04 abril 2015

O extermínio da Equipe Bike na Guarda Universitária e a falácia das desculpas apresentadas.

 A Equipe de Guardas de Bicicletas (G-BIKE) teve início na gestão Ronaldo Pena. É um trabalho de segurança comunitária, que consiste em rondas de bicicletas, nos lugares onde as viaturas não tem acesso. Nesse trabalho, o agente tem um contato mais aproximado com a comunidade USP, trazendo informações e ao mesmo tempo visualizando locais onde possa haver práticas criminosas, longe do movimento de veículos, como é o caso da Escola de Aplicação, Corredor do Crusp, Corredor da Psicologia, Praça do Relógio e ECA.
Qualquer gestor que pensa em sustentabilidade, economia de recursos públicos, saúde dos funcionários e aproximação entre a Guarda e a comunidade, incentivaria e investiria em um trabalho dessa natureza.
Ainda na gestão do Ronaldo Pena, este setor foi sendo sucateado, chegando ao ponto do Líder, senhor Vicente, comprar peças e pagar a manutenção das bicicletas com o seu próprio dinheiro, para não ver o setor, do qual ele foi um dos pioneiros, acabar.
Com a chegada dos Coronéis, não teve jeito. Eles entenderam que o setor não era prioridade e encerraram, de vez, as suas atividades. Isso causou muita indignação na época, tanto da maioria dos agentes da Guarda, quanto de outros setores da USP, que admiravam este trabalho. Houve muitas críticas aos Coronéis, por conta disso. Inclusive, o então candidato a vice-Reitor, Prof. Vahan, mostrou-se favorável a esse serviço, em conversa com integrantes da Guarda.
Quando a Professora Ana Pastore assumiu, houve um movimento para o recomeço da Bike. Era muito difícil, no entanto, devido à falta de recursos e a indisposição da gestão Zago em gastar. Conseguiram uma doação de várias bicicletas e foi iniciado o trabalho com quatro guardas. No último dia da professora Ana, ela transferiu uma funcionária que integrava a Bike, para outro setor da USP, alheio ao serviço de segurança da USP e, apesar de ter sido pedido um substituto, foi negado, alegando-se, falta de efetivo.
Quando o Professor Visintin assumiu a Superintendência, ele demonstrou não ser favorável a esse trabalho. Porém, após conversas com algumas pessoas sobre o tipo de trabalho que era realizado, foi convencido a não acabar. Entretanto, o trabalho foi ficando cada vez mais precário, negando-se até mesmo a manutenção das bicicletas.
O que ficou claro, é que já faz algum tempo que a Equipe Bike perdeu a razão da sua existência. Desde então, buscavam motivos para acabá-la. O serviço de segurança com bicicletas é um serviço necessário e bem visto pela comunidade USP, como falei anteriormente.. Eu vi isso de perto, durante o tempo em que fiquei na Bike. Entretanto, na visão míope de alguns chefes, ela é desnecessária. Pelo que entendi, aceitaram que a Bike fosse implantada novamente, com um objetivo especial: beneficiar uma pessoa apadrinhada do Guaracy, que era assessor da Professora Ana Pastore. Como esta pessoa foi transferida numa canetada e sem permuta, perdeu-se a razão da Bike continuar existindo. Porém, ninguém queria assumir o ônus de ser o exterminador de um setor, do qual se fez tanta propaganda e criticaram tanto os Coronéis por haverem acabado.
Ficaram procurando, então, motivos para acabar. Transferiram alguns ‘amigos’, sem vir ninguém para os seus lugares, para unidades onde supostamente há 'enorme demanda' e, inevitavelmente, o setor operacional do Campus do Butantã ficou desfalcado.
Pronto! Agora acharam um motivo para acabar com a Bike. Alegaram que precisavam de guardas nas equipes operacionais e por isso, teriam que usar os três integrantes da Bike. A Bike recomeçou a pedido do Guaracy, para que pudesse beneficiar uma pessoa. Agora que esta pessoa saiu, os chefes não veem porque manter a Bike. O que eu estou criticando, não é o fato de acabarem a Bike. Se isso fosse uma necessidade operacional, tudo bem. O que estou criticando, são as desculpas esfarrapadas que usaram, para justificarem o injustificável.
