25 outubro 2022

SOBRE OS PROFETAS

(Comentário do 1º tópico da Lição 05: Contra os falsos profetas)

Neste primeiro tópico faremos uma apresentação do ofício do profeta no Antigo Testamento. Mostraremos também a etimologia da palavra hebraica traduzida por profeta e outros termos hebraicos e gregos, usados para se referir aos profetas. Por último, este tópico falaremos sobre os falsos profetas e as duras consequências desta prática na lei mosaica. 


1- O termo “profeta”. Quando falamos sobre profeta atualmente, muitas pessoas imaginam que estamos falando de alguém que prevê o futuro. Mas, o significado bíblico de profeta não é esse. Em hebraico há três palavras usadas para se referir a profeta: Navi, chozeh e roeh. Estas três palavras aparecem em 1 Crônicas 29.29: “Os atos, pois, do rei Davi, assim os primeiros como os últimos, eis que estão escritos nas crônicas de Samuel, o vidente (Roeh), e nas crônicas do profeta (Navi) Natã, e nas crônicas de Gade, o vidente” (Chozen). 

a. Navi. Alguém que proclama uma mensagem recebida; um porta voz, mensageiro ou anunciador. Esta palavra aparece mais de 300 vezes no Antigo Testamento. A palavra aparece também na forma feminina para se referir a Mirian, Hulda, Noadias e à esposa do 

profeta Isaías. 

b. Chozeh ou hozen. Significa uma pessoa que tem visões. É traduzida como vidente. Nos dias do profeta Samuel, os profetas eram chamados de “Chozeh” (vidente) e eram consultados, para saber a vontade de Deus, antes de tomar decisões.

c. Roeh. Também significa vidente, com o sentido de alguém que faz previsões sobre o futuro. 


A versão grega do Antigo Testamento usa termo grego prophetes, que é a junção dos termos “pro” (antes) e “phemi” (falar) nas traduções dos termos hebraicos nabi, chozen e roeh. A palavra prophetes, significa “alguém que fala em nome de outra pessoa (Deus ou deuses)”. A palavra portuguesa profeta tem origem neste vocábulo grego. Por causa do significado dos termos “pro”  (antes) e “phemi” (falar), popularizou-se a ideia de que um profeta é alguém que prevê o futuro ou um adivinho. Mas o sentido bíblico não é este. Um profeta é um porta-voz ou um mensageiro de Deus, não necessariamente para falar do futuro. 


2- Outros termos para designar os profetas de Deus. Além dos termos citados acima, há outras palavras, pelas quais os profetas eram chamados no Antigo Testamento. Em 2 Crônicas 36.15,16, os profetas são chamados de “mensageiros de Deus”. A palavra hebraica malak significa “mensageiro”, seja humano ou um anjo. O nome do profeta Malaquias, por exemplo, significa “mensageiro de Yahweh”.  O profeta Ageu é chamado de “embaixador do Senhor” (Ag 1.13 ARC). A versão Almeida Corrigida Fiel (ACF) traduz o mesmo termo por “mensageiro” e a Nova Almeida Atualizada (NAA) traduz por “enviado”. O profeta Aías é chamado de “servo do Senhor” (1 Rs 14.18). Em 2 Rs 9.7, na profecia de Eliseu contra a casa de Acabe, ele faz referências aos profetas que foram mortos por Jezabel, como “os servos do SENHOR”.  Há também muitas referências aos profetas como “o homem de Deus”, como no caso de Moisés (Dt 33.1); Samuel (1 Sm 9.6); Elias (2 Rs 1.9-13). 


3- Os falsos profetas. Assim como havia os profetas do Senhor, também havia os falsos profetas. No hebraico, as palavras usadas para se referir aos profetas são as mesmas que vimos acima, sejam eles verdadeiros ou falsos, conforme veremos no terceiro tópico. O contexto define se é uma referência a um profeta verdadeiro ou falso. A Septuaginta, no entanto, usa a palavra pseudoprophetes, “falso profeta”, para se referir aos falsos profetas (Jr 6.13; Zc 13.2). No Novo Testamento também é feita esta diferenciação, como em 2 Pedo 2.1.


