12 outubro 2023

O AMOR DE DEUS PARA COM OUTRAS NAÇÕES

(Comentário do 2⁰ tópico da Lição 03: A Missão Transcultural no Antigo Testamento).

Ev. WELIANO PIRES 


No segundo tópico, falaremos do amor de Deus para com outras nações. Veremos que desde o princípio, os olhos de Deus estão voltados para todos os povos, como podemos notar nos livros proféticos, que contêm profecias de um futuro glorioso, no qual outras nações estão incluídas. Na sequência, falaremos do caso de Elias e a viúva de Sarepta, uma mulher estrangeira, que foi socorrida por Deus e experimentou os seus milagres. Por último, falaremos da missão do profeta Jonas em Nínive, capital da Assíria. Jonas foi enviado por Deus a esta cidade ímpia e perversa e eles se arrependeram com a sua pregação.


1- Os olhos de Deus sobre todos os povos. No segundo tópico da Lição passada, vimos que o Amor de Deus é o princípio fundamental da história da redenção da humanidade. Este amor foi demonstrado na formação de Israel e no relacionamento de Deus com este povo. Entretanto, isso não significa que no Antigo Testamento Deus não ligava para as outras nações como muitos imaginam. 


Deus sempre amou toda a humanidade e elaborou o seu plano salvífico a fim de salvar a todos, como vimos no tópico anterior. Conforme citou o comentarista, podemos ver nas profecias, principalmente as de Isaías, Deus prometendo a restauração de Israel e um futuro glorioso para esta nação, que inclui a participação dos gentios. 


Temos ainda os casos da viúva de Sarepta, uma estrangeira que foi socorrida pelo profeta Elias, nos dias do rei Acabe; o caso de Naamã, o general do exército da Síria, que era leproso e foi curado por Eliseu; o caso de Hazael, que foi ungido rei da Síria por Eliseu; e principalmente, o caso do profeta Jonas, que foi enviado por Deus para profetizar contra Nínive, capital da Assíria. Em todos estes casos, vemos Deus tratando com pessoas que não eram israelitas. 


2- A viúva de Sarepta e o profeta Elias. Este episódio aconteceu no início do perverso  reinado de Acabe, o pior dos reis de Israel. Acabe era filho do rei Onri, fundador da cidade de Samaria. Era um rei ímpio e, para piorar, casou-se com Jezabel, princesa dos sidônios, devota das divindades pagãs, Baal e Aserá. O casal Acabe e Jezabel buscava a todo custo, eliminar definitivamente a adoração a Yahweh. Neste período de apostasia e idolatria generalizada, Deus levantou um profeta chamado Elias, cujo nome significa “Yahweh é Deus”, que até aquele momento era desconhecido. Não temos informações sobre a sua ascendência. Sabemos apenas que ele era do povoado de Tisbe, na região de Gileade. 


Elias confrontou, corajosamente, a idolatria do rei Acabe, profetizando que haveria uma grande seca no país e que, só voltaria a chover, quando ele profetizasse de novo (1 Rs 17.1). As principais atividades econômicas de Israel eram a agricultura e a pecuária, que eram executadas de forma primitiva, sem irrigação, e dependiam exclusivamente da chuva. Com três anos e meio sem chuvas, inevitavelmente viria a fome e a escassez generalizada. 


Depois de pronunciar esta sentença de que não iria chover em Israel, Elias recebeu a orientação de Deus para se esconder junto ao ribeiro de Querite, pois o Senhor havia ordenado aos corvos que o sustentassem e ele beberia água do ribeiro. Com a falta de chuvas em Israel, em pouco tempo o ribeiro secou-se e Deus deu nova orientação a Elias, para que fosse a Sarepta, uma cidade fenícia que fazia parte do território controlado por Etbaal, pai de Jezabel, que era rei e sacerdote na região de Tiro e Sidom naquele tempo. 


Deus ordenou a Elias que fosse a Sarepta, pois Ele havia ordenado a uma mulher viúva que o sustentasse. Esta mulher era viúva e tinha apenas um filho menor de idade. Ela era estrangeira e não sabia nada sobre o que acontecera em Israel. Mas a seca castigou também a região dela e, por isso, não tinha mais nada para comer. Quando o profeta chegou, ela estava apanhando lenha, para preparar a última refeição, pois sabia que depois ela e o seu filho morreriam de fome. 


Deus usou o profeta Elias para operar o milagre da multiplicação na casa desta viúva estrangeira. Não faltou farinha na panela, nem azeite na botija, até o dia em que as chuvas voltaram a cair. Durante o período em que Elias ali esteve, o filho desta mulher faleceu e Deus o ressuscitou. Portanto, foram dois milagres realizados na casa desta viúva, que não era israelita e não conhecia ao Deus de Israel. 


