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21 novembro 2021

O DISCIPULADO COM PESSOAS DE OUTRAS CULTURAS


O discipulado envolvendo pessoas do nosso bairro, cidade ou mesmo do nosso país, normalmente não envolve muitos conflitos culturais, embora haja em parte o choque do Evangelho, com os costumes do mundo e de outras religiões. Entretanto, em se tratando de pessoas de culturas diferentes da nossa, esses choques tendem a aumentar. A Igreja de Cristo não é uma religião tribal, onde todos vieram de uma única etnia e tem a mesma cultura. Ela é formada por pessoas que vieram das mais diversas culturas e etnias. Nas questões religiosas, muitos vieram do politeísmo, do panteísmo, do ateísmo, etc. Tem também as questões culturais e de costumes, que precisam ser trabalhadas cuidadosamente, à luz da Palavra de Deus. 

1. A pregação para os seus irmãos. No início da Igreja, os apóstolos não compreenderam muito bem o caráter universal da Igreja e pregavam o Evangelho apenas para os judeus. Foi necessário o Senhor permitir uma grande perseguição, para que eles saíssem de Jerusalém e pregassem o Evangelho em outros locais. Mesmo assim, quando saíram, procuraram pregar apenas para os judeus. Antes de enviar Pedro à casa do centurião Cornélio, o Senhor lhe mostrou em uma visão, uma ilustração, para que ele não considerasse imundo aquilo que Deus havia purificado. Pedro foi e pregou aos gentios. O Espírito Santo desceu sobre eles e falaram em línguas e profetizaram. Depois teve que se explicar à Igreja, porque havia entrado na casa de gentios e comido com eles. 

2.  A expansão para os gentios.  O Senhor Jesus havia dito para os discípulos ficarem em Jerusalém, até que fossem revestidos de poder (Lc 24.49). Mas a promessa já havia se cumprido e eles continuaram ali, pregando somente para os judeus. Eles se esqueceram de o Senhor falou depois, que eles seriam testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra. Após a conversão de Saulo e a sua chamada na Igreja de Antioquia, onde o Espírito Santo falou claramente para aquela Igreja separar Saulo e Barnabé, para a obra que Ele havia chamado, iniciou-se então, as viagens missionárias pelo mundo.

3.  O discipulado numa cultura diferente. A partir das viagens missionárias de Paulo e Barnabé pelo mundo, pessoas das mais diversas culturas, que desconheciam a cultura judaica foram se convertendo. Muitas delas praticavam a feitiçaria, a poligamia, idolatria, prostituição, comiam coisas oferecidas aos ídolos, etc. Vindo para o Evangelho, era preciso confrontar estes estilos de vida com o padrão de Cristo. Na primeira Epístola aos Coríntios, vemos Paulo enfrentando vários problemas neste sentido. 

Em missões transculturais, é preciso conhecer a cultura dos povos que se pretende alcançar e analisar, com muito cuidado, à luz da Palavra de Deus, o que é compatível com o Evangelho e o que não é. Há costumes e práticas culturais como músicas, roupas e comidas que não tem nenhum problema. Cabe ao missionário discipulador, ensinar nos princípios bíblicos e recomendar que aquilo que for incompatível deve ser abandonado. 


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Pb. Weliano Pires

20 novembro 2021

O DISCIPULADO E A MISSÃO INTEGRAL DE PREGAR E ENSINAR


Infelizmente, nos dias atuais, muitos papéis estão invertidos e não há a preocupação de discipular os novos convertidos de forma eficaz. Vemos evangelistas dirigindo Igrejas e pastores e presbíteros fazendo trabalhos itinerantes. Pelos padrões bíblicos, presbíteros e pastores devem pastorear uma Igreja plantada por um missionário ou evangelista. Os bispos, ou pastores regionais devem supervisionar os trabalhos em uma determinada região. O discipulado foi reduzido a uma classe com poucas pessoas, com algumas aulas preparatórias para o batismo. Isso é importante, mas o discipulado vai muito além destas ações. É preciso haver um acompanhamento, orientação e integração dos novos crentes. 


1.   A pregação: o ponto de partida. Não existe outra maneira da Igreja se expandir, que não seja a proclamação do Evangelho de Cristo. Não podemos substituir a pregação do Evangelho por outros atrativos, para trazer as pessoas à Igreja. O Evangelho puro e bíblico, proclamado no poder do Espírito Santo, é poderoso para levar as pessoas ao arrependimento. O Evangelho consiste em mostrar a pecaminosidade do ser humano e o Único Salvador, capaz de resgatá-lo, que Jesus Cristo, o Filho de Deus. Não podemos chamar de Evangelho filosofias humanas, autoajuda, motivação, prosperidade, triunfalismo e outras coisas que se pregam na atualidade. Não podemos jamais modificar a mensagem do Evangelho para torná-la atrativa, pois isso seria falsificar a Palavra de Deus e pregar “outro evangelho”. Escrevendo aos Gálatas, Paulo disse que “ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” (Gl 1.8). Então, o ponto de partida para a Igreja buscar os perdidos é pregar o Evangelho de Cristo, sob a direção e poder do Espírito Santo. 


