19 agosto 2020

Lição 8: As causas da desunião devem ser eliminadas

     Data: 23 de Agosto de 2020


TEXTO ÁUREO

“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!” (Salmo 133.1).


VERDADE PRÁTICA

"A união é uma força indispensável para a Igreja. É um testemunho diante do mundo e um estímulo para o crescimento da obra de Deus."


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Neemias 5.1,6-12.


1 — Foi, porém, grande o clamor do povo e de suas mulheres contra os judeus, seus irmãos.

6 — Ouvindo eu, pois, o seu clamor e essas palavras, muito me enfadei.

7 — E considerei comigo mesmo no meu coração; depois, pelejei com os nobres e com os magistrados e disse-lhes: Usura tomais cada um de seu irmão. E ajuntei contra eles um grande ajuntamento.

8 — E disse-lhes: Nós resgatamos os judeus, nossos irmãos, que foram vendidos às gentes, segundo nossas posses; e vós outra vez venderíeis vossos irmãos ou vender-se-iam a nós? Então, se calaram e não acharam que responder.

9 — Disse mais: Não é bom o que fazeis: Porventura, não devíeis andar no temor do nosso Deus, por causa do opróbrio dos gentios, os nossos inimigos?

10 — Também eu, meus irmãos e meus moços, a juro, lhes temos dado dinheiro e trigo. Deixemos este ganho.

11 — Restitui-lhes hoje, vos peço, as suas terras, as suas vinhas, os seus olivais e as suas casas, como também o centésimo do dinheiro, do trigo, do mosto e do azeite, que vós exigis deles.

12 — Então, disseram: Restituir-lho-emos e nada procuraremos deles; faremos assim como dizes. Então, chamei os sacerdotes e os fiz jurar que fariam conforme esta palavra.


INTRODUÇÃO

 

Na lição passada estudamos:

  • Somente os Judeus autênticos puderam retornar do cativeiro.
  • Os Judeus não aceitaram a ajuda dos samaritanos, mesmo eles tentando construir laços de parentesco e dizendo que também serviam a Deus.
  • Deus exige santidade do seu povo, como por exemplo, no caso do pecado de Acã.
  • Devemos manter uma vida separada do mal (santidade) e vivermos conforme a vontade de Deus, pois, só assim, Deus irá nos abençoar.
  • O conflito que surgiu entre diferentes classes sociais e como o problema foi solucionado.
  • A união é indispensável para o crescimento e sustentabilidade da obra de Deus.
  • A união caracterizada no período pós-exílio serve de referência para a Igreja;
  • A injustiça social que ameaçava a união dos judeus nos tempos de Neemias;
  • As medidas adotadas por Neemias para manter o povo unido em só propósito.


I. A UNIÃO CARACTERIZAVA OS JUDEUS LIBERTOS DO CATIVEIRO


1. A base desta união.

a. A unidade genealógica. Os judeus que retornaram do cativeiro eram comprovadamente descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Havia o sentimento de parentesco entre eles.


b. A unidade da fé no Único e Verdadeiro Deus. Além do sentimento de parentesco, havia o monoteísmo entre eles. Todos serviam ao Único Deus Verdadeiro.


c. Todos haviam experimentado o despertamento que se havia iniciado pelo rei Ciro. Todos haviam visto o mover de Deus no cativeiro, despertando o Rei Ciro para permitir o retorno dos Judeus à sua terra.


2. A união dos judeus é um símbolo da união que deve haver na Igreja de Deus (Gl 6.16).

Na Igreja de Cristo também somos um só povo. Não pode haver diferenças por causa da nacionalidade, gênero, classe social, grau de instrução, etc. O Espírito Santo opera em nosso meio, fazendo com que sejamos unidos. Eis algumas bênçãos decorrentes da união:

a. Os crentes sentem apoio espiritual para a sua vida. No mundo somos hostilizados por todos os lados. Mas, na Igreja de Cristo encontramos apoio espiritual, pois, convivemos com pessoas que têm o mesmo Espírito.

b. Na igreja levamos as cargas uns dos outros (Gl 6.2). Há cargas individuais que temos que levar. Mas, nos momentos de dificuldades, encontramos irmãos amados que nos ajudam em oração, com palavras de encorajamento e ações.

c. A união nos faz fortes. Uma ovelha fora do rebanho corre grande perigo. Unidos, seremos sempre mais fortes.

d. Uma igreja que vive em união tem um testemunho maravilhoso. (Jo 17.21,23; 13.35). A união dos crentes é um testemunho fortíssimo de que somos cristãos de verdade. O contrário também é verdade. No primeiro séculos, muitas pessoas foram atraídas ao Cristianismo por causa da união dos cristãos.  

