22 maio 2025

HUMILDADE IMPLICA AUTOCONHECIMENTO

(Comentário do 2° tópico da Lição 08: Uma lição de humildade). 

Ev. WELIANO PIRES 

No segundo tópico, falaremos da relação entre a humildade e o autoconhecimento. Inicialmente, trataremos do conhecimento que Jesus tinha da própria natureza e da compreensão que Ele tinha do seu papel como Senhor e Mestre. Falaremos também do exemplo deixado por Jesus, que sendo Senhor, fez-se servo para ensinar aos seus discípulos, o valor da humildade. Por último, falaremos da preocupação dos discípulos em saber quem seria o maior no Reino dos Céus. 

1. Conhecendo a própria natureza. João iniciou o relato do capítulo 13, dizendo que Jesus sabia de antemão tudo o que estava para acontecer com Ele, ou seja, que seria entregue nas mãos dos judeus, seria crucificado e depois voltaria para o Pai (Jo 13.1). Ele sabia das humilhações e dores que iria sofrer no dia seguinte a este fato. Jesus não foi um mártir, que foi morto por confrontar os religiosos, como ensinam os adeptos do chamado “evangelho social”. Ele veio a este mundo exatamente para morrer pelos pecadores e reconciliá-los com Deus. 

Além de saber de antemão o que iria lhe acontecer, Jesus sabia também quem Ele é. João disse que Jesus sabia que o Pai entregou todas as coisas em suas mãos, que Ele havia saído do Pai e voltaria para o Pai (Jo 13.3). Jesus tornou-se homem, mas nunca deixou de ser Deus. Ele sabia perfeitamente que, mesmo sendo homem, continuou sendo Deus e Senhor de todos. Em uma tempestade, o vento e o mar lhe obedeceram. Quando Ele repreendeu o espírito maligno que estava no endemoninhado gadareno, o demônio gritou: “Que tenho eu contigo Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me atormentes”. (Lc 8.28).

Entretanto, mesmo sabendo da sua divindade e tendo consciência de que é o Senhor de todos, Jesus assumiu a função de um escravo para servir aos seus discípulos, lavando-lhes os pés. Jesus não teve dificuldade de fazer isso, porque Ele é manso e humilde de coração (Mt 11.29). Faz parte da sua natureza amar, compadecer-se e servir. Ele mesmo disse que não veio a este mundo para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos (Mt 20.28). 

2. O exemplo deixado por Jesus. Jesus é o nosso modelo em tudo o que fazemos ou deixamos de fazer, durante a nossa vida neste mundo. Ele não é alguém que está longe da nossa realidade e exige um padrão de conduta que Ele mesmo não conhece de perto. Jesus fez-se homem e viveu neste mundo, sujeito às mesmas dificuldades e tentações que nós. Ele foi tentado de todas as formas, mas nunca pecou (Hb 4.15). Se o cristão deseja saber se algo está certo ou errado, precisa  saber o que as Escrituras falam sobre o assunto e se Jesus faria tal coisa. 

No caso da humildade, que é o assunto desta lição, mesmo sendo Deus, Senhor e Mestre, Jesus deu-nos o maior exemplo de humildade, em tudo o que fazia. Primeiro, quando esvaziou-se da sua glória, tomou a forma humana e veio a este mundo. Falando sobre isso, o apóstolo Paulo assim escreveu aos Filipenses: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz”. (Fp 2.5-8).

Jesus deu-nos o exemplo de humildade também em outras ocasiões durante o seu ministério terreno. Mesmo sendo quem Ele é, nunca buscou a glória para si e não fazia questão de aparecer. Ele não se vestia diferente dos seus discípulos e não buscava lugares de honra por onde passava. Quando os soldados foram prendê-lo, foi preciso Judas indicar com um beijo, para que eles soubessem quem era Jesus entre os discípulos. Jesus nunca ostentou nada e não fazia acepção de pessoas. Aliás, os fariseus o criticavam porque Ele tinha amizade com pessoas que eram desprezíveis naquela sociedade, como os publicanos, samaritanos e prostitutas.  

Olhando para o exemplo de Jesus, não deveríamos ter nenhuma dificuldade em servir ao próximo e submeter-nos à liderança de outras pessoas, como disse o comentarista. Entretanto, a nossa natureza corrompida pelo pecado tem a tendência de achar que somos mais importantes que os outros e que devemos ser servidos, em vez de servir. Somente através da ação do Espírito Santo em nosso interior, é que podemos mortificar a velha natureza e agir como Jesus.

3. O maior no Reino de Deus. Conforme mencionamos no tópico anterior, os discípulos de Jesus tinham mania de grandeza e viviam em constante disputa, para ver quem seria considerado o maior entre eles: “E houve também entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior”. (Lc 22.24). A resposta de Jesus sobre esta disputa dos discípulos foi a seguinte: “E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve”. (Lc 22.25,26). 