2. O Ensino: “fazer discípulos”.  Após a pregação do Evangelho, quando a pessoa se decide por Cristo, o passo seguinte é a integração dos novos crentes ao corpo de Cristo, mediante as primeiras instruções, acompanhamento, orientação, oração, comunhão e exemplo. Não pode existir discipulado sem o evangelismo e o evangelismo sem o discipulado fica incompleto. Seria como plantar uma semente e esperar que ela cresça sozinha, sem regar e sem cuidar dela. 

Logo após a descida do Espírito Santo, Pedro pregou uma mensagem poderosa e ao final, a multidão impactada com a mensagem que acabara de ouvir, chegou-se aos apóstolos e perguntou: 

- Que faremos, varões irmãos? (At 2.37).

Pedro, cheio do Espírito Santo, respondeu: 

- Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. (At 2.38).

Imagine agora, uma Igreja que contava com cento e vinte pessoas, receber três mil novos crentes em um único dia, saltando para quase cinco mil nos dias seguintes! Eram pessoas que desconheciam totalmente os ensinos de Jesus e imaginavam que a seita dos nazarenos ou o caminho, como eram conhecidos os discípulos, seria apenas mais uma vertente do Judaísmo. O desafio era enorme e os apóstolos começaram a ensinar diariamente ao povo, aquilo que aprenderam de Jesus. Posteriormente, Saulo se converteu e tornou-se o grande discipulador e doutrinador da Igreja Cristã, como vimos no tópico anterior. 

É importante destacar que o discipulado é trabalho de todos os crentes e não apenas dos pastores e professores da Classe de Discipulado. Todos os cristãos têm a obrigação de recepcionar os novos crentes e instruí-los na fé cristã, principalmente com o seu exemplo de fé e conduta.  Segundo David Cornfield: “Discipulado é uma relação comprometida pessoal onde um discípulo mais maduro ajuda outros discípulos de Jesus Cristo a aproximarem-se dEle e assim, reproduzirem o caráter cristão.” 


 3.   Pregação e ensino. O discipulado, como vimos, consiste nas primeiras instruções e acompanhamento aos novos convertidos. Entretanto, o novo crente não pode permanecer nesta condição a vida inteira. Precisa aprender, crescer e amadurecer, para também ensinar a outras pessoas. Por isso há a necessidade do ensino sistemático da Palavra de Deus na Igreja. Os locais mais adequados para se fazer isso é nos cultos de ensino, na Escola Dominical e nas escolas teológicas. É indispensável ao crente, frequentar os cultos de ensino, onde o pastor da Igreja faz a exposição da Palavra de Deus, com um tempo maior e após um período de oração. Igualmente, é imprescindível que toda a Igreja frequente a Escola Dominical, onde é ensinado sistematicamente a Palavra de Deus, com uma excelente metodologia, com tema, atividades, dinâmicas em classes e perguntas e respostas, em um ambiente propício para o ensino. Eu sou apaixonado pela Escola Dominical e a frequento desde a minha infância. Há 21 anos ininterruptos, sou professor e aprendo a cada aula que preparo, lendo comentários, pesquisando e assistindo vídeo- aulas. Aprendo também  com outros colegas, quando não sou o professor titular. 

No caso dos obreiros, principalmente os pastores e professores, é muito importante que façam cursos teológicos para aprimorar o seu conhecimento. Também é fundamental ler bons livros, sendo criterioso quanto à editora, o autor e  assunto. Quem não senta para aprender não pode se levantar para ensinar.


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Pb. Weliano Pires


PAULO E O DISCIPULADO BÍBLICO


O evangelismo praticado por Paulo não se resumia a anunciar o Evangelho aos perdidos e seguir em frente para outros campos. Incluía também as primeiras instruções aos novos convertidos. Quando estabelecia uma Igreja, Paulo gastava um tempo doutrinando-a e em seguida, deixava-a aos cuidados de um presbítero.


1.  O discipulado bíblico. Antes de subir ao Céu, o Senhor Jesus reuniu os seus discípulos para dar-lhes algumas instruções, sobre a obra que eles deveriam realizar. A primeira instrução foi que eles não saíssem de Jerusalém, antes de serem revestidos pelo poder do Espírito Santo. Depois o Senhor os incumbiu da Grande comissão: "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!" (Mt 28.19,20). A tradução da Nova Almeida Atualizada traduziu este texto de Mateus 28.19, assim: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações”. A palavra usada neste texto, traduzida por "ensinai" na versão Revista e Corrigida é “matheteo”, que significa "fazer discípulos". O discípulo é alguém que se dispõe a seguir o seu mestre aonde quer que ele vá, imitar o que ele faz e praticar o que ele ensina. Portanto, Jesus nos comissionou a fazer com que pessoas se disponham a serem discípulos dele. Naturalmente, isso só será possível, mediante a ação poderosa do Espírito Santo. 