e. Esta união é uma verdadeira força. A união dos judeus possibilitou a derrota dos seus inimigos, mesmo eles estando em número menor. Esta mesma união ajuda a Igreja a vencer as suas batalhas. Jesus disse que “Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado...” (Mateus 12.25)


II. A UNIÃO ENTRE OS JUDEUS ESTAVA AMEAÇADA


1. Qual era a ameaça? A injustiça social era a grande ameaça à união dos judeus. Os que voltaram do cativeiro encontraram grandes dificuldades financeiras para se manter. Por isso eram obrigados a pegar dinheiro emprestado para sobreviver, sendo explorados pelos ricos. Isso gerou um grande clamor.


2. Como se explica esta grande injustiça? 

a. Falta de amor. Os pobres, no auge do desespero para sobreviver, pegavam dinheiro emprestado com agiotas, que cobravam juros abusivos, penhorando as suas propriedades e corriam riscos de terem os filhos escravizados. Esta prática era duramente condenada pela lei. (Lv 22.36; Êx 22.25).

b. Dureza para com os irmãos. Por avareza, querendo ficar cada vez mais ricos, os ricos ignoravam o sofrimento dos pobres e a própria lei, cobrando juros abusivos. Jamais devemos nos aproveitar do desespero de alguém, para ganhar dinheiro. 


III. NEEMIAS SOLUCIONOU O PROBLEMA.

Neemias enfrentou os problemas com humildade, imparcialidade, e com sabedoria de Deus.

1. Neemias convocou um grande ajuntamento (Ne 5.8). Neemias reuniu o povo e expôs publicamente a injustiça que estavam cometendo, levando-os à reflexão. Não podemos jamais nos calar diante das injustiças e do pecado. Não protestar contra o mal é colaborar com ele. 

2. Neemias fez uma proposta conciliadora. Neemias e os seus auxiliares também haviam emprestado dinheiros com juros. Porém, não era abusivo. Mesmo assim, ele se incluiu na proposta de não mais cobrar juros, a fim de cessar a injustiça contra os pobres e unir o povo.

3. A proposta de Neemias foi acatada. Com este gesto, Neemias convenceu os ricos a devolverem os valores abusivos que haviam cobrado, fazendo-os jurar diante dos sacerdotes que cumpririam a promessa.


IV. A PAZ VOLTOU A REINAR ENTRE OS JUDEUS


1. Os problemas entre os irmãos, devem ser tratados com muita diligência. Um líder não pode ser insensível aos problemas dos liderados, principalmente dos mais carentes. Um problema não resolvido tende a se agravar e trazer consequências mais graves. Com Neemias aprendemos que um líder deve ser humilde, imparcial e sábio ao enfrentar desavenças no grupo que lidera. 


2. Problemas relacionais devem ser tratados carinhosamente. 

a. A desunião é uma obra da carne (Gl 5.19,20). Onde há desunião e disputas é porque há carnalidade. O crente espiritual é pacífico e se comove com o sofrimento dos irmãos.

b. A desunião destrói a comunhão e o amor entre os irmãos. Onde há desunião não pode haver comunhão. A palavra comunhão no grego é “Koinōnia” que significa ter em comum; sociedade; companheirismo manifesto em atitudes. (Dicionário Vine. RJ: CPAD, 2002, p.485). A comunhão fazia parte da rotina da Igreja Primitiva (Atos 2.42).

c. Devemos cultivar nosso testemunho diante do mundo. A união entre os cristãos serve de testemunho para o mundo. Ninguém leva a sério uma Igreja que fala sobre a amor e os seus membros vivem brigando por qualquer coisa e não socorrem uns aos outros. 


CONCLUSÃO


Será que há alguma espécie de desunião entre nós? Não deveria haver, pois, Jesus nos mandou amar uns outros como Ele nos amou. Mas, se houver desunião, devemos identificar quais são as causas e procurar resolver o problema. 


Neemias viu o clamor dos pobres e não ignorou. Procurou descobrir qual era a causa da desunião e descobriu que era a injustiça social, onde os ricos exploravam os mais pobres, aproveitando-se do desespero deles, cobrando juros abusivos e penhorando as suas propriedades, levando-os a uma situação de extrema miséria. 


Identificada a causa da desunião, Neemias com humildade, imparcialidade e sabedoria, enfrentou o problema de frente e propôs uma solução que foi acatada.  Que Deus levante líderes como Neemias em nosso meio. 