Vejamos:
A desculpa:
Falaram que estão acabando a Bike porque não têm efetivo suficiente, para trabalhar nas equipes nos finais de semana.
A realidade:
Não tem efetivo, porque:
1) Transferiram dois guardas da Equipe 01 para o litoral, sem justificarem a demanda daquele local e sem vir ninguém para o lugar deles. (Compreendo a necessidade dos servidores, que moram lá e seriam beneficiados com a transferência. Não estou criticando isso);
2) Transferiram de uma só vez, dois chefes da equipe 01 e um funcionário do setor de Frota, para a Faculdade de Saúde Pública, sem que ninguém os substituísse;
3) Transferiram uma funcionária da Bike, para um setor fora da Guarda, cujo serviço não tem nenhuma relação com a segurança da USP ou com a função, para a qual fora contratada;
4) Transferiram um funcionário da Segurança Institucional (Reitoria) para o MAC Ibirapuera, sem vir ninguém para o seu lugar;
5) Transferiram outro funcionário da Segurança Institucional para Lorena, sem vir ninguém para o seu lugar, ignorando todos os pedidos de transferência feitos por outros servidores, para aquela unidade;
6) Transferiram um funcionário da equipe 01, para a Chefia da Central de Rádio, sem vir ninguém para o seu lugar;
7) Transferiram um funcionário da Central para o Museu Paulista, sem justificativa e sem ninguém o substituir;
8) Transferiram um funcionário da USP Leste, que deveria vir para o Butantã, para a Faculdade de Saúde Pública, onde já havia inchaço evidente no efetivo;
9) Transferiram um funcionário da Equipe 02 para a FSP, sem substituição;
10) Transferiram um funcionário da Equipe 01 para o setor de alarmes sem substituição;
11) Transferiram um funcionário da equipe 03 para o setor de monitoramento, onde já havia vigias trabalhando e dispensa a presença de um guarda;
12) Transferiram o chefe do Quadrilátero da Saúde, para trabalhar à noite, no Parque Cientec, uma unidade que não tem eventos nesse horário e tem vigilância local, ignorando também, um pedido de transferência feito anteriormente por outro guarda, que mora próximo ao local e teve o seu pedido negado.
Onde estão as alegadas prioridades? Qualquer pessoa, que conhece o Campus do Butantã, sabe onde estão essas prioridades. É exatamente nos lugares de onde tiraram os agentes citados. O interessante, é que no setor administrativo há Guardas que já foram líderes de equipe e conhecem bem o trabalho da rua, fazendo serviços burocráticos do nível básico. Mas, ninguém olha naquela direção, quando precisa de efetivo. No Setor Institucional também, há Guardas trabalhando a noite, em um prédio que fica fechado e onde há vigilância. Mas, ninguém quer mexer lá.
O problema da Guarda não é falta de pessoal O que há é falta de gestão e de planejamento. A Guarda tem mais de 100 agentes e menos de 50 estão na rua. Há algo de muito errado nisso. Para piorar, saíram cinco pessoas da Guarda no PIDV e não será contratado ninguém, para lhes suprir as vagas. Algumas, não farão nenhuma falta, pela irrelevância dos seus 'serviços' à Segurança da USP. Na verdade tirarão um peso, da Folha de pagamento da USP.
Sempre que falamos em transferências de funcionários, falam de prioridades operacionais e necessidades do servidor. A verdade, é que apenas as transferências de apadrinhados são prioridades. Quem não tem padrinho, nunca terá prioridade. Só será transferido se prestar novo concurso.
A questão da suposta falta de efetivo na Guarda é antiga. Contratou-se muita gente, de 2006 a 2010 e mesmo assim, ela se agrava a cada dia que passa. Isso principalmente, pelas 'boquinhas' arrumadas para os ‘amigos dos chefes’ e para chefes que não deram certo. Esses quando saem dos seus cargos, nunca vão para a rua como Guarda. Sempre arrumam um lugarzinho para acomodá-los.
Como diria Boris Casóy:
-Isto é uma, vergonha!
Weliano Pires
Agente de Vigilância da Guarda Universitária