Este tipo de comportamento é incompatível com um discípulo de Jesus, pois Ele nunca agiu assim e sempre fez o contrário disso. Sendo Deus, fez-se servo e nunca reivindicou a sua igualdade com o Pai. Esta postura de humildade de Jesus faz com que alguns hereges pensem que Ele é inferior ao Pai. Mas, a Bíblia deixa claro que Ele é igual ao Pai, como vimos no trimestre passado. Entretanto, em sua humilhação como homem, Jesus nunca buscou a glória para si. 

No Reino de Deus, os valores são antagônicos aos deste mundo. Para o mundo, grandes são os que têm riquezas, títulos acadêmicos, poder político, fama, etc. Por isso, as pessoas fazem de tudo serem ricas e famosas. Lamentavelmente, este comportamento tem contaminado o meio evangélico. Muitos crentes atualmente não procuram servir e sim “ser vistos”. Até fazem algum trabalho na Igreja, mas o objetivo é estar em evidência e não servir. 

20 maio 2025

UMA HISTÓRIA REAL SOBRE A HUMILDADE

(Comentário do 1º tópico da Lição 08: Uma Lição de humildade)

Ev. WELIANO PIRES

No primeiro tópico, falaremos dos detalhes da história em que Jesus lavou os pés dos seus discípulos, para ensinar-lhes o valor da humildade. Inicialmente, falaremos do significado do lava-pés no antigo Oriente. Na sequência, falaremos do desenvolvimento desta história, conforme os detalhes mencionados por João. Por último, falaremos da mudança de paradigma de Jesus, ao assumir a função de servo, mostrando que no Reino de Deus, a humildade representa grandeza espiritual.


1. O lava-pés. A  prática de lavar os pés das pessoas que chegavam de viagem em uma casa, era comum em todo o Oriente antigo. Esta prática já existia no tempo dos patriarcas. Quando o Senhor apareceu a Abraão com dois anjos, ele se inclinou e disse: “Meu Senhor, se agora tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que não passes de teu servo. Que se traga já um pouco de água, e lavai os vossos pés, e recostai-vos debaixo desta árvore; E trarei um bocado de pão, para que esforceis o vosso coração; depois passareis adiante, porquanto por isso chegastes até vosso servo”. (Gn 18.3-5)

Naquela época, as estradas não eram pavimentadas e os viajantes andavam muitos quilômetros a pé. Nestas circunstâncias, os seus pés ficavam empoeirados, cansados e até feridos. Fazia parte da hospitalidade e cortesia aos visitantes de uma casa, o anfitrião mandar os seus escravos lavarem os pés dos visitantes que chegavam cansados da viagem e oferecer-lhes água para beber, antes de se assentarem à mesa para comer. 

Os discípulos haviam perguntado a Jesus, onde Ele queria que fosse preparada a ceia pascal. Jesus mandou que eles entrassem na cidade, procurassem um homem desconhecido e lhe dessem o seguinte recado: O Mestre diz: O meu tempo está próximo; em tua casa celebrarei a Páscoa com os meus discípulos?” Os discípulos fizeram como Jesus lhes dissera e prepararam a Páscoa. 

Os outros evangelistas relataram apenas a preparação da Páscoa e o momento em que Jesus se reuniu com os discípulos para comer e a instituição da Ceia do Senhor, indicando também que um deles haveria de traí-lo. Entretanto, João, no capítulo 13, relatou uma história real e não uma parábola ou ilustração. De fato, Jesus lavou os pés dos seus discípulos, após a Ceia. 

2. O desenvolvimento da história. Jesus e os seus discípulos tinham vindo de Betânia a Jerusalém, quando se reuniram para comer a páscoa. É verdade que todos estavam exaustos e cansados da viagem, inclusive, o próprio Jesus, que tinha uma rotina cansativa, andando muitos quilômetros a pé, para se afastar do assédio das multidões e das perseguições dos Judeus, que procuravam matá-lo. 

Era de se esperar que os discípulos de Jesus, como servos dele, tomassem a iniciativa de lavar os pés dele. Entretanto, nenhum deles se prontificou a fazê-lo. Ao contrário disso, a preocupação deles era saber quem seria o maior entre eles, num eventual reino de Jesus, que eles imaginavam que fosse terreno e político. Estavam mais interessados em fazer parte do governo e obter vantagens, que servir ao próximo. 

Jesus, então, tomou uma bacia com água e uma toalha, despiu-se da túnica, amarrou a toalha na cintura e começou a lavar os pés dos discípulos, como costumavam fazer os escravos. Jesus não explicou a eles o motivo daquela atitude e, certamente, eles ficaram sem entender, mas nenhum deles o questionou.

Quando chegou a vez de Pedro, que era o mais precipitado, ele disse: “Senhor, tu lavas-me os pés a mim?” Jesus, então, lhe disse: “O que eu faço, não o sabes tu, agora, mas tu o saberás depois”. Pedro retrucou, dizendo: “Nunca me lavarás os pés”. Jesus lhe disse que, se Ele não lhe lavasse os pés, Pedro não teria parte com Ele. Diante dessa resposta de Jesus, Pedro pediu que lavasse não apenas os pés, mas todo o corpo. 

