Como vimos no tópico anterior, a divisão do reino foi plano de Deus. Mas, as atitudes intransigentes de Roboão foram determinantes para que isso acontecesse e nos servem de exemplo. No mundo atual, muitas pessoas são avessas a conselhos. Alguns dizem até que, "se conselho fosse bom, não seria dado e sim vendido". Os jovens, normalmente, não gostam de ouvir conselhos, principalmente dos mais velhos, pois, os acham ultrapassados. Os velhos, por sua vez, acham que já tem muita experiência e não precisam de conselhos.
1. Quem foi Roboão. Roboão era filho de Salomão com Naamá, sua esposa amonita. (1 Rs 14.21). O seu nome significa "o que aumenta o povo". É o único filho de Salomão mencionado na Bíblia e nasceu um ano antes de Salomão assumir o trono. Roboão foi o primeiro monarca do Reino do Sul. Ele começou o seu reino aos 41 anos e reinou 17 anos em Jerusalém.
2. O bom conselho dos anciãos. Inicialmente, Roboão teve uma boa atitude. Ao se deparar com a insatisfação do povo, devido aos elevados tributos deixados por seu pai, Roboão pediu conselhos aos anciãos (1 Rs 12.6,7). Os anciãos reconheceram que a insatisfação do povo era justa e aconselharam Roboão a reduzir a carga tributária, pois assim teria o povo ao seu lado.
3. O mau conselho dos amigos de Roboão. Após ouvir os anciãos, que conviveram com Salomão, Roboão resolveu ouvir também os mais jovens, que eram seus contemporâneos. Entretanto, o conselho dado pelos jovens foi diametralmente oposto ao dos anciãos. Eles aconselharam Roboão a responder de forma autoritária e arrogante, que iria aumentar os impostos e impor medidas muito mais severas do que as do seu pai. (1 Rs 12.14).
4. O erro de Roboão ao ouvir maus conselhos. Coube a Roboão avaliar os dois conselhos opostos que ouviu e decidir por um deles. Roboão decidiu acatar o conselho dos jovens e respondeu ao povo conforme o conselho deles. A decisão tomada por ele mostra que ele também pensava como os jovens, pois, aquele conselho era absolutamente insensato. Mesmo que não concordasse em reduzir os impostos, poderia ter proposto uma saída menos drástica e responder ao povo de forma branda, para evitar que os ânimos se exaltassem ainda mais. Esta decisão insensata de Roboão, no entanto, foi uma permissão de Deus, para provocar a revolta e confirmar a palavra que o Senhor tinha falado pelo ministério de Aías. (1 Rs 12.15).
Os conselhos são muito importantes numa administração, pois, o administrador não sabe tudo. O bom administrador precisa ser especialista em tudo. Ele só precisa ouvir quem entende de cada assunto e tomar decisões sensatas. Saber distinguir os bons dos maus conselheiros é essencial no momento de tomar alguma decisão importante na nossa vida. Até mesmo na liderança da Igreja, é importante ouvir conselhos de pessoas sábias e experientes. Um pastor que decide tudo sozinho tem mais chance de errar e quando errar terá que arcar sozinho com as consequências.
"O caminho do insensato parece-lhe justo, mas o sábio ouve os conselhos" (Pv 12.15).
"O orgulho só gera discussões, mas a sabedoria está com os que tomam conselho". (Pv 13.10).
Pb. Weliano Pires
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