(Pb. Weliano Pires)


NOTAS: 

Lições Bíblicas, 3º Trimestre de 2020, CPAD

Bíblia Sagrada

Dicionário Bíblico VINE, CPAD

17 agosto 2020

ONDE ESTÁ O NOSSO TESOURO?


"Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração." (Mateus 6.19-21)


Este texto faz parte do Sermão do Monte, um dos mais importantes de Jesus, onde Ele lançou as bases da sua doutrina. No Sermão do Monte, Jesus falou sobre algumas virtudes, que são os verdadeiros valores do Reino de Deus, como a humildade, a misericórdia, a paz, o sofrer perseguições injustamente por causa da justiça, etc. 


Depois, Jesus fez alguns adendos à Lei de Moisés, que havia sido deturpada pelos Escribas e Fariseus. Jesus falou sobre o homicídio, o adultério, o perdão, a esmola, a oferta, as riquezas, etc .


Nos versículos 19 a 21, Ele recomenda que os seus seguidores não se dediquem a acumular riquezas e explica o motivo. 


1) O PERIGO DAS RIQUEZAS.  

Ser rico não é um pecado. Muitas pessoas na Bíblia foram ricas: Abraão, Salomão, Zaqueu e outros.  Mas, a riqueza traz alguns perigos para a vida espiritual:


a) O perigo da avareza;

b) O perigo de oprimir ao próximo; 

c) O perigo de viver preso por causa da insegurança; 

d) o perigo de esquecermos Deus.


2) A PRIORIDADE DO CRISTÃO. 

Jesus não está sugerindo que o Cristão faça voto de pobreza, como querem os franciscanos e jesuítas.  

O que Jesus está ensinando é que a nossa prioridade seja o Reino de Deus, pois, as riquezas dele são eternas e intocáveis. 


3) A NOSSA ESCALA DE VALORES. (V.21). 

O valor de algo é definido de acordo com a preferência de quem mais o tem ou deseja.  Por isso, Jesus disse "Onde estiver o vosso tesouro estará o vosso coração".


a) Nada é caro, quando se trata de um tesouro;

b) Abre - se mão de coisas, que para outros são valiosas, por causa de um tesouro;

c) O Reino de Deus é o tesouro mais valioso que existe. “De que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a nossa alma”? 


Jesus contou várias parábolas, para explicar o Reino de Deus. Em uma delas, Ele falou sobre o tesouro escondido. Se alguém descobre que em um terreno há um tesouro escondido, vende tudo o quanto tem, para adquiri-lo. 


As riquezas, a juventude, os relacionamentos, o trabalho, a beleza, os talentos e tudo o quanto temos são passageiros e não podem estar em primeiro lugar na nossa vida. 

Onde está o nosso tesouro? Onde temos colocado o nosso coração? Qual é a causa que move a nossa vida, pela qual estamos dispostos a abrir mão de tudo?


13 agosto 2020

Lição 7 - O Povo de Deus deve Separar-se do Mal


TEXTO ÁUREO:


 “Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei” (2Co 6.17).


VERDADE PRÁTICA:


“O mundanismo na Igreja corrompe os bons costumes e extingue a santidade.”


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Esdras 2.59-62; 4.2,3; 6.2-4.


Esdras 2


59 — Também estes subiram de Tel-Melá e Tel-Harsa, Querube, Adã e Imer, porém não puderam mostrar a casa de seus pais e sua linhagem, se de Israel eram.

60 — Os filhos de Delaías, os filhos de Tobias, os filhos de Necoda, seiscentos e cinquenta e dois.

61 — E dos filhos dos sacerdotes: os filhos de Habaías, os filhos de Coz, os filhos de Barzilai, que tomou mulher das filhas de Barzilai, o gileadita, e que foi chamado do seu nome.

62 — Estes buscaram o seu registro entre os que estavam registrados nas genealogias, mas não se acharam nelas; pelo que por imundos foram rejeitados do sacerdócio.


Esdras 4

2 — Chegaram-se a Zorobabel e aos chefes dos pais e disseram-lhes: Deixai-nos edificar convosco, porque, como vós, buscaremos a vosso Deus; como também já lhe sacrificamos desde os dias de Esar-Hadom, rei da Assíria, que nos mandou vir para aqui.

3 — Porém Zorobabel, e Jesua, e os outros chefes dos pais de Israel lhes disseram: Não convém que vós e nós edifiquemos casa a nosso Deus; mas nós, sós, a edificaremos ao SENHOR, Deus de Israel, como nos ordenou o rei Ciro, rei da Pérsia.