08 novembro 2013

A criminalidade na USP e as suas causas / Resposta ao Jornal do Campus.

Sou agente de Vigilância da Guarda Universitária. Trabalho na USP há 11 anos, três deles na Guarda Universitária. Li um texto no Jornal do Campus, órgão de imprensa dos alunos da ECA-USP, o qual noticiava o aumento de ações criminosas na USP, relatando os depoimentos de algumas vítimas e questionava a presença da PM dentro Campus. 

A princípio, quero me solidarizar com estas vítimas e lamentar pelo que lhes acontecera. Entretanto, quero dizer que conheço muito bem, o 'antes' e o 'depois' da entrada da PM no Campus da Capital. Antes da atuação da PM, aconteciam furtos, assaltos, sequestros, furtos e violações de veículos, agressões, etc. quase diariamente. Além disso, crimes como estupro e atentado ao pudor e até assassinato, ocorreram na USP. 

Após o convênio firmado entre a USP e a Polícia Militar, os índices de criminalidade na USP caíram cerca de 70%. Nós da segurança, hoje trabalhamos com muito mais segurança, uma vez que estamos direcionados ao trabalho preventivo e de orientação à comunidade USP. Não temos poder de polícia e não usamos armas. Ficávamos a mercê do perigo, correndo atrás de bandidos, sem nenhuma proteção e sendo cobrados, por uma função que não é nossa. Um dos nossos agentes chegou a ser levado cativo e passou por momentos de terror nas mãos de um marginal que ameaçava queimá-lo vivo. Escapou por um milagre. 

Hoje, quando se trata de crimes e perseguição a bandidos é a Polícia que vai na frente. Nós damos todo apoio à vitima, registramos a ocorrência, reunimos dados que podem colaborar no esclarecimento dos crimes e tomamos medidas que possam evitar que o fato se repita. Entretanto, concordo que os assaltos têm crescido ultimamente nas regiões citadas e dentro dos ônibus. Eu mesmo já atendi a pessoas que foram assaltadas. Esse fato ocorre principalmente pelo fato de a USP ter um acesso livre à Comunidade São Remo, onde a maioria dos criminosos que já foram presos na USP vivem. A maioria desses criminosos são menores de idade e não ficam presos. Diante desses fatos, não acho que se deva questionar a presença da PM no Campus, mas, tomar medidas, no sentido de fechar esses acessos à Comunidade, para dificultar a fuga desses bandidos e, reforçar o efetivo da PM. 

A criminalidade tem assolado não apenas a USP, mas, o Brasil inteiro, pelos seguintes motivos:

1) Código penal ultrapassado, com penas muito brandas, que se constituem em um verdadeiro incentivo à criminalidade. Para se ter uma ideia, se um criminoso matar alguém e não for preso em flagrante, se for réu primário, tiver endereço e emprego fixos, responde ao processo em liberdade. Se for condenado, o que é muito difícil, cumprindo 1/6 da pena entra para o regime semi-aberto e passa o dia na rua, indo apenas dormir na prisão. Muitos deles nem voltam.

2) A maioridade penal aos 18 anos. Apegando-se nisso, os menores de 18 anos cometem as maiores barbaridades, pois sabem que não podem ser presos. O crime organizado tem usado aos menores em ações criminosas, porque sabem que não serão presos.