A lei mosaica previa pena de morte para quem profetizasse mentiras em nome do SENHOR: “Porém o profeta que tiver a presunção de falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá.” (Dt 18.20). Entretanto, em tempos de apostasia, com reis ímpios, os falsos profetas que falavam o que eles queriam ouvir e não pregavam contra as suas maldades, eram protegidos. 


Não é muito fácil saber se um profeta é verdadeiro ou falso, principalmente, porque os falsos profetas se disfarçam de verdadeiros e falam coisas agradáveis aos ouvidos para ganhar popularidade. Em Deuteronômio 13, Moisés alertou o povo sobre os falsos profetas. A Bíblia nos mostra três testes principais, para se avaliar se um profeta é verdadeiro ou falso: 


a. O teste doutrinário. Mesmo que o profeta realizasse sinais e prodígios, se as suas palavras contrariassem a Lei do Senhor, ele deveria ser considerado um falso profeta, pois Deus não contraria a Sua Palavra. (Dt 13.1-18). Este critério continua valendo para os nossos dias. 


b. O teste do cumprimento da profecia. Se o profeta falasse uma profecia para o futuro, em nome do Senhor e tal profecia não se cumprisse, também deveria ser considerado um falso profeta, pois Deus não pode mentir (Dt 18.21,22). Este teste também é válido para os dias atuais e deve ser usado. Recentemente, um pastor gravou um vídeo e o publicou na internet, recomendando que as pessoas não saíssem de casa em 30 de março de 2020, pois milhares de pessoas em todo o Brasil seriam mortas e as ambulâncias não dariam conta de recolher os cadáveres, que ficariam estendidos no chão pelas ruas e estabelecimentos. Chegou o dia tão temido e nada disso aconteceu. A conclusão é clara: Deus não o mandou falar aquilo, pois a profecia não se cumpriu. 


c. O teste da moralidade. O profeta Jeremias enfrentou grandes embates com falsos profetas, porque ele pregava o julgamento de Deus e os falsos profetas pregavam prosperidade. No capítulo 23.11-14, o Senhor o usou para denunciar a vida libertina dos falsos profetas: Estão contaminados… Até na minha casa encontrei maldade… cometem adultérios e andam com falsidade. Todo profeta que vive na prática do pecado e não anda segundo a Palavra de Deus é falso. Há pessoas que dizem que devemos julgar a profecia e não o profeta. Isso é um erro, pois Jesus disse que “...pelos seus frutos os conhecereis.” (Mt 7.20). 


REFERÊNCIAS: 

SOARES, Esequias; SOARES, Daniele. A Justiça Divina: A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pág. 65.

MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 4. pág. 1058, 1059.

CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 5. 11 ed. 2013. pág. 424. 

PFEIFFER. Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. 2 Ed. 2007. pag. 760.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1001

Philip W. Comfort e Walter A. Elwell. Dicionário Bíblico Tyndale. Editora geográfica. pág. 1498.


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Ev. Weliano Pires

24 outubro 2022

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 05: CONTRA OS FALSOS PROFETAS


Esta lição traz uma profecia contra os falsos profetas, com base no capítulo 13 de Ezequiel. Jeremias não foi levado ao cativeiro, mas ficou em Jerusalém e enfrentou muitos embates com os falsos profetas, que profetizavam bênçãos e prosperidade em tempos de julgamentos divinos. Ezequiel, por sua vez, foi levado ao cativeiro e, na Babilônia, também enfrentou falsos profetas. A lição está dividida em três tópicos: 


O primeiro tópico faz uma apresentação do ofício do profeta no Antigo Testamento. Mostra também a etimologia da palavra hebraica traduzida por profeta e outros termos hebraicos e gregos, usados para se referir aos profetas. Por último, este tópico fala sobre os falsos profetas e as duras consequências desta prática na lei mosaica. 


O segundo tópico nos apresenta as designações usadas por Ezequiel para se referir aos falsos profetas, como “profetas de Israel” e “os que profetizam”. Ezequiel diz que eles são loucos, que profetizam o que o seu próprio coração vê. O profeta usa também a figura das “raposas do deserto”, para se referir ao caráter destrutivo desses embusteiros. Assim como há profetas verdadeiros, que falam apenas aquilo que Deus manda, há os falsos profetas que falam aquilo que o povo quer ouvir e que lhes rende vantagens. 


