16 novembro 2021

Lição 8: Paulo, o discipulador de vidas


Data: 21 de Novembro de 2021

TEXTO ÁUREO

“E, Paulo tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado pelos irmãos à graça de Deus. E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas.” (At 15.40,41).

VERDADE PRÁTICA

"O discipulado cristão forma discípulos de Cristo para que o imitem de forma que Deus seja glorificado na sociedade."

HINOS SUGERIDOS: 15, 391 e 465 da Harpa Cristã.

LEITURA DIÁRIA

Segunda — Mt 28.19,20

O discipulado é uma ordem do Senhor

Terça — At 2.14-41

A pregação como ponto de partida

Quarta — At 2.42-47

O discipulado como formação na Igreja Primitiva

Quinta — Fp 4.8,9

O discipulado nos faz pensar nas coisas mais elevadas

Sexta — Cl 3.21

O discipulado nos faz buscar as coisas que são de cima

Sábado — 1Co 10.31

Discipulados a fim de viver para glória de Deus


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 2.42-47; 20.1-4.

Atos 2

42 — E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.

43 — Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.

44 — Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.

45 — Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.

46 — E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,

47 — louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.

Atos 20

1 — Depois que cessou o alvoroço, Paulo chamou a si os discípulos e, abraçando-os, saiu para a Macedônia.

2 — E, havendo andado por aquelas terras e exortando-os com muitas palavras, veio à Grécia.

3 — Passando ali três meses e sendo-lhe pelos judeus postas ciladas, como tivesse de navegar para a Síria, determinou voltar pela Macedônia.

4 — E acompanhou-o, até à Asia, Sópatro, de Bereia, e, dos de Tessalônica, Aristarco e Segundo, e Gaio, de Derbe, e Timóteo, e, dos da Ásia, Tíquico e Trófimo.

OBJETIVO GERAL:

Revelar a missão integral da Igreja no Discipulado: pregar e ensinar.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

I. Relacionar o apóstolo Paulo com o discipulado bíblico;

II. Salientar a integralidade da missão no Discipulado: pregar e ensinar;

III. Ponderar o discipulado com pessoas de outras culturas.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Esta lição revela a importância de a igreja conjugar com equilíbrio a pregação evangelística com o ensino cristão. Este forma enquanto aquela chama. O pastor Antônio Gilberto, saudoso mestre das Assembleias de Deus no Brasil, sempre ponderou a respeito de ensinar sistematicamente a Bíblia para a igreja local e o melhor espaço para isso é a Escola Dominical. Nesse espaço, ensinamos os que foram chamados pela pregação do Evangelho.

O ministério do apóstolo Paulo revela essa integralidade da missão: pregação da Palavra e ensino formativo. O apóstolo pregava o Evangelho e, também, discipulava, ensinava o povo de Deus a guardar os mandamentos do Senhor.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos os aspectos gerais do discipulado, com destaque para o papel de Paulo no processo do discipulado nas igrejas que plantou. Perceberemos que esse foi o meio pelo qual nosso Senhor nos concedeu para que os recém-nascidos na fé fossem formados segundo o caráter de Cristo.

PONTO CENTRAL: A missão da igreja é pregar e ensinar.

I. PAULO E O DISCIPULADO BÍBLICO

1. O discipulado bíblico. O princípio do discipulado na Igreja Primitiva baseava-se na ordem da Grande Comissão que Jesus deu aos discípulos por ocasião de seu aparecimento e despedida (Mt 28.19,20). Após o Pentecostes, quando a Igreja nasceu historicamente, o cuidado com os recém-nascidos na fé precisava ser bem estruturado. Em Atos 2.42-47, vemos claramente que as Escrituras (doutrina), a oração, a prática da comunhão e do serviço faziam parte do programa de discipulado da Igreja. Assim, o apóstolo Paulo onde fazia discípulos, não somente convencia-os a respeito de Cristo, mas mostrava-lhes como imitá-lo (At 17.1-9; 1Ts 1.2-10).

2. Paulo, o discipulador. O apóstolo dos gentios foi um discipulador distinto. Após a sua conversão, ele sentiu a necessidade de conhecer a Cristo mais profundamente (Gl 1.15-17). Paulo sabia do desafio ao defender o nome de Jesus diante dos judeus. Ao longo de suas cartas, vemos um compromisso profundo com a doutrina exposta e a sua aplicabilidade na vida do discípulo. Há doutrina no discipulado, mas há também prática coerente com a doutrina. Isso faz com que o discípulo cresça e chegue à maturidade. Conhecer de maneira teórica apenas, não basta. Para isso, a formação cristã deve apresentar uma integração entre doutrina e prática.

3. A metodologia de Paulo para o discipulado. O primeiro passo para o discipulado de Paulo era pregar o Evangelho e, pelo poder do Espírito Santo, convencer as pessoas acerca de Cristo. Então, a partir dos primeiros convertidos, ele plantava uma igreja na cidade. Ao plantá-la, o apóstolo ficava ali o tempo suficiente para firmar os passos dos novos convertidos. Como seu ministério envolvia itinerância, ele não ficava muito tempo no mesmo lugar e, logo, deixava ou enviava alguém experimentado na fé para dar continuidade ao discipulado dos novos convertidos (At 13.1-4; 15.39,40). Em seu ministério, vemos discípulos especiais que ajudaram muito o trabalho de Paulo: Timóteo, Tito, Silas, Lídia, Áquila e Priscila e outros mais (At 15.40; 16.1). Além de fortalecer a fé dos novos convertidos, o apóstolo mantinha uma relação de comunhão e amizade com eles e seus cooperadores. Uma lição importante, aqui, é destacar que a obra do discipulado envolve pessoas que sejam crentes de verdade, idôneas, que amem o Senhor e sua Igreja, ao ponto de se doar inteiramente em favor de um novo convertido.

SÍNTESE DO TÓPICO (I)

O apóstolo Paulo foi discipulador com um método de, primeiramente, pregar e, em seguida, ensinar de maneira mais sistematizada.

SUBSÍDIO PEDAGÓGICO

A aula sempre é um ponto de encontro entre o professor e o aluno. Ou melhor, deve ser entre mestre e discípulo. Segundo a Bíblia, vemos claramente que a relação entre Jesus e os discípulos, bem como dos apóstolos com os discípulos, era de mestre e discípulo. O mestre aplica o que ensina na própria vida, ou seja, ele ensina pelo exemplo. Já o discípulo deseja imitar o que aprendeu, aplicando o ensino na vida concreta. Não esqueça de que o objetivo da Escola Dominical é gerar imitadores de Cristo. Conscientize a classe a respeito disso.

