22 julho 2021

O DESAFIO NO MONTE CARMELO


Neste primeiro tópico, vamos estudar o desafio proposto pelo profeta Elias ao povo de Israel. Elias foi um profeta muito zeloso pelas coisas de Deus, que confrontou a idolatria e a maldade da família real do Reino do Norte nos governos de Acabe e Acazias, seu filho. Isso despertou a fúria de Acabe e sua esposa Jezabel contra ele. Elias teve que fugir da sua terra por três anos e meio, o tempo que durou a seca profetizada por ele. Acabe o procurou por todo o território de Israel, mas, não o encontrou. 


1. O zelo de Elias o pôs diante de um confronto. Após confrontar o rei Acabe, anunciando que não iria chover, Elias seguindo a orientação divina, saiu da terra de Israel e abrigou-se em Sarepta, na casa de uma viúva. Agora, foi orientado por Deus a retornar e encontrar-se com o rei Acabe, como vimos na lição passada. Elias falou para Acabe reunir o povo de Israel, os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas de Aserá, no Monte Carmelo. 

Diante do povo, Elias perguntou: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o” (1 Rs 18.21). Entretanto, o povo não respondeu nada. Esta palavra coxear vem de coxo e significa capengar, mancar, ou pender para um lado. Em sentido figurado significa hesitar ou vacilar. Era isso que Elias quis dizer sobre a situação espiritual do povo de Israel, que vivia um estado de completa cegueira espiritual, adorando às divindades fenícias, Baal e Aserá.


2. O problema de não saber a quem adorar. O primeiro dos mandamentos da Lei é "Não terás outros deuses diante de mim" (Ex 20.1). Em Deuteronômio 6, no texto conhecido como "Shemá", lemos: "Ouve ó Israel, o SENHOR vosso Deus é o Único Senhor" (Dt 6.4). Portanto, era inadmissível que o povo de Deus não soubesse a quem deveria adorar. 

A idolatria consiste na adoração ou culto a qualquer pessoa, objeto ou local. Qualquer coisa que se coloca no lugar de Deus, torna-se um ídolo. Existem várias formas de idolatria. Muitos idolatram a fama, o dinheiro, a beleza, etc. Se tiverem que escolher entre estas coisas e Deus, ficam com elas e rejeitam a Deus, como fez o jovem rico (Mt 19.16-30). Deus não aceita dividir a sua Glória com ninguém, pois Ele é o Único Deus (Is 42.8). Jesus disse que se alguém amar a qualquer pessoa mais do que a Ele, não é digno dele. (Mt 10.37). A Bíblia nos alerta que os idólatras não herdarão o reino de Deus. (1 Co 6.9; Gl 6.19-21; Ap 21.8; 22.15). 


3. O desafio do fogo. Diante do silêncio do povo à sua pergunta, Elias propôs um desafio ousado. Os profetas de Baal preparariam um altar e partiriam um bezerro em pedaços para o sacrifício, porém, não poderiam colocar fogo. Depois, Elias faria o mesmo com outro bezerro. Os profetas de Baal invocariam o seu deus e Elias invocaria ao Deus de Israel. A divindade que respondesse enviando fogo sobre o altar, seria considerada o Deus Verdadeiro. O povo, de imediato aceitou o desafio. 

Os profetas de Baal fizeram orações e rituais, desde a manhã até ao meio dia. Mas, não houve resposta alguma. Elias zombava deles, para que insistissem no clamor, com mais intensidade, pois Baal poderia estar viajando ou dormindo. Eles clamaram mais alto, dançaram e se retalharam com facas, mas não houve nenhum sinal. Chegando o horário do sacrifício da tarde, que acontecia às 15:00, Elias chamou o povo a si e iniciou os preparativos para o seu sacrifício, como veremos no próximo tópico.


Pb. Weliano Pires


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