Jesus disse que não seria necessário, pois eles já estavam limpos, com exceção de Judas Iscariotes, que era o traidor. O amor de Jesus é extraordinário! Ele sabia desde o princípio quem era cada um dos seus discípulos. Sabia que dentre alguns instantes, Judas iria negociar com as autoridades judaicas para entregá-lo. Sabia também que depois da sua prisão, todos eles iriam fugir e abandoná-lo. Pedro iria acompanhá-lo de longe, mas iria negá-lo por três vezes. Mesmo assim, o Mestre lavou os pés de todos eles, para aliviar o cansaço dos pés, fazendo o papel de um escravo para com eles. 

3. A mudança de paradigma. Jesus era o anfitrião daquela ceia pascal. Ele é também o Filho Unigênito de Deus e o Senhor do Céu e da Terra. Após a sua tentação no deserto, quando o diabo o deixou, os anjos vieram servi-lo (Mt 4.11). No seu batismo, quando Ele saiu das águas do Rio Jordão, o Espírito Santo desceu sobre Ele, em forma corpórea de uma pomba e o Pai bradou dos Céus: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”. (Mt 3.17). 

Entretanto, naquela ocasião, Jesus assumiu a função de um escravo e passou a servir aos seus discípulos, lavando-lhes os pés. Com esta atitude, o Mestre muda um paradigma ou uma regra comum, mostrando-lhes que o padrão do Reino de Deus é diferente. O caminho do Reino de Deus é trilhado pela humildade, onde o maior é aquele que serve e não os que são servidos (Mt 23.11). Jesus já havia dito a eles para aprenderem dele, que é “manso e humilde de coração” (Mt 11.29).

Evidentemente, ao ordenar que os seus discípulos seguissem o seu exemplo, Jesus não estava mandando que as pessoas do Ocidente, no Século 21, com estradas pavimentadas e banheiros em suas casas, se ponham a lavar os pés dos visitantes, como alguns erroneamente interpretam este texto. Na Igreja Católica, por exemplo, na quinta- feira da semana da Páscoa, pratica-se o ritual do lava-pés, onde os sacerdotes reúnem um grupo de doze pessoas e lavam-lhes os pés, para imitar o gesto de Jesus. Não vemos isso em lugar algum em Atos dos Apóstolos, ou nas Epístolas, como acontece com o batismo e a Ceia do Senhor. 

Com este ato de lavar os pés dos discípulos, Jesus demonstrou-lhes o quanto Ele amava os seus discípulos (Jo 13.1). Demonstrou também, de forma profética, o seu sacrifício vicário na cruz, onde se doaria, padecendo pelo resgate dos pecadores. Através deste ato de humildade e serviço, Jesus ensinou também aos seus discípulos que aqueles que o seguem devem ser humildes como Ele e servir uns aos outros. 

REFERÊNCIAS: 

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez carne: Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2025.

Revista Ensinador Cristão. RIO DE JANEIRO: CPAD, Ed. 101, p.40.

Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global.  RIO DE JANEIRO: CPAD, 2022, pp.1880, 1881.

Comentário Bíblico Beacon. Volume 7.RIO DE JANEIRO: CPAD, p.117


19 maio 2025

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 08: UMA LIÇÃO DE HUMILDADE

REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA

Na lição passada estudamos o tema: Eu sou a ressurreição e a vida, com base no capítulo 11 do Evangelho segundo João, que traz o relato da doença, morte e ressurreição de Lázaro. Falamos do propósito de Jesus, em relação à doença do seu amigo Lázaro, que não era curá-lo e sim, ressuscitá-lo. Na sequência, falamos dos detalhes do encontro de Marta e Maria, irmãs de Lázaro, com o Senhor Jesus. Por fim, falamos da doutrina bíblica da ressurreição do corpo, uma das mais importantes do Cristianismo. 


LIÇÃO 08: UMA LIÇÃO DE HUMILDADE 


Objetivos da Lição: 

I) Abordar o exemplo prático e histórico de humildade dado por Cristo; 

II) Correlacionar a humildade com o autoconhecimento; 

III) Promover contraste entre humildade e ostentação.


Palavra-Chave: HUMILDADE

Antes de falar do que é humildade, precisamos esclarecer o que não é humildade. Diferente do que muitas pessoas imaginam, humildade não é sinônimo de pobreza. Há pessoas pobres que são soberbas e há pessoas ricas que são humildes. Humildade também também não deve ser confundida com complexo de inferioridade ou com falsa humildade, que é quando a pessoa se mostra humilde para impressionar os outros. 

O que é humildade? A palavra humildade no grego é “tapeinos” e está relacionada ao senso de insignificância em relação a si mesmo, total dependência de Deus e preocupação altruísta e ausência de arrogância e petulância. Já a palavra portuguesa humildade vem do latim humilitas, que significa pequenez, pouca elevação e modéstia. Deriva da palavra humus, que significa terra e é o resultado da matéria orgânica que se decompôs e na superfície do solo. 