II. O DISCIPULADO E A MISSÃO INTEGRAL DE PREGAR E ENSINAR

1. A pregação: o ponto de partida. Pregar o Evangelho é o meio que o Espírito Santo leva pessoas à salvação. É preciso pregá-lo com seriedade, intensidade e ousadia. A Igreja de Cristo se expandiu assim. Ela tinha como ponto de partida a tarefa que Jesus deixou aos seus discípulos, como vimos anteriormente. Nada pode substituir a dimensão proclamatória da Igreja. Para isso, ela foi revestida do poder do Espírito Santo para cumprir a missão (At 1.4-8). Quando os discípulos foram cheios do Espírito Santo no cenáculo em Jerusalém, a igreja se espalhou por todo o mundo. Assim, os discípulos de Cristo plantaram igrejas nas casas, nas aldeias, nas cidades. E a Igreja se multiplicava dia após dia (At 2.47).

2. O Ensino: “fazer discípulos”. O discipulado começa quando pessoas aceitam a Jesus como Salvador de suas vidas. Logo, a conversão a Cristo é a semente da Igreja. Quando cuidada pelos discipuladores, essa semente germina e dá frutos. Não foi assim que aconteceu no dia de Pentecostes? Pedro se levantou dentre as 120 pessoas cheias do Espírito Santo e começou a pregar com autoridade sobre quem era Jesus (At 2.14-35). Resultado: quase três mil pessoas se converteram (At 2.41). E agora? O que fazer? Ensinar, ensinar e ensinar. Os apóstolos entenderam que deviam discipular esses recém-convertidos com a doutrina que receberam de Cristo (At 2.42-47). Ao longo do seu ministério, o apóstolo observou rigorosamente esse princípio e o aplicava nas vidas das pessoas que ele alcançava.

3. Pregação e ensino. A igreja local é um lugar onde a Palavra de Deus deve ser proclamada com autoridade, em que pessoas sejam atraídas pelo Espírito Santo a Cristo. Mas a igreja também é um local de formação por meio do ensino da Bíblia. Por isso que as reuniões de Escola Dominical e os cultos de ensino da Palavra são instrumentos importantes para forjar o caráter cristão e formar pessoas (crianças, adolescentes, jovens e adultos) que imitem a Cristo em suas vidas. Essa é uma das nobres missões da Igreja de Cristo.

SÍNTESE DO TÓPICO (II)

O discipulado compreende a missão de pregar o Evangelho e ensiná-lo como caráter formativo.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“O ministério da Igreja inclui equipar um grupo de pessoas que vivem em mútua comunhão, capacitando-as a crescer até formarem uma entidade amorosa, equilibrada e madura. Paulo diz claramente em Efésios 4.11-16 que a equipagem dos santos para o serviço compassivo em nome de Cristo deve acontecer numa comunidade. O crescimento espiritual e o contexto em que ele ocorre de modo mais eficaz não surgem por mera coincidência. O amadurecer do crente não poderá acontecer fora da comunidade da fé. O discipulado não possui nenhum outro contexto que não seja a igreja de Jesus Cristo, porque não se pode seguir fielmente a Jesus à parte de uma participação cada vez mais madura com outros crentes na vida e no ministério de Cristo” (KLAUS, Byron D. A Missão da Igreja. 19ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.603).


III. O DISCIPULADO COM PESSOAS DE OUTRAS CULTURAS

1. A pregação para os seus irmãos. No livro de Atos, percebemos que a pregação dos apóstolos era primeiramente direcionada aos judeus. Eles pregavam no Templo, nas sinagogas e os judeus recebiam a Palavra, outros, porém, a rejeitavam (3.1-10; 6.9; 7.51-53). Os apóstolos desejavam que seus irmãos recebessem a Palavra da Verdade. Entretanto, o desafio diante da Lei de Moisés com o fenômeno da conversão entre os gentios se revelaria complexo, conforme nos mostra a questão cultural entre os judeus hebreus e helênicos (At 6.1-6), o derramamento do Espírito na casa de Cornélio (At 10.44-48) e o concílio de Jerusalém (At 15). O Evangelho entre os gentios trouxe um grande desafio para a igreja que crescia.

2. A expansão para os gentios. A Igreja não poderia fugir dos gentios, pois alcançá-los era promessa de Cristo registrada em Atos 1.8. Os apóstolos seriam testemunhas de Cristo não só em Jerusalém, mas passariam por Judeia e Samaria para chegar aos confins da terra. Por isso, nosso Senhor levantou um homem tenaz e valente, separado para ser “apóstolo dos gentios” (At 9.1-9; 26.14-18). O apóstolo Paulo discipulou pessoas oriundas de diversas culturas e costumes religiosos.

3. O discipulado numa cultura diferente. O ministério do apóstolo Paulo nos mostra que o discipulado é o melhor método para ensinar o Evangelho às pessoas que vêm de culturas diferentes, religiões diversas e costumes, na maioria das vezes, incompatíveis com o Evangelho. Com Paulo, aprendemos que à proporção que absorvemos o Evangelho, nossa forma de pensar é alterada para desejar as coisas mais nobres e fazer o que glorifica a Deus (Fp 4.8,9; Cl 3.2; 1Co 10.31). Portanto, “não é por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4.6).

SÍNTESE DO TÓPICO (III)

O discipulado de Paulo se deu entre seus irmãos, judeus, bem como entre os gentios.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“O discipulado é mais que uma aula ou um conjunto de lições que transmitem conteúdo doutrinário. Discipulado é um trabalho árduo, longo e, às vezes, até sacrificial. É um trabalho de acolhimento, integração, acompanhamento, aconselhamento e orientação espiritual.

Nesse importante ministério, temos Jesus como nosso principal modelo. Além do conteúdo ético e doutrinário acerca do Reino de Deus transmitido por Jesus, que certamente nos serve de norte nesta questão, Ele destacou que o discipulado precisa enfocar os relacionamentos.

Nos evangelhos, aprendemos que Jesus mantinha uma excelente organização em seus níveis de relacionamento: em primeiro lugar a multidão (Lc 5.1; 6.17; 7.12); em segundo lugar, os discípulos (Lc 6.1,17); e, terceiro lugar, os apóstolos (Lc 6.13); e, por último, os três mais próximos dentre os apóstolos (Mc 14.32; 33; Lc 9.28).