 2.   Paulo, o discipulador. Paulo, desde o seu encontro com Cristo no caminho de Damasco, entendeu a sua vocação para levar o Evangelho aos gentios. Entretanto, ele sabia que seria um grande desafio para ele, falar de Jesus os judeus, principalmente, aos fariseus e doutores da lei, dos quais ele fez parte. Por isso, movido pelo Espírito Santo, ele foi para o deserto da Arábia, a fim de depir-se de si mesmo e conhecer de perto a Cristo. 

Ao voltar do deserto, onde recebeu o Evangelho diretamente do Senhor Jesus, através de visões e inspiração, Paulo trouxe consigo o ardor missionário, que o impulsionava a pregar incansavelmente o Evangelho. Paulo não via separação entre anunciar o Evangelho e discipular. Ele anunciava o Evangelho de cidade em cidade e "sofria as dores de parto, até que Cristo fosse gerado nas pessoas" (Gl 4.19) e "criava-os com leite, pois ainda não podiam suportar uma alimentação mais forte." (1 Co 3.2). Discipular, portanto, é cuidar, proteger e alimentar o recém nascido cristão, até que ele cresça e se torne também um discipulador. 


3.   A metodologia de Paulo para o discipulado. Paulo desenvolveu um método muito eficiente para o discipulado, que a Igreja deve continuar praticando. Nesse método, o passo iniciar é a evangelização daqueles que ainda não conhecem a Cristo, no poder Espírito Santo. Após a conversão de algumas pessoas, Paulo iniciava uma Igreja local, para discipular os novos convertidos, dando--lhes as primeiras instruções. É como se fosse uma alfabetização, onde ensinamos as primeiras letras a crianças que não sabem ler, nem escrever. 

Quando a Igreja se firmava um pouco, Paulo deixava ali um obreiro experiente para dar continuidade ao trabalho e ele partia para a abertura de novos trabalhos. Depois, ele voltava por estas Igrejas, para doutrinar e encorajar os irmãos. Escrevia também cartas com respostas a algumas perguntas e orientações sobre alguns problemas específicos. 



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Pb . Weliano Pires

16 novembro 2021

Introdução à Lição 8: Paulo, o discipulador de vidas


Na lição passada estudamos o tema: PAULO, O PLANTADOR DE IGREJAS. Vimos que Paulo foi um dos maiores, ou talvez o maior desbravador de campos missionários da história da Igreja. Paulo percorria o mundo, sob intensa perseguição, fundando Igrejas. Quando o trabalho se estabilizava, ele deixava aos cuidados de um presbítero e seguia em frente. 

Falamos sobre o espírito desbravador do apóstolo Paulo, percorrendo muitos lugares, em pouco tempo e com poucos recursos. Ele via a pregação do Evangelho como uma obrigação e sentia-se devedor tanto a judeus, como aos gentios, de lhes anunciar a Cristo.

Falamos também sobre a Igreja de Antioquia, como uma base missionária de Paulo e Barnabé, que deu origem a várias Igrejas pelo mundo. Antioquia era uma Igreja que tinha uma excelente estrutura, do ponto de vista espiritual. Nela havia vários profetas e doutores, entre eles Barnabé e Paulo. Falamos também sobre as viagens missionárias de Paulo, partindo de Antioquia da Síria. 

Por último falamos a respeito das características de um plantador de Igrejas, que são a chamada de Deus; o preparo espiritual e o caráter forjado na escola de Deus; e por último, sobre o modelo de Igreja baseado nas Escrituras Sagradas. 


Na lição desta semana, estudaremos o tema: PAULO, O DISCIPULADOR DE VIDAS. A Missão da Igreja neste mundo envolve dois aspectos: pregar o Evangelho aos perdidos e após a conversão, ensinar-lhes a Palavra de Deus. Usando a simbologia da agricultura, a conversão seria o plantio e o discipulado seria o cuidado para que a planta nasça, cresça e dê frutos. 


No primeiro tópico, falaremos sobre o modelo de discipulado bíblico utilizado por Paulo, que trouxe grandes resultados, no início da Igreja Cristã. A base para o discipulado na Igreja Primitiva era a chamada “Grande Comissão”, que foi a ordem dada por Jesus, para que os seus discípulos saíssem pelo mundo, ensinando as nações a guardarem todas as coisas que Ele havia mandado e batizando os que cressem (Mt 28.19,20). Falaremos ainda neste tópico sobre o sobre Paulo, como um discipulador distinto e sobre o método que eficaz que ele utilizou na evangelização: pregar o Evangelho, plantar uma Igreja, ficar um tempo ali e depois deixar alguém experiente para cuidar. 


No segundo tópico, falaremos sobre o discipulado e a missão integral de pregar e ensinar. Não resta dúvidas de que a pregação do Evangelho é o ponto de partida para a salvação dos perdidos. Jesus ordenou aos seus discípulos que pregassem o Evangelho a toda criatura (Mc 16.15). Entretanto, o trabalho de evangelização não se encerra com a conversão. É preciso ensinar as verdades bíblicas aos novos crentes para que eles se tornem, de fato, discípulos de Jesus. Veremos neste tópico que a Escola Bíblica Dominical é o melhor local para se ensinar sistematicamente a Palavra de Deus, em linguagem adequada para todas as faixas etárias. 


