15 fevereiro 2024

A ESTRUTURA MINISTERIAL DO NOVO TESTAMENTO

(Comentário do 2º tópico da Lição 07: O ministério da Igreja)


Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico, falaremos da estrutura ministerial do Novo Testamento. Discorremos sobre o ministério quíntuplo, descrito em Efésios 4.11. Falaremos também do serviço dos diáconos e presbíteros, que não estão inseridos na relação dos dons ministeriais, mas eram ministérios importantes na Igreja Primitiva. Seria praticamente impossível falar tudo sobre cada um deles aqui, em um único tópico. Portanto, vamos trazer apenas um resumo.


1. O ministério quíntuplo. No segundo trimestre de 2021, por conta da pandemia, nós repetimos uma revista sobre os dons espirituais e ministeriais, comentada em 2014, pelo Pr. Elinaldo Renovato de Lima. Naquela ocasião, estudamos cada um dos dons ministeriais mencionados pelo apóstolo Paulo, em Efésios 4.11, que são chamados de ministério quíntuplo, pois são cinco: apóstolos, profetas evangelistas, pastores e mestres. Cada um destes ministérios foi estudado exclusivamente em uma lição. Seria praticamente impossível falar tudo sobre cada um deles aqui, em um único tópico. Portanto, vamos trazer apenas um resumo.


a) Apóstolos. A palavra grega “apóstolos” significa alguém que foi enviado ou um mensageiro. É alguém que foi enviado para uma missão particular. Jesus é o apóstolo por excelência, pois, Ele foi enviado a este mundo pelo Pai com uma missão específica de dar a sua vida para salvar aqueles que nele cressem (Hb. 3.1). 


Jesus  chamou também doze dos seus discípulos de apóstolos e deu-lhes uma missão especial: “...Chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos.” (Lc 6.13). Este grupo é formado por apenas 12 e é chamado de Colégio apostólico


Judas Iscariotes era um deles, mas se desviou e foi substituído por Matias. O apóstolo Paulo também foi chamado pelo próprio Jesus para ser apóstolo. Há uma discussão se o escolhido para compor o colégio apostólico seria Matias, que foi escolhido pelos apóstolos, ou se foi Paulo, que foi escolhido diretamente por Jesus. 


Os apóstolos que faziam parte do colégio apostólico tinham características singulares, tais como: foram chamados diretamente por Jesus, andaram com Jesus em seu ministério terreno, viram o Cristo ressurreto e receberam autoridade diretamente dele. (At 1.21,22; At 9.1-5).


Neste sentido não existem mais apóstolos, pois são apenas doze e a missão deles de escrever o Novo Testamento e lançar o fundamento da Igreja já está concluída. Não há na Bíblia nenhuma sucessão de apóstolos depois de Matias. Não houve também sucessão dos apóstolos após o martírio deles. 


A Igreja Católica, no intuito de justificar o poder papal, criou o dogma da sucessão apostólica. Entretanto, não há base bíblica, ou histórica, que justifique este dogma. Há também Igrejas, supostamente evangélicas que criaram o ministério apostólico, com o objetivo de elevar os seus líderes a um patamar superior aos pastores e colocá-los como supostos mediadores entre a Igreja e Deus. 


O ministério de apóstolo atualmente poderia se aplicar aos missionários que são enviados pela Igreja, para desbravar campos e plantar Igrejas.  


b. Profetas. O Novo Testamento usa a palavra grega 'prophetes', para se referir ao profeta. Esta palavra deriva de dois vocábulos gregos: "pro", “antes”, “em favor de”, e, “phemi”, “falar”, ou seja, “alguém que fala por outrem”, e por extensão, “intérprete”, especialmente da vontade de Deus. 


Assim como nos casos do ministério de apóstolo, há pensamentos diferentes em relação ao ministério de profeta. Alguns dizem que não existem mais profetas nos dias atuais, pois, Jesus disse que “a Lei e os Profetas, vigoraram até João [Batista]..." (Lc 16.16). Na verdade, Jesus estava falando da Antiga Aliança, com a expressão a Lei e os Profetas. 


O Novo Testamento relata a existência de profetas e profetisas, depois da morte de João Batista: Ágabo (At 21.10,11); As filhas de Filipe (At 21.8,9); e na Igreja de Antioquia havia profetas (At 13.1). 


Por outro lado, há outros que querem atribuir as características dos profetas do Antigo Testamento aos profetas de hoje, querendo agir como Elias, Eliseu e outros. O dom ministerial de profeta não é equivalente aos profetas do Velho Testamento, ou mesmo do Novo Testamento, que eram canônicos e receberam inspiração divina para escrever os livros sagrados que formam a Palavra de Deus. Neste sentido, não existem mais profetas. 