Os apóstolos de Jesus também foram discípulos, pois eles aprendiam vendo, ouvindo e imitando o Mestre. É preciso lembrar que todos os apóstolos eram discípulos, mas nem todos os discípulos eram apóstolos” (SILVA, Rayfran Batista da. O Discipulado Eficaz e o Crescimento da Igreja. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p.27).

CONHEÇA MAIS

Sobre o discipulado

“Na maioria das igrejas evangélicas, o discipulado é uma prática de acompanhamento e treinamento bíblico que se resume aos novos na fé. Porém, o discipulado, como processo de educação cristã, não deve ser resumido a este grupo de novos cristãos.” Para ler mais, consulte a obra O Discipulado Eficaz e o Crescimento da Igreja, editada pela CPAD, p.31.

CONCLUSÃO

O discipulado leva em conta a pregação e o ensinamento. Ele nos apresenta um desafio grande para interagir com pessoas oriundas de culturas completamente opostas às nossas. Aqui, temos a promessa do Espírito Santo para apresentar o Evangelho com sabedoria e poder. Ele nos usa como instrumento e convence o ser humano de seu real estado.

QUESTIONÁRIO

1. Em que se baseava o princípio do discipulado na Igreja Primitiva?

O princípio do discipulado na igreja primitiva baseava-se na ordem da Grande Comissão que Jesus deu aos discípulos por ocasião de seu aparecimento e despedida (Mt 28.19,20).

2. O que vemos ao longo das cartas de Paulo?

Ao longo das cartas de Paulo, vemos um compromisso profundo com a doutrina exposta e a sua aplicabilidade na vida do discípulo.

3. Qual é o meio que o Espírito Santo leva pessoas à salvação?

Pregar o Evangelho.

4. Quando o discipulado começa?

O discipulado começa quando pessoas aceitam a Jesus como Salvador de suas vidas.

5. O que o ministério do apóstolo Paulo nos mostra acerca do discipulado?

O ministério do apóstolo Paulo nos mostra que o discipulado é o melhor método para ensinar o Evangelho às pessoas que vêm de culturas diferentes, religiões diversas e costumes na maioria das vezes incompatíveis com o Evangelho.


SUBSÍDIOS DA REVISTA ENSINADOR CRISTÃO /CPAD

PAULO, O DISCIPULADOR DE VIDAS

Pregar e ensinar são uma missão integral da Igreja de Cristo. É necessário pregar o Evangelho, mas também é preciso formar pessoas segundo o Evangelho de nosso Senhor. Para isso existe o discipulado cristão. O ministério de Paulo nos ensina que, ao plantar igrejas, o apóstolo procurava sempre as confirmar, ou seja, averiguar conforme elas estavam progredindo na fé em Cristo.

Resumo da lição

O objetivo geral da lição é revelar a missão integral da igreja no discipulado: pregar e ensinar. Para isso, o primeiro tópico relaciona o ministério do apóstolo Paulo com o discipulado cristão. Nele, o discipulado aparece como ordem do Senhor Jesus na Grande Comissão (Mt 28.19,20). Assim, o apóstolo observou essa ordenança com fidelidade à medida que pregava o Evangelho e discipulava os nascidos de novo. Seu método era simples: pregação, plantação de igrejas e formação dos novos crentes.

O segundo tópico salienta a integralidade da missão da Igreja: pregar e ensinar. Em Paulo, vemos que a pregação é o ponto de partida. Já o discipulado é o processo formativo a partir das minúcias do Evangelho. Assim, a Palavra de Deus deixa claro que a igreja local deve ser um local de pregação com autoridade do Evangelho e, ao mesmo tempo, uma agência que ensina a Bíblia de maneira sistemática e didática a todo crente. Pregar e ensinar: eis a nobre e integral missão da Igreja de Cristo.

O terceiro tópico pondera a respeito do discipulado com pessoas de culturas diferentes. O ministério de Paulo enfrentou o desafio de ensinar pessoas de diferentes culturas. Por exemplo, a Carta aos Romanos mostra que o público-alvo era constituído de judeus e gentios cristãos. Por isso, no capítulo 14 da carta, o apóstolo trabalha a ideia da tolerância em que esses grupos devem praticar entre eles. O desafio era cuidar da unidade no que era essencial. O processo do discipulado nos traz desafios em que o choque de culturas aparecerá inevitavelmente. Isso aconteceu em Romanos, aos coríntios, aos tessalonicenses. O discipulado cristão traz desafios culturais.

Aplicação

É necessário capacitar pessoas para exercer com zelo e piedade o discipulado cristão. Enfrentemos o desafio de chamar os pecadores e, posteriormente, formá-los segundo o Evangelho que apresentamos. Estejamos prontos para o desafio de comunicar o Evangelho aos outros.


Introdução à Lição 8: Paulo, o discipulador de vidas


Na lição passada estudamos o tema: PAULO, O PLANTADOR DE IGREJAS. Vimos que Paulo foi um dos maiores, ou talvez o maior desbravador de campos missionários da história da Igreja. Paulo percorria o mundo, sob intensa perseguição, fundando Igrejas. Quando o trabalho se estabilizava, ele deixava aos cuidados de um presbítero e seguia em frente. 

Falamos sobre o espírito desbravador do apóstolo Paulo, percorrendo muitos lugares, em pouco tempo e com poucos recursos. Ele via a pregação do Evangelho como uma obrigação e sentia-se devedor tanto a judeus, como aos gentios, de lhes anunciar a Cristo.

Falamos também sobre a Igreja de Antioquia, como uma base missionária de Paulo e Barnabé, que deu origem a várias Igrejas pelo mundo. Antioquia era uma Igreja que tinha uma excelente estrutura, do ponto de vista espiritual. Nela havia vários profetas e doutores, entre eles Barnabé e Paulo. Falamos também sobre as viagens missionárias de Paulo, partindo de Antioquia da Síria. 

Por último falamos a respeito das características de um plantador de Igrejas, que são a chamada de Deus; o preparo espiritual e o caráter forjado na escola de Deus; e por último, sobre o modelo de Igreja baseado nas Escrituras Sagradas. 


Na lição desta semana, estudaremos o tema: PAULO, O DISCIPULADOR DE VIDAS. A Missão da Igreja neste mundo envolve dois aspectos: pregar o Evangelho aos perdidos e após a conversão, ensinar-lhes a Palavra de Deus. Usando a simbologia da agricultura, a conversão seria o plantio e o discipulado seria o cuidado para que a planta nasça, cresça e dê frutos. 