3) Receptação de produtos ilícitos. A quantidade de pessoas e empresas que compram produtos de origem criminosa é muito grande. Um bandido que rouba um Smartphone vende-o com muita facilidade. É preciso que o estado brasileiro seja mais enérgico, para punir a receptação.

4) A existência de comunidades (favelas) com difícil acesso e sem endereço, onde bandidos se escondem facilmente. Nestas áreas a população fica refém dos criminosos e não os denunciam. Eles se escondem em vielas e dificilmente a polícia os encontra. 

5) O pensamento de esquerda, que acredita que os bandidos são vitimas da sociedade e não o contrário. Com o apoio de defensores dos ‘direitos humanos’ essas pessoas estão sempre defendendo bandidos e perseguindo policiais. 

Na USP, enquanto a Universidade estiver aberta dia e noite para entrar e sair qualquer um, sem identificação e sem nenhum vínculo com a Universidade será praticamente impossível diminuir a criminalidade. A comunidade USP também precisa se conscientizar de que a USP não é um ‘convento’ ou um ambiente que só tem pessoas de boa índole e adotar medidas de segurança, como evitar deixar objetos de valor à vista, evitar andar sozinho em horários noturnos, controle de acesso, etc. Se enfrentarmos estas questões, certamente os índices de criminalidade diminuirão. Caso contrário, irão crescer a cada dia e salve-se quem puder.

Weliano Pires
Agente de Vigilância da Universidade de São Paulo.

Resposta de um Guarda Universitário ao Jornal do Campus.

O meu nome é Weliano. Sou Agente de Vigilância da Guarda Universitária. Li a reportagem da Caroline Dias, na edição 417, pagina 6, do Jornal do Campus, intitulada “Precariedades dificultam ação da GU”, contendo algumas ‘denúncias’ de alguns ‘guardas anônimos’ e resolvi fazer alguns comentários a respeito:

Em algumas questões, concordo parcialmente e em outras, discordo totalmente, pois, há acusações levianas e fantasiosas. Na questão do nosso espaço físico, realmente, a situação é precária. Isto se deu, em virtude da desvinculação da Guarda Universitária da Prefeitura do Campus, passando a fazer parte da Reitoria.

Isto foi feito ainda na gestão do Ronaldo Pena. Hoje, nós não pertencemos à Prefeitura, porém continuamos no prédio dela. A Prefeitura resolveu fazer uma obra no local e quase demoliu o prédio sobre a nossa cabeça. Os guardas, que estavam em serviço, paralisaram as suas atividades e protestaram. 

O Superintendente e o SINTUSP foram chamados e foi combinado que a obra não continuaria, enquanto nós estivéssemos no local. A resposta do Superintendente foi que ele aguarda algumas pessoas mudarem do prédio da Administração Central, para que possamos ser transferidos para lá. 

Foi dito pelos guardas anônimos que dispomos de dois chuveiros para 85 pessoas. Esta não é toda a verdade. Nós realmente temos 85 pessoas, mas, estão divididas em três turnos (manhã tarde e noite) e temos a Central de Operações que dispõe de um vestiário à parte, a SEGELT (Segurança Eletrônica) que também dispõe de banheiro e uma Agente feminina que tem, obviamente, o seu banheiro exclusivo.

Sobre o convênio com a Polícia Militar, foi dito que “Nós não podemos fazer nada, além de chamar a PM em uma ocorrência”; “a PM demora duas a três horas para aparecer, quando aparece”; “a USP perdeu segurança com o protocolo” e que “as estatísticas caíram, só porque nós não podemos registrar tudo o que acontece”. 