3- A Missão de Jonas em Nínive. O profeta Jonas, cujo nome hebraico é “yonah”, que significa “pomba”, é apresentado em seu livro apenas como "filho de Amitai" (Jn 1.1). Ele também é mencionado em outra parte da Bíblia como um profeta do Reino do Norte, natural de Gate-Hefer, da tribo de Zebulom. Jonas profetizou durante o reinado de Jeroboão II, que era um rei ímpio, porém próspero (2 Rs 14.23-25). 


Deus enviou o profeta Jonas à grande e temida cidade de Nínive, capital da Assíria (Jn 1.2), com uma mensagem de destruição, por causa da maldade extrema daquele povo (Jn 1.3), que eram cruéis inimigos do povo de Israel. Os assírios eram conhecidos pela violência e crueldade com que tratavam os seus prisioneiros de guerra: torturavam barbaramente os seus inimigos, ao ponto de empalar os homens, jogar bebês para cima e apará-los com a espada e abrir o ventre de mulheres grávidas vivas. 


Quando recebeu esta ordem de Deus para profetizar contra este povo, que na época já era inimigo de Israel e ameaçava invadir o país, Jonas resolveu pegar um navio para Társis e ‘fugir da presença do Senhor’. Mas Deus enviou uma grande tempestade na região em que ele navegava. Enquanto a tempestade acontecia, Jonas dormia profundamente no porão do navio e foi acordado pelos marinheiros, que lhe indagaram sobre a sua origem e crença. 


O profeta, então declarou que era judeu, que estava fugindo de Deus e, por isso, veio aquela tempestade. Orientou também os marinheiros para que o lançassem ao mar e a tempestade cessaria. Os marinheiros obedeceram e assim aconteceu. O Senhor enviou um grande peixe para que tragasse Jonas. No ventre do peixe, Jonas fez uma oração, confessando o seu pecado e pedindo a Deus que o livrasse, que ele iria cumprir a ordem de Deus. 


O peixe, então, vomitou a Jonas na terra seca. Pela segunda vez, Deus ordenou a Jonas que fosse a Nínive e proclamasse a sua destruição. Desta vez Jonas foi e, por três dias, entregou a mensagem que Deus lhe mandou. Esta mensagem tocou profundamente o coração dos ninivitas e o rei decretou um jejum de três dias para as pessoas e os animais no país. Deus teve misericórdia e não destruiu a cidade, retardando este julgamento. Depois, Nínive voltou à maldade e a cidade foi destruída, 150 anos depois.


Jonas ficou chateado porque Deus não destruiu a cidade e quis morrer. Através de uma ilustração, Deus demonstrou ao profeta o Seu infinito amor. A mensagem do livro de Jonas continua atual. Deus continua se compadecendo dos mais terríveis pecadores e deseja salvá-los. Para isso, Ele envia os seus servos para que lhes preguem a mensagem de arrependimento para a salvação. Entretanto, muitos não querem ir e até desejam que Deus os destrua, por causa da maldade. 


REFERÊNCIAS:

GABY, Wagner. Até os confins da terra: Pregando o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. 1ª Ed. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023. Págs. 24-31.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. Ed. 95, p.37. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023.

PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.120-21.

Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. 1° ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp. 349-50.

10 outubro 2023

ISRAEL, UM POVO ESCOLHIDO PARA UM PROPÓSITO MISSIONÁRIO

(Comentário do 1⁰ tópico da Lição 03: A Missão Transcultural no Antigo Testamento).

Ev. WELIANO PIRES 


No primeiro tópico, falaremos de Israel, um povo escolhido com um propósito missionário. Inicialmente, falaremos do plano de Deus de proclamar a mensagem de Salvação a todos os povos, que incluía a formação da nação de Israel, para que fossem suas testemunhas. Através deste povo, Deus planejou trazer o Salvador do mundo, que é Cristo, o Senhor. 

Depois, veremos que Israel falhou neste propósito de ser testemunha de Deus, pois se contaminou com as religiões pagãs e deu muita ênfase ao separatismo racial e nacional, o que impedia que testemunhassem a outros povos. 

Por último, falaremos da contribuição de Israel para o mundo. Não obstante, tenha falhado como testemunha do amor de Deus, Israel foi usado por Deus para preservar o Antigo Testamento e traduzi-lo para a língua grega. Foi também através de Israel que Deus enviou o Seu Filho ao mundo para salvar a humanidade.