Os profetas do Novo Testamento eram pessoas chamadas por Deus, para proclamar a sua Palavra, denunciar o pecado, exortar, edificar e consolar a Igreja de Cristo. Eles lançaram os fundamentos da Doutrina cristã. (Ef 2.20). 


O ministério de profeta é diferente do dom de profecia. O dom ministerial é permanente e é restrito a algumas pessoas, que foram chamadas por Deus para exercer este ministério. O dom de profecia, por sua vez, é esporádico. O Espírito Santo usa a pessoa para transmitir uma mensagem de Deus em determinadas circunstâncias. Paulo recomendou aos coríntios a buscarem este dom. 


c) Evangelista. A palavra evangelista deriva do verbo grego "euangelizo", que significa transmitir boas novas. Esta palavra aparece apenas três vezes no Novo Testamento: em Atos 21.48, referindo-se a Filipe; em Efésios 4.11, na lista dos dons ministeriais e em 1 a Timóteo 4.5, onde o apóstolo Paulo recomenda a Timóteo que faça o trabalho de um evangelista. 


Um evangelista é alguém chamado e capacitado por Deus, exclusivamente para pregar as boas novas do Evangelho aos perdidos. O evangelista busca a Deus e se prepara para transmitir uma mensagem impactante no coração dos pescadores, para levá-los a Cristo. 


O evangelista atua também como plantador de Igrejas, onde o Evangelho ainda não chegou. Porém, uma vez estabelecida a Igreja, um pastor deve assumi-la e o evangelista deve partir em busca de almas. Infelizmente, este ministério tem sido desvirtuado atualmente. Muitos evangelistas estão pastoreando congregações e trabalhando em serviços administrativos da Igreja. 


d. Pastor. A palavra pastor, no grego é “poimēn” e tem o significado de “apascentador de ovelhas”. Sendo assim, a principal missão do pastor deve ser cuidar das pessoas que vieram para Cristo. O pastor é alguém que cuida de um rebanho que não é dele e deve fazê-lo com amor e dedicação, não como dominador. (1 Pe 5.2). É de responsabilidade do pastor, alimentar, cuidar e proteger o rebanho de Deus. 


Embora almejado por muitos, ser pastor não é uma tarefa fácil. Pode ser que seja fácil ser um lobo ou um mercenário, disfarçado de pastor. Mas, ser um verdadeiro pastor, segundo o modelo bíblico, é uma tarefa árdua. Jesus é o sumo pastor e o melhor exemplo para um ministério integral: acolhedor, admoestador e servidor. Jesus é o bom pastor, que conhece as suas ovelhas, é conhecido delas e dá a sua vida pelo rebanho. 


Do ponto de vista bíblico, a missão do pastor está relacionada às questões doutrinárias, através da evangelização, ensino da Palavra de Deus e defesa da fé. Também faz parte do Ministério pastoral na Bíblia, o cuidado com os crentes, através de visitas, oração e exortação. Espera-se do pastor, que tenha maturidade, idoneidade e amor no trato com as coisas de Deus.


Na atualidade, as funções do pastor variam de acordo com o sistema de governo exclestiástico que ele faz parte: Episcopal, Presbiteral, ou Congregacional. Além destas múltiplas funções bíblicas do ministério pastoral, em algumas denominações ao longo dos séculos foram incorporadas as funções administrativas, financeiras, construções de templos e até políticas nas convenções.


e) Mestres ou Doutores. Jesus estabeleceu mestres na Igreja para serem os doutrinadores daqueles que chegam à Igreja e não conhecem nada do Evangelho. Este dom de mestre é uma necessidade urgente da Igreja. Se não houver ensino, os crentes não amadurecem e não tem firmeza. Todo pastor é ou deveria ser um mestre, pois, o pastor deve ser apto para ensinar, embora nem todos os mestres sejam pastores. Muitos consideram que os ministérios de pastores e mestres são um só. 


Em todos os dons ministeriais, Jesus é o nosso modelo perfeito. No dom ministerial de mestre, Jesus é o mestre por excelência. Ele não era um sábio qualquer, como alguns filósofos querem denominá-lo, colocando-o no mesmo patamar de Confúcio, Buda, Sócrates e outros. Jesus é Deus e, portanto, possui o atributo divino da onisciência. Ele conhece o passado, o presente e o futuro. Conhece todos os mistérios e sonda as mentes e corações. 