Esdras 6


2 — E em Acmetá, no palácio que está na província de Média, se achou um rolo, e nele estava escrito um memorial, que dizia assim:

3 — No ano primeiro do rei Ciro, o rei Ciro deu esta ordem: Com respeito à Casa de Deus em Jerusalém, essa casa se edificará para lugar em que se ofereçam sacrifícios, e seus fundamentos serão firmes; a sua altura, de sessenta côvados, e a sua largura, de sessenta côvados,

4 — com três carreiras de grandes pedras e uma carreira de madeira nova; e a despesa se fará da casa do rei.


HINOS SUGERIDOS:  32, 99 e 447 da Harpa Cristã.


INTRODUÇÃO


Na lição passada estudamos:


  • A oração de Neemias e a resposta de Deus.

  • A chegada de Neemias a Jerusalém: o levantamento da situação e a disposição de Neemias para reconstruir os muros.

  • Como os muros de Jerusalém foram levantados: o plano, tática e sabedoria de Neemias.

  • A oposição de Sambalate, o horonita, Tobias, o amonita, e Gesém, o árabe para tentar parar a obra. 

  • A conclusão dos muros de Jerusalém e a sua repercussão: até os inimigos reconheceram.


Nesta lição estudaremos:


  • Deus exige a separação do pecado e do mundo.

  • Apenas os Judeus autênticos puderam retornar do cativeiro.

  • Os Judeus não aceitaram a ajuda dos samaritanos, mesmo eles tentando construir laços de parentesco e dizendo que também serviam a Deus. 

  • Deus exige santidade do seu povo. A lição cita como exemplo o caso do pecado de Acã.

  • Devemos manter uma vida separada do mal (santidade) e vivermos conforme a vontade de Deus, pois, só assim, Deus irá nos abençoar. 


I. SOMENTE OS JUDEUS RETORNARAM A JUDÁ


1. Prova da linhagem israelita.


Foi exigido dos Judeus que voltaram do  cativeiro, a prova de sua linhagem. Na primeira triagem foram excluídas 652 pessoas, inclusive alguns filhos de sacerdotes, cujos nomes não constavam nos registros das genealogias. (Ed 2.59-62).Os judeus mestiços, nascidos de casamentos mistos, durante o cativeiro em Babilônia, não fariam parte do grupo de judeus que retornaram a Judá.


2. Deus não aceita mistura do seu povo com o povo do mundo.


Quando os israelitas, libertados pela mão do Senhor, se preparavam para ir a Canaã, um grande povo de “mistura”, não israelita, queria acompanhá-los. Foi exatamente essa gente que durante o trajeto pelo deserto foi fonte inspiradora de murmuração (Nm 11.4).


3. A mistura com os ímpios sempre traz prejuízos. 


Deus sabe que a mistura do seu povo com os ímpios, traz enormes prejuízos e até a destruição deles. Por isso, sempre tanto Israel quanto a Igreja de se misturar com outro povo. 


II. OS JUDEUS NÃO ACEITARAM A AJUDA DOS SAMARITANOS


Esdras e Neemias nos apresentam o significado teológico da restauração da comunidade judaica, pós cativeiro (Ed 2.1-70; 8.1-14; Ne 7.5-65). Esdras apresenta as extensas genealogias, com o propósito de legitimar os que que voltaram do cativeiro, estabelecendo a sua ligação com a descendência de Abraão. 

Neemias, por sua vez, deu ênfase promessa do Senhor dada a Moisés, de que se o povo pecasse e fosse para  o cativeiro, o Senhor os ajuntaria de novo e traria de volta à sua terra. (Dt 30.2-4) 


1. Quem eram os samaritanos? Os samaritanos eram uma mistura de gente, na sua maioria de origem pagã, que passaram a habitar em Israel, por ordem do Rei da Assíria, quando as dez tribos do Norte foram levadas cativas para a Assíria. Depois, o rei da Assíria enviou-lhes um sacerdote dos israelitas para ensinar a esse povo o temor do Deus de Israel. Mas, o próprio sacerdote era falso, pois, não era da linhagem de Aarão. Os samaritanos temiam o Senhor, mas também serviam a seus deuses (2Rs 17.33).


2. Os samaritanos ofereceram cooperação aos judeus. Os samaritanos se ofereceram para ajudar os Judeus (Ed 4.1), mas, estes recusaram a ajuda. (Ed 4.1-3; Ne 6.2,3). Esta recusa é bíblica. A Bíblia manda nos afastarmos dos que não tem a sã doutrina (1Tm 6.3-5: Tt 3.10; 2Jo 10,11); dos que tem uma vida irregular (2Pe 3.17) e dos que causam divisões (Rm 16.17,18; 2Pe 2.10,13,18; Jd 12,18,19).