Ora, nenhuma dessas afirmativas tem base na realidade. São fantasiosas e levianas. Em uma ocorrência, quem toma conta da situação é a Guarda Universitária. A Polícia Militar entra como apoio e só é chamada quando há crime. Em casos como discussões entre alunos ou funcionários, acidentes de trânsito sem vítimas, manifestações sindicais e estudantis, orientação ao trânsito, etc., é a Guarda Universitária que relata a ocorrência e dá todo apoio. Entretanto, se acontece um fato, tipificado como crime no código penal, como roubos, furtos, atropelamentos, sequestros, estupros, etc., a PM é chamada e ela vem. 

Hoje, a Polícia Militar trabalha no campus com um rádio da Guarda Universitária. Quando é comunicado na rede um crime, imediatamente a Polícia Militar é comunicada. Porém, eles não são ‘onipresentes’. Se estiverem em outra ocorrência, terá que vir outra viatura de fora e, como acontece com o resto da população, nem sempre há disponibilidade. 

Dizer que a USP perdeu segurança depois do convênio com a PM é negar a realidade. Os índices de criminalidade caíram 70% depois da chegada da PM. O que está ocorrendo ultimamente é que os criminosos migraram para dentro dos ônibus circulares e para as áreas externas próximas à USP como a Rua Francisco dos Santos (Mercadinho) e Corifeu de Azevedo Marques. 

Sobre a afirmação de que não podemos registrar tudo, isso é uma acusação sem nenhum fundamento. Ocorre exatamente o contrário. Hoje, nós registramos as ocorrências de antes e fazemos registros de ‘não conformidade’ que não eram feitos antes. Este registro tem como objetivo prevenir algum acidente ou crime. Se notamos algo que pode gerar uma situação adversa, fazemos o registro e este é encaminhado ao setor responsável.

Na questão da escala, os agentes tem razão, quanto aos pontos facultativos, que o restante dos funcionários da USP tem e nós não. É verdade que a nossa escala de trabalho tem que ser diferenciada, uma vez que o nosso trabalho não pode parar. Mas, pode haver uma reposição de folga referente aos pontos facultativos. 

Eles só não têm razão, quando dizem que a escala é feita por alguém do setor administrativo, que não tem nenhum contato com a equipe. Isso não é verdade. A escala de serviço é feita pelos respectivos líderes de equipe e é submetida ao crivo do Chefe administrativo de serviços. Porém, este chefe não é alguém estranho. Ele foi Líder de equipe, Coordenador da Guarda Universitária durante alguns anos e Chefe da Central de Rádio, em administrações passadas.

Outra questão que foi citada é a manutenção das viaturas. De novo, eles fantasiam. Ou tem memória curta ou agem de má fé. Na administração passada, nós trabalhávamos com veículos da Universidade, em condições precárias de segurança e conservação. Hoje, trabalhamos com veículos do ano, com ar condicionado, direção hidráulica, ABS, Airbag e conforto. Temos uma oficina mecânica conveniada que faz a manutenção, conforme programação. Quando um veículo quebra vem um guincho e o leva. Se for demorar, vem outro para substituí-lo. Dizer que ‘nunca passamos por problemas com veículos’ é o cúmulo do absurdo!

Sugiro ao Jornal do Campus que sempre ouça o outro lado e até o ‘mesmo lado’, ou seja, todas as pessoas do setor, não apenas quatro ou cinco anônimos descontentes, que se põe a espalhar boatos levianos no ventilador. Isto evita que o Jornal seja caracterizado como ‘imprensa marrom’. A independência jornalística é fundamental a qualquer veículo de imprensa, para que tenha credibilidade.

Esta é uma opinião única e exclusivamente minha. Diferente dos guardas anônimos, eu me identifico e falo apenas por mim.


Atenciosamente,

Weliano Pires

Agente de vigilância / PPUSP.