INTRODUÇÃO


Na lição desta semana trataremos do episódio registrado no capítulo 13 de João, que foi o ato de Jesus lavar os pés dos seus discípulos. Este fato ocorreu na última noite de Jesus com os seus discípulos antes da sua prisão. João foi o único evangelista a relatar o episódio em que Jesus lavou os pés dos seus discípulos e os enxugou com uma toalha. Com este ato, Jesus assumiu a posição de um escravo e nos deu uma grande lição de humildade. 


Os outros evangelistas relataram apenas a última páscoa de Jesus com os seus discípulos e a instituição da Ceia do Senhor. Na ocasião, Jesus partiu o pão, distribuiu aos seus discípulos e disse: Isto é o meu corpo que é partido por vós. Na sequência, distribuiu o cálice com o suco de uva e disse: isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. Depois da Ceia, em profunda agonia, Jesus foi para o Jardim do Getsêmani, ficou um tempo em oração e depois foi preso e crucificado. 


Ficaram de fora do nosso estudo, episódios narrados no capítulo 12: O jantar em Betânia, quando Maria ungiu os pés de Jesus com um perfume caríssimo e os enxugou com os seus cabelos (Jo 12.1-11); e a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém (Jo 12.12-16). Além destes dois episódios, o capítulo 12 traz o registro dos gregos que desejaram conhecer Jesus e algumas discussões a respeito de Jesus por causa da ressurreição de Lázaro. 


TÓPICOS DA LIÇÃO


No primeiro tópico, falaremos dos detalhes da história em que Jesus lavou os pés dos seus discípulos, para ensinar-lhes o valor da humildade. Inicialmente, falaremos do significado do lava-pés. Na sequência, falaremos do desenvolvimento desta história, conforme os detalhes mencionados por João. Por último, falaremos da mudança de paradigma de Jesus, ao assumir a função de servo, mostrando que no Reino de Deus, a humildade representa grandeza espiritual. 

No segundo tópico, falaremos da relação entre humildade e autoconhecimento. Inicialmente, trataremos do conhecimento que Jesus tinha da própria natureza e entendia o seu papel como Senhor e Mestre. Falaremos também do exemplo deixado por Jesus, que sendo Senhor, fez-se servo para ensinar aos seus discípulos, o valor da humildade. Por último, falaremos da preocupação dos discípulos em saber quem seria o maior no Reino dos Céus. 

No terceiro tópico, faremos um contraste entre humildade e ostentação. Inicialmente, falaremos do clima de competição silenciosa que havia entre os discípulos de Jesus. Na sequência, falaremos do caminho humilde de Jesus, que não consiste na ambição, notoriedade ou sucesso material e sim, na capacidade de servir ao próximo. Por fim, veremos que tanto o exemplo de vida de Jesus, quanto os seus ensinos são um convite de Jesus à humildade e à mansidão. 


Ev. WELIANO PIRES 

AD-BELÉM / SÃO CARLOS, SP 


REFERÊNCIAS: 

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez carne: Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2025.

Revista Ensinador Cristão. RIO DE JANEIRO: CPAD, Ed. 101, p.40.

Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global.  RIO DE JANEIRO: CPAD, 2022, pp.1880, 1881.

Comentário Bíblico Beacon. Volume 7.RIO DE JANEIRO: CPAD,, p.117


UMA LIÇÃO DE HUMILDADE


SUBSÍDIO DA  ENSINADOR CRISTÃO / CPAD. 

Nesta lição, veremos que o Senhor Jesus é o nosso maior exemplo de humildade e mansidão. Na ocasião em que reuniu Seus discípulos para última Ceia antes da Sua prisão, Jesus se despiu e realizou um ato de serviço semelhante ao realizado pelos escravos na casa de seus senhores: o ato de lavar os pés (Jo 13.1-10). O Mestre quis ensinar de modo prático a Seus discípulos que a atitude de humildade deve ser um comportamento marcante na vida daquele que serve a Deus.

Este ensino de Cristo contrasta com a ideia humana e secularizada de que os maiores são aqueles que dominam e subjugam os que são desprovidos de poder. O objetivo do Mestre não era desqualificar as autoridades constituídas, mas revelar a natureza do Reino de Deus, a saber: um Reino em que prevalece a justiça, a misericórdia e o amor (Sl 11.7; 89.14; 1Co 13.13). Diferente do governo humano, o Reino de Deus destaca que aqueles que querem se fazer grandes devem ser humildes e demonstrar continuamente um espírito de serviço. O apóstolo Paulo endossa esse ensinamento aos filipenses e exorta para que haja nos crentes o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus (Fp 2.5-10).

Na obra Comentário Devocional da Bíblia (CPAD), o autor discorre que “a nossa fé cristã está cheia de paradoxos. Este é o mais poderoso. Como Cristo se humilhou, Deus o exaltou. O caminho para o alto é, na realidade, para baixo. A chave para a liderança é servir. Os maiores entre nós são os servos de todos. Este é um paradoxo, mas também é uma realidade. Nós, que escolhemos a humildade agora, seremos exaltados, e estaremos acima dos orgulhosos. Nós, que nos entregamos aos outros, vamos lucrar. Nós, que perdemos a nossa vida, a encontraremos melhorada e verdadeira. Não há outra maneira de ser bem-sucedido na vida cristã que não seja andar pelo caminho que Jesus andou” (2012, p.869).