No primeiro tópico, falaremos sobre o modelo de discipulado bíblico utilizado por Paulo, que trouxe grandes resultados, no início da Igreja Cristã. A base para o discipulado na Igreja Primitiva era a chamada “Grande Comissão”, que foi a ordem dada por Jesus, para que os seus discípulos saíssem pelo mundo, ensinando as nações a guardarem todas as coisas que Ele havia mandado e batizando os que cressem (Mt 28.19,20). Falaremos ainda neste tópico sobre o sobre Paulo, como um discipulador distinto e sobre o método que eficaz que ele utilizou na evangelização: pregar o Evangelho, plantar uma Igreja, ficar um tempo ali e depois deixar alguém experiente para cuidar. 


No segundo tópico, falaremos sobre o discipulado e a missão integral de pregar e ensinar. Não resta dúvidas de que a pregação do Evangelho é o ponto de partida para a salvação dos perdidos. Jesus ordenou aos seus discípulos que pregassem o Evangelho a toda criatura (Mc 16.15). Entretanto, o trabalho de evangelização não se encerra com a conversão. É preciso ensinar as verdades bíblicas aos novos crentes para que eles se tornem, de fato, discípulos de Jesus. Veremos neste tópico que a Escola Bíblica Dominical é o melhor local para se ensinar sistematicamente a Palavra de Deus, em linguagem adequada para todas as faixas etárias. 


No terceiro e último tópico, falaremos a respeito do discipulado com pessoas de culturas diferentes. A Igreja é formada por pessoas que vieram das mais diversas culturas e etnias. Logo, o choque cultural é inevitável. Os apóstolos, inicialmente, desejavam pregar o Evangelho visando apenas a salvação dos seus irmãos judeus. Mas a Igreja não poderia fugir da ordem de Jesus para levar o Evangelho a toda criatura. Por isso, o Senhor Jesus levantou Paulo, como o “Apóstolo dos gentios”, para levar o Evangelho aos gentios, nas mais diferentes culturas. Paulo enfrentou grandes desafios no processo de evangelismo e discipulado, principalmente os confrontos entre os legalistas judeus e os gentios. 


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11 novembro 2021

PAULO, O DESBRAVADOR SOB UMA GLORIOSA OBRIGAÇÃO


(Comentário do 1⁰ tópico da lição 7: Paulo, o plantador de Igrejas).

O apóstolo Paulo foi um gigante na pregação do Evangelho em vários aspectos. Nesta lição veremos como Paulo foi um plantador de Igrejas em várias partes do mundo do seu tempo. Um missionário é antes de tudo, um plantador de Igrejas. Existem vários tipos de missões: transculturais, nacionais, urbanas, capelanias, etc. Mas, quando falamos do início de um trabalho missionário, tem que haver o plantador de Igreja, que é alguém que inicia a pregação do Evangelho, onde não há Igreja formada e nenhuma estrutura. 


1. Paulo, o desbravador. Paulo foi chamado por Deus para levar o Evangelho para fora do território de Israel. Era uma mensagem totalmente desconhecida para os seus ouvintes. Como se diz na linguagem popular era "começar do zero". A palavra desbravador aqui é usada em referência a um agricultor primitivo, que chegava a um terreno para iniciar o seu plantio e precisava desmatá-lo manualmente e prepará-lo para a agricultura. Eu já trabalhei nesse tipo de serviço e não é nada fácil. 

Um desbravador, no caso do Evangelho, é um missionário que começa um trabalho evangelístico pregando nas praças ou em uma casa, com toda persistência, até que a semente nasça nos corações. Eu me lembro da minha infância, quando a Assembleia de Deus chegou à minha cidade natal. Era algo totalmente desconhecido. O Presbítero Isaías Soares da Silva foi o desbravador. Ele começou cantando hinos e pregando na praça, com a sua esposa e mais alguns irmãos. Aos poucos, algumas pessoas foram ouvindo a mensagem do Evangelho e se entregando a Cristo. O meu pai foi uma destas pessoas. No ano de 1978, ele entregou a sua vida a Cristo e é hoje, o crente mais antigo da cidade. 

No início da Assembleia de Deus no Brasil, foi assim que ela cresceu. Muitos crentes que se convertiam em um local, iam para outras cidades e abriam pontos de pregação. Quando o trabalho crescia um pouco, era enviado um pastor para pastorear aquele rebanho. Assim a Assembleia de Deus chegou as vilas, comunidades, fazendas e locais mais distantes dos grandes centros urbanos. Mas, tudo começava com um desbravador como Paulo. Muitos deles eram pessoas simples e desconhecidas nas convenções. 


2. Uma gloriosa obrigação. Paulo via a evangelização dos gentios como uma obrigacão que o Senhor lhe havia confiado: “Pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho”. (1 Co 9.16). Ele também se considerava "devedor" tanto aos judeus como aos gentios, de lhes anunciar a mensagem do Evangelho (Rm 1.14). De fato, é assim que a Igreja do Senhor deve se considerar. A pregação do Evangelho aos pedidos não é uma opção, que podemos adotar ou não. É uma ordem do Senhor Jesus e uma obrigação que Ele, como Senhor dá Igreja, nos incumbiu. (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; At 1.8). Eu tive um pastor que costumava dizer que "uma Igreja que não evangeliza não pode ser chamada de Igreja". 


3. Plantação de igreja, uma parceria. O processo de plantação de Igrejas envolve uma parceria, entre o evangelista, que planta a semente, e Deus que a faz brotar e crescer. Paulo deixa isso bem claro, quando escreveu aos Coríntios: "Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento". (1 Co 3.6,7). 

Neste contexto, estava acontecendo partidarismo entre os cristãos de Corinto. Um grupo dizia que era de Paulo; outro, de Apolo; outro de Pedro; e outro dizia que era de Cristo. Paulo os chamou de carnais e explicou que os obreiros são apenas trabalhadores da lavoura de Deus. Um planta, outro rega, mas o crescimento é dado por Deus. É assim na agricultura. Preparamos a terra, lançamos a semente, adubamos a terra e aguardamos o crescimento e os frutos. 

Infelizmente, há obreiros que pensam que a obra cresce por causa dele. Imaginam que são insubstituíveis. Mas, estão enganados. Se o Espírito Santo não agir nos corações, nada acontece. A nossa parte é plantar, regar e proteger a planta durante o seu crescimento, para que os predadores não a matem. Mas o crescimento e os frutos são obras de Deus. 


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Pb. Weliano Pires


09 novembro 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 07: PAULO, O PLANTADOR DE IGREJAS.