No terceiro e último tópico, falaremos a respeito do discipulado com pessoas de culturas diferentes. A Igreja é formada por pessoas que vieram das mais diversas culturas e etnias. Logo, o choque cultural é inevitável. Os apóstolos, inicialmente, desejavam pregar o Evangelho visando apenas a salvação dos seus irmãos judeus. Mas a Igreja não poderia fugir da ordem de Jesus para levar o Evangelho a toda criatura. Por isso, o Senhor Jesus levantou Paulo, como o “Apóstolo dos gentios”, para levar o Evangelho aos gentios, nas mais diferentes culturas. Paulo enfrentou grandes desafios no processo de evangelismo e discipulado, principalmente os confrontos entre os legalistas judeus e os gentios. 


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09 novembro 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 07: PAULO, O PLANTADOR DE IGREJAS.

REVISÃO DA LIÇÃO 06: PAULO NO PODER DO ESPÍRITO


Na lição passada, falamos sobre o poder do Espírito Santo no ministério de Paulo. Vimos como o Espírito Santo dirigiu os caminhos da pregação de Paulo, orientando aonde deveria ir e confirmando a Palavra com sinais e maravilhas. 


Depois falamos sobre a argumentação de Paulo sobre a plenitude do Espírito Santo. Falamos sobre os casos de Apolo e de doze cristãos de Éfeso, que havia crido apenas na  mensagem pregada por João Batista, mas desconheciam completamente a mensagem pentecostal. Os missionários Priscila e Áquila orientaram a Apolo e ele tornou-se também um missionário da Igreja Cristã. Paulo, por sua vez, ensinou aos cristãos de Éfeso sobre a doutrina do Espírito Santo. Em seguida, impôs-lhe as mãos e eles foram todos batizados no Espírito Santo. 


Por último falamos sobre as fontes do ensino de Paulo sobre a doutrina do Espírito Santo, que são as Escrituras do Antigo Testamento e a experiência vivida pela Igreja Primitiva no Dia de Pentecostes. 


LIÇÃO 07: PAULO, O PLANTADOR DE IGREJAS


O apóstolo Paulo foi um dos maiores, ou talvez o maior desbravador de campos missionários, fora do território de Israel, da história da Igreja. A principal tarefa de Paulo era plantar Igrejas por onde passava e seguir em frente, para levar a mensagem de Cristo, onde ainda não havia sido pregada. 


Paulo percorria o mundo, sob intensa perseguição, fundando Igrejas. Quando o trabalho se estabilizava, ele deixava aos cuidados de um presbítero e seguia em frente. O ponto de partida das suas viagens missionárias foi a Igreja de Antioquia, onde ele recebeu expressamente o chamado do Espírito Santo para fazer missões. O seu companheiro inicial era Barnabé. Depois, por causa de uma diferença de pensamento, Paulo seguiu com Silas e Barnabé com o seu primo João Marcos. Depois, o jovem Timóteo foi incorporado à equipe missionária de Paulo. 


No primeiro tópico, falaremos sobre o espírito desbravador do apóstolo Paulo. Não houve na história da Igreja, alguém que percorresse tantos lugares, em tão pouco tempo, com poucos recursos, como Paulo. Ele via a pregação do Evangelho como uma obrigação e sentir-se devedor tanto a judeus, como aos gentios, de lhes anunciar a Cristo.


No segundo tópico, falaremos sobre a Igreja de Antioquia, como uma base missionária de Paulo e Barnabé, que deu origem a várias Igrejas pelo mundo. Antioquia era uma Igreja que tinha uma excelente estrutura, do ponto de vista espiritual. Nela havia vários profetas e doutores, entre eles Barnabé e Paulo. Falaremos também neste tópico sobre as viagens missionárias de Paulo, partindo de Antioquia da Síria. 


No terceiro e último tópico, falaremos a respeito das características de um plantador de Igrejas, que são a chamada de Deus; o preparo espiritual e o caráter forjado na escola de Deus; e por último, o modelo de Igreja baseado nas Escrituras Sagradas. 


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Pb. Weliano Pires



06 novembro 2021

O ARGUMENTO DE PAULO SOBRE A PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO

(Comentário do 2º tópico da lição 6: Paulo no poder do Espírito)


Neste tópico falaremos sobre a argumentação de Paulo a respeito da plenitude do Espírito Santo. Primeiro, no encontro com os doze discípulos em Éfeso. Depois, em relação a Apolo, que Paulo enviou o casal Priscila e Áquila para o orientar sobre a doutrina do Espírito Santo. 


1. Paulo aclara o ensino sobre a plenitude do Espírito. Chegando em Éfeso, na sua terceira viagem missionária, Paulo encontrou um grupo de doze cristãos, que haviam crido na mensagem pregada por João Batista, provavelmente, pregada em Éfeso por Apolo. Estes cristãos nada sabia a respeito do Espírito Santo. Paulo lhes ensinou sobre a doutrina do Espírito Santo e, impondo-lhes as mãos, foram batizados no Espírito Santo, falaram em línguas e profetizaram (At 19.1-7). 