O terceiro tópico nos mostra a geração de mensagens falsas. Há um diferencial no Antigo Testamento, quando se trata de um profeta verdadeiro. Normalmente aparecem identificações como “mensageiro de Deus”, “o profeta”, “meus servos”, etc. Os falsos profetas, no entanto, profetizam mentiras e falsidades. Vemos ainda neste tópico, a ira de Deus contra os falsos profetas, no Antigo e no Novo Testamento.


REFERÊNCIAS:

SOARES, Esequias; SOARES, Daniele. A Justiça Divina: A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pag. 63-64.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3228.

HENRY, Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento: Isaías a Malaquias. Editora CPAD. 1 Ed. 2010. pag. 670.


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Ev. Weliano Pires


21 outubro 2022

SOBRE O SENHOR JESUS E O TEMPLO


(Comentário do 4º tópico da Lição 04: Quando a glória de Deus se vai).

O quarto tópico nos fala sobre o Senhor Jesus e o templo. O profeta Ageu profetizou que a Glória desta última casa será maior que a da primeira, que era o suntuoso templo de Salomão. Foi neste segundo templo que o Filho de Deus foi apresentado e depois expôs as Escrituras. Este tópico nos dá a explicação teológica, que é o fato de Jesus ser o substituto do templo. Por último vemos o anúncio por Jesus da destruição do templo, que ocorreu no ano 70 d.C.


1- Explicação teológica. Tudo o que estava relacionado aos rituais e cerimônias do Antigo Testamento eram figuras do que estava por vir e se cumpriram em Cristo, no seu sacrifício, na descida do Espírito Santo e na instituição da Igreja. Com o templo, não é diferente. 


Com a vinda de Jesus ao mundo, o templo, os sacrifícios, o altar, a arca da aliança, os sacerdotes e as restrições para adentrar a determinados locais do templo se tornaram desnecessários. Quando  Jesus no alto da cruz com grande voz entregou o espírito, “o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo” (Mt 27.51), o acesso a Deus se abriu a toda a humanidade, através da mediação de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (1 Tm 2.5; Jo 1.29). A Epístola aos Hebreus mostra em detalhes a Superioridade de Cristo e do seu sacrifício em relação aos personagens e rituais do Antigo Pacto. 


2- O fim do Templo. O Sermão profético de Jesus iniciou-se a partir de uma observação dos seus discípulos, sobre a estrutura do templo. Jesus estava saindo do templo com os discípulos e eles lhe mostraram, admirados, a estrutura daquela construção. Jesus, então, lhes disse que não ficaria pedra sobre pedra que não fosse derrubada. Em seguida, foram para o Monte das Oliveiras e eles perguntaram quando isso iria acontecer e que sinal haveria da sua vinda e do fim do mundo. Respondendo a esta pergunta, Jesus proferiu o Sermão profético, que trata sobre várias questões escatológicas, como a destruição de Jerusalém em 70 d.C, o princípio de dores, a vinda de Jesus, a grande tribulação, o juízo final e a eternidade. 


Assim como Ezequiel havia feito em seu tempo, Jesus também anunciou o fim do templo de Jerusalém. Entretanto, antes da destruição do templo, a glória de Deus se retirou, pois, ninguém consegue destruir um lugar onde está a presença de Deus. Esta profecia de Jesus se cumpriu literalmente, no ano 70 d.C., quando o exército romano, sob o comando do general Tito invadiu Jerusalém, destruiu a cidade e o templo. Os judeus fugiram e os que conseguiram escapar da morte, tiveram que abandonar a sua terra. Um fato curioso é que, segundo o historiador judeu, Flavio Josefo, esta destruição do ano 70 d.C., aconteceu no nono dia do quarto mês, o que corresponde à mesma data da destruição do templo de Salomão pelos babilônios (2Rs 25.3; Jr 52.6). Assim como Jeremias e. Ezequiel fizeram no passado, Jesus também alertou os judeus sobre a iminência da destruição do templo, mas eles não deram ouvidos e rejeitaram o Messias que veio salvá-los. 