Jesus ensinava e as multidões o seguiam para ouvi-lo. Ele é verdadeiro e justo. Falava ao povo com sabedoria e autoridade. Não era como os hipócritas escribas e fariseus, que ensinavam de um jeito e procediam de outro. A pedagogia de Jesus era perfeita. Os discursos dele não eram diferentes da sua conduta. Jesus também era um mestre humilde. Mesmo sendo Deus e Senhor, Jesus fez-se servo. Ele esvaziou-se da Sua Glória e veio a este mundo padecer pelos pecadores. Jesus Ele é o maior exemplo de humildade que o mundo já conheceu. 


Infelizmente, o ministério de mestre não é valorizado em muitas Igrejas. A maioria dos mestres militam à própria custa, sem nenhum apoio financeiro sequer para custear os seus estudos e comprar materiais didáticos. Em contrapartida,  abrem-se as portas e dão vultosos cachês aos pregadores do "reteté", que fazem muito barulho e não tem nenhum conteúdo bíblico. 


2. O serviço de diáconos e presbíteros. 

a. Diáconos. Na cultura grega, a palavra “diakonia” significa um serviço voluntário, prestado por alguém para a sua comunidade. Segundo o dicionário bíblico de Strong, a palavra diácono (diákonos) significa literalmente, “levantar rapidamente”. Essa palavra era usada para descrever um servo que, rapidamente, atendia a um trabalho. No Novo Testamento, a palavra aplica-se àquele que executa os comandos ou ordens de uma força ou autoridade maior. 


No Livro de Atos, inicialmente, vemos apenas os apóstolos como líderes da Igreja. Posteriormente, surgiu a necessidade dos diáconos para suprir a questão da assistência social (At 6.1-6). Na Igreja Primitiva não havia templos e os cultos eram realizados nas casas. Por isso, a função dos diáconos não estava ligada à liturgia dos cultos. Era totalmente voltada para a assistência aos necessitados.


Muita coisa mudou na sociedade e na Igreja, em mais de dois mil anos de história da Igreja. Evidentemente, as necessidades da Igreja também mudam. Por isso, as funções de um diácono na Igreja atual é muito diferente dos tempos apostólicos. 


Além dos trabalhos de assistência social, nos dias atuais temos também as necessidades dos trabalhos nos templos em apoio à liderança da Igreja: recepção, segurança, recolhimento de contribuições, servir à Ceia do Senhor, secretaria, tesouraria e auxiliar na organização do templo durante os cultos.


b. Presbíteros. No grego, a palavra para presbítero é “presbyteros”. Esta palavra deriva da raiz “presby”, que significa literalmente “uma pessoa mais velha”. Evidentemente, não se refere apenas à questão da idade e sim à experiência e idoneidade. Algumas versões da Bíblia traduzem esta palavra por “ancião”. 


Nos primeiros anos da Igreja Cristã, logo após o Pentecostes, não vemos referências a presbíteros ou bispos. Eram os apóstolos, que exerciam a liderança da Igreja. Somente depois da conversão de Saulo, temos menção aos "anciãos" da Igreja de Jerusalém, que receberam a coleta das contribuições da Igreja de Antioquia, para ajudar aos necessitados da Judéia. 


Não sabemos ao certo quando surgiu o presbitério na Igreja Primitiva. Mas, ele estava presente nas Igrejas de Jerusalém, Antioquia, Listra e Icônio, nos relatos de Atos dos apóstolos e participava das discussões e decisões da liderança da Igreja junto com os apóstolos.


Em Atos 14.23 há o relato de uma eleição de anciãos (presbyteros) nas Igrejas de Antioquia, Listra e Icônio. Depois, no capítulo 15 de Atos, quando aconteceu o primeiro concílio da Igreja de Jerusalém, para discutir se os cristãos deveriam guardar a lei, são mencionados os “anciãos” (presbyteros), junto com os apóstolos. (At 15.6).


Em Atos 20.17, na iminência da prisão de Paulo em Jerusalém, ele reuniu os “anciãos” de Éfeso em Mileto e lhes fez um discurso emocionado, em tom de despedida. Ainda no capítulo 20 de Atos, no versículo 28, Paulo se refere a eles como “bispos” (episkopos) e diz que “o  Espírito Santo os constituiu para apascentarem a Igreja de Deus”, deixando evidente o trabalho pastoral dos bispos e presbíteros e a equivalência das duas funções. Nas Epístolas a Timóteo e a Tito, Paulo falou dos presbíteros como líderes da Igreja local. (1 Tm 3; Tm 5.17; Tt 1.5).