3. Os samaritanos procuraram aparentar-se com os judeus. [jugo desigual]. Os samaritanos casaram com as filhas dos judeus, e deram filhas aos judeus em casamento. (Ed 9.1,2).

(Este será o tema da lição 12)


4. Os samaritanos tornaram-se inimigos dos judeus:


a. Os samaritanos invejaram os judeus. 

b. Os samaritanos queriam obter prestígio, com a associação aos judeus. 

c. Quando os judeus recusaram a aproximação, passaram a ser odiados.


III. DEUS EXIGE SANTIDADE DO SEU POVO


Em toda a história do povo de Deus, observa-se que Ele, para manifestar-se no meio do seu povo, exige plena santidade. Deus espera que seu povo esteja sempre em comunhão com Ele, vivendo separado do mal.


1. Retornando do cativeiro. Israel separou-se do mal (2Co 6.17; 7.1) e, por isso, conseguiram concluir a construção do Templo. 


2. Quando Josué se preparou para passar o Jordão, disse ao povo para se santificarem (Js 3.5). Deus colocou a santidade como condição para fazer maravilhas.


3. O anjo do Senhor visita o acampamento israelita. Josué recebeu a visita de um anjo, que lhe disse: “Descalça os sapatos de teus pés, porque o lugar em que estás é santo!” (Js 5.13-15).


4. Israel é derrotado pela pequena cidade de Ai. Após a derrota, Josué prostrou-se com o rosto em terra e perguntou a Deus, a razão daquela derrota. A resposta de Deus é que havia pecado escondido no meio do povo. Somente após a descoberta do pecado é que a vitória veio.

Deus exige santificação de seu povo para poder operar no meio dele.


IV. DEVEMOS MANTER UMA VIDA DE SEPARAÇÃO DO MAL


1. Os judeus mantiveram-se separados dos samaritanos. Se os judeus tivessem aberto a porta para uma união com os samaritanos, teria se misturado aos seus cultos e à idolatria. Deus não aceita cultos mistos.


2. Exemplos de servos de Deus que duvidaram se valia a pena manter a linha de separação do mal:


  • Asafe (Sl 73)

  • Os Judeus nos dias de Malaquias. (Ml 3.15)


3. Devemos viver conforme a vontade do Senhor. A vontade de Deus para conosco é a vossa santificação” (1Ts 4.3). 


4. Bênçãos acompanham os que vivem conforme a vontade de Deus. Os que vivem de acordo com a vontade de Deus tem vitória contra o diabo, tem crescimento espiritual, o Espírito Santo opera sobre eles e, sobretudo, estão preparados para a Vinda do Senhor!


CONCLUSÃO


Deus é absolutamente santo e, por isso, não aceita a mistura com o pecado. Desde o princípio, Deus sempre exigiu que os seus fossem separados. Deus ordenou que Abrão saísse da sua terra e do meio dos seus parentes, para ir a uma terra, que Ele iria lhe mostrar. 

Deus tirou Israel do Egito e falou para destruírem as nações idólatras e não se misturarem com elas. Em várias ocasiões, Deus repreendeu Israel e os seus reis, por fazerem alianças com ímpios. 

Hoje, na Nova Aliança, a exigência continua. Devemos amar as pessoas e evangelizá-las. Mas, não podemos nos misturar com o mundo, participar das festas profanas e cultos aos ídolos. "...Sem a santificação, no ninguém verá o Senhor". (Hb. 12.14b).


Notas:

  • Revista Lições Bíblicas /CPAD

  • Bíblia Sagrada


(Pb. Weliano Pires)




11 agosto 2020

Para entender a idolatria


Em uma cidade do interior, havia um senhor que estava muito enfermo e cria que Deus iria curá-lo.

Certo dia, um amigo foi visitá-lo e ao ver que ele estava doente, disse: 

- Chegou uma "santa" na cidade e, se eu fosse você, iria até lá e tocaria nela para receber uma graça ou quem sabe, a cura.

Ele respondeu:

- Eu não vou, pois, não creio niss
o. Somente o Deus verdadeiro, que fez o céus e a terra, pode me curar!

Alguns dias se passaram e, novamente, fizeram-lhe o convite para que fosse até a tal "santa", que certamente seria curado.

Mas, desta vez resolveu fazer o seguinte: disse que iria, porém, antes teria que pegar o seu cachorro e amarrá-lo na varanda de sua casa, para cuidar dela até que ele voltasse.