Nesse sentido, o exemplo de Cristo nos aponta qual deve ser a nossa postura diante da arrogância, da soberba e da vaidade. Como servos de Deus, chamados para pregar o genuíno Evangelho da graça, praticar a humildade e o altruísmo não se trata de uma performance que devemos adotar para mostrar uma religiosidade aparente. Antes, devemos pedir a Cristo que transforme nosso coração de tal maneira que servir seja um ato prazeroso. A nossa motivação deve ser ver o nome do Senhor engrandecido (1Pe 4.11). Que nossa postura seja a mesma de João Batista: “Que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30).

Revista Ensinador Cristão. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2025, Ed. 101, p. 40.

16 maio 2025

A DOUTRINA BÍBLICA DA RESSURREIÇÃO DO CORPO

(Comentário do 3º  tópico da lição 07: “EU SOU A RESSUREIÇÃO E A VIDA”.

Ev. WELIANO PIRES

No terceiro tópico, falaremos da doutrina bíblica da ressurreição do corpo, que é a principal doutrina do Cristianismo. Inicialmente, explicaremos biblicamente a doutrina da ressurreição do corpo, que é diferente da ressurreição de Lázaro e de outras pessoas que ressuscitaram mas tornaram a morrer. Na sequência, falaremos do significado da expressão “da morte para a vida". Ainda que os salvos enfrentem a morte física, jamais passarão pela morte espiritual. Por último, falaremos da nossa viva esperança na ressurreição. Ao ressuscitar Lázaro, Jesus demonstrou na prática que nós também haveremos de ressuscitar. 

1. A ressurreição do corpo. A palavra ressurreição é a tradução do grego anástasis que significa literalmente o ato levantar-se (de um assento). No sentido bíblico, anástasis é o retorno do espírito e da alma ao corpo. É o oposto da morte, que é a separação entre a parte imaterial (espírito e alma) e o corpo. 

A Bíblia menciona quatro tipos de ressurreição:

a. A ressurreição no mesmo corpo mortal. Esse tipo de ressurreição são milagres que aconteceram com algumas pessoas no passado e ainda podem acontecer, pois Jesus é o mesmo. No Livro de apoio, o comentarista testemunhou, inclusive, que a mãe dele, a irmã Jardelina Cabral, faleceu e o seu pai orou e Deus a ressuscitou. Mas, nem todos os crentes passarão por esta ressurreição. 

b. A ressurreição de Jesus. Jesus foi o primeiro a ressuscitar em um corpo glorificado, para nunca mais morrer. Por isso, Ele se tornou as primícias dos que dormem. Com a sua ressurreição, Jesus garantiu que aqueles que nele crerem também ressuscitarão para nunca mais morrer. 

c. Ressurreição dos justos. Desde que Jesus ressuscitou, até o momento em que Ele voltar, muitos já morreram, outros ainda irão morrer e não irão ressuscitar como Lázaro. Entretanto, no momento do arrebatamento da Igreja, todos os que morreram com Cristo, voltarão à vida em corpo glorificado para nunca mais morrer. Na sequência, os que estiverem vivos serão transformados e também terão um corpo glorificado. 

d. A ressurreição dos ímpios. Os ímpios que estiverem mortos quando Jesus voltar, não ressuscitarão naquele momento, mas aguardarão a ressurreição no final dos tempos, para o Juízo Final quando serão julgados e condenados ao lago de fogo. 

2. Da morte para a vida. No versículo 26, Jesus disse a Marta que todo aquele que vive e crê nele, nunca morrerá. Mas como pode ser isso, se Lázaro cria nele e estava morto? Além disso, mesmo após aquela ressurreição, alguns depois Lázaro morreu novamente e não ressuscitou, assim como os outros que ressuscitaram e voltaram a morrer. 

É preciso separarmos a morte física da morte espiritual. Morte na Bíblia significa separação e não o fim da existência, como ensinam os aniquilacionistas. A morte física é a separação entre o corpo e a parte imaterial, que é formada de alma e espírito. Quando o ser humano morre fisicamente, o espírito e a alma, que são inseparáveis, saem do corpo e voltam para Deus. 

Entretanto, não irão todos para um mesmo lugar. Quando os seres humanos morrem, os destinos são diferentes. Se for uma pessoa que serve a Deus, irá para o Paraíso, ou seio de Abraão, onde aguardará o arrebatamento da Igreja. Porém se for um ímpio, irá para o Hades, onde aguardará a ressurreição do Juízo Final para a condenação. 

3. Uma viva esperança. Este relato da ressurreição de Lázaro nos traz uma viva esperança, pois Jesus demonstrou na prática o seu poder sobre a morte. O apóstolo Paulo perguntou: Onde está, ó morte, teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Em seguida, ele mesmo responde: Mas graças a Deus, que nos dá vitória por Nosso Senhor Jesus Cristo! (1 Co 15.58). Jesus Cristo venceu a morte, quando ressuscitou e nos deu a garantia de que nós também ressuscitaremos para nunca mais morrer. 

