros da sinagoga como “varões irmãos”. Sabemos também que ele foi um dos sete escolhidos para ser diácono. Os requisitos para este cargo é que fosse um homem de boa reputação, cheio do Espírito Santo e de sabedoria (At 6.3). Sabemos também que Estevão era cheio de poder e de fé e fazia grandes sinais entre o povo (At 6.8). Por último, sabemos que ele era um profundo conhecedor das Escrituras hebraicas, pois fez um longo discurso, discorrendo sobre a História de Israel, desde Abraão até Cristo, com muitos detalhes. Entretanto, o texto bíblico nos mostra que os seus oponentes não conseguiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava (At 10). Isso nos mostra que a sabedoria de Estêvão não era apenas fruto do seu conhecimento teórico da Lei, pois, neste aspecto Saulo e outros doutores da Lei o superavam. A sabedoria de Estêvão era um dom espiritual concedido pelo Espírito Santo.  

A disputa começou, quando Estêvão fazia sinais e prodígios entre o povo e pregava com ousadia o Evangelho de Cristo. Alguns, que eram da “sinagoga dos libertos” e dos cireneus e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, passaram a debater  com Estêvão sobre a Lei. (At 6.9). Saulo devia ser um dos líderes desta sinagoga, pois ele era doutor da Lei e era da Cilícia. 

Não conseguindo vencer a sabedoria divina que estava sobre Estêvão, eles apelaram para a calúnia. Subornaram alguns homens para dizerem que Estêvão havia blasfemado e incitaram o povo contra ele, para o levarem ao Sinédrio e fazer com que ele fosse apedrejado.. Esta mesma tática diabólica foi usada por Jezabel contra Nabote e pelos escribas e fariseus contra Jesus. 

O sumo sacerdote o interrogou e Estêvão, cheio do Espírito Santo pregou ousadamente a Palavra de Deus, acusando-os de serem traidores e assassinos de Cristo (At 7.52). Enquanto ele falava, o seu rosto brilhava como o de um anjo, da mesma forma que aconteceu a Moisés, quando recebeu as tábuas da Lei das mãos de Deus. Esta pregação de Estêvão despertou a fúria dos seus algozes e ele foi apedrejado até à morte, tornando-se o primeiro mártir da Igreja Cristã. Assim como o seu Mestre, enquanto estava sendo executado, Estêvão intercedia por aqueles que o matavam. Que exemplo de fidelidade a Deus! 


3. Uma intolerância religiosa e política contra a igreja atual. A Igreja atual também continua sofrendo intensa perseguição pelo mundo afora. Por vivermos em um país democrático, onde (ainda) há liberdade religiosa, ficamos com a impressão de que a Igreja atual não passa por perseguições. Mas, em muitos lugares ainda é crime ser cristão e é uma atividade de alto risco ser um seguidor de Jesus, principalmente nos países dominados pelo Islamismo e pelo Comunismo. 

Em outros países não há perseguição, atentando contra a vida e a integridade dos cristãos. Mas, há outros tipos de perseguições disfarçadas, através da cultura e de leis que dificultam o funcionamento da Igreja com multas e restrições. Oremos incessantemente pela Igreja perseguida. 


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Pb. Weliano Pires


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