1- O plano de Deus. Um dos atributos incomunicáveis de Deus é a Sua Onisciência. Esta palavra é a junção de dois termos latinos:  “Omni”, que significa “todo” ou “completo”, e “scientia”, que significa conhecimento. Portanto, Deus é onisciente, porque Ele conhece todas as coisas visíveis e invisíveis, em qualquer época e lugar, neste universo e fora dele. Este termo, evidentemente, não está na Bíblia, pois é uma expressão latina e a Bíblia foi escrita em hebraico, aramaico e grego. Mas a idéia de que Deus conhece tudo e nada passa despercebido diante dele está presente em várias partes da Bíblia (Jó 24:23; Sl 33:13-15; 139:13-16; Pv 15:3; Jr 16:17, etc.).


Presciência (Gr. prognosis) é a parte da onisciência de Deus, segundo a qual, Ele conhece tudo por antecipação e faz os seus planos com base nesse conhecimento: “A este [Jesus] que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela.” (At 2.23,24). Aqui, o apóstolo Pedro em seu discurso no Dia de Pentecostes, disse que Jesus foi entregue para ser crucificado, por um plano predeterminado de Deus. Ou seja, Deus conhecia antecipadamente o futuro e planejou que Cristo seria preso e crucificado por homens injustos, mas ressuscitaria ao terceiro dia. 


Há duas correntes teológicas sobre a presciência de Deus: O Calvinismo e o Arminianismo. O Calvinismo diz que a presciência de Deus significa que Ele não apenas conhece tudo, mas é Ele quem predetermina todas as coisas que irão acontecer, boas ou ruins. Alguns mais radicais chegam a afirmar que Deus é o causador do próprio pecado. 


O Arminianismo, por sua vez, entende que a presciência de Deus significa que Ele conhece tudo o que irá acontecer e, com base nesse conhecimento antecipado, faz os seus planos. Entretanto, Ele concedeu o livre-arbítrio às suas criaturas e não é o causador dos seus atos. 


Há ainda outra interpretação sobre isso, que é herética e antibíblica, que é defendida pelo chamado “Teísmo Aberto”, ou “Teologia Relacional”. Esta heresia diz que Deus não conhece o futuro, mas o descobre e o constrói junto com os seres humanos. 


Ora, antes da fundação do mundo, Deus já sabia que iria criar o ser humano, mas este iria pecar. De antemão, Deus elaborou o plano de Salvação, para salvar o ser humano. Este plano foi anunciado pela primeira vez, em Gênesis 3.15 na sentença que Deus deu à serpente, após a desobediência do primeiro casal, por isso, é chamado de Proto Evangelho. Este plano de Deus incluía a chamada de Abrão, a formação da nação de Israel e a vinda do Messias.


O povo de Israel, portanto, foi escolhido por Deus para ser um povo missionário e testemunhas de Deus às outras nações (Is 42.5-7; 43.10-13). Israel não poderia se misturar com outras nações e deveria se preservar dos costumes e pecados delas. Quando Deus proibiu Israel de se misturar contra outras nações não era por separatismo, discriminação ou preconceito. Deus sabia perfeitamente que esta mistura, inevitavelmente, iria corromper Israel e levá-lo à destruição, como aliás aconteceu algumas vezes durante o período dos juízes e na monarquia. 


2- A falha de Israel. Israel falhou como povo missionário e testemunhas de Deus. Deus libertou Israel da escravidão no Egito e os levou à Terra Prometida. Antes de entrarem nesta terra, Deus ordenou que eles não deveriam se misturar com aqueles povos: “Guarda-te que não faças concerto com os moradores da terra aonde hás de entrar; para que não seja por laço no meio de ti.” (Ex 34.12). Depois que tomaram posse da terra, Josué repetiu esta advertência: “Esforçai-vos, pois, muito para guardardes e para fazerdes tudo quanto está escrito no livro da Lei de Moisés, para que dela não vos aparteis, nem para a direita nem para a esquerda; para que não entreis a estas nações que ainda ficaram convosco; e dos nomes de seus deuses não façais menção, nem por eles façais jurar, nem os sirvais, nem a eles vos inclineis.” (Josué 23.6,7).


Após a morte de Josué, o povo ignorou estas advertências. Contrariando a ordem de Deus, não destruíram totalmente os cananeus e fizeram alianças com eles, para cobrar impostos (Jz 1.28-36). A geração seguinte não conhecia o Senhor e se entregou à idolatria, servindo a Baal e Astarote, deuses dos cananeus (Jz 2.10-13). Por causa disso, o Senhor levantou inimigos cruéis que os dominavam e os oprimiam. Israel se arrependia dos pecados, clamava a Deus e Ele levantava um juiz que os libertava. Porém, após a morte do juiz, voltavam ao pecado e Deus levantava novos inimigos. De novo, o povo clamava e Deus levantava novos juízes. Este ciclo vicioso durou cerca de trezentos anos, até o início da monarquia. 