Eles haviam crido apenas na mensagem de arrependimento que João Batista havia pregado e foram batizados. Criam que Jesus era o Messias, mas a mensagem estava incompleta. Eles necessitavam do revestimento de poder, para também se tornarem testemunhas de Cristo. É por isso que a Assembleia de Deus exige que os obreiros, antes de serem separados, sejam batizados no Espírito Santo. 


2. É preciso crer para receber o Espírito Santo. Nós, os pentecostais cremos no batismo no Espírito Santo, como uma experiência subsequente à salvação, ou seja, primeiro a pessoa recebe a Jesus como Senhor e Salvador. O Espírito Santo, então, entra na pessoa e passa a habitar em seu corpo. Depois, o crente busca ao Senhor em oração e é revestido de poder para testemunhar de Cristo. 

Não é possível alguém ser batizado no Espírito Santo, sem antes se converter a Cristo. Há movimentos idólatras, dizendo que foram batizados Espírito Santo e até falam em 'línguas estranhas'. Mas, este não é o batismo no Espírito Santo que nós vemos na Bíblia. Esta promessa é para os salvos. 

Outro aspecto importante é o sinal visível do batismo no Espírito Santo. Em todos os casos em que houve batismo no Espírito Santo na Bíblia,  as pessoas falaram em línguas (At 2.4; At 10.46; At 19.6). Com base nisso, nós cremos que a evidência de que alguém batizado no Espírito Santo é o falar em línguas. 


3. Paulo cuida para esclarecer Apolo (At 18.21-28). Apolo era um judeu, natural da cidade egípcia de Alexandria, um importante centro cultural da antiguidade. Esta cidade foi fundada por Alexandre, o grande, em 332 a.C. Um dos mais importantes destaques desta cidade era a sua imensa biblioteca, que chegou a ter um milhão de documentos. Biblioteca na antiguidade não era apenas um acervo de livros, como nos dias atuais. Esta biblioteca de Alexandria possuía instituto de pesquisa, laboratórios, zoológico, jardim botânico, observatório de astronomia e locais de descanso. Por isso é considerada por muitos estudiosos como sendo a primeira universidade. Em Alexandria também foi traduzida a Septuaginta, versão grega do Antigo Testamento. 

Apolo foi criado e educado neste ambiente acadêmico e relato bíblico que que diz que ele era eloquente e poderoso nas Escrituras. Temos poucas informações bíblicas sobre Apolo. Sabemos que ele chegou a Éfeso por volta do ano 52 d.C. e pregava eloquentemente nas sinagogas, conhecendo apenas o batismo de João Batista (At 18.21-24). O casal Priscila e Áquila, companheiros de Paulo na obra missionária, ouviram a pregação de Apolo e ficaram impressionados com a sua eloquência e habilidade nas Escrituras e resolveram abordar Apolo e esclarecê-lo sobre a doutrina do Espírito Santo (At 18.26). 

Esta orientação deu resultados. Apolo creu na mensagem que Priscila e Áquila lhe passaram e se tornou um importante obreiro. Paulo fundou a Igreja de Corinto, lançando-lhe o fundamento, que é Cristo. Quando partiu de Corinto, Paulo deixou uma Igreja carnal e inexperiente. Mas, o eloquente pregador Apolo sucedeu o apóstolo naquela Igreja e ‘regou’ o que ele havia plantado (1 Co 3.6). Apolo se tornou querido e admirado naquela Igreja, a ponto de alguns dizerem “eu sou de Apolo” (1 Co 3.4). Apolo parece ter estado também com Tito em Creta (Tt 3.13). Muitos estudiosos da Bíblia sugerem que foi Apolo, o autor da Epístola aos Hebreus, mas, não há nenhuma base bíblica que sustente esta afirmação e a Igreja de Alexandria, de onde ele ele era natural, também não sustenta esta tese. 

Aprendemos com o caso de Apolo que, mesmo a pessoa sendo crente fiel, conhecedor da Escrituras e habilidoso na pregação, necessita do revestimento do poder do Espírito Santo, para se tornar um testemunha eficaz do Evangelho de Cristo. Como disse Paulo, o Evangelho não consiste em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do poder de Deus (2 Co 2.4).


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Pb. Weliano Pires


01 novembro 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 06: Paulo no poder do Espírito


Nesta lição 06, estudaremos o tema: Paulo, no poder do Espírito. No último tópico da lição passada, vimos que um dos efeitos da mensagem da cruz, é uma vida na dependência do Espírito. A obra de Deus não pode ser feita apenas com discursos e habilidades humanas. É preciso viver na plenitude do Espírito Santo e ser dirigido por Ele. 


No primeiro tópico, veremos como o Espírito Santo dirigiu o caminho das pregações de Paulo. Logo após a sua conversão, Saulo ficou alguns dias com os discípulos em Damasco, onde pregava ousadamente a Palavra de Deus. Depois foi a Jerusalém e lá também pregava com ousadia a Palavra de Deus. Entretanto, não teve uma boa recepção por parte da Igreja, que via com desconfiança a sua conversão. Conforme vimos na lição 04, Paulo foi enviado pelo Senhor ao deserto da Arábia, onde passou por um preparo de três anos. Veremos ainda neste tópico, como o Espírito Santo dirigiu as viagens missionárias de Paulo pelo mundo. 