REVISÃO DA LIÇÃO 06: PAULO NO PODER DO ESPÍRITO


Na lição passada, falamos sobre o poder do Espírito Santo no ministério de Paulo. Vimos como o Espírito Santo dirigiu os caminhos da pregação de Paulo, orientando aonde deveria ir e confirmando a Palavra com sinais e maravilhas. 


Depois falamos sobre a argumentação de Paulo sobre a plenitude do Espírito Santo. Falamos sobre os casos de Apolo e de doze cristãos de Éfeso, que havia crido apenas na  mensagem pregada por João Batista, mas desconheciam completamente a mensagem pentecostal. Os missionários Priscila e Áquila orientaram a Apolo e ele tornou-se também um missionário da Igreja Cristã. Paulo, por sua vez, ensinou aos cristãos de Éfeso sobre a doutrina do Espírito Santo. Em seguida, impôs-lhe as mãos e eles foram todos batizados no Espírito Santo. 


Por último falamos sobre as fontes do ensino de Paulo sobre a doutrina do Espírito Santo, que são as Escrituras do Antigo Testamento e a experiência vivida pela Igreja Primitiva no Dia de Pentecostes. 


LIÇÃO 07: PAULO, O PLANTADOR DE IGREJAS


O apóstolo Paulo foi um dos maiores, ou talvez o maior desbravador de campos missionários, fora do território de Israel, da história da Igreja. A principal tarefa de Paulo era plantar Igrejas por onde passava e seguir em frente, para levar a mensagem de Cristo, onde ainda não havia sido pregada. 


Paulo percorria o mundo, sob intensa perseguição, fundando Igrejas. Quando o trabalho se estabilizava, ele deixava aos cuidados de um presbítero e seguia em frente. O ponto de partida das suas viagens missionárias foi a Igreja de Antioquia, onde ele recebeu expressamente o chamado do Espírito Santo para fazer missões. O seu companheiro inicial era Barnabé. Depois, por causa de uma diferença de pensamento, Paulo seguiu com Silas e Barnabé com o seu primo João Marcos. Depois, o jovem Timóteo foi incorporado à equipe missionária de Paulo. 


No primeiro tópico, falaremos sobre o espírito desbravador do apóstolo Paulo. Não houve na história da Igreja, alguém que percorresse tantos lugares, em tão pouco tempo, com poucos recursos, como Paulo. Ele via a pregação do Evangelho como uma obrigação e sentir-se devedor tanto a judeus, como aos gentios, de lhes anunciar a Cristo.


No segundo tópico, falaremos sobre a Igreja de Antioquia, como uma base missionária de Paulo e Barnabé, que deu origem a várias Igrejas pelo mundo. Antioquia era uma Igreja que tinha uma excelente estrutura, do ponto de vista espiritual. Nela havia vários profetas e doutores, entre eles Barnabé e Paulo. Falaremos também neste tópico sobre as viagens missionárias de Paulo, partindo de Antioquia da Síria. 


No terceiro e último tópico, falaremos a respeito das características de um plantador de Igrejas, que são a chamada de Deus; o preparo espiritual e o caráter forjado na escola de Deus; e por último, o modelo de Igreja baseado nas Escrituras Sagradas. 


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Pb. Weliano Pires



07 novembro 2021

Lição 7: Paulo o Plantador de Igrejas


14 de novembro de 2021 

TEXTO ÁUREO:

“Eu plantei: Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.  (1 Co 3.6)


VERDADE PRÁTICA:

“A experiência com Cristo é o mais poderoso fator motivacional para plantar igrejas”


HINOS SUGERIDOS: 53, 375, 530 da Harpa Cristã


LEITURA DIÁRIA

Segunda – Rm 15.20: Igrejas plantadas em lugares onde Cristo não foi anunciado

Terça – Ef 3.1: A plantação de igrejas se deu entre os gentios

Quarta – 1 Co 9.16: Pregar o Evangelho é uma obrigação

Quinta – Rm 13.1-3: Antioquia, o ponto de partida do ministério de Paulo

Sexta – At 16.9: O Espírito Santo direcionou Paulo na missão

Sábado – At 26.14,19: A verdadeira motivação para a missão


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 Coríntios 3.6-9


6- Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.

7- Pelo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.

8- Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão, segundo o seu trabalho.

9- Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus. 


Atos 13.1-3

1- Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.

2- E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.

3- Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.


Atos 16.1-5,9,10

1- E chegou a Derbe e Listra. E eis que estava ali um certo discípulo por nome Timóteo, filho de uma judia que era crente, mas de pai grego,

2- do qual davam bom testemunho os irmãos que estavam em Listra e em Icônio.

3- Paulo quis que este fosse com ele e, tomando-o, o circuncidou, por causa dos judeus que estavam naqueles lugares; porque todos sabiam que seu pai era grego.

4- E, quando iam passando pelas cidades, lhes entregavam, para serem observados, os decretos que haviam sido estabelecidas pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém

5- de sorte que as igrejas eram confirmadas na fé e cada dia cresciam em número.

9- E Paulo teve, de noite, uma visão em que se apresentava um varão da Macedônia e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos!

10- E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho.


INTERAGINDO COM O PROFESSOR


Nesta lição, perceberemos o quanto o espírito desbravador do apóstolo Paulo se relaciona com a origem do Movimento Pentecostal no mundo. Em seus primórdios, e durante a sua rica história, plantar igreja a partir de círculos de oração nas casas, ponto de pregações foram estratégias dadas para que hoje tornássemos um dos maiores segmentos do mundo. Solicite aos alunos para relacionar o processo de plantação de igrejas que vemos na vida e no ministério do apóstolo Paulo com a realidade atual na dimensão concreta do nosso bairro, cidade, estado e país.


OBJETIVO GERAL:

  • Motivar a igreja local para plantar mais igrejas.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

  • Mostrar que Paulo foi um desbravador sob uma gloriosa obrigação;

  • Sinalizar Antioquia como ponto de partida para o crescimento da igreja;

  • Pontuar as características de um plantador de igrejas.




INTRODUÇÃO


Nesta lição, estudaremos sobre o processo de plantação de igreja que o apóstolo Paulo executou. Veremos que ele foi um desbravador da causa do Mestre no mundo pagão, e seu ponto de partida no ministério foi Antioquia, quando enviado para outras regiões do mundo onde o Evangelho foi com Cristo e o pregado. Também refletimos sobre as características do plantador da igreja local frente aos desafios atuais.