A atuação do presbitério cristão na Igreja Primitiva se assemelha às dos anciãos de Israel nas comunidades e no Sinédrio. (At 11.30; 15.2-6.22-23; 16.4; 21.18). Nas referências bíblicas aos presbíteros no Novo Testamento eles aparecem sempre no plural: “presbíteros”, “bispos” ou “anciãos” (At 11.30; 15.2,4,6; 20.17; Tg 5.14; 1Pe 5.1). Isso nos leva a deduzir que a função pastoral era exercida por um colegiado de obreiros mais experientes e não por um único líder. 


O presbitério da Igreja Primitiva formava uma espécie de conselho ou assembléia, que deliberava junto com os apóstolos, sobre assuntos doutrinários, éticos e administrativos da Igreja. (At 15.2,6,9-11; At 16.4). Eles faziam o papel exercido hoje pelos pastores e evangelistas nas convenções, no caso das Assembléias de Deus. 


Assim como no ministério do pastor, as funções dos presbíteros atualmente variam de acordo com o modelo de administração eclesiástica. Cada uma delas tem as suas particularidades e o papel do presbítero é diferente em cada uma delas.


REFERÊNCIAS:


GONÇALVES, José: O Corpo de Cristo: Origem, Natureza e a Vocação da Igreja no Mundo. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2023.

ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 96, pág. 39, 1º Trimestre de 2024.

RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.965

Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, Editora CPAD, p.564.

MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Fé Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.153.

14 fevereiro 2024

O MINISTÉRIO SACERDOTAL DE TODO CRENTE

(Comentário do 1º tópico da Lição 07: O ministério da Igreja)


Ev. WELIANO PIRES


No primeiro tópico, falaremos do ministério sacerdotal de todo crente. Falaremos sobre o Sacerdócio no Antigo Testamento. Inicialmente, os patriarcas da família ofereciam sacrifícios a Deus por si mesmo e pela família. Depois, na Lei Mosaica, Aarão e os seus descendentes foram escolhidos por Deus, para exercerem o sacerdócio. O próprio povo de Israel também foi escolhido por Deus para ser um povo sacerdotal. Veremos que esta doutrina bíblica foi confirmada no Novo Testamento. Entretanto, na Nova Aliança, Cristo é o Sumo Sacerdote Eterno que ofereceu-se em sacrifício perfeito, uma única vez. Por último, falaremos do resgate da doutrina do sacerdócio universal de cada crente, na Reforma Protestante.

1. O Sacerdócio no Antigo Testamento. A palavra hebraica traduzida por sacerdote ékohen” que significa um ministro que faz a mediação entre o homem e uma divindade.  Embora no Antigo Testamento esta palavra esteja relacionada mais ao povo hebreu, o conceito de sacerdócio está presente em praticamente todas as religiões da antiguidade. 

Logo após a Queda da raça humana, vemos a presença do sacerdócio na esfera familiar, no período antediluviano, com Caim e Abel, filhos de Adão, que ofereceram sacrifícios a Deus (Gn 4.3); Noé que também ofereceu sacrifícios a Deus (Gn 8.20,21). Outros patriarcas como Jó (Jó 1.5), Abraão (Gn 12.8), Isaque (Gn 26.25) e Jacó (Gn 35.7,14), também edificaram altares e ofereceram sacrifícios. 

Neste período temos também o caso de Melquisedeque, que era rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, o qual trouxe pão e vinho a Abraão e este deu-lhe o dízimo de tudo (Gn 14.18-20). Não temos informações sobre a sua ascendência e descendência. O Novo Testamento o descreve como um tipo de Cristo. 

Depois, que Deus libertou Israel da escravidão no Egito, escolheu a tribo de Levi como a tribo sacerdotal. Escolheu também Aarão e seus filhos, que eram descendentes de Levi, para serem a família sacerdotal. A partir daí, a atividade sacerdotal estava restrita aos descendentes de Aarão, que era o Sumo Sacerdote. Depois dele, o seu filho primogênito assumiu e assim, sucessivamente.

Mesmo entre os descendentes de Aarão havia uma série de requisitos para exercer o sacerdócio: não poderia ser deficiente visual, coxo, ter membros deformados, nariz partido, corcunda, anão, impigens e sarna na pele, ou testículos quebrados (Lv 22.18-20). Evidentemente, estas exigências tinham as suas razões, em virtudes das funções que os sacerdotes desempenhavam, por terem que deixar descendentes, pois o sacerdócio era hereditário, e porque apontavam para a perfeição de Cristo. 