No segundo tópico, falaremos a respeito da argumentação de Paulo sobre a plenitude do Espírito Santo. Falaremos sobre o episódio acontecido em Éfeso, quando Paulo encontrou doze irmãos, que conheciam apenas o batismo de João e nunca tinham ouvido falar sobre o Espírito Santo. Paulo deu-lhes as devidas orientações, impôs-lhes as mãos e eles foram batizados no Espírito Santo. Falaremos também sobre um judeu de Alexandria, chamado Apolo, que era um eloquente pregador, poderoso nas Escrituras, mas que também desconhecida a mensagem pentecostal. O casal de missionários, Priscila e Áquila lhe ensinaram sobre a mensagem pentecostal e ele também foi cheio do Espírito Santo. 


No terceiro e último tópico, falaremos sobre a fonte do ensino de Paulo sobre o Espírito Santo aos efésios. Primeiro ele usou as Escrituras como fundamento para o ensino da doutrina do Espírito Santo. No Antigo Testamento, ela estava presente, mas não muito explícita. Depois, Paulo usou a experiência vivida pela Igreja Primitiva no Dia de Pentecostes e ensinou a Igreja de Éfeso sobre a necessidade do crente ser revestido do poder do Espírito. 



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Pb. Weliano Pires


30 outubro 2021

Lição 06 – Paulo no Poder do Espírito


Texto Áureo:

“E impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam.” (At 19.6)


Verdade Prática:

Uma vez movidos no poder do Espírito, podemos ser bem-sucedidos na missão de pregar o Evangelho a toda a criatura.


LEITURA DIÁRIA

Segunda – At 2.38: A atualidade do dom do espírito santo

Terça – At 9.17: Uma experiência do espírito após a decisão por Cristo

Quarta – At 2.1-4; 10.44-47: A experiência do Pentecostes se repete na história

Quinta – At 19.11,12: O Evangelho chegou a Éfeso no poder do Espírito

Sexta – 1 Co 12.3: Só podemos dizer que Jesus é o Senhor pelo Espírito Santo

Sábado – At 19.20: O poder do Espírito faz a Palavra de Deus crescer


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 19.1-7


1 - E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos,

2 - disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.

3 - Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados, então? E eles disseram: No batismo de João.

4 - Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.

5 - E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus.

6 - E impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam.

7- Estes eram, ao todo, uns doze varões.


HINOS SUGERIDOS: 24, 85, 290 da Harpa Cristã


OBJETIVO GERAL:

  • Conscientizar de que é preciso viver na plenitude do Espírito para fazer a obra de Deus.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS:


  1. Expor que Cristo deve ser pregado no poder do Espírito;

  2. Identificar o argumento de Paulo sobre a plenitude do Espírito;

  3. Apresentar a fonte de ensino de Paulo sobre o Espírito Santo.


INTERAGINDO COM O PROFESSOR


Os obstáculos no caminho da vida cristã são numerosos. Só o Espírito Santo pode conduzir a vida do crente entre esses obstáculos. Quando Paulo exerceu o ministério, o Espírito foi agente fundamental para que o apóstolo “combatesse o bom combate, Terminei a carreira e guardei a fé”. Paulo começou a caminhada no Espírito, viveu no Espírito e terminou no Espírito. Assim, converse com os alunos a respeito da importância de ter o Espírito Santo em nossas vidas. Sua unção é indispensável para a nossa caminhada com Cristo. Não podemos viver sem Ele, muito menos, extinguir a sua presença em nossas vidas. Vivamos na plenitude do Espírito Santo!


INTRODUÇÃO


Movido pelo Espírito Santo, o apóstolo Paulo passou a ter como missão de vida dar testemunho de Jesus e provar que Ele é o Cristo (At 19.21,22). Nesta lição, veremos como Paulo pregou a Cristo no poder do Espírito, seu argumento sobre a plenitude do Espírito Santo e a fonte da revelação do Espírito Santo em seu ministério. Confirmaremos que o ministério do apóstolo Paulo foi um ministério no poder do Espírito Santo.


PONTO CENTRAL: Para fazer a Obra de Deus é preciso viver na plenitude do espírito


I - PREGANDO A CRISTO NO PODER DO ESPÍRITO


1. Paulo, movido pelo poder do Espírito. O Livro de Atos mostra que, após sua conversão, Paulo ficou “alguns dias com os discípulos que estavam em Damasco” (At 9.19). E, logo em seguida, ele “pregava a Jesus, que este era o Filho de Deus” nas sinagogas (9.20). Mais tarde, quando chegou a Jerusalém, Paulo “falava ousadamente no nome de Jesus” (9.29). Era o poder do Espírito Santo que o movia de tal modo que o apóstolo não tinha outra missão, senão, pregar a Jesus, e este crucificado (1 Co 2.2). Ele só poderia pregar tal mensagem pelo Espírito de Deus (1 Co 12.3).