 

14 abril 2013

Repúdio às declarações de apoio do Pastor José Wellington a Dilma Roussef

Fiquei decepcionado, com as declarações de apoio do Pastor José Wellington a Dilma Rousseff, no Jornal Folha de São Paulo. O pastor Wellington fez a seguinte declaração:

“Confesso a você que não votei na Dilma. Eu tinha certos resquícios do PT lá em São Paulo. Mas esta senhora tem superado [as expectativas]. Ela pegou uma caixa de marimbondo na mão, mas tem sido muito honesta com seu governo e com o povo. Hoje, na minha concepção, a candidatura dela é uma nomeação, não precisa nem ir para a eleição, ela é eleita tranquilamente."

Ora, como pode um pastor presidente falar que uma mulher desta tem sido 'honesta' com seu o governo e com o povo? E o pibinho de 0,9%, o menor do BRICs? E os prejuízos de 40% à Petrobrás? E as lambanças dos seus sete ministros que foram obrigados a sair por causa de corrupção? E as muitas obras paradas, com imenso desperdício de dinheiro público e corrupção? E as safadezas de Dona Rose Noronha, em nome do Lula, a qual, a imprensa afirma que é sua amante? E as ministras Eleonora e Maria do Rosário, que a presidente nomeou para fazer propaganda do aborto e do homossexualismo? A primeira disse que foi à Colômbia aprender a fazer aborto e que já teve relação homossexual com uma mulher enquanto estava casada. E o famoso Kit gay, que o então ministro da educação Fernando Haddad criou, para distribuir às nossas crianças nas escolas públicas e só não foi avante porque a bancada evangélica pressionou a presidente a vetá-lo, com a chantagem de colaborar com a oposição e convocar o Palocci a depor?

Sinceramente, não vejo nada que justifique um pastor que sempre foi adversário histórico e crítico do PT em São Paulo, fazer esse tipo de declaração de apoio, enquanto critica o pastor Marco Feliciano, que tem posto a cabeça a prêmio em defesa da família brasileira. Como obreiro do Ministério do Belém, o qual é presidido pelo pastor José Wellington desde 1980, senti-me ofendido com estas declarações.

 Weliano Pires

18 fevereiro 2013

Crescimento da Igreja, mas, a que preço?

A maioria das Igrejas Evangélicas da atualidade tem adotado a 'numerolatria' (idolatria dos números) com relação ao crescimento da Igreja. É claro que é importantíssimo a Igreja crescer. É maravilhoso, ver pessoas vindo à Igreja e aceitando a Fé Cristã. Mas, esse crescimento não pode ser a qualquer custo.

Há uma filosofia no mundo atual chamada pragmatismo. A característica principal desse pensamento é: Isso funciona? Se funciona, vamos adotar. No mundo dos negócios, o marketing adotou isso. “O cliente sempre tem razão”, dizem. Os empresários fazem pesquisas, para descobrirem o que o consumidor quer e, a partir daí, desenvolvem os seus produtos. Se o produto é bem aceito, então vamos produzir. Não se pergunta: Isso é correto? Mas, pergunta-se: Isso funciona? Será aceito?

Infelizmente, muitas Igrejas adotaram essa filosofia. O evangelho que se prega está baseado na aceitação popular. O povo deu glória? Então vamos pregar isso. A Igreja está crescendo? Então o pastor é bom. Aconteceu algo sobrenatural? Então vamos continuar.

A Igreja é de Deus e deve ser medida pela Palavra de Deus. O crescimento deve está condicionado à Verdade Bíblica. As perguntas que devemos fazer são as seguintes: O que estou pregando tem base bíblica? Então vou continuar. Aconteceram milagres? Sim. Mas, foi de acordo com a Bíblia? Não. Então tenho que rejeitar! Apareceu um anjo. Mas, falou contrário à Bíblia? Seja ANÁTEMA! O povo aceitou a minha pregação? Não. Mas, vou continuar mesmo assim, pois, não estou aqui para agradar a homens. Era assim que os apóstolos agiam.

(Texto baseado em uma mensagem que ouvi do Reverendo Hernandes Dias Lopes)

Os erros doutrinários da teologia da prosperidade.