No período da monarquia a situação era semelhante. Quando o rei era temente a Deus, o povo servia a Deus. Mas quando o rei era ímpio, o povo se desviava de Deus e servia a outros deuses, praticando todo tipo de abominação. Por causa da idolatria de Salomão, Deus permitiu a separação das tribos. Dez delas seguiram a Jeroboão, filho de Nebate, e formaram o Reino do Norte. As outras duas tribos, Judá e Benjamim, ficaram com a descendência de Davi e dela veio o Messias prometido. 


O Reino do Norte, entregou-se completamente à idolatria e não teve nenhum rei que fosse justo. Era um pior do que o outro, praticando abominações iguais, e até piores, do que as que eram praticadas pelas nações que Deus havia expulsado daquela terra. Finalmente, foram entregues ao cativeiro da Assíria. Os assírios os levaram para a sua terra e trouxeram outros povos para habitar na terra de Israel e eles nunca mais voltaram. 


O Reino do Sul teve altos e baixos. Alguns reis eram tementes a Deus: Asa, Josafá, Jotão, Ezequias e Josias; Outros, eram mais ou menos: Roboão, Abias, Amazias, Joás e Uzias, que começaram bem, mas depois se entregaram à idolatria e a outros pecados; Os demais, foram terrivelmente ímpios: Jeorão, Acazias, Atalia, Acaz, Manassés, Amom, Jeoacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias. Apesar de serem muitas vezes advertidos pelos profetas, não deram ouvidos e Deus os entregou ao cativeiro babilônico por setenta anos. Depois os trouxe de volta à sua terra, a fim de cumprir as suas promessas. 


3- A contribuição de Israel para o mundo. Apesar de ter falhado como povo missionário de Deus, praticando a idolatria e muitas abominações como falamos acima, Israel foi usado por Deus para abençoar todas as nações, conforme Ele havia prometido a Abraão. Foi a Israel que Deus entregou as Escrituras do Antigo Testamento. Além de receberem a inspiração divina para escreverem a Palavra de Deus, o povo de Israel foi usado por Deus também para preservar as Escrituras. 


Os israelitas levavam muito a sério a tarefa de copiar as Escrituras. Naquela época não havia impressão como hoje e tudo era copiado à mão. Os escribas eram muito rigorosos nesse processo, para que não houvesse nenhum erro. Se errassem uma letra, inutilizavam toda a cópia e começavam outra. Ao final de uma cópia contavam todas as colunas, palavras e letras. Se houvesse qualquer divergência, aquela cópia seria inutilizada imediatamente. 


Deus usou também o povo de Israel para traduzir as Escrituras para o grego, que era o idioma universal no período do Império Grego. Depois que Alexandre Magno derrotou o Império Medo-persa e dominou toda aquela região, inclusive o território de Israel, muitos judeus que viviam fora da terra Israel falavam o grego e não entendiam mais a língua hebraica. Por isso, havia a necessidade de traduzir as Escrituras para o grego. No século III a.C, foram reunidos 70 rabinos de Israel, para realizarem esta tradução. Por isso esta tradução é chamada de Septuaginta ou Versão dos Setenta e é representada pelo numeral romano LXX. 


REFERÊNCIAS:

GABY, Wagner. Até os confins da terra: Pregando o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. 1ª Ed. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023. Págs. 24-31.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. Ed. 95, p.37. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023.

PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.120-21.

Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. 1° ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp. 349-50.

MISSÕES TRANSCULTURAIS NO ANTIGO TESTAMENTO

SUBSÍDIO DA REVISTA ENSINADOR CRISTÃO / CPAD

Prezado(a) professor(a),

Nesta lição, veremos que Deus escolheu a nação de Israel com um propósito missionário. O plano de reconciliação entre o Criador e a humanidade foi estabelecido desde os tempos antigos e a vontade de Deus era que Seu povo o divulgasse às demais nações. No decorrer da história, percebemos que essa missão não foi acolhida pelos israelitas, haja vista as muitas vezes que o Senhor os repreendeu para que não se contaminassem com as religiões pagãs que habitavam ao seu redor.

Os diversos eventos que ocorreram na história de Israel — a majestosa libertação dos hebreus da escravidão no Egito e as vitórias alcançadas durante a ocupação da Terra Prometida — marcaram a nação e serviram de testemunho às gerações seguintes. Entretanto, as leis e os testemunhos dos profetas não foram suficientes para que os descendentes permanecessem fiéis à aliança que Deus havia estabelecido (Êx 19.5,6). Com o passar dos anos, a iniquidade se multiplicou de modo que não restou alternativa a não ser a repreensão pelo cativeiro (Jr 25.8-12). Nesse período, o Reino do Sul, responsável por manter o concerto divino, foi devastado. Todavia, o propósito divino ficaria firme por meio do remanescente fiel.