3- A presença de Deus hoje. No Antigo Pacto, a presença de Deus se manifestava em um determinado lugar, consagrado exclusivamente para este fim, como o tabernáculo e o templo. Entretanto, o povo não poderia se aproximar, sem que antes o sumo sacerdote oferecesse sacrifícios por si pelo povo, para que não fossem mortos. Mesmo assim, somente o sumo sacerdote, como representante do povo, estava autorizado por Deus a entrar no lugar santíssimo, uma vez por ano. Os gentios (não judeus) não podiam ter acesso ao templo. Mesmo os judeus comuns, só podiam chegar até ao pátio do templo e não tinham acesso ao santuário. Leprosos, pessoas com fluxo de sangue e outras consideradas imundas, não podiam ter acesso nem ao pátio do templo. Ficavam de longe.


O interior do tabernáculo se dividia em dois compartimentos: O Lugar Santo, que abrigava onde ficavam a mesa da proposição, o candelabro de ouro e o altar do incenso; e o Santo dos santos ou Lugar Santíssimo, que era onde ficava a Arca da Aliança, que representava a presença de Deus. No Santo dos Santos, a presença de Deus se manifestava intensamente e ficava fechado durante o ano inteiro. Somente no Dia da Expiação, o sumo sacerdote depois de oferecer sacrifícios por si mesmo e pelo povo podia entrar. 


O véu do templo fazia a separação entre estes dois compartimentos do tabernáculo e do templo. Quando Jesus deu o brado na Cruz do Calvário e expirou, este véu se rasgou de alto abaixo, indicando que agora o acesso à presença de Deus estava livre e não se restringia apenas ao sumo sacerdote. Este era apenas uma figura que apontava para Cristo, o Sumo Sacerdote eterno. Hoje, por meio de Jesus Cristo, temos ousadia para entrar no santuário (Hb 10.19). A partir do sacrifício de Cristo, aqueles que crerem Nele terão o Espírito Santo morando dentro deles: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.” (Jo 14.23). A Santíssima Trindade passa a morar no crente, pois as três pessoas da Trindade estão unidas uma às outras. Este conceito teológico é chamado de Pericorese, que é a habitação das Pessoas da Trindade uma nas outras. Cada Pessoa está nas outras e cada uma se dá às outras duas. 


REFERÊNCIAS: 


SOARES, Esequias; SOARES, Daniele. A Justiça Divina: A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022.  págs. 60, 61.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. 2a Impressão: 2010. Vol. 1. pág. 80.

T. ROBERTSON. Comentário Mateus e Marcos, à Luz do Novo Testamento Grego. Editora CPAD. 1 Ed. 2011. pág. 138.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. Vol. 2. pág. 533.

HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento João. Editora Cultura Cristã. pág. 679-680.

HENRY, Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. 1Ed 2008. pág. 307.

LOPES, Hernandes Dias. Mateus Jesus, o Rei dos reis. Editora Hagnos. pág. 694.

LIÇÕES BÍBLICAS. Rio de Janeiro: CPAD, 1º Trimestre 2021.

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Ev. Weliano Pires

20 outubro 2022

SOBRE O SEGUNDO TEMPLO


(Comentário de 3º tópico da Lição 4: Quando a glória de Deus se vai).

Neste terceiro tópico falaremos a respeito do segundo templo. Este segundo templo era o templo de Zorobabel, que foi inaugurado no sexto ano de Dario, ou seja, em 516 a.C. Posteriormente, este templo foi completamente reformado por Herodes, o grande. O tempo total da reforma durou 46 anos.  


No tópico anterior falamos sobre as visões que Ezequiel teve da saída gradativa da glória de Deus do templo de Jerusalém. Com a retirada da glória de Deus, o templo ficou desprotegido e, pouco tempo depois, foi saqueado e completamente destruído pelo exército da Babilônia. 


Os judeus permaneceram por 70 anos no cativeiro da Babilônia e no ano 539 a.C, o imperador Persa Ciro baixou um decreto, colocando fim ao cativeiro. Neste decreto estava incluído a autorização para reconstruir o templo: “Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus dos céus me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, o Senhor seu Deus seja com ele, e suba.” (2 Cr 36.23).