Introdução


O ‘movimento de fé’, ‘confissão positiva’ ou ‘teologia da prosperidade’, como é mais conhecido, é um movimento extremamente pernicioso e falacioso, que distorce as Sagradas Escrituras, prometendo para as pessoas, coisas que a Bíblia nunca prometeu e, consequentemente levando-as à decepção. Infelizmente, este movimento tem ganhado cada vez mais espaço no meio evangélico, por pessoas bem intencionadas, mas, ingênuas e por espertalhões, que vêem nisso uma oportunidade de arrancar dinheiro dos incautos.

O movimento teve origem com Essek William Kenyon, um pastor dos EUA. Kenyon se converteu aos 17 anos, em uma Igreja Metodista. Depois de alguns anos, afastou-se da Igreja, tornando-se agnóstico. Após casar-se, passou a congregar em uma Igreja Batista, sendo ordenado pastor em 1894. Depois, teve programas de televisão e atuou como evangelista itinerante. Ao estudar na Faculdade Emerson de Oratória, deparou-se com o novo pensamento do hipnotizador e curandeiro, Finéias Park Hust Quimby (1806-1866), um conhecido guru da seita Ciência da Mente ou Ciência Cristã, que fora fundada por Mary Baker Eddy. Kenyon foi profundamente influenciado por esses ensinos, que negam a existência do pecado e das doenças.

As idéias de Kenyon foram abraçadas e divulgadas pelo pastor americano Keneth Hagin, o qual nasceu com problemas do coração, ficando inválido por quinze anos. Após ser curado pelo Senhor, passou a afirmar que o crente não pode ficar doente.

No Brasil, o movimento teve início com as chamadas Igrejas Neopentecostais, no início da década de 70. Os principais expositores dessas doutrinas foram Edir Macedo e R. R. Soares. Entretanto, há muitas outras Igrejas pentecostais e neopentecostais que seguem essas doutrinas.

 

Vejamos os principais ensinos desse movimento e a respectiva refutação bíblica:

1) O Crente não pode ser pobre. Keneth Hagin afirmava que Jesus era ‘milionário’ e que nós, como ‘filhos de Deus’ não podemos ser pobres.

A Bíblia ensina o contrário. Vejamos: “Jesus respondeu: "As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça". (Lucas 9.58); “Por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso, satisfeitos. Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois, o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos.” (I Tm 6.8-10).

 

2) O Crente não pode ficar doente. Segundo os teólogos da prosperidade, Jesus já ‘levou’ todas as nossas enfermidades, baseando-se em Isaías 53.4. Afirmam que toda doença provém do diabo e quem está doente não tem fé ou está em pecado.

A Bíblia e a história mostram muitos homens de Deus que adoeceram. Vejamos:

a) Timóteo: “Não continue a beber somente água; tome também um pouco de vinho, por causa do seu estômago e das suas frequentes enfermidades.” (I Tm 5.23);

b) Paulo: “como sabem, foi por causa de uma doença que lhes preguei o evangelho pela primeira vez. (Gálatas 4.13).

 

3) O crente não deve ‘pedir’, deve ‘determinar ’. De forma arrogante, o movimento afirma que o crente deve dar ordens a Deus, ‘determinar’, ‘exigir’ e ‘não aceitar’ o sofrimento e as doenças.

A Bíblia ensina que nós devemos pedir “Pedí, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á. (Mt 7.7); Suplicar: “com toda a oração e súplica orando em todo tempo no Espírito e, para o mesmo fim, vigiando com toda a perseverança e súplica, por todos os santos.” Pedir segundo a vontade de Deus: “E esta é a confiança que temos nele, que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.” (1 João 5.14)

 

4) Orar mais de uma vez por uma causa ‘é falta de fé’, pois, ‘Deus não rejeita’ nenhuma oração dos crentes. Afirmam que o crente deve orar por um problema uma única vez e ‘ordenar’ que seja resolvido.