Então, ele foi e em seguida voltou com um enorme cachorro feito de gesso, que enfeitava o seu jardim e fez como havia dito.

Surpreso, o amigo lhe disse: 

- Não estou entendendo! Como esse cachorro pode cuidar da sua casa, sendo de gesso?

E ele respondeu: 

- Pois é, da mesma forma eu te pergunto como algo feito de barro pelas mãos dos homens poderá me curar?

E aquele homem ficou sem saber o que dizer e foi embora, mas, certamente com uma nova convicção a respeito da grande verdade descrita na Palavra de Deus, a de que existe só um mediador entre Deus e os homens e este é Jesus.


(Do site da Rádio Marumby de Curitiba)

10 agosto 2020

Jesus está voltando!!!

 

"Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas."  (Apocalipse 3.11-13).

O livro do Apocalipse (grego ‘Apocalipsis’ que significa revelação) foi escrito pelo apóstolo João, por volta do ano 90 d.C, durante o governo do imperador Domiciano, quando o apóstolo foi exilado na Ilha de Patmos.

Inicialmente, João descreve que viu Jesus glorificado (vs.9-20). Nesta visão, o Senhor lhe ordenou que escrevesse cartas às sete Igrejas da Ásia Menor, que fica na atual região da ocidental da Turquia: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia.

A Igreja de Filadélfia, descrita no texto que lemos, era uma Igreja fiel, que vivia em uma pequena cidade, que se tornara o centro da  cultura grega, famosa pelos seus vinhedos e sujeita a terremotos. Assim como Esmirna, a Igreja de Filadélfia não recebeu nenhuma crítica do Senhor Jesus, só elogios, instrução e promessas.

1. A bem aventurada esperança da Igreja: A vinda de Jesus

Nos versículos 11-13, o Senhor Jesus faz uma promessa e dá instruções àquela Igreja sofrida e perseguida: é a sua gloriosa vinda. A Igreja do Senhor é peregrina e forasteira neste mundo. A nossa grande esperança é a volta de Jesus, para estarmos para sempre com Ele.

2. A Vinda do Senhor está próxima. (v.11a). “...Venho sem demora”. 

a) Os sinais mostram que Cristo já vem: Terremotos, fomes, pestes, guerras e apostasia.

b) Devemos viver como se Cristo fosse voltar agora.

c) A proximidade da Vinda de Jesus é um consolo para os fiéis e um alerta para quem não está firme.

3. A nossa salvação condicionada à nossa perseverança. (v.11b). “Guarda o que tens...”.

A maior das virtudes é a perseverança. tudo o que eu fizer só terá valor se eu perseverar nisso. Se eu for fiel a Deus por 20 anos e me desviar no 21º ano, tudo será perdido. Portanto, “guarda o que tens.”

4. É possível alguém tomar a nossa salvação. (v.11c). “Para que ninguém tome a tua coroa”.

Ao contrário do que pensam os calvinistas, que dizem que não é possível perder a salvação, a Bíblia mostra vários textos alertando-nos para vigiar, porque há esta possibilidade (1 Pe 5.8; Hb 6.4-6).

5. O Céu está prometido para quem vencer. (v.12).

a) Em todas as cartas há uma promessa para quem vencer.

b) O Reino do Céu é tomado à força ou por esforço. (Mt 11.12)

c) A vitamina do crente é a Bíblia e a oração. Vamos nos fortalecer no Senhor e na força do seu poder. (Ef 6.10).

As profecias e os sinais preditos nas Escrituras nos mostram que Jesus está voltando. É preciso, mais do que nunca, estar preparado para a vinda do Senhor, ou para a nossa partida. Não sabemos o dia nem a hora em que Ele há de vir. Também não sabemos o dia da nossa partida, pois, a morte não escolhe idade, classe social, etnia, situação econômica, etc. A qualquer momento, qualquer um de nós pode partir para a eternidade. Portanto, precisamos estar preparados.

Ora vem Senhor Jesus!


06 agosto 2020

LIÇÃO 6: NEEMIAS RECONSTRÓI OS MUROS DE JERUSALÉM

Lições Bíblicas CPAD - Lição 6 - 3º Trimestre de 2020

Créditos da foto: Revista Lições Bíblicas /CPAD


Data: 09 de Agosto de 2020


TEXTO ÁUREO

“Nunca mais se ouvirá de violência na tua terra, de desolação ou destruição, nos teus termos; mas aos teus muros chamarás salvação, e às tuas portas, louvor” (Is 60.18).


VERDADE PRÁTICA

"Somente despertados, podemos vencer qualquer obstáculo para realizarmos a obra de Deus."