PONTO CENTRAL: 

A experiência com Cristo é o fator motivacional para plantar igrejas


I - PAULO, O DESBRAVADOR SOB UMA GLORIOSA OBRIGAÇÃO

1. Paulo, o desbravador. Paulo foi, sem dúvida, o grande desbravador da fé cristã no mundo gentílico. Ele dedicou a sua vida para proclamar o Evangelho e cumprir a missão entre os pagãos. O apóstolo contribuiu grandiosamente na implantação de inúmeras igrejas e no crescimento da fé cristã. Não houve quem plantasse tantas igrejas, em tão pouco tempo, como o apóstolo dos gentios. Sua vida e ministério constrangem a semear o Evangelho e a plantar igrejas em lugares onde pessoas nunca ouviram falar do Evangelho das Boas-Novas (Rm 15.20).


2. Uma gloriosa obrigação. O apóstolo foi chamado por Cristo para pregar o Evangelho aos gentios. Por isso, na Bíblia, vemos a expressão: “Eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios” (Ef 3.1). Seu compromisso com os gentios estava firmado em Cristo, o nosso Senhor. Nesse sentido, toda sua ousadia, coragem e precisão, no ministério de plantação de igrejas levavam em conta esse compromisso com Cristo, “pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho” (1 Co 9.16). Assim, Paulo passou a pregar ousadamente a Cristo nas sinagogas, anunciando que Ele é o Filho de Deus. Essa ousadia e coragem recebemos diretamente do Espírito Santo.


3. Plantação de igreja, uma parceria. A plantação da igreja envolve um trabalho duplo: do homem e de Deus. Nós, seus servos, plantamos igrejas como sementes na terra. Nas cartas de Paulo, a imagem da plantação aparece, em especial, na Primeira Carta aos Coríntios (1 Co 3.6-9). O apóstolo dava o devido mérito desse processo a Deus (1 Co 3.6). E nós somos os seus cooperadores e, a igreja, a lavoura e o edifício de Deus (1. Co 3.9). Nesse divino ministério de plantação de igreja, à luz do ensino de Paulo, fica claro que o trabalho de semear e plantar é nosso, mas quem faz germinar, frutificar e crescer é Deus. Deus e o homem cooperam na plantação de igrejas.


SÍNTESE DO TÓPICO I

O apóstolo Paulo foi um desbravador de Cristo sob uma gloriosa obrigação.


SUBSÍDIO PEDAGÓGICO


Leve em conta as seguintes estratégias para começar a aula na classe a partir dos seguintes fatores:

• Inicie a aula com uma oração;

• Distribua sete tirinhas com a referência bíblica de acordo com a ordem da seção LEITURA DIÁRIA;

• Peça para cada aluno ter a referência bíblica recebida. Entretanto, leve em conta a ordem conforme a seção LEITURA DIÁRIA;


Essa ação ajuda a quebrar o gelo na classe e introduzir o assunto.


II - ANTIOQUIA, O PONTO DE PARTIDA PARA O CRESCIMENTO DA IGREJA


1. Uma igreja missionária. A igreja em Antioquia era rica em líderes (At 13.1-3), pois nela havia “profetas e doutores, a saber: Barnabé, Simeão cognominado Níger, Lúcio de Cirene, e ainda Manaém, companheiro de infância do tetrarca Herodes, e Saulo” (v.1). Ali, foi o ponto de partida de Paulo para a extraordinária obra de plantar igrejas entre os gentios. Juntamente com Barnabé, sob jejum, oração e imposição de mãos (v.3), ele foi enviado ao vasto campo do mundo gentílico para pregar o Evangelho e plantar igrejas.


2. A primeira viagem missionária. Paulo e Barnabé pregaram em Chipre (13.4). Neste lugar, o apóstolo desmascarou o feiticeiro Elimas, o encantador, e ganhou o procónsul para Cristo. Mais adiante pregou na sinagoga de Antioquia da Pisídia, onde os judeus lhe fizeram oposição (13.45), e, ao mesmo tempo, os gentios alegraram-se, creram e o Espírito Santo se fez presente ali. O mesmo aconteceu em Icônio, Listra, Derbe (14.1-28). Ora, no trabalho de evangelização e implantação de igrejas há muitos desafios. Uns recebem a Palavra, outros a rejeitam, outros ainda zombam. O trabalho de implantação da igreja não é fácil, mas o Espírito Santo opera, fala aos corações e dá o crescimento à obra de Deus.


3. A segunda viagem missionária. Depois do Concílio de Jerusalém (At 15). Paulo visitou igrejas já plantadas, a partir das regiões do Oriente para o Ocidente, envolvendo a Ásia e a Europa. De fato, nessa segunda viagem houve uma mudança de rumo sob a direção do Espírito, quando ele teve a visão de um macedônio que dizia: “Passa à Macedônia e ajuda-nos.” (At 16.9). Paulo empreendeu uma viagem que incluía Derbe, Listra, Troas, Filipos e Tessalônica. Beréia, Atenas, Corinto, Éfeso. Outras cidades foram alcançadas pelo ímpeto evangelístico do apóstolo e inúmeras igrejas foram plantadas. Quando estamos na dependência do Espírito Santo, temos uma visão ampliada acerca do Reino de Deus.


SÍNTESE DO TÓPICO II

A igreja de Antioquia foi o ponto de partida para Paulo plantar inúmeras igrejas.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO


Atos 13 foi o início da primeira viagem missionária de Paulo. A igreja estava envolvida no envio de Paulo e Barnabé, mas o plano era de Deus. Por que Paulo e Barnabé foram a tais lugares?

(1) Por que o Espírito Santo os dirigiu. 

(2) Eles seguiram pelas estradas do Império Romano, o que tornou a viagem mais fácil. (3) Visitaram populações e centros culturais importantes, a fim de alcançarem tantas pessoas quanto fosse possível. 

(4) Foram às cidades que possuíam sinagogas; falaram primeiro aos judeus, com esperança de que estes recebessem a Jesus como o Messias e ajudassem a divulgar as Boas Novas aos demais povos. 

Paulo e Silas iniciaram uma segunda viagem missionária, com a finalidade de visitar cidades onde Paulo já havia pregado. Desta vez, fizeram um trajeto maior por terra, não por mar, viajaram ao longo da estrada romana (por um desfiladeiro em meio às montanhas Taurus), que ligava a Cilícia às cidades de Derbe, Listra e Icônio, a noroeste. O Espírito Santo lhes instruiu a não irem à Ásia; por esta razão, dirigiram-se a Bitínia, no norte. Novamente o Espírito Santo lhes disse não, então passaram pela parte ocidental, por Misa, a fim de chegarem à cidade portuária de Trôade. (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, pp.1508,29).