1- O segundo Templo. Após o decreto do imperador Ciro, retornaram a Jerusalém, sob a liderança de Zorobabel 42.360 judeus, sem contar seus servos (Ed 2:64-65), para iniciarem os trabalhos de reconstrução do templo em Jerusalém. Os judeus arrecadaram ofertas e Ciro devolveu todos os utensílios de ouro e prata, que Nabucodonosor havia retirado do primeiro templo e levado para a casa dos seus deuses. Zorobabel e o sacerdote Josué edificaram um altar e ofereceram sacrifícios ao Senhor, celebrando a festa dos tabernáculos (Ed 3.2-5). 


Quando lançaram os alicerces do templo, reuniram os sacerdotes e levitas para oferecer sacrifícios e louvar ao Senhor. O povo se regozijou, com grande júbilo, porém os mais velhos que conheceram o templo de Salomão, perceberam que esta construção era muito inferior e choraram em voz alta. As vozes dos louvores do povo se misturaram ao choro. De longe, se ouvia o barulho e não era possível discernir entre as vozes do choro e dos cânticos Ed 6.12,13). 


Quando souberam do início da reconstrução do templo, os inimigos do povo de Judá tentaram de todas as formas atrapalhar. Inicialmente, tentaram se unir a eles para participarem da obra. Como Esdras não aceitou esta mistura, eles alugaram conselheiros para ridicularizar a construção e desestimular o povo durante no reinado de Ciro. No início do reinado de Assuero, eles escreveram para o rei da Pérsia, fazendo acusações falsas contra os judeus e a obra acabou sendo interrompida (Ed 4.1-6). Esta interrupção durou 13 anos. Deus usou os profetas Ageu e Zacarias para reavivar o espírito do povo e retomar a construção. Somente no reinado de Dário foi retomada, em 520 a.C. e em 516 d.C. foi concluído o templo. Este templo, posteriormente, foi profanado por Antíoco IV Epifânio, durante o período intertestamentário (170-164 a.C.). Esta profanação foi profetizada por Daniel, quatrocentos anos antes, que a chamou de “abominação desoladora” (Dn 11.32).


2- O Templo de Herodes. Herodes Magno, conhecido como “Herodes, o Grande'', governou a Judéia entre 37 e 4.a.C. Herodes tinha um ego enorme e não havia como deixar o Segundo Templo humilde como era. Por isso convenceu os judeus de que aquele templo de Zorobabel não estava à altura do antigo templo de Salomão. Não temos informações bíblicas sobre esta construção pois ela foi feita no chamado período interbíblico. As informações que temos vem do historiador judeu Flavio Josefo e do Talmude. A arqueologia também acrescenta outras informações, mas não temos detalhes da arquitetura, como no caso do templo de Salomão. 


No 18º ano do seu reinado, Herodes iniciou uma reforma geral no templo e modificou-o completamente, a ponto de alguns o considerarem o terceiro templo. Tornou-se o cartão postal de Jerusalém (Mc 13.1; Lc 21.5). Prédios subsidiários foram então adicionados e outros detalhes que faltaram foram feitos após a morte de Herodes por seus sucessores, de sorte que a construção só foi completamente concluída em 66 d.C. No ano 70 d.C. este templo foi completamente destruído pelo general romano Tito e os judeus foram expulsos da sua terra. 


3- A presença do Filho de Deus. No meio evangélico é muito comum as pessoas citarem o texto de Ageu 2.9 dizendo: A glória da segunda casa será maior que a da primeira”. Isso tem sido tema de muitos congressos e até hinos já foram compostos com esta frase. Ocorre que o texto de Ageu não diz “a glória desta segunda casa” e sim “a glória desta última casa”. Não há registros de que a glória do Senhor tenha se manifestado neste segundo templo de Zorobabel. Depois da reforma feita por Herodes que o transformou em uma bela construção, também não houve manifestação da glória de Deus, como houve no tabernáculo e no templo de Salomão. 