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Neemias 1.1-4; 2.1-9.


HINOS SUGERIDOS: 77, 434 e 440 da Harpa Cristã.


OBJETIVO GERAL:

  • Mostrar que foi Deus quem despertou em Neemias o desejo de restaurar os muros de Jerusalém.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

I. Mostrar como Deus respondeu às orações de Neemias;

II. Saber como foi a ida e a chegada de Neemias a Jerusalém;

III. Explicar como Neemias iniciou a reconstrução dos muros;

IV. Compreender que o levantamento dos muros provocou grande oposição;

V. Apontar como foi a inauguração solene dos muros;

VI. Conscientizar a respeito dos ensinos que a construção dos muros traz.


INTRODUÇÃO


Na lição passada estudamos: 

  • Deus levantou os profetas Ageu e Zacarias, para falar com Zorobabel, com Josué e com o povo.

  • Os aspectos das mensagens proféticas dos profetas Ageu e Zacarias em relação ao restabelecimento do Templo e o seu futuro.

  • Manifestações proféticas no Antigo e no Novo Testamento.

  • A diferença entre o ministério profético no Antigo e no Novo Testamento.

  • O Dom de profecia.

Nesta lição estudaremos:


  • A oração de Neemias e a resposta de Deus.

  • A chegada de Neemias a Jerusalém: o levantamento da situação e a disposição de Neemias para reconstruir os muros.

  • Como os muros de Jerusalém foram levantados: o plano, tática e sabedoria de Neemias.

  • A oposição de Sambalate, o horonita, Tobias, o amonita, e Gesém, o árabe para tentar parar a obra. 

  • A conclusão dos muros de Jerusalém e a sua repercussão: até os inimigos reconheceram.

I. DEUS RESPONDE ÀS ORAÇÕES DE NEEMIAS


1. Quem era Neemias? 

  • O nome Neemias significa: “confortado por Deus”. 

  • Filho de Hacalias, irmão de Hanani (Ne 1.1-2)

  • Provavelmente pertencia à Tribo de Judá; seus ancestrais residiam em Jerusalém antes de seu serviço na Pérsia (Ne 2.3). 

  • Era copeiro do Rei da Pérsia e trabalhava no Palácio, em Susã.

  • Era um homem de grande confiança (Ne 1.11), trabalhava sempre com alegria (Ne 2.1); e tinha a afeição e confiança do rei (Ne 2.4,8). 

2. Deus envia emissário a Neemias. Deus enviou de Jerusalém, Hanani, irmão de Neemias, que lhe informou da situação do seu povo que era de grande miséria. 

3. Neemias, angustiado, jejua e ora. Ouvindo este relato triste, Neemias angustiou-se e foi orar e jejuar. Ele começou a orar em quisleu (novembro-dezembro) e a resposta só veio em Nisã (março-abril).

4. Deus responde às orações de Neemias. Em resposta à oração de Neemias, Deus tocou no coração do rei, para que lhe perguntasse o que ele tinha, pois, estava triste. Neemias orou a Deus antes de responder. O rei, então, perguntou o que poderia fazer por ele e Neemias lhe pediu permissão para reedificar os muros.

5. Deus despertou o rei a atender o pedido de Neemias. De novo, Deus despertou o rei e este enviou uma carta por Neemias, dirigidas aos governadores da região, não somente autorizando a construção dos muros, mas também, providenciando o material necessário.


A oração de Neemias nos ensina que: 

  • Mesmo quando não vemos, Deus está trabalhando. Neemias estava no Palácio, a quilômetros de distância de Jerusalém. Mas, Deus lhe mandou o emissário, para falar da situação de Jerusalém.

  • Quando a situação estiver precária e não pudermos fazer nada, a saída é buscar a Deus em oração.

  • Deus responde as nossas orações e faz aquilo que não podemos fazer.

II. NEEMIAS CHEGA A JERUSALÉM (Ne 2.7-11)


1. Neemias faz levantamento da real situação dos muros. Neemias tinha a bênção de Deus e a permissão do rei. Mesmo assim, ele foi a Jerusalém, discretamente, com poucas pessoas e de noite.

2. Neemias declara sua intenção de reedificar os muros. Chegando em Jerusalém, Neemias fez um levantamento geral da situação e do que precisaria ser feito. Depois, demonstrou a sua disposição em reconstruir os muros. 


Com Neemias aprendemos que:

  • Ao iniciar algo para Deus, devemos manter sigilo, falando somente para as pessoas envolvidas.