CONHEÇA MAIS


Plantando Igrejas


Não onde Cristo houvera sido nomeado. O esforço ministerial de Paulo centralizava-se nas missões. Optou por concentrar seus esforços nas áreas onde o evangelho não tinha sido pregado suficientemente e assim facultou àqueles que não tinham ouvido a oportunidade de aceitarem a Cristo.

Para ler mais, consulte a “Bíblia de Estudo Pentecostal”, editada pela CPAD, p.1726.


III- CARACTERÍSTICAS DE UM PLANTADOR DE IGREJAS


1. Motivado pelo chamado. Como vemos em Paulo, um plantador de igrejas deve estar consciente do chamado divino em sua vida. Deus nos chama e confirma esse chamado no Corpo de Cristo (At 9.17-22). Na vida de Paulo, tudo começou no caminho para Damasco (At 9.4,5). Esse começo tornou-se um elemento motivador no ministério do apóstolo (At 26.14,19). Sempre há um ponto de partida em que somos tomados pela consciência daquilo que Deus nos chamou para fazer. Essa consciência do chamado é o fator motivacional que nos faz enfrentar os desafios diante de nós. Deus ainda chama!


2. Experimentado no deserto da vida. O apóstolo foi experimentado no deserto da Árabia (Gl 1.17,18). Para forjar o nosso caráter, muitas vezes Deus nos leva ao deserto da vida para falar ao nosso coração (Os 2.14). Ali, somos capacitados por Deus para topar contra os grandes desafios na missão de pregar o Evangelho e plantar igrejas. O Senhor trabalha em nosso temperamento, caráter e personalidade. As experiências que passamos ao longo da vida podem ser oportunidades de Deus para forjar o nosso caráter.


3. A igreja segundo as Escrituras. Toda a estratégia de um plantador de igreja deve levar em conta as Sagradas Escrituras. Nas Escrituras, vemos que igreja local é um lugar onde devemos ter um relacionamento pessoal com Deus; onde há amor pelo pecador; onde há batismo no Espírito Santo para o exercício do serviço; profusão dos dons espirituais, ministeriais e de serviço (1 Co 12.28-31); há de se ter autoridade do alto para expulsar demônios e curar enfermos; há de ter pregação fiel da Palavra de Deus com a autoridade do Espírito, e vida de oração, pois os ministros não podem deixar de perseverar na Palavra e na oração (At 6.4). Nessa igreja batizamos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, partilhamos da ceia do Senhor e aguardamos a sua volta para nos encontrar com Ele. Não podemos perder de vista que nós plantamos, mas é Deus que dá o crescimento e aprova a obra (1 Co 3.6).


SÍNTESE DO TÓPICO III

Paulo tinha em Cristo a sua motivação para plantar igrejas.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO


Paulo ressalta o fato de que todas as nossas considerações a respeito da Igreja e de sua missão não são meras abstrações, nem simples assuntos a serem estudados e debatidos. A Igreja é uma comunidade visível que reflete a missão de um Deus reconciliador. A Igreja deve ser a ‘hermenêutica do Evangelho’, o lugar onde as pessoas poderão ver o Evangelho retratado em cores vivas (2 Co 3.3). Como o Evangelho pode ser suficientemente fidedigno e poderoso a ponto de levar as pessoas a crerem que um homem pendurado na cruz realmente tem a derradeira palavra nos assuntos humanos? Sem dúvida, a única resposta, a única hermenêutica, é uma congregação que crê nisso e que vive à altura de sua fé (Fp 2.15,16). Isso quer dizer: somente uma igreja ativa na missão pode dar a razão adequada para a necessidade da reconciliação que o mundo está pedindo aos brados sem ter consciência disso. 

(KLAUS, Byron D. A Missão da Igreja. 19.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.585).


CONCLUSÃO


Vimos que muitos episódios na vida do apóstolo Paulo aumentaram sua visão para expandir a Igreja por todas as partes. É vontade de Deus que vidas sejam chamadas por Ele para se tornarem plantadoras de igreja. Pessoas que amem proclamar a Palavra de Deus para quem não a conhece e formar uma igreja local que glorifique a Deus e viva a fé com fidelidade ao nosso Senhor.


Q U E  S T I O N Á R I O 


1• A que a vida e o ministério de Paulo nos constrangem? 

Sua vida e ministério nos constrangem a semear o Evangelho e a plantar igrejas em lugares onde pessoas nunca ouviram falar do Evangelho (Rm 15.20


2• Qual o trabalho duplo que envolve a plantação de igreja? 

A plantação da igreja envolve um trabalho duplo: do homem e de Deus.


3• Qual foi o ponto de partida no ministério do apóstolo Paulo? 

A igreja em Antioquia foi o ponto de partida de Paulo para a extraordinária obra de plantar igrejas entre os gentios.


4• Qual foi a mudança de rumo no ministério de Paulo? 

De fato, nessa segunda viagem houve uma mudança de rumo sob a direção do Espírito, quando ele teve a visão de um macedônio que dizia: “Passa à Macedônia e ajuda-nos” (At 16.9).


5• Onde o apóstolo foi experimentado? 

O apóstolo foi experimentado no deserto da Arábia (Gl 1.17,18).


SUBISÍDIO DA REVISTA ENSINADOR CRISTÃO /CPAD


A Igreja de Cristo tem a sua dimensão visível na igreja local. Para se estabelecer uma igreja local é preciso que haja pessoas disponíveis, e que tiveram uma experiência com Cristo, para plantar igrejas. Nesse sentido, a lição desta semana tem como propósito motivar a igreja local, especificamente pessoas vocacionadas, a plantar novas igrejas. O Movimento Pentecostal cresceu porque houve crentes dispostos que ouviram a voz do Espírito Santo para abrir suas casas como um ponto de pregação ou desbravar o interior do Brasil.


Resumo da lição


Para atingir esse propósito, o tópico primeiro mostra que o apóstolo Paulo foi um desbravador do Evangelho sob uma gloriosa obrigação de pregar o Evangelho de Cristo. Não há dúvidas de que o apóstolo foi o grande desbravador do Evangelho no mundo gentílico. Ele plantou igrejas em lugares que pessoas nunca haviam tido contato com o nome de Jesus. Essa disposição era vista pelo apóstolo como uma gloriosa obrigação a ser cumprida. E ele a cumpriu com alegria.