É importante esclarecer que todos os sacerdotes eram levitas, mas nem todos os levitas eram sacerdotes, somente os descendentes de Aarão. Todos os levitas foram escolhidos por Deus para serem a tribo sacerdotal e não receberam herança. Os levitas cuidavam de todo o trabalho do tabernáculo e posteriormente do templo. Estes trabalhos eram pesados e incluíam o transporte de animais para os sacrifícios, rachar lenha e fazer a limpeza geral, pois aconteciam milhares de sacrifícios. Os sacerdotes cuidavam da parte dos sacrifícios. O Sumo Sacerdote, por sua vez, era o único que podia ter acesso ao lugar santíssimo, depois de oferecer sacrifícios por si e pelo povo. 

2. Uma doutrina bíblica confirmada no Novo Testamento. O sacerdócio, nos moldes da Antiga Aliança, não existe mais. O Novo Testamento nos mostra claramente que todo o sistema sacerdotal do Antigo Testamento apontava para Cristo (Hb 8.1), que é o Sumo Sacerdote Eterno, que ofereceu-se a Si mesmo, uma única vez, em sacrifício perfeito a Deus. 

A Epístola aos Hebreus foi escrita para mostrar que os rituais, sacrifícios, personagens e práticas do Antigo Testamento eram figuras que apontavam para Cristo e que Ele é Superior a todos eles. Cristo é superior aos anjos, aos profetas, aos sacerdotes, à Lei, etc. Os sacrifícios e rituais precisavam ser repetidos, mas o de Cristo não. 

No Novo Testamento, não existe mais uma nação, tribo ou família sacerdotal. A Igreja como um todo é um reino sacerdotal e Todos os crentes são sacerdotes (1Pe 2.5; cf. Jr 31.34). Quando Jesus deu o brado na Cruz dizendo “Está consumado”, o véu do templo que separava o Lugar santo, do Lugar Santíssimo, se rasgou de alto a baixo (Mt 27.51). A partir daquele momento, todos os crentes têm acesso livre a Deus, sem a necessidade de um sacerdote. O único mediador entre Deus e a humanidade é Jesus Cristo que se fez homem (1Tm 2.5).

Na Nova Aliança também não existem lugares santos. Os templos são apenas casas destinadas a abrigar as atividades da Igreja. Os templos atuais não tem o mesmo significado do tabernáculo ou do templo do Antigo Testamento, que tinhas as suas divisões. O povo não poderia ter acesso e ficava no pátio. O templo cristão não tem altar, tem o púlpito de onde se transmite a pregação. Mas o púlpito não é o lugar santo, como muitos imaginam. 

Não há também uma tribo ou família escolhida como os levitas. Vemos atualmente muitos se autodenominando levitas, mas passam longe de trabalhos nos templos. Só querem saber de cantar. Os cantores apareceram somente nos dias do Rei Davi, na preparação para o templo. Antes dele, não havia cantores no tabernáculo. Os cantores atuais não são levitas, pois não são descendentes de Levi

3. Uma doutrina bíblica resgatada na Reforma Protestante. Na Idade Média, os reformadores resgataram a Doutrina bíblica do Sacerdócio Universal dos Fiéis ou de todos os crentes. Resgataram, porque esta doutrina havia sido abandonada pela Igreja Católica há vários séculos. Desde a instituição do papado, a Igreja foi adotando várias práticas sem fundamento bíblico. 

Uma destas práticas antibíblicas foi a divisão dos cristãos em duas categorias: a primeira categoria são os clérigos, derivado do grego kléros, que significa “sorte, porção”, que são os sacerdotes, considerados uma porção que Deus separou para si; a segunda categoria são o Laicato ou leigos, derivado do termo grego laos, que significa povo. 

Com esta divisão, a Igreja Católica colocou os seus ministros como mediadores entre o povo e Deus, e os chama de sacerdotes. Criaram também uma série de ministrações, que eles chamam de sacramentos, que somente os sacerdotes podem ministrar. Com isso, prendem o povo a eles, obrigando-os a permanecer lá, sob pena de não serem salvos. 

Os sacerdotes batizam, crismam, consagram a hóstia, perdoam pecados, ministram a extrema unção aos moribundos, celebram missas e rezam pelas almas dos mortos. Sem qualquer uma destas ministrações, a pessoa não pode ser salva. Se o católico pecar, não pode pedir perdão diretamente a Deus. Precisa confessar ao sacerdote, para que ele determine a penitência e perdoe. 

Na época da Reforma, estas práticas além de antibíblicas eram também abusivas. A Igreja vendia indulgências, que eram documentos assinados pelo papa, absolvendo as pessoas dos seus pecados. Vendiam também relíquias, que eram objetos que teriam supostamente pertencido a algum dos apóstolos e santos. 