Da mesma forma que Jesus deu uma ordem a Lázaro para vir para fora do sepulcro, Ele também dará ordens aos que morreram em Cristo, para que ressuscitem em um corpo glorificado e subam a encontrá-los ares. Igualmente, os que estiverem vivos no momento do arrebatamento da Igreja, serão arrebatados e transformados, e subirão ao encontro do Senhor nos ares. E assim, estaremos para sempre com o Senhor. Esta é a nossa bem-aventurada esperança. Ora vem, Senhor Jesus! 

REFERÊNCIAS: 

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez carne: Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2025.

Revista Ensinador Cristão. RIO DE JANEIRO: CPAD, Ed. 101, p.39.

Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global.  RIO DE JANEIRO: CPAD, 2022, p.1874. 


15 maio 2025

O ENCONTRO DE MARTA COM JESUS

(Comentário do 2º tópico da Lição 07: Eu sou a ressurreição e a vida) 

Ev. WELIANO PIRES

No segundo tópico, falaremos dos detalhes do encontro de Marta com Jesus, antes que Ele chegasse à casa dela. Marta correu ao encontro de Jesus e expressou a sua fé nele, dizendo que se Ele estivesse ali, Lázaro não teria morrido. Na sequência, responderemos à pergunta: Quando Lázaro ressuscitará? Jesus disse a Marta: o teu irmão há de ressuscitar. Mas, ela pensava que seria na ressurreição do último dia. Por fim, falaremos da promessa de vida que Jesus fez, ao afirmar que Ele é a ressurreição e a vida. 


1. O momento do encontro de Marta com Jesus. Marta e Maria estavam em casa, inconsoláveis, pois fazia quatro dias que o seu irmão Lázaro havia sido sepultado. Quando soube que Jesus estava chegando, Marta correu ao seu encontro e lamentou a ausência do Mestre, pois, segundo o seu entendimento, se Ele estivesse ali, o seu irmão não teria morrido. 


Em seguida, Marta correu para casa e avisou à sua irmã Maria que Jesus estava chamando-a. Maria também foi ao lugar onde Marta havia encontrado Jesus e também se lamentou, dizendo que se Ele estivesse ali, Lázaro não teria morrido. Muitas vezes, diante de situações adversas, chegamos a pensar como Marta e Maria, que Jesus chegou tarde, ou lamentar por que Ele não fez algo que nós gostaríamos. Mas é importante lembrar que Ele está no controle de todas as coisas, nunca chega atrasado e sabe o que é melhor para as nossas vidas. 


Diante da frustração de Marta, Jesus declarou: o teu irmão há de ressuscitar. Conforme falamos no tópico anterior, Marta cria em Jesus e sabia que Ele tinha poder para fazer milagres como a cura e outros milagres. Mas não imaginava que Ele ressuscitaria o seu irmão, que estava sepultado havia quatro dias e já se encontrava em estado de putrefação. 


2. Quando Lázaro iria ressuscitar? Era um grande desafio para a fé de Marta e Maria, crer na promessa de Jesus de que Lázaro iria ressuscitar. Ela não perdeu a fé em Jesus, pois disse: Eu sei que tudo o quando pedires a Deus, Ele te concederá (Jo 11.22). Diante da promessa de que Lázaro iria ressuscitar, Marta entendeu que Jesus se referia à ressurreição dos justos no final dos tempos. 


Os rabinos judeus ensinavam a doutrina da ressurreição dos justos no final dos tempos, com exceção dos saduceus, que eram materialistas e não criam no mundo espiritual. Esta doutrina estava presente nos textos do Antigo Testamento. O profeta Daniel já havia profetizado sobre esta ressurreição, durante o cativeiro babilônico, mais de 500 anos antes de Cristo (Dn 12.2). 


A promessa de ressurreição feita por Jesus em relação a Lázaro, no entanto, não era a ressurreição do último dia. Jesus falava de uma ressurreição imediata. Ele pretendia mostrar para aquele povo, o seu poder sobre a morte. Aquele povo nunca tinha visto um morto ressuscitar, após quatro dias do seu sepultamento. 


Eles já tinham ouvido falar das ressurreições ocorridas nos dias de Elias e Eliseu. Mas estas aconteceram no mesmo dia em que a pessoa morreu. As outras ressurreições que Jesus realizou na Galiléia também ocorreram no mesmo dia da morte e o povo de Jerusalém e Betânia provavelmente não conheciam  estes milagres.  


3. Uma promessa de vida. Com a frase que é o título desta lição: Eu sou a ressurreição e a vida, Jesus fez uma promessa de vida. Esta declaração, assim como os demais “Eu Sou”, registrados no Evangelho segundo João, comprovam a divindade de Jesus. Somente Deus pode fazer uma afirmação desta de Si mesmo, pois vida e a morte estão sob o seu controle. É Ele que dá a vida e a tira (1 Sm 2.6). 