2. O caminho de pregação. Depois do estágio no deserto da Arábia por três anos, Paulo voltou a Damasco, e daí foi para Jerusalém (Gl 1.18). Não teve uma recepção calorosa porque os cristãos de Jerusalém, inclusive os apóstolos, ainda temiam a presença do antigo Saulo de Tarso (At 9.26). Com alguma reserva, ele foi acolhido na “igreja-mãe” e todos ouviram o seu testemunho e, sem se intimidar, ele pregava ousadamente para os judeus e gregos da cidade (A 9.28,29). Entretanto, Paulo recebeu uma revelação de que deveria sair de Jerusalém (At 22.17,18).


3. Paulo e as duas viagens missionárias. Na primeira viagem, Paulo não estava só, mas acompanhado e assistido por Barnabé, que era um conselheiro competente. Os dois, Paulo e Barnabé, passaram por vários lugares e visitaram os discípulos que estavam em Antioquia, Fenícia, Chipre e outros pequenos lugares. Na segunda viagem missionária, o apóstolo e Barnabé voltaram a Antioquia porque a igreja dessa cidade havia crescido e se tornou o ponto de partida para visitar outras cidades (Atos 16-18). Nessa viagem, eles passaram por Listra, Troas (ou Trôade), Filipos, Tessalônica, Beréia, Atenas, Corinto e, por fim, Éfeso. Em todas essas viagens, o Espírito Santo movia o ministério de Paulo.


SÍNTESE DO TÓPICO I

Nas suas viagens missionárias, o Espírito Santo moveu a Paulo no caminho de pregação.


SUBSÍDIO PEDAGÓGICO


Chegamos à lição 6. Ao iniciar a aula, faça uma pequena revisão com a classe. Já estudamos temas como “o mundo de Paulo”, “a perseguição”, “a conversão”, “a vocação” e “a mensagem da cruz”. Relembre alguns pontos importantes e procure apontar a unidade entre as lições que perpassa a vida e o ministério de Paulo. Não esqueça que ensinar é a arte de transmitir ensinos que façam sentido à vida concreta do aluno. Por isso, quando planejar a aula, nunca esqueça do espaço da revisão, tanto a espessa, após uma sequência de aula, quanto a semanal, relembrando sempre o conteúdo passado para começar um novo.


II- O ARGUMENTO DE PAULO SOBRE A PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO


1. Paulo aclara o ensino sobre a plenitude do Espírito. Nos capítulos anteriores, depois da separação entre Paulo e Barnabé, o jovem Timóteo e Silas passaram a acompanhar o apóstolo. Quando Paulo voltou a Éfeso, deparou-se com um grupo de discípulos que seguiam o ensino de Apolo e foram batizados com o batismo de arrependimento de João Batista. Esses discípulos ouviram falar de Jesus, mas não conheciam a doutrina do batismo no Espírito Santo. Eles haviam crido (At 19.2) em Cristo, mas nada sabiam da experiência do Pentecostes. Paulo percebeu que a despeito de terem crido no Cristo das Escrituras, eles não haviam recebido o poder do Espírito para se tornarem testemunhas do Senhor.


2. É preciso crer para receber o Espírito Santo. Ninguém recebe o batismo no Espírito Santo antes de crer em Cristo como Salvador. Somente depois de passar pela experiência da conversão, de reconhecer Jesus como o Salvador, então, o Senhor concede “o dom do Espírito Santo” (At 2.38), ou seja, o batismo no Espírito Santo sobre a pessoa convertida.


3. Paulo cuida para esclarecer Apolo (At 18.21-28). Quem era Apolo? Era um judeu de Alexandria, cidade egipcia, de grande cultura. Certamente Apolo teve uma elevada formação, principalmente, no conhecimento das Escrituras Sagradas, e se destacava pela eloquência. Tornou-se um discípulo de João Batista à distância e creu na mensagem dele (Mt 3.11). Apolo tornou-se pregador de Cristo, mas não havia experimentado ainda o poder do Espírito Santo. Fez discípulos em Éfeso, os quais eram fiéis à sua mensagem. Quando Paulo enviou Áquila e Priscila para Éfeso, tinha por objetivo orientar Apolo acerca da via do espírito santo. Antes que o apóstolo chegasse a Éfeso, Apolo foi para Corinto.


SÍNTESE DO TÓPICO I

O apóstolo Paulo cuidou para esclarecer Apolo a respeito da plenitude do Espírito Santo.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“Inicialmente, o batismo de João era um sinal de arrependimento pelo pecado, não um marco de uma nova vida em Cristo. Como Apolo (At 18.24-26), os cristãos de Éfeso tinham conhecimento apenas da mensagem de João; precisavam de uma instrução adicional sobre a mensagem e o ministério de Jesus Cristo. Eles creem em Jesus como o Messias, mas não atendiam a importância da obra do Espírito Santo. Tornar-se um cristão envolve o arrependimento do pecado e o abandono do pecado, mas também a aproximação de Cristo pela fé. Assim, os cristãos efésios tinham a mensagem incompleta” (Bíblia de estudo de aplicação pessoal. Rio de janeiro: CPAD, p.1528).