Entretanto, neste segundo templo tivemos a presença do Filho de Deus. Ali, o Senhor Jesus, que é Deus, foi apresentado e circuncidado. Depois debateu com os doutores da Lei aos doze anos, ouvindo-os e interrogando-os, deixando-os perplexos com a sua sabedoria. O apóstolo João falando Verbo que se se fez carne, escreveu: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1.14). Mas esta profecia de Ageu é uma referência à última casa, que é o próprio Senhor Jesus, que substituiu definitivamente o templo, como veremos no próximo tópico. No Evangelho segundo João, Jesus disse aos judeus: “Derribai este templo, e em três dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos, foi edificado este templo, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do templo do seu corpo.” (Jo 2.19-21).


REFERÊNCIAS:


SOARES, Esequias; SOARES, Daniele. A Justiça Divina: A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pág. 60.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pág. 3650.

CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 6. 11 ed. 2013. pag. 314..

ADAM CLARKE. Comentário Bíblico de Adam Clarke: Ageu e Sofonias.

HENRY, Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento: MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. 1Ed 2008. pag. 771.

WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. I. 1 Ed 2006. Editora Central Gospel. pag. 367.

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. Vol. 2. pág. 274.


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Ev. Weliano Pires


19 outubro 2022

SOBRE A RETIRADA DA GLÓRIA DE DEUS

(Comentário do 2⁰ tópico da Lição 04:  Quando a Gloria de Deus se vai)

No segundo tópico falaremos sobre a retirada da Glória de Deus do santuário. Esta retirada se deu gradualmente. Primeiro, a glória se levantou do querubim sobre a Arca da Aliança. Depois, passou para a entrada do Templo; pairou sobre os querubins e foi se afastando do templo; finalmente parou sobre o Monte das Oliveiras.


1- O querubim e a nuvem (9.3; 10.4). O profeta diz nestes dois versículos que a glória do Senhor se levantou de sobre o querubim, sobre o qual estava. Alguns acham que estes querubins, mencionados por Ezequiel eram os dois de ouro, que Deus mandou Moisés colocar na tampa da Arca da Aliança (Êx 25.18). Outros entendem que era uma referência aos seres que Ezequiel havia visto na primeira visão (Ez 5-11). Em qualquer uma das duas interpretações, o significado é o mesmo: a glória de Deus se retirou do templo. 


Com a saída da glória de Deus de sobre os querubins, Ezequiel viu que uma nuvem encheu o átrio interior do templo. Esta nuvem é um sinal da presença de Deus. Quando Israel saiu do Egito, o Senhor guiava o povo e os protegia do sol do deserto durante o dia e do frio, durante à noite: “E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar, para que caminhassem de dia e de noite.” (Êx 13.21). O mesmo acontecia na tenda da congregação, quando Deus falava com Moisés, aparecia uma coluna de nuvem, de onde o Senhor falava (Êx 33.9).  Na inauguração do tabernáculo também, uma coluna de nuvem cobriu a tenda da congregação e a glória de Deus encheu o tabernáculo (Êx 40.34). O mesmo aconteceu na inauguração do Templo (1 Rs 8.10,11). 


A manifestação plena da glória de Deus à humanidade aconteceu quando o Senhor Jesus tornou-se carne e habitou entre os seres humanos. O apóstolo João testemunhou isso e assim escreveu: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. (Jo 1.14). Entretanto, quando habitou neste mundo, o Senhor Jesus esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo (Fp 2.7). 


Na transfiguração, os discípulos o viram glorificado e ficaram fora de si. “E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz.” (Mt 17.2). Saulo também viu Jesus glorificado e o resplendor da Sua glória o deixou cego por três dias. 


O apóstolo João também, no Apocalipse, relata que viu um Ser semelhante ao Filho do Homem, vestido de vestes brancas compridas e um cinto de ouro. Os seus cabelos eram brancos como a neve, os seus pés resplandeciam como latão reluzente e a sua voz como o som de muitas águas. Quando viu toda esta glória, João que era o discípulo mais próximo de Jesus, caiu como morto: “E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; eu sou o Primeiro e o Último e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e do inferno”. (Ap 1.17,18). 


2- A retirada da presença de Deus (10.18). A glória de Deus saiu do lugar santíssimo, onde estavam os querubins, mas ainda permaneceu por um tempo na entrada do templo. Na visão, o profeta acompanhou passo a passo, o trajeto da saída da glória de Deus do templo. Uma carruagem divina se dirigiu à entrada do templo e, finalmente, a presença de Deus se foi do local. Após a saída da presença de Deus, veio o exército da Babilônia, destruiu o templo e saqueou os seus tesouros, em 587 a.C. 