O tópico segundo procura sinalizar Antioquia como um lugar estratégico para o crescimento da Igreja Primitiva. Tratava-se de uma igreja missionária. Dela, muitas outras igrejas foram geradas no Reino de Deus. Isso lembra muito o crescimento das igrejas pentecostais no Brasil. A partir de uma igreja numa determinada localidade, Belém do Pará, milhares de igrejas foram gestadas no país. Uma igreja referência cumpre uma função estratégica para plantar novas igrejas. Ela desempenha esse papel formando, capacitando e enviando novos obreiros.

O terceiro tópico procura pontuar as características de um plantador de igreja. Uma dessas primeiras características está na motivação do plantador. No ministério de Paulo vemos que essa motivação se deu a partir de sua experiência gloriosa com Cristo. Essa experiência faz com que o plantador de igrejas tenha um senso de urgência no mundo a respeito da evangelização. Além, claro, de esse plantador ser experimentado nos obstáculos da caminhada e perseverar na plantação de igrejas segundo as Escrituras.


Aplicação


Esta lição nos ensina que é preciso ter experiência com Cristo. Quem tem essa experiência verdadeira tem tudo para buscar a vocação missionária. É preciso também ser compromissado com a Palavra de Deus, a Bíblia. Ela é o esteio da regra de fé e prática da igreja local.


06 novembro 2021

A FONTE DO ENSINO DE PAULO SOBRE O ESPÍRITO SANTO AOS EFÉSIOS


(Comentário do 3⁰ tópico da lição 6: Paulo no poder do Espírito)

Paulo usou as Escrituras como fundamento para o ensino da doutrina do Espírito Santo. No Antigo Testamento, ela estava presente, mas não muito explícita. Ele usou também a experiência vivida pela Igreja Primitiva no Dia de Pentecostes e ensinou à Igreja de Éfeso sobre a necessidade do crente ser revestido do poder do Espírito. Paulo permaneceu em Éfeso por cerca de dois anos, ensinando a Palavra de Deus. Isso foi fundamental para que aquela Igreja experimentasse um grande avivamento, crescimento da Igreja e ortodoxia doutrinária. 


1. As Escrituras como fonte de revelação sobre o Espírito Santo. Algumas doutrinas cristãs não foram reveladas explicitamente no Antigo Testamento. Mas, estavam presentes de forma implícita, parcial ou através de tipos e figuras. No caso da doutrina do Espírito Santo, ela estava presente no Antigo Testamento apenas de forma subjetiva. Não temos no Antigo Testamento as informações que temos no Novo Testamento sobre o Espírito Santo, tanto que os judeus são monoteístas e não crêem na Santíssima Trindade. 

A compreensão deles sobre o Espírito Santo é muito diferente do Cristianismo. Os judeus crêem que Deus é Único, Pessoal, Todo Poderoso e Misericordioso. Mas, não crêem na Trindade, nem que o Espírito Santo é uma pessoa. Para o Judaísmo, o Espírito Santo é a presença de Deus e não uma pessoa. O chamado “Shemá hebraico” assim afirma: “ Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.” (Dt 6:4-5). Com base neste texto os judeus são monoteístas e contrários à Doutrina da Trindade. Entretanto, este texto não anula a Unicidade de Deus, pois a Trindade não são três deuses e sim, um Único Deus que subsiste eternamente em três pessoas. 

Apesar da Doutrina do Espírito Santo não está muito clara no Antigo Testamento, mas ela está presente. No primeiro versículo da Torah ou Pentateuco, a referência a Deus em hebraico está no plural (heb. “Elohim”, que é o plural de "Eloah"). Indica uma unidade composta, pois o verbo “criou” (heb. “bará”) está no singular. No ato da criação do homem, vemos Deus falando:Façamos o homem… conforme a nossa imagem...”. (Gn 1.26). Após a queda, Deus diz: “Eis que o homem agora é como um de nós...” (Gn 3.22). No episódio da confusão das línguas também, Deus fala no plural: “...Desçamos e confundamos ali a sua língua…” (Gn 11.7). 

Além das referências a Deus no plural, que deixam implícita a Doutrina Santíssima Trindade, temos promessas referentes ao derramamento do Espírito de forma mais explícita, como no texto de Joel 2.28,29, que no Dia de Pentecostes, Pedro interpretou como a profecia do que acontecera ali, quando todos foram cheios do Espírito Santo: “E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito”. Outros profetas também profetizaram sobre o derramamento do Espírito Santo, como Isaías (Is 32.15-17; 44.3-5; 59.20,21) e Ezequiel (Ez 11.19,20; 36.26,27; 37.14; 39.29). 


2. O Pentecostes como fonte de revelação do Espírito Santo. Além das Escrituras do Antigo Testamento, que continham promessas da descida do Espírito Santo, Paulo utilizou como fonte para o seu ensino sobre a Doutrina do Espírito Santo, a experiência vivida pela Igreja Primitiva no Dia de Pentecostes (At 2.1-4). A notícia daquele acontecimento se espalhou por vários lugares, pois havia naquele dia pessoas vindas de várias regiões, que presenciaram a descida do Espírito Santo e o discurso de Pedro, logo a seguir. Após a sua conversão, Paulo foi orientado sobre isso e ele mesmo teve também a sua própria experiência pois foi batizado no Espírito Santo, quando Ananias foi orar por ele (At 9.17). Teve também outros casos de batismo no Espírito Santo, como os de Samaria e da casa de Cornélio, que certamente Paulo sabia. 


3. Paulo ensina acerca do Espírito Santo aos efésios (At 19.1-6). Paulo não contrariou as mensagens de João Batista e Apolo, apenas as complementou. Apolo e aqueles cristãos de Éfeso entenderam apenas em uma parte da mensagem pregada por João Batista: "Após mim, virá um que não sou digno de desatar as correias das suas sandálias...". Mas, não se atentaram para a segunda parte que dizia: "...Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo".

Paulo fez o que todo pastor pentecostal deve fazer: Primeiro ensinou sobre o Espírito Santo, depois orou pelas pessoas, impondo-lhes as mãos, para que fossem revestidas de poder. Em muitas Igrejas ditas pentecostais não há mais batismo no Espírito Santo, porque não há ensino sobre isso e não buscam a Deu em oração por este propósito. Há muitas pessoas que oram apenas por bens materiais e coisas supérfluas e esquecem de buscar as coisas que são do Céu. 


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Pb.Weliano Pires


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