Jesus não está falando apenas da vida física e sim da vida eterna que Ele dá àqueles que nele creem. Por isso, Ele afirmou: Quem crer em mim, ainda que esteja morto, viverá. Esta promessa de vida não se referia apenas à ressurreição como a de Lázaro, que depois voltaria a viver. Era uma promessa de vida eterna com Deus, em um corpo glorificado, que nunca envelhecerá, não sentirá dores e nunca morrerá. 


REFERÊNCIAS: 
CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez carne: Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2025.
Revista Ensinador Cristão. RIO DE JANEIRO: CPAD, Ed. 101, p.39.
Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2022, p.1874. 

14 maio 2025

O PROPÓSITO DE JESUS

(Comentário do 1º tópico da Lição 07: Eu sou a ressurreição e a vida).

Ev. WELIANO PIRES 

No primeiro tópico, falaremos do propósito de Jesus no milagre da ressurreição de Lázaro. Inicialmente, trataremos do contexto em que Jesus recebeu a notícia da doença de Lázaro e do local onde estava. Na sequência, falaremos do desapontamento de Marta e Maria, por Jesus não ter vindo antes da morte de Lázaro para evitá-la. Por fim, falaremos do tempo divino e dos seus planos para as nossas vidas, que são diferentes dos nossos. 

1. O recebimento da notícia  da doença de Lázaro. No final do capítulo 10, João falou que Jesus retirou-se de Jerusalém e foi para além do Jordão, para o lugar onde João tinha primeiramente batizado  (Jo 10.40). Depois que recebeu a notícia da doença de Lázaro, Jesus demorou ainda dois dias no lugar onde ele estava. 

A versão Revista e Corrigida traduziu o nome deste lugar como Betânia, que fica do outro lado Jordão (Jo 1.28). Já a Versão King James traduziu por Betábara. O fato é que não se trata da mesma aldeia de Betânia, onde Lázaro morava, pois Jesus demorou dois dias, do lugar onde ele estava para chegar à residência de Lázaro (Jo 11.6). 

2. O desapontamento de Maria e Marta. O texto bíblico nos diz que Jesus amava a Marta, Maria e Lázaro (Jo 11.5). Quando Lázaro adoeceu dessa enfermidade mortal, elas mandaram avisar a Jesus com as seguintes palavras: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas”. (Jo 11.3). Portanto, elas tinham esperança de que Jesus viria imediatamente a Betânia e curaria o seu irmão, mas Ele não veio. 

Dois dias depois que Jesus recebeu a notícia da doença, Lázaro morreu. Somente quatro dias depois, Jesus chegou. Quando viu Jesus de longe, Marta foi ao seu encontro chorando e disse: “Senhor, se estivesses aqui, o meu irmão não teria morrido”. Em seguida, Marta foi chamar a sua irmã Maria, que correu também ao encontro de Jesus e disse as mesmas palavras. Isso demonstra claramente que elas se desapontaram com a suposta demora de Jesus.

3. O tempo divino. Marta e Maria criam que Jesus poderia curar a enfermidade, mas, provavelmente não conheciam o milagre da ressurreição, pois os outros dois milagres de ressurreição aconteceram na Galileia. Considerando apenas o poder para curar enfermidades, multiplicar pães e peixes e transformar água em vinho, elas tiveram a impressão de que Jesus havia chegado atrasado. 

Ora, Jesus nunca chega atrasado, Ele age no momento certo. Ele é Soberano e cumpre os propósitos dele, no tempo dele e para a glória de Deus. O propósito delas era a cura do seu irmão, antes que ele viesse a óbito. Jesus, no entanto, tinha outro plano para Lázaro, que era a sua ressurreição, para demonstrar perante os judeus o seu poder sobre a morte. Com este milagre, muitos creram em Jesus (Jo 11.45).

Jamais devemos exigir que Deus faça a nossa vontade, ou que faça as coisas no momento em que nós queremos. Ele é Deus e nós somos suas criaturas, recebidos como filhos por adoção, pela fé em Cristo. Não temos o direito de exigir nada de Deus. Além disso, os planos de Deus são maiores (no sentido de mais excelentes) que os nossos (Is 55.8,9). Quando orarmos a Deus por algumas causa, devemos sempre dizer: Faça-se a tua vontade, pois a vontade dele é boa, agradável e perfeita (Rm 12.2).


13 maio 2025

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 7: “EU SOU A RESSUREIÇÃO E A VIDA”

Ev. WELIANO PIRES

Em continuidade ao estudo do Evangelho segundo João, estudaremos nesta lição o episódio da ressurreição de Lázaro, registrado no capítulo 11. Somente João registrou este milagre e somente ele fez menção a Lázaro. Os outros evangelistas falam apenas das irmãs de Lázaro: Marta e Maria e não registraram este milagre. 

Este milagre demonstra o poder de Jesus sobre a morte e a sua identificação divina, quando disse: Eu sou a ressurreição e a vida. Há também outros casos de ressurreição registrados na Bíblia: o filho da viúva de Sarepta (1 Rs 17.17-22); o filho da mulher sunamita (2 Rs 4.18-31); um homem que foi posto na sepultura de Eliseu (2 Rs 13.21); o filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17); a filha de Jairo (Mt 9.18-23) e Dorcas (At 9.32-43). 