Martinho Lutero, que era professor de teologia, não concordava com estas práticas, pois não via fundamento bíblico, protestou contra isso em suas teses e livros. Lutero e os demais reformadores resgataram, então, a doutrina bíblica de que a Igreja como um todo é um sacerdócio real e todos os cristãos são sacerdotes e não apenas uma parte deles. 

O Novo Testamento não faz esta divisão, entre clérigos e leigos. Na Nova Aliança, todos são iguais perante Deus e têm acesso direto a Ele. Os ministros cristãos não são sacerdotes, nos moldes do Antigo Testamento, nem mediadores entre Deus e os cristãos. Lamentavelmente, muitos obreiros na atualidade, querem costurar o véu do templo e se colocam como intermediários entre Deus e a Igreja. Veremos no próximo tópico, as características dos ministros da Igreja. 


REFERÊNCIAS:


GONÇALVES, José: O Corpo de Cristo: Origem, Natureza e a Vocação da Igreja no Mundo. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2023.

ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 96, pág. 39, 1º Trimestre de 2024.

RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.965

Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, Editora CPAD, p.564.

MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Fé Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.153.


13 fevereiro 2024

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 07: O MINISTÉRIO DA IGREJA

 

Ev. WELIANO PIRES


REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA


Na  lição passada estudamos sobre as duas dimensões da Igreja: organismo e organização. A Igreja é um organismo vivo e, nesse sentido, ela é formada por todos os salvos que nasceram de novo, é liderada por Ele e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16.18). Entretanto, a Igreja é também uma organização, estabelecida em um determinado lugar e, nesse sentido, precisa de uma estrutura administrativa para funcionar. 


TÓPICOS DA LIÇÃO


No primeiro tópico, falamos da estrutura da Igreja Cristã. Vimos que a Igreja é um organismo vivo, cuja cabeça é Cristo. Falamos também da Igreja como uma organização e vimos como era a organização na Igreja Primitiva. Por último, vimos que não há organismo sem organização e que ambos têm a sua importância. 


No segundo tópico, falamos da Igreja como um organismo vivo e organizado. A Igreja Primitiva era um organismo vivo, liderado pelo Espírito Santo. Mas ela também tinha o seu aspecto local em Jerusalém, Antioquia, Roma Filipos, Tessalônica, etc. Falamos também da organização da Igreja, em seu aspecto litúrgico e ritual.


No terceiro tópico, falamos do governo da Igreja nas diferentes tradições cristãs. Vimos os três tipos de governo eclesiástico: Presbiteral, Episcopal e Congregacional. Por último, falamos do sistema de governo da Assembléia de Deus nos Estados Unidos e no Brasil, que varia de acordo com a época e a região. 


LIÇÃO 07: O MINISTÉRIO DA IGREJA


Nesta lição, estudaremos sobre o ministério da Igreja, as suas diferentes funções e ofícios e as qualificações exigidas na Bíblia para o exercício do ministério. Vivemos um tempo em que o princípio da autoridade é desrespeitado e questionado em todas as áreas e isso atinge também a Igreja. Muitas pessoas, principalmente o movimento chamado “desigrejados” questiona a existência de líderes na Igreja. Entretanto, a Bíblia deixa muito claro que Deus concedeu dons ministeriais à Igreja para o aperfeiçoamento dos santos.


TÓPICOS DA LIÇÃO


No primeiro tópico, falaremos do ministério sacerdotal de todo crente. Falaremos sobre o Sacerdócio no Antigo Testamento. Inicialmente, os patriarcas da família ofereciam sacrifícios a Deus por si mesmo e pela família. Depois, na Lei Mosaica, Aarão e os seus descendentes foram escolhidos por Deus, para exercerem o sacerdócio. O próprio povo de Israel também foi escolhido por Deus para ser um povo sacerdotal. Veremos que esta doutrina bíblica foi confirmada no Novo Testamento. Entretanto, na Nova Aliança, Cristo é o Sumo Sacerdote Eterno que ofereceu-se em sacrifício perfeito, uma única vez. Por último, falaremos do resgate da doutrina do sacerdócio universal de cada crente, na Reforma Protestante.


No segundo tópico, falaremos da estrutura ministerial do Novo Testamento. Falaremos neste tópico, sobre o ministério quíntuplo, descrito em Efésios 4.11: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores, trazendo uma breve exposição de cada um destes ministérios. Depois, falaremos do serviço dos diáconos e presbíteros. No Livro de Atos, inicialmente, vemos apenas os apóstolos como líderes da Igreja. Posteriormente, surgiu a necessidade dos diáconos para suprir a questão da assistência social (At 6.1-6). Somente  na primeira viagem de Paulo, vemos que foram eleitos presbíteros/anciãos para liderar as Igrejas que foram plantadas em cada cidade (At 14.23). 