A Bíblia afirma que Daniel orou vinte e um dias por uma causa. (Dn 10.2-4); Moisés orou a Deus por três vezes, pedindo para entrar na terra prometida e Deus lhe disse: “Não me fale mais nesse assunto!”; Jesus orou três vezes no Getsêmani, pedindo a mesma coisa. (Mt. 26.44); Paulo orou para que o Senhor lhe retirasse o espinho da carne e recebeu 'não' como resposta.

 

5) As nossas palavras tem poder. Segundo este movimento, a palavra do crente ‘tem poder” e tudo o que declararmos de bem ou de mal, se cumpre.

Mais uma vez eles inventam. Isso é antropocentrismo (o homem como o centro de tudo). As nossas palavras não têm poder algum. Quem tem poder é a Palavra de Deus. “Como o pardal que voa em fuga, e a andorinha que esvoaça veloz, assim a maldição sem motivo justo, não pega.” (Pv 26.2/NVI). As nossas palavras têm influência, mas não possuem poder sobre a vida de ninguém. Elas podem gerar consequências, se alguém nelas acreditar e viver em função do que foi dito. Se alguém me amaldiçoar, de nada valerá, pois, Deus já me abençoou. Balaão tentou amaldiçoar Israel. Deus ordenou que ele os abençoasse. Porém, ele aconselhou a Balaque para que colocasse o pecado diante de Israel, para que eles tropeçassem. Portanto quem amaldiçoa o homem é o pecado e não as palavras que alguém pronuncia.


Conclusão 

Nós somos servos de Deus. Ele é Senhor e faz tudo o que Ele quiser. O crente não pode jamais ordenar que Deus ou os anjos façam coisa alguma. Recentemente, ouvi um herege desses afirmando que ‘profetizou’ que na rua dele, todos seriam salvos. Ora, em lugar algum da Bíblia encontramos isso! Jesus nos mandou pregar o Evangelho e não ‘profetizar’ que alguém será salvo, como se fosse uma mágica. E, ele nunca disse que todos seriam salvos. Se você foi amaldiçoado por alguém no passado e aceitou a Cristo como Salvador, não se preocupe, pois, toda maldição foi quebrada na Cruz! “Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas, segundo o Espírito. “ (Rm. 8.1). 


Deus te abençoe,

 

Pb. Weliano Pires

Caráter e reputação.


Há uma grande diferença entre caráter e reputação. Ambos são importantes na vida do crente, principalmente dos obreiros. O caráter é aquilo que Deus sabe que eu sou. A reputação é aquilo que as pessoas pensam que eu sou. O meu caráter não pode ser destruído pelas pessoas. Aquilo que eu sou, Deus sabe, independente do que pensam a meu respeito. O contrário também é verdadeiro. Mesmo que falem bem de mim, se eu não tiver um bom caráter, Deus saberá.

A reputação também é importante. Entretanto, ela pode ser destruída pelas pessoas. Um certo estadista (não me recordo quem) disse certa vez que não basta ser honesto, tem que parecer honesto. Já ouvi crentes falando que não estão nem aí, para o que as pessoas pensam a seu respeito. Mas, não deve ser assim, pois, a nossa reputação pode interferir na fé de outras pessoas. Por exemplo, se eu sou um obreiro e não tenho uma boa reputação, isso pode evitar que as pessoas venham à Igreja onde congrego. O apóstolo Paulo disse a Timóteo que ele deveria ser 'exemplo para os fiéis".

É por isso que busco ter um caráter irrepreensível diante de Deus e uma boa reputação entre as pessoas. Quando atingem a minha reputação sinto-me na obrigação de esclarecer, para não escandalizar o Evangelho.

Pb. Weliano Pires

VENCENDO OS DIAS MAUS

(Comentário do 3º tópico da Lição 04: Como se conduzir na caminhada)  Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, veremos alguns conselhos do apó...