3- Por fim a glória de Deus se pôs sobre o Monte das Oliveiras (11.23). No último estágio da saída da glória de Deus, ela deixou o templo e parou Monte das Oliveiras. A partir deste momento, o templo que havia sido construído por Salomão, para que a presença de Deus estivesse ali, no Lugar santíssimo, agora não tinha mais a glória do Deus de Israel. Isso aconteceu por causa da idolatria e da profanação do santuário de Deus. 


Toda a beleza e esplendor físico do templo eram os mesmos dos dias de Salomão. Mas, o que fazia a diferença era a presença de Deus. Quando a presença de Deus se foi, os inimigos conseguiram destruir tudo. Isto nos traz um alerta de que a presença de Deus é fundamental em nossas vidas. Somos o templo do Espírito Santo (1 Co 6.19), mas, se nos entregarmos a práticas abomináveis, Ele se  entristece (Ef 4.30) e nos deixará. Se chegar ao ponto de blasfêmia e apostasia, não tem mais volta. (Mt 12.31). Por isso a Palavra de Deus nos alerta: “Se hoje ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração.” (Hb 3.15).


REFERÊNCIAS: 

 

SOARES, Esequias; SOARES, Daniele. A Justiça Divina: A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. págs. 51, 56, 58.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. págs. 3220, 3222,3225.

TAYLOR, John B. Ezequiel. Introdução e Comentário. Editora Mundo Cristão. págs. 294-295.

TAYLOR, John B. Ezequiel. Introdução e Comentário. Editora Mundo Cristão. págs. 312; 341,342.

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Ev. Weliano Pires

SOBRE A GLÓRIA DE DEUS

(Comentário do 1º tópico da lição 4: Quando a glória de Deus se vai).

Neste primeiro tópico falaremos sobre a Glória de Deus, trazendo o significado etimológico da palavra glória em hebraico. Depois, falaremos sobre as manifestações da Glória de Deus. A glória de Deus se manifestou quando Moisés construiu o tabernáculo. Manifestou-se também durante as jornadas de Israel pelo deserto e nos dias de Salomão, na dedicação do templo.


1- O significado de “glória”. A palavra glória na Bíblia tem mais de um significado. O contexto é que determina qual é o significado de glória, no texto bíblico. Muitos crentes, principalmente pregadores, se referem à glória de Deus, como a “Shekinah”. O que talvez não saibam é que esta palavra não aparece nos textos bíblicos. É uma palavra muito usada no Judaísmo, para se referir à presença de Deus ou ao próprio Deus. Os rabinos também usam a palavra Shekinah para se referir ao Espírito de Deus. Esta palavra, no entanto, não vem dos textos bíblicos e sim do Talmude, uma antiga literatura judaica, na qual estão as discussões e comentários dos rabinos sobre a história, a lei, os costumes e a cultura judaica. Esta literatura judaica é chamada nos Evangelhos de “Tradição dos anciãos”.  A palavra hebraica Talmud significa  "aprendizado, instrução". 


A palavra hebraica usada na Bíblia para glória é “kavod”, (Escreve-se kabod) que literalmente significa “peso”. No grego, a palavra correspondente a Kavod  é “doxa”, que significa glória, resplendor, poder, honra e reputação. A Versão grega da Bíblia, Septuaginta, usa também a palavra grega “time”, que tem o sentido de valor ou honra. Glória pode ser uma referência à adoração, esplendor, magnificência e bem-aventurança, em sentido terrestre ou celestial. A presença de Deus também pode ser chamada de glória, por causa da sua exaltação.


No Novo Testamento a glória está relacionada a Jesus Cristo. Quando Jesus nasceu na manjedoura, os pastores estavam no campo vigiando as suas ovelhas. Lucas assim relata: “E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor.” (Lc 2.9). No episódio da transfiguração, os discípulos que estavam com Jesus viram a sua glória: “Pedro e os que estavam com ele estavam carregados de sono; e, quando despertaram, viram a sua glória e aqueles dois homens que estavam com ele.” (Lc 9.32). O escritor da Epístola aos Hebreus também diz que Jesus é “o resplendor da sua glória, [de Deus] e a expressa imagem da sua pessoa”. (Hb 1.3).  