No terceiro tópico falaremos das qualificações para o ministério. Falaremos das qualificações de natureza moral, descritas pelo apóstolo Paulo para se exercer o episcopado, o presbitério e o diaconato, em suas epístolas pastorais a Timóteo e a Tito. Depois, veremos que, para os diáconos, as qualificações morais e sociais exigidas são semelhantes. Na Instituição dos diáconos, as exigências descritas em Atos 6 eram: ter boa reputação e ser cheios de Espírito Santo e de sabedoria. Depois, em 1 Timóteo 3.8-11, Paulo acrescentou mais algumas exigências. Por último, veremos que estas qualificações morais, sociais são requisitos inegociáveis para o exercício do ministério. 


REFERÊNCIAS:


GONÇALVES, José: O Corpo de Cristo: Origem, Natureza e a Vocação da Igreja no Mundo. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2023.

ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 96, pág. 39, 1º Trimestre de 2024.

RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.965

Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, Editora CPAD, p.564.

MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Fé Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.153


08 fevereiro 2024

O GOVERNO DA IGREJA NAS DIFERENTES TRADIÇÕES CRISTÃS

(Comentário do 3º tópico da Lição 06: Igreja: Organismo e organização).


Ev. WELIANO PIRES


No terceiro tópico, falaremos do governo da Igreja nas diferentes tradições cristãs. Discorreremos sobre os três tipos de governo eclesiástico: Presbiteral, Episcopal e Congregacional. Por último, falaremos do sistema de governo da Assembléia de Deus nos Estados Unidos e no Brasil, que varia de acordo com a época e a região. 

1. Episcopal. O sistema de governo Episcopal deriva da palavra grega episkopos, traduzida por bispo, que é um superintendentes. Neste sistema, o governo da Igreja é exercido através de bispos ou pastores presidente. Há um supervisor regional que é o bispo ou pastor presidente, que lidera outros bispos ou pastores. Neste sistema, os bispos ou pastores são tanto líderes espirituais como administradores da Igreja. 


É importante esclarecer que há vários tipos de episcopalismos, que diferem entre si:

a. Episcopalismo Católico Romano. É um modelo de episcopalismo herético. No início do quinto século d.C., a Igreja de Roma adotou a heresia de que o Bispo de Roma era o legítimo sucessor de Pedro e, como tal, tinha autoridade não apenas sobre os demais bispos, mas também do governo secular. A partir daí criaram uma série de heresias em torno da figura do Papa (palavra latina que significa pai) como a de que ele é o vigário (substituto) de Deus e que é infalível. O episcopalismo católico é o mais hierarquizado de todos. O Papa é o líder máximo da Igreja. Abaixo dele, há os cardeais arcebispos, que são líderes de uma arquidiocese, que corresponde a uma província ou estado. Depois vem os bispos, que são líderes de regiões chamada dioceses. Por último os padres, que são líderes de uma Igreja local, chamada paróquia. Outra heresia do episcopalismo romano é a ideia de que os seus clérigos são sacerdotes, ou mediadores entre o homem e Deus. 

b. Episcopalismo Anglicano. Tem uma estrutura semelhante ao episcopalismo romano. O líder máximo é o Arcebispo da Cantuária. Este Arcebispo preside as assembleias dos bispos, mas não tem poderes absolutos sobre a Igreja, nem é chefe de estado como o Papa. Depois do Arcebispo da Cantuária, vem os bispos, presbíteros e diáconos na hierarquia. Na Igreja Anglicana, não há a ideia de infalibilidade do líder máximo, embora tenham também a ideia de sucessão apostólica. 

c. Episcopalismo Luterano/Metodista. A Igreja não possui um lidera máximo. Os bispos lideram as dioceses, que são sedes regionais e escolhem os pastores das paróquias que são as Igrejas locais. A Igreja Metodista também segue este modelo. 

d. Igrejas Neopentecostais. Nas Igrejas neopentecostais, o bispo ou apóstolo fundador é o líder máximo e detém o poder absoluto. Em muitas delas, o bispo é o líder e a sua esposa (que normalmente é bispa também) e filhos os seus auxiliares. Nesse meio há também aqueles que dizem receberam revelações especiais e que são patriarcas, apóstolos, paipóstolos e outras aberrações. 