Tomando como base a ressurreição de Lázaro, falaremos da doutrina bíblica da ressurreição do corpo, que é uma doutrina fundamental do Cristianismo. Paulo disse que “se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados”. (1 Co 15.116,17). 

No primeiro tópico, falaremos do propósito de Jesus no milagre da ressurreição de Lázaro. Inicialmente, trataremos do contexto em que Jesus recebeu a notícia da doença de Lázaro e do local onde estava. Na sequência, falaremos do desapontamento de Marta e Maria, por Jesus não ter vindo antes da morte de Lázaro para evitá-la. Por fim, falaremos do tempo divino e dos seus planos para as nossas vidas, que são diferentes dos nossos. 

No segundo tópico, falaremos dos detalhes do encontro de Marta com Jesus, antes que Ele chegasse à casa dela. Marta correu ao encontro de Jesus e expressou a sua fé nele, dizendo que se Ele estivesse ali, Lázaro não teria morrido. Na sequência, responderemos à pergunta: Quando Lázaro ressuscitará? Jesus disse a Marta: o teu irmão há de ressuscitar. Mas, ela pensava que seria na ressurreição do último dia. Por fim, falaremos da promessa de vida que Jesus fez, ao afirmar que Ele é a ressurreição e a vida. 

No terceiro tópico, falaremos da doutrina bíblica da ressurreição do corpo, que é a principal doutrina do Cristianismo. Inicialmente, explicaremos biblicamente a doutrina da ressurreição do corpo, que é diferente da ressurreição de Lázaro e de outras pessoas que ressuscitaram mas tornaram a morrer. Na sequência, falaremos do significado da expressão “da morte para a vida". Ainda que os salvos enfrentem a morte fisica, jamais passarão pela morte espiritual. Por último, falaremos da nossa viva esperança na ressurreição. Ao ressuscitar Lázaro, Jesus demonstrou na prática que nós também haveremos de ressuscitar. 

REFERÊNCIAS: 

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez carne: Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2025.
Revista Ensinador Cristão. RIO DE JANEIRO: CPAD, Ed. 101, p.39.
Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2022, p.1874. 

12 maio 2025

EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA”


SUBSÍDIO DA REVISTA ENSINADOR CRISTÃO / CPAD

A doutrina da ressurreição é um dos assuntos mais complexos discursados nas Sagradas Escrituras. Nesta aula, veremos como Jesus operou esse maravilhoso milagre ao ressuscitar Lázaro. Veremos também o propósito desse grande feito para Seu ministério, bem como para a esperança dos cristãos quanto à ressurreição dos salvos com vista à eternidade. Antes da realização desse milagre, o Mestre trouxe alguns esclarecimentos importantes durante o diálogo que teve com Marta e Maria, as irmãs de Lázaro.

O primeiro aspecto a destacar neste evento da ressurreição de Lázaro é que Jesus se demora na ida a Betânia para atender à solicitação de Seus amigos. Esperava-se que, ao tomar conhecimento de que Seu amigo se encontrava adoecido, Jesus imediatamente fosse a seu encontro. Todavia, o Mestre demorou mais dois dias até se deslocar a Betânia. Essa demora gerou uma grande frustração nas irmãs de Lázaro, tendo em vista que a cura operada por Jesus era a única esperança para a resolução do problema. Por esse motivo, vemos o lamento das irmãs: “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido” (Jo 11.21,32). Mas a história vai nos mostrar que até mesmo o que parecia estar completamente perdido, sem solução, sem vida, tratava-se unicamente da permissão de Deus para, finalmente, operar Seu propósito na vida de Lázaro por meio de um grande milagre. A Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global (CPAD) discorre que “o milagre da ressurreição de Lázaro foi um sinal que apontou para Jesus, não só como a fonte da ressurreição e da vida, mas indicando uma parte de sua natureza — Ele é a ressurreição e a vida (11.25,26). A morte final é impossível para Ele, como sua própria ressurreição provaria mais tarde. O que Jesus fez por Lázaro foi uma demonstração do que Deus fará por todos os seus fiéis que já morreram, pois estes também serão ressuscitados dentre os mortos (14.3; 1Ts 4.13-18). Este milagre foi também a questão final que fez com que os invejosos líderes judeus determinassem que Jesus deveria ser condenado à morte (Jo 11.45-53)” (2022, p.1876).

O tempo, a enfermidade e a distância tornaram-se limitadores da fé das irmãs Marta e Maria. Também somos desafiados por circunstâncias semelhantes. Contudo, o episódio da ressurreição de Lázaro nos ensina que para Deus nada é impossível. As situações mais difíceis podem ser revertidas por Aquele que tem a vida e a morte em Suas mãos. Confiemos em Jesus, que tem todo poder nos céus e na terra (Mt 28.18).

A PRISÃO E A CONDENAÇÃO DE JESUS

(Comentário do 1º tópico da Lição 12: Do julgamento à ressurreição) Ev. WELIANO PIRES No primeiro tópico, falaremos dos detalhes da prisão d...