  • Em toda obra que formos fazer é preciso planejamento. Quem não sabe onde quer chegar, não chega a lugar nenhum.

  • Não adianta apenas orar, planejar e ficar na zona de conforto no palácio. Neemias se dispôs a fazer a obra e fez.


III. NEEMIAS INICIA O LEVANTAMENTO DOS MUROS

1. O plano de Neemias. Neemias dividiu a construção em várias partes e cada uma delas tinha uma porta. Cada equipe era responsável por edificar o muro em sua área. Ao mesmo tempo, outra equipe ficou responsável por trazer material e recolher o entulho.

2. A tática de Neemias. Neemias tinha um plano que aproveitava todos os que quisessem trabalhar, designando a cada um a sua função. Esta estratégia deve ser seguida pelas Igrejas na obra de Evangelização.

3. A união dos judeus ficou ameaçada. Apesar deste plano fantástico e organizado, surgiu um problema entre pobres e ricos, que ameaçava a união do grupo de trabalho. Entretanto, Deus deu sabedoria a Neemias para resolver o problema imediatamente.


A reconstrução dos muros por Neemias nos ensina: 

  • Em tudo que formos fazer, mesmo estando na direção de Deus, precisamos de planejamento. Planejar é desenvolver uma ponte entre você e o resultado que você deseja alcançar.  

  • Em todos os trabalhos que fazemos em equipe, deve haver liderança e distribuição estratégica de tarefas, de acordo com a vontade, disposição e capacidade de cada um. Se todos fizerem a mesma coisa, haverá acúmulo de pessoas em um lugar e ficarão muitas coisas sem fazer. 

  • É preciso parar para resolver alguns problemas e imprevistos que surgem, para que eles não cresçam e comprometam o trabalho. 

IV. O LEVANTAMENTO DOS MUROS PROVOCOU GRANDE OPOSIÇÃO

1. Sambalate, Tobias e Gesém indignaram-se grandemente e usaram várias estratégias para fazerem parar a obra. À semelhança de Zorobabel, Neemias também enfrentou grande oposição de estrangeiros, que tentaram parar a obra de várias formas. Porém, ao contrário de Zorobabel, Neemias não se deixou intimidar e venceu os obstáculos. Este será o assunto da lição 9.

2. O muro foi concluído (Ne 6.15,16). Finalmente, o muros foram concluído e houve grande repercussão. Até os inimigos tiveram que reconhecer o êxito da obra e que Deus foi o responsável por ela. 


A oposição de Sambalate, Tobias e Gesém nos ensina:

  • Sempre que estivermos fazendo algo para Deus, enfrentaremos oposição, pois, o inimigo não quer que a obra seja feita. “E na verdade todos os que querem viver piamente em Cristo Jesus padecerão perseguições.” (2 Tm 3.12).

  • Devemos vigiar e agir com sabedoria. Mas, não podemos para a obra, por causa de ameaças dos inimigos da obra de Deus. “...Quem for covarde e medroso, volte! (Jz 7.3)

  • Não se preocupe com oposições e críticas e não espere reconhecimento. Quando a vitória chegar, até os inimigos saberão que Deus estava com você.


V. O MURO FOI SOLENEMENTE INAUGURADO

1. Foram convocados todos os levitas para a inauguração. (Ne 12.27). Com muita alegria, houve purificação dos sacerdotes, levitas e do povo em geral. 

2. O ato de dedicação incluiu duas procissões ao longo dos muros. A alegria tomou conta de Jerusalém e como foi no lançamento dos alicerces do Templo, de longe foram ouvidas as vozes de júbilo e louvor. 


A inauguração dos muros nos ensina:

  • Antes da festa vem a santificação, pois, Deus não recebe louvores de pessoas que não tem vida de santidade. 

  • Quando fazemos algo na direção de Deus e com santificação, o Espírito Santo nos enche de alegria. Esta alegria invade todo o nosso ser. O mundo não conhece esta alegria indizível. 


CONCLUSÃO


Aprendemos nesta lição que em momentos difíceis e de tristeza, quando não sabemos o que fazer, devemos orar e buscar ao Senhor de todo o nosso coração. Deus ouve a nossa oração e faz aquilo que não podemos fazer. Ele nos concede estratégias para fazer a sua obra e vencer as oposições e obstáculos. 


Esboço elaborado pelo Pb. Weliano Pires

Assembléia de Deus, Ministério do Belém  - SÃO CARLOS - SP


NOTAS E REFERÊNCIAS:

REVISTA LIÇÕES BÍBLICAS/CPAD

COMENTÁRIOS DO PORTAL DA ESCOLA DOMINICAL.

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