O ser humano foi feito à imagem e semelhança de Deus. Após a entrada do pecado,  esta imagem foi deturpada e o homem passou a ser inimigo de Deus. O apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos disse: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” Portanto, após o pecado, o homem perdeu “a glória de Deus”, que pode ser a presença de Deus ou a imagem moral de Deus, que o homem perdeu com a corrupção da sua natureza pelo pecado. O retorno ao estado pré-encarnado de Jesus também é chamado “glorificação” (Jo 7.39). Os salvos por Jesus compartilham desta glorificação até certo ponto. Evidentemente, que não é na mesma proporção da glorificação de Jesus, pois Ele é Deus. Jesus predestinou os salvos, com base na sua presciência, chamou, justificou e glorificou (Rm 8.30). O nosso estado final após a ressurreição também é chamado de glorificação, quando o nosso corpo for transformado em um corpo imortal e incorruptível. (Rm 8.18; 1 Co 15.51-53; 2 Co 4.17). 


2- A glória de Deus. Nenhum povo da terra experimentou a manifestação da glória de Deus, nos tempos do Antigo Testamento como o povo de Israel. A presença de Deus conduziu os filhos de Israel em suas jornadas pelo deserto durante 40 anos. Deus ordenou a Moisés que construísse um tabernáculo, para que Ele habitasse no meio deles: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles. Conforme tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis.” (Êx 25.8,9). Quando foi concluída a obra, uma nuvem cobriu a tenda e a glória de Deus se manifestou, de forma que Moisés não conseguia entrar no local: “Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo, de maneira que Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porquanto a nuvem ficava sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo.” (Êx 40.34,35).


O Tabernáculo era móvel e antes da construção do templo, a Arca da Aliança, que representava a presença de Deus, permanecia em seu interior. Nos dias do Sumo Sacerdote Eli, os israelitas usaram a Arca como um amuleto, para se proteger dos filisteus (1 Sm 4.3). Em uma destas guerras, por causa do pecado, Israel foi derrotado e os filisteus levaram a Arca para a terra deles (1 Sm 4.10.11). Os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias foram mortos nessa batalha. Quando soube que a Arca havia sido levada, o Sumo Sacerdote Eli caiu para trás e morreu. A sua nora, esposa de Finéias, estava grávida e quando soube destas más notícias deu à luz e morreu no parto. A criança que nasceu foi chamada de Icabod, que significa “foi-se a glória” (1 Sm 4.21,22). Por onde os filisteus levavam a Arca, o Senhor feria o povo daquela localidade. Com este triste episódio da história de Israel, a Arca permaneceu fora da terra de Israel por cerca de 20 anos (1 Sm 7.2). Quando Davi assumiu o trono, trouxe a Arca de volta para Jerusalém (2 Sm 6.1-17), com grande júbilo. 


Com a inauguração do templo, nos dias de Salomão, a Arca foi transferida para o templo (2 Cr 5.13,14). Depois da oração de Salomão, a glória de Deus encheu o templo (2 Cr 7.1), de forma que os sacerdotes não conseguiam permanecer no local. Deus falou com Salomão e prometeu que os olhos estariam sobre aquele lugar e os seus ouvidos atentos às orações que se fizessem ali. Entretanto, esta promessa não era incondicional. Na sequência da promessa de Deus, veio também o alerta de que se eles se desviassem e se entregassem à idolatria, Deus os arrancaria da sua terra e os entregaria nas mãos de inimigos estrangeiros (2 Cr 7.19-22). Infelizmente, o povo de Israel se esqueceu deste alerta e as consequências foram drásticas, como veremos no próximo tópico. 


REFERÊNCIAS: 

SOARES, Esequias; SOARES, Daniele. A Justiça Divina: A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pág. 51.

CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 2. 11 ed. 2013. pág. 912-914.

PFEIFFER. Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. 2 Ed. 2007. pag. 870.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pág. 1653.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1183).

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