14 janeiro 2022

A VERDADE NAS ESCRITURAS

(Comentário do 3⁰ tópico da lição 3: A inerrância da Bíblia)


Desde o início do período chamado Renascença, movimento cultural, intelectual e artístico que surgiu na Itália, entre os séculos XIV e XVII, e atingiu seu ápice no século XVI, teve início a mudança da forma de se ver o mundo. O nome Renascença era uma alusão ao retorno à cultura do império romano, antes do advento do Cristianismo. Passou-se da cosmovisão (forma de ver o mundo) teocêntrica (onde tudo é visto do ponto de vista de Deus), para uma cosmovisão antropocêntrica (onde o homem assume o papel central no universo). A partir desta visão, todos os valores absolutos passaram a ser questionados. 

Este pensamento deu origem à era chamada Idade Moderna e atualmente, na pós-modernidade, uma das principais características é a ideia da subjetividade, ou seja, nada é concreto e fixo. As coisas tidas como verdadeiras no passado são consideradas  apenas como mais uma, entre muitas hipóteses. Portanto, o conceito de verdade absoluta é rechaçado na atualidade. 

1. A Bíblia é a verdade plena. A palavra verdade no hebraico é “emeth”, que significa aquilo que é confiável e correto. Verdade, no grego é “aletheia” e significa aquilo que é real e fidedigno. A palavra grega “Aletheia” é formada de “a” (não) e “lethõ” (esquecer). Literalmente significa “não esquecido” ou “não oculto”, portanto, algo que é real. A palavra aplicada à Bíblia mostra não apenas a veracidade de Deus, mas também a Sua autenticidade. 

Deus é descrito na Bíblia como o Deus da Verdade: “Nas tuas mãos encomendo o meu espírito; tu me remiste, Senhor, Deus da verdade.” (Sl 31.5). Jesus, o Filho de Deus também se auto identifica como a Verdade: “Eu sou o caminho,e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14.6). Sendo Deus a própria Verdade, a Sua Palavra, evidentemente é a extensão desta Verdade, porque foi Deus quem a produziu: “A tua palavra é a verdade desde o princípio, e cada um dos teus juízos dura para sempre.” (Sl 119.160) O próprio Jesus, em sua oração pelos discípulos, diz que a Palavra de Deus é a Verdade: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” (Jo 17.17). Apesar de toda a negativa dos ideólogos pós-modernos, o fato é que a Bíblia Sagrada é a Verdade absoluta.

2. A verdade espiritual e moral. A Palavra de Deus revela à humanidade toda a verdade moral e espiritual que precisamos. A Bíblia representa um alto padrão de moralidade e espiritualidade. Nela estão expressos os princípios de Deus para serem aplicados em nossa vida. Se alguém deseja saber a opinião de Deus sobre qualquer coisa, deve se debruçar sobre as páginas das Escrituras. Os princípios divinos para a família, estado, relações humanas, relações de trabalho, etc. estão descritos na Palavra se Deus. Da mesma forma, a maneira do homem se relacionar com Deus está expressa na Bíblia. Muitas religiões querem se relacionar com o Criador à sua própria maneira, inventando doutrinas ou dando ouvidos a espíritos enganadores. 

As nações que pautaram as suas leis pelas Escrituras como os Estados Unidos, Dinamarca, Irlanda, Suíça e outros se tornaram nações prósperas. Entretanto, estas mesmas nações começaram a se afastar dos padrões de Deus e colhem os frutos amargos da desobediência. Por outro lado, nações que baniram as Escrituras do seu povo se tornaram ditaduras cruéis que levaram à fome, miséria, imoralidade e milhões de mortos, como China e União Soviética.

3. A verdade histórica e científica. A Bíblia não é um tratado de história ou de ciências. Mas, os relatos históricos e dados científicos que traz são absolutamente verdadeiros. A história e a arqueologia confirmam os relatos bíblicos com riqueza de detalhes. A verdadeira ciência não contradiz a Bíblia. A ciência está sempre mudando e sendo revisada, após novas descobertas. A Bíblia, no entanto, permanece para sempre. Onde os críticos dizem que há contradição entre a Bíblia e a ciência, é por causa da linguagem usada na Bíblia, como vimos anteriormente, que retrata muitas vezes o senso comum, para se fazer entender.


REFERÊNCIAS:


ANDRADE, Claudionor de. Teologia Sistemática Pentecostal. Editora CPAD. 2 Ed. 2008. págs. 24, 27,28. 

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.  

CHAFER, Lewwis Sperry. Teologia Sistemática. Vol I e II. Editora Hagnos. 1 Ed. 2003. pag. 75.    

HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Editora CPAD.    

WASHER, Paul David. O Único Deus Verdadeiro. Publicado por HeartCry Missionary Society. 4 Ed. 2011. pag. 78.    


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Pb. Weliano Pires



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