Segundo George W. Peters (Teologia Bíblica de Missões, CPAD), “dentre todas as religiões, a religião revelada do Antigo Testamento constitui a missão de Deus no mundo pelo menos de quatro maneiras: 1. Ela é uma ação divina, expressando desaprovação das religiões etnicamente desenvolvidas e humanamente criadas, e das práticas pagãs do mundo. Ela está designada a preservar o mundo da suprema decadência moral e religiosa e de um total vazio espiritual. É a testemunha constante de Deus no mundo (At 14.17); 2. É um monoteísmo étnico, divinamente inspirado, que preserva o homem da desorientação total no panteísmo, na idolatria e no espiritismo. O monoteísmo étnico por si só pode conferir significado ao universo, à história e particularmente à cruz, assim como profundidade ao evangelho da graça; 3. É a criação de Deus para sustentar a esperança divinamente inspirada no Redentor prometido (Gn 3.15), que salvaria a humanidade da condição do pecado e destruição e restauraria sua glória, seu propósito e significado originais; 4. É o chamado divino de uma minoria seletiva usada como instrumento capaz de gerar um ímpeto eficaz missionário na humanidade, almejando bênçãos e salvação para toda a humanidade” (p.108).

Tanto as vitórias de Israel quanto a sua queda serviram de testemunho para que as outras nações soubessem que o relacionamento com Deus não pode ser estabelecido de forma superficial e inconsistente.

09 outubro 2023

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 3: MISSÕES TRANSCULTURAIS NO ANTIGO TESTAMENTO

Ev. WELIANO PIRES

REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA


TEMA:  MISSÕES TRANSCULTURAIS: A SUA ORIGEM NA NATUREZA DE DEUS


Na lição passada, estudamos sobre o grande desafio que é apresentar o Evangelho de Cristo a outros povos, em culturas, tradições e costumes totalmente diferentes dos nossos. Vimos que a ideia de missões transculturais se fundamenta no próprio Deus, pois, Ele se revelou a partir da chamada da família de Abrão, para através desta, alcançar todas as famílias da terra.


I. A natureza missionária de Deus

a. O chamado de Abrão.

b. A missão como atividade de Deus no mundo.

c. O nosso modelo missionário, não são os missionários notáveis da história da Igreja, ou projetos missionários modernos, mas se baseia no próprio Deus.

II. Amor de Deus como o princípio fundamental da história da redenção. 

a. O amor de Deus pela humanidade demonstrado, principalmente, na escolha de Israel e no relacionamento de Deus com esta nação.

b. A redenção no Antigo Testamento, citando vários exemplos da história de Israel. Redenção é a libertação da escravidão mediante o pagamento de um resgate.

c. A redenção no Novo Testamento se refere a uma atividade exclusivamente divina, realizada por Jesus Cristo.


III. A visão bíblica do caráter transcultural da missão.

a. Deus como um missionário em várias ocasiões. 

b. A escolha de Israel e sua missão, para ser um exemplo para todos os povos.

c. A escolha da Igreja. Com a incredulidade de Israel, Deus abriu a porta da Graça para os gentios, através da Igreja. 


LIÇÃO 3: MISSÕES TRANSCULTURAIS NO ANTIGO TESTAMENTO


PALAVRAS-CHAVES: ANTIGO TESTAMENTO


INTRODUÇÃO


Nesta lição, dando continuidade ao tema Missões Transculturais, iniciado na lição passada, discorremos sobre as missões transculturais no Antigo Testamento. Tomaremos como exemplo, o povo de Israel, que foi escolhido com um propósito missionário, e outros exemplos de missões transculturais no contexto do Antigo Testamento.


OBJETIVOS DA LIÇÃO:

  • Identificar Israel como um povo escolhido para um propósito missionário;
  • Demonstrar o amor de Deus para com outras nações; 
  • Relacionar as alianças de Deus com a humanidade no Antigo Testamento.


No primeiro tópico, falaremos de Israel, um povo escolhido com um propósito missionário. Inicialmente, falaremos do plano de Deus de proclamar a mensagem de Salvação a todos os povos, que incluía a formação da nação de Israel, para que fossem suas testemunhas. Através deste povo Deus planejou trazer o Salvador. Israel falhou neste propósito de ser testemunha de Deus, pois se contaminou com as religiões pagãs e deu muita ênfase ao separatismo racial e nacional, o que impedia que testemunhassem a outros povos. Por último, falaremos da contribuição de Israel para o mundo. Não obstante, tenha falhado como testemunha do amor de Deus, Israel foi usado por Deus para preservar o Antigo Testamento e traduzi-lo para a língua grega. Foi também através de Israel que Deus enviou o Seu Filho ao mundo para salvar a humanidade.