CONHEÇA MAIS


Sobre a Vinda do Espírito Santo


“É melhor entender aqui, também, que a imposição das mãos era um meio de encorajar a fé deles, e que precedia a vinda do Espírito Santo, e era uma ação separada. Em seguida, para enfatizar que esses discípulos tinham recebido a plena experiência do batismo com o Espírito Santo, Lucas declara que falavam em línguas e profetizavam”. Para ler mais, consulte o livro “O Espírito Santo na Bíblia: A Atuação do Espírito Santo de Gênesis a Apocalipse”, editado pela CPAD, p.175.


III - A FONTE DO ENSINO DE PAULO SOBRE O ESPÍRITO SANTO AOS EFÉSIOS

 

1. As Escrituras como fonte de revelação sobre o Espírito Santo. Visto que Paulo era um erudito nas Escrituras, a sua primeira fonte de conhecimento acerca da divindade era a revelação do cânon do Antigo Testamento. Sua compreensão sobre Deus era monoteísta, tanto quanto todos os demais judeus. A doutrina da Santíssima Trindade, mais especificamente a pessoa do Espírito Santo, estava presente no Antigo Testamento de forma subjetiva.


2. O Pentecostes como fonte de revelação do Espírito Santo. A segunda fonte reveladora do Espírito Santo era a experiência vivida pelos apóstolos no dia de Pentecostes (At 2.1-4). Em seguida, a sua própria experiência quando foi cheio do Espírito Santo, depois da conversão (At 9.17). Se o Antigo Testamento mostrava o Espírito Santo de forma subjetiva, o Novo Testamento, em especial o Pentecostes, revelava a atuação do Espírito Santo de maneira objetiva e clara.


3. Paulo ensina acerca do Espírito Santo aos efésios (At 19.1-6). Ao ensinar sobre o Espírito Santo aos efésios, Paulo não desfez a mensagem de João Batista, nem a de Apolo. Pelo contrário, o apóstolo fortaleceu a mensagem de João Batista e revelou o Cristo profetizado por João exatamente como o que havia de vir” (At 19.4). A seguir, Paulo anuncia sobre o Espírito Santo aos efésios, os quais recebem a mensagem que havia sido consumada no dia de Pentecostes. Então, ora por eles e impõe as mãos sobre suas cabeças e o Espírito Santo derramado como chuva abundante sobre todos e “começaram a falar em línguas e a profetizar” (At 19.6). Iniciou-se um grande avivamento na igreja de Éfeso. Essa experiência levou os discípulos efésios a anunciarem Jesus como Salvador, e fez a igreja crescer. Nesse tempo, sinais e prodígios foram marcas externas da presença e do poder do Espírito Santo na vida da Igreja.


SÍNTESE DO TÓPICO III

As Escrituras são a primeira fonte de revelação do Espírito, enquanto o Pentecostes é a segunda.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“[… O Espírito Santo foi derramado no Pentecostes, quando os discípulos souberam mais acerca da obra redentora de Jesus e receberam a missão de proclamar as Boas Novas a todos. Ao derramar seu Espírito, Deus confirmou aos – cristãos como Corpo espiritual de Cristo e os capacitou para a Grande Comissão. O derramamento do Espírito Santo que encheu cada crente em Jesus no Pentecostes confirmou-os como Igreja. O Pentecostes foi o derramamento formal do Espírito Santo sobre ela. A marca da verdadeira Igreja não é somente a doutrina certa, mas as ações corretas que são a evidência da obra do Espírito Santo. Quando Paulo impôs as mãos sobre esses cristãos efésios, eles foram batizados no Espírito Santo da mesma maneira que os discípulos no Pentecostes; e houve sinais exteriores visíveis da presença do Espírito Santo (eles falaram em línguas estranhas e profetizavam). O mesmo aconteceu quando o Espírito de Deus veio sobre os gentios” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p.1529).


CONCLUSÃO


No poder do Espírito, o apóstolo Paulo, além de realizar curas e milagres em nome de Jesus, levou a igreja em Éfeso a espalhar o Evangelho de Cristo. A luz desse exemplo, precisamos resgatar a simplicidade da fé cristã, buscando os sinais que demonstram o poder do Espírito Santo hoje.


Q U E S T I O N Á R I O 


1. O que movia o apóstolo Paulo e para quê? 

Era o poder do Espírito Santo que o movia de tal modo que o apóstolo não tinha outra missão, senão, pregar a Jesus, e este crucificado.


2. Quem acompanhou Paulo na primeira viagem missionária? 

Na primeira viagem, Paulo não estava só, mas acompanhado e assistido por Barnabé, que era um conselheiro competente.


3. Quem o acompanhou na segunda viagem missionária? 

Na segunda viagem missionária, o apóstolo e Barnabé voltaram a Antioquia porque a igreja dessa cidade havia crescido e se tornou o ponto de partida para visitar outras cidades.


4. É possível receber o Batismo no Espírito Santo antes de crer em Jesus? 

Ninguém recebe o batismo no Espírito Santo antes de crer em Cristo como Salvador.


5. Quais eram as fontes do ensino de Paulo sobre o Espírito Santo? 

As Escrituras e os Pentecostes.


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