2. Presbiteral. O modelo de  administração presbiteral ou Presbiteriano é uma democracia representativa. A Igreja local elege os presbíteros, pastores e diáconos. A  administração da Igreja é feita pelo conselho, que é formado pelo pastor e pelos presbíteros eleitos pela Igreja. O conselho se reúnem e toma as decisões. Após cinco anos de mandato, todos os presbíteros deixam o conselho se não forem reeleitos. 


Nessa forma de governo, o pastor é um líder espiritual, que cuida da oração, ensino da Palavra de Deus e visitas. Os presbíteros têm autoridade sobre ele. A autoridade máxima é o Supremo Concílio, que é formado por pastores e presbíteros representantes dos presbitérios de todo o país. 


Este é o modelo das Igrejas Presbiterianas e de algumas Igrejas pentecostais dos Estados Unidos. A Assembléia de Deus dos Estados Unidos segue o modelo Presbiteral. 

3. Congregacional. O modelo Congregacional é uma democracia direta e não há hierarquia. As Igrejas locais são soberanas e todas as decisões são tomadas pela Assembleia dos membros da Igreja local. Todos os membros da Igreja que estiverem em comunhão possuem direito a voto. 


As Igrejas locais formam confederações e são filiadas a Convenções que deliberam sobre assuntos comuns a todas as Igrejas, como questões doutrinárias. Mas não possuem nenhuma autoridade sobre as Igrejas locais e não se intrometem em questões administrativas. Todas as decisões são tomadas em votação entre os membros da Igreja. 


No modelo congregacional, o pastor é escolhido pela assembleia da Igreja local e não possui mandato. Se a assembleia decidir substituí-lo, tem autoridade para fazê-lo. 

Neste modelo só existem dois oficiais, que são os pastores e os diáconos. Este é o modelo das Igrejas Batistas e da Igreja Congregacional. 

4. O sistema de governo de nossa igreja.  A Assembléia de Deus no Brasil foi fundada pelos missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren, que pertenciam à Igreja Batista dos Estados Unidos e creram na Doutrina Pentecostal. Quando chegaram em terras brasileiras, em 1910, foram congregar na Igreja Batista, em Belém (PA). Entretanto, em poucos meses foram expulsos, por causa da pregação da atualidade dos dons espirituais. 


Em 18 de junho de 1911, eles iniciaram um novo trabalho na casa da irmã Celina de Albuquerque,  que foi a primeira crente brasileira a receber o batismo no Espírito Santo e também foi expulsa da Igreja Batista. Inicialmente, esta nova Igreja recebeu o nome de Missão da Fé Apostólica, nome usado pelo Movimento Pentecosta da Rua Azuza, em Los Angeles. Somente, em 1918, o nome foi mudado para Assembleia de Deus, por causa da fundação da Assembléia de Deus dos Estados Unidos, em 1914, 


Em seus primórdios, a Assembléia de Deus seguia o modelo congregacional, pois os seus pioneiros eram congregacionais. Entretanto, a partir de 1930, com a criação da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil (CGADB), foram incorporados alguns elementos do modelo Presbiteral, talvez por influência da Assembléia de Deus americana que é Presbiteral.  


A Assembléia de Deus no Brasil, por ter sido fundada por crentes oriundos da Igreja Batista e também ter recebido membros de Igrejas tradicionais, como Batista e Presbiteriana, que aderiram à Fé Pentecostal, tornou-se  uma denominação plural, cujo modelo de administração varia muito de um ministério para outro, ou de um estado para outro. 


Em alguns estados, há apenas um pastor presidente em todo o estado, que é também o presidente da Convenção estadual. As sub sedes ou filiais não possuem autonomia administrativa e tem um líder regional que é subordinado ao pastor presidente estadual. Em outros estados, há campos eclesiásticos, que têm um presidente com total autonomia administrativa. Mantêm apenas o vínculo convencional, através dos pastores e evangelistas. Mas a convenção não interfere na administração da Igreja. 


Até no mesmo estado, muda de um campo eclesiástico para outro, onde os pastores de campo são presidentes. Por exemplo, no campo do Belenzinho, na Grande São Paulo, presidido pelo Pr. José Wellington, tem diferenças funcionais em relação a outros campos do interior, onde há outros presidentes. Estas diferenças, no entanto, não são doutrinárias, apenas administrativas. 


REFERÊNCIAS:

GONÇALVES, José: O Corpo de Cristo: Origem, Natureza e a Vocação da Igreja no Mundo. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2023.

ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 96, pág. 39, 1º Trimestre de 2024.

HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal.RIO DE JANEIRO:CPAD, 2023, p.550. 

ARAÚJO, Isael. Dicionário do Movimento Pentecostal. RIO DE JANEIRO:CPAD, 2007, pp.715,716

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