No segundo tópico, falaremos do amor de Deus para com outras nações. Veremos que desde o princípio, os olhos de Deus estão voltados para todos os povos, como podemos notar nos livros proféticos, que contêm profecias de um futuro glorioso, no qual outras nações estão incluídas. Na sequência, falaremos do caso de Elias e a viúva de Sarepta, uma mulher estrangeira, que foi socorrida por Deus e experimentou os seus milagres. Por último, falaremos da missão do profeta Jonas em Nínive, capital da Assíria. Jonas foi enviado por Deus a esta cidade ímpia e perversa e eles se arrependeram com a sua pregação.


No terceiro tópico, falaremos das alianças entre Deus e a humanidade no Antigo Testamento. Com a entrada do pecado no mundo, toda a humanidade foi afetada. Por isso, Deus fez várias alianças com o homem, ao longo dos séculos. Estas alianças podem ser condicionais ou incondicionais. Na aliança condicional, Deus estabelece um pacto com o ser humano, mediante o cumprimento de algumas obrigações por parte deste. Por outro  lado, nas alianças incondicionais, o Deus Soberano estabelece pactos para realizar os seus propósitos, baseados unicamente em Sua Graça e Misericórdia, sem contrapartidas.


REFERÊNCIAS:

GABY, Wagner. Até os confins da terra: Pregando o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. 1ª Ed. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023. Págs. 24-31.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. Ed. 95, p.37. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023.

PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.120-21.

Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. 1° ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp. 349-50.


06 outubro 2023

VISÃO BÍBLICA DO CARÁTER TRANSCULTURAL DA MISSÃO

(Comentário do 3⁰ tópico da Lição 02: Missões Transculturais - a sua origem na natureza de Deus 

Ev. WELIANO PIRES


No terceiro tópico, veremos que o Antigo Testamento nos apresenta Deus como um missionário em várias ocasiões. O comentarista nos apresenta três delas: na queda do homem, no dilúvio e na eleição de um povo para abençoar a todas as nações, após o episódio da Torre de Babel. 

Depois falaremos da escolha de Israel e sua missão. Deus formou a nação de Israel e estabeleceu um relacionamento com este povo, para ser um exemplo para todos os povos. Porém, Israel falhou em cumprir a sua parte neste projeto de Deus. 

Por último, falaremos da escolha da Igreja. Com a incredulidade de Israel, Deus abriu a porta da Graça para os gentios, através da Igreja, para assim cumprir a promessa feita a Abraão de abençoar todas as famílias da terra, através da sua descendência, que é Jesus Cristo. Entretanto, a Igreja não é a substituição de Israel, como muitos dizem. As promessas de Deus a Israel continuam de pé e Deus tratará com eles, após o arrebatamento da Igreja.


1. Um Deus Missionário. No primeiro tópico, falamos a respeito da natureza missionária de Deus, com base na chamada de Abrão, em Ur dos Caldeus. Aqui, o comentarista volta ao tema e expande as atividades de Deus como missionário, não apenas na formação da nação de Israel, mas em toda a humanidade. 


Em vários episódios do Antigo Testamento, é possível vermos a atividade missionária de Deus, para além das fronteiras de Israel. O comentarista cita três casos, onde Deus atuou pessoalmente como missionário, nos quais estão presentes: a falha humana, o juízo de Deus e a sua promessa de salvação. 


No primeiro caso, temos o triste episódio da queda do primeiro casal e, consequentemente, de toda a raça humana. Ali podemos ver a desobediência do primeiro casal à ordem expressa de Deus, para não comer do fruto proibido; depois, temos os juízos de Deus contra a mulher, o homem e a serpente; por último temos a promessa de Deus, de que o descendente da mulher, que é Cristo, viria para ferir a cabeça da serpente, que é o inimigo. 


No segundo caso, temos o dilúvio, onde também estão presentes a falha humana, o juízo de Deus e a promessa de salvação. Primeiro, a iniquidade se multiplicou tanto naqueles dias, que alcançou níveis intoleráveis por parte de Deus (Gn 6.5). Depois, temos o juízo de Deus, que resolveu enviar o dilúvio e destruir toda a criação (Gn 6.13). Por último, temos a promessa de salvação a Noé e sua família, por meio da construção de uma arca (Gn 6.14-18).


No terceiro caso, temos a chamada de Abrão, para dele fazer uma grande nação e, por meio desta, abençoar todas as famílias da terra. Aqui também temos a falha humana no episódio da Torre de Babel, quando Ninrode e os seus seguidores se rebelaram contra Deus e desobedeceram a ordem de se espalhar e povoar a terra. O juízo de Deus veio com a confusão das línguas e todos os povos passaram a viver como se Deus não existisse. Por último, temos a promessa de Deus a Abrão, de fazer dele uma grande nação e através desta, beneficiar todos os povos. 


2. A escolha de Israel e sua missão. Como vimos acima, Deus chamou Abrão e fez uma aliança com ele, a fim de formar a nação de Israel. Primeiro, Deus escolheu Abrão e Sarai, sua mulher. Eles ainda não tinham filhos e Deus prometeu que eles seriam pais de uma grande multidão. A exigência inicial era para que eles deixassem a sua terra e os seus parentes e fossem a uma terra desconhecida, que Deus haveria de mostrar-lhes. Abrão saiu com Sarai, sua mulher, e levou consigo o seu sobrinho Ló, filho do seu irmão Harã, que já havia falecido. No meio do percurso, os empregados de Abrão e Ló se desentenderam e eles tiveram que se separar. 


Dez anos se passaram desde que Abrão e Sarai chegaram a Canaã, com a promessa de Deus de que seriam pais de uma grande multidão. Nesta ocasião, Abrão já estava com 85 anos e Sarai com 75. Pelos meios naturais seria impossível gerarem filhos. Além da esterilidade que ela tinha, pois, nunca tivera filhos, ainda tinha a idade avançada e o ciclo menstrual encerrado. 


Diante deste quadro, Sarai entendeu que seria impossível gerar filhos. Ela, então, teve uma ideia, para ajudar a Deus, no cumprimento da promessa e disse ao seu esposo: “E disse Sarai a Abrão: Eis que o Senhor me tem impedido de dar à luz; toma, pois, a minha serva; porventura terei filhos dela.” (Gn 16.2). Esta atitude de Sarai era compreensível, do ponto de vista cultural, legal e humano, pois era uma prática comum naquela sociedade.  Entretanto, era algo completamente fora do propósito de Deus, pois Ele não precisa de subterfúgios humanos e “jeitinhos” para cumprir as suas promessas. 


Sem questionar a atitude precipitada de Sarai, Abrão deu ouvidos à sua esposa e fez o que ela sugeriu. Sarai errou ao tomar uma atitude precipitada, tentando “ajudar a Deus”. Mas, Abrão também falhou, pois ele era o patriarca da família e foi a ele que fez as promessas. Como líder da família, cabia a ele passar as orientações sobre Deus à sua família. Naquela sociedade patriarcal, a palavra do patriarca era uma lei. 


Deste relacionamento de Abrão com Agar, sua serva, nasceu Ismael, que foi o pai dos povos Árabes. Treze anos depois, o Senhor apareceu a Abrão, identificando-se como “Deus Todo-poderoso” (heb. El Shadday) e reafirmou a promessa de que que ele teria um filho, mas deixou claro que seria também filho da sua esposa. Em seguida, mudou o seu nome de “Abrão” que significa “pai exaltado”, para Abraão, que significa “pai de uma multidão”. Mudou também o nome de Sarai, que significa “princesa”, para Sara que significa “minha princesa”. O nome Isaque (riso), se deu porque ela riu da promessa de ser mãe aos 90 anos.


De Isaque, Deus escolheu o seu filho mais novo, Jacó, para através dele formar a nação de Israel. Jacó era o filho preferido da sua mãe, Rebeca. O seu irmão, Esaú, era o preferido de Isaque. Estas preferências trouxeram o conflito entre os irmãos, a ponto de Esaú decidir matar Jacó, que foi obrigado a fugir de casa para não ser morto. Orientado por seu pai, Isaque, Jacó foi para Harã, terra da sua mãe, morar com o seu tio Labão. Chegando lá, à primeira vista, ele se apaixonou por Raquel, a filha mais nova do seu tio, e propôs um acordo de trabalhar sete anos para se casar com ela. Entretanto, passando-se os sete anos, o seu tio lhe enganou e lhe entregou Lia, a filha mais velha, para ser a sua esposa. 


De duas mulheres e duas concubinas, Jacó teve doze filhos e uma filha. Os doze filhos de Jacó formaram a nação de Israel. José, o filho preferido de Jacó, foi vendido como escravo por seus e irmãos. Este acontecimento, no entanto, fazia parte do plano de Deus de torná-lo governador do Egito. José foi acusado injustamente de tentar estuprar a esposa do seu patrão e foi parar na prisão. Mas, Deus o tirou de lá e fez dele o homem mais poderoso do Egito, depois de Faraó, com o propósito de salvar o mundo de uma grande fome. 


Como governador, José trouxe o seu pai e toda a família para morar no Egito. Após a morte de José e todos os seus irmãos, levantou-se um novo rei no Egito que não os conheceu e resolveu escravizar o povo de Israel. Mas Deus estava no controle da situação e libertou Israel da escravidão e os conduziu à terra prometida sob a liderança de Moisés. 


Por causa da incredulidade e murmuração, Deus permitiu que o povo vagasse no deserto por 40 anos. Da geração que saiu do Egito, somente Josué, Calebe e os filhos daquela geração, entraram na terra prometida. Nem mesmo Moisés e Aarão, que conduziram a libertação do povo e a peregrinação no deserto, puderam entrar na terra de Canaã. 

Sob o comando de Josué, Israel tomou posse da terra prometida. Mas, não obedecem totalmente a Deus, deixando de conquistar muitas terras e permitindo que muitos dos cananeus permanecessem entre eles. Isso, evidentemente, fez com que eles se entregassem à idolatria e outras práticas destas nações, após a morte de Josué. 


Josué não preparou um sucessor e, após a sua morte, Israel caiu na idolatria e na anarquia, no período dos juízes. Este período se tornou um ciclo vicioso, no qual, o povo pecado, Deus os entregava nas mãos de inimigos que os dominavam. O povo se arrependia e clamava a Deus. Deus levantava juízes e os libertava. Após a morte do libertador, o povo voltava ao pecado. Este ciclo vicioso durou 300 anos, até os dias de Samuel, o último dos juízes, que fez a transição para a monarquia. 


Na monarquia também Israel se enveredou pela idolatria e outras práticas que afrontam a santidade de Deus. Inicialmente, Deus  permitiu a divisão do reino, deixando apenas duas tribos com a descendência de Davi, para através dela, cumprir o seu plano de enviar o Salvador. As dez tribos do Norte se entregaram completamente à idolatria e foram levadas para a Assíria e nunca mais voltaram. A descendência de Davi, embora tivesse alguns reis piedosos, também caiu na idolatria e foi levada para a Babilônia. Entretanto, por causa da promessa de enviar o Messias, depois de 70 anos de cativeiro, Deus permitiu o seu retorno. 


Deus cumpriu as suas promessas feitas a Abraão, tanto a promessa de dar a terra aos seus descendentes, quanto as promessas de fazê-lo pai de uma grande multidão e abençoar todas as famílias da terra, através da sua descendência. Porém Israel falhou na conquista da terra prometida e em ser uma nação sacerdotal, que servisse de testemunha para as nações. Em alguns momentos, Israel se tornou pior do que as nações que Deus havia expulsado da tende Canaã. Por isso, Deus os mandou para o cativeiro. 


3. A escolha da Igreja. Israel falhou em sua missão como uma nação sacerdotal. Por isso Deus transferiu esta missão para a sua Igreja. Jesus Cristo veio a este mundo como homem e entregou a sua vida como preço da redenção da humanidade, com vimos no tópico anterior. Ele ressuscitou ao terceiro dia e subiu ao Céu, mas antes estabeleceu a Sua Igreja na terra, para proclamar a sua mensagem de salvação a toda criatura. 


Diferente de Israel, a Igreja não falhará em sua missão. Pode cometer algum deslize aqui e ali, pois o inimigo plantou o joio no meio do trigo. Mas, a Igreja seguirá triunfante, pois o Espírito Santo habita nela e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Durante o período, entre a ascensão de Jesus ao Céu e o arrebatamento da Igreja, que é chamado de dispensação da Graça, a Igreja seguirá com a sua missão missionária, sendo a única agência do Reino de Deus na terra. 


Vale lembrar que a Igreja não é a substituição de Israel. Após o arrebatamento da Igreja, se encerrará o tempo dos gentios e Deus voltará a tratar com Israel. Primeiro virá a Grande Tribulação, que é mencionada na Bíblia como "tempo de angústia para Jacó". Nesse tempo, Israel sofrerá as consequências terríveis de ter rejeitado o Messias. No final da Tribulação, eles clamarão a Deus e o Senhor Jesus virá em seu socorro. 


O Senhor Jesus derrotará os exércitos do Anticristo e estabelecerá o Seu Reino Milenial. Nesse tempo, o Filho de Deus reinará em toda a terra. Satanás será preso e haverá mil anos de paz. Nesse tempo se cumprirá na íntegra as promessas de Deus a Abraão, pois Israel possuirá toda a terra prometida e todos os povos da terra serão beneficiados por meio de Israel.


REFERÊNCIAS:


GABY, Wagner. Até os confins da terra: Pregando o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. 1ª Ed. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. Ed. 95, p.37. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023.

PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, pp.70,71)

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