03 dezembro 2021

LIÇÃO 11: O ZELO DO APÓSTOLO PAULO PELA SÃ DOUTRINA

12 de Dezembro de 2021 (Dia da Bíblia)

TEXTO ÁUREO:

“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem. ” (1 Tm 4.16)    


VERDADE PRÁTICA:

"A igreja de Cristo é a única instituição divina na terra que preserva e defende a să doutrina diante dos enganos e males das heresias."


LEITURA DIÁRIA


Segunda – Hb 6.1.2 

Os princípios elementares da sã doutrina  

Terça – 1 Co 3.1-3 

Os males das facções na igreja  

Quarta – 2 10 9 

A desobediência à sã doutrina  

Quinta – 1 Co 5.1-13 

A disciplina na igreja  

Sexta – 1 Co 10.23-32 

Os limites da liberdade cristã  

Sábado – Mt 16.13-18 

O fundamento da Igreja    


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 Timóteo 6.3-6,11; 2 Timóteo 3.14-17


3- Se alguém ensina alguma outra doutrina e se não se conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com a doutrina que é segundo a piedade. 

4- é soberbo e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas,  

5- contendas de homens corruptos de entendimento e privados da verdade. cuidando que a piedade seja causa de ganho. Aparta-te dos tais.   

6- Mas é grande ganho a piedade com contentamento.   

11- Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.  


2 Timóteo 3   

14- Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido.  

15- E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.   

16- Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.   

17- para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.    


HINOS SUGERIDOS: 306, 322, 505 da Harpa Cristã.


OBJETIVO GERAL:

  • Asseverar o zelo pela Sã Doutrina.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

  • Conceituar e correlacionar ortodoxia e heterodoxia.  

  • Advertir a respeito da ameaça da corrupção doutrinária. 

  • Apresentar a Igreja como a guardiã da Sã Doutrina.    


INTERAGINDO COM O PROFESSOR

    

Em relação a Bíblia, a Palavra de Deus, cremos na sua inerência, infalibilidade e suficiência para toda a regra de fé e prática. Para nós, zelar pela sã doutrina que se encontra nas Escrituras Sagradas é inegociável. Em tempos de ventos de doutrinas, torna-se urgente, a partir da vida e ministério do apóstolo Paulo, reafirmar o nosso compromisso com a Sã Doutrina exposada na Bíblia, a Palavra de Deus. Busquemos honrar a Bíblia e, ao mesmo tempo, ter a coragem de afirmar e reafirmar as gloriosas e antigas doutrinas das Sagradas Escrituras. Essas doutrinas edificam e sustentam a igreja de Cristo ao longo dos tempos.    


PONTO CENTRAL: É preciso zelar pela Sã Doutrina.


COMENTÁRIO 


INTRODUÇÃO


Qual o fim do mandamento? Por que devemos zelar pela sã doutrina? Qual o ponto de equilíbrio da estudaremos nesta lição responderá essas questões que se mostram importantes para a nossa caminhada na vida cristã. Que o Espírito Santo o enriqueça na graça e no conhecimento.    


I. ORTODOXIA VERSUS HETERODOXIA


1.   Dois termos técnicos importantes. Ortodoxia e heterodoxia são dois termos técnicos necessários à Teologia para compreender a distinção entre ensino correto e desvios quanto à doutrina bíblica. Esses termos nos ajudam a compreender a preocupação de Paulo com a invasão de heresias nas igrejas locais.    

2.   Conceito de ortodoxia. Na língua grega do Novo Testamento, a palavra tem como prefixo orthos e significa “o que é direito, reto, certo” (1 Tm 4.1,2). Então, a definição técnica para a palavra “ortodoxia” diz respeito à “absoluta conformidade com um princípio ou doutrina”. Na Teologia Cristã, o termo refere-se ao modelo bíblico das “sãs palavras” (2 Tm 1.13). Logo, a Doutrina é Cristã é ortodoxa enquanto for coerente com o que Cristo e os apóstolos ensinaram.    

3.   Conceito de heterodoxia. O prefixo da palavra heteros significa “diverso”. Assim, heterodoxia nos remete à “opinião diferente; oposição aos padrões, normas ou dogmas estabelecidos”. Se a ortodoxia tem um só parecer, a heterodoxia implica várias opiniões a respeito de um mesmo objeto. Para o apóstolo Paulo, a Igreja deve manter a unidade doutrinária da fé e combater com veemência as “doutrinas de demônios” (1 Tm 4.1). A Igreja deve ser, portanto, ortodoxa. Sua advertência é um antidoto para nós nos dias de hoje. Devemos, pois, fortalecer a unidade doutrinária em nossas igrejas.  

  

SÍNTESE DO TÓPICO I

Com ortodoxia nos referimos à Doutrina Cristã enquanto for coerente com o que Cristo e os apóstolos ensinaram. Com heterodoxia, tudo o que for diferente disso.


SUBSÍDIO PEDAGÓGICO


Atente para as seguintes palavras de estudiosos pentecostais, “Reconhecemos também que somente a Bíblia, por ser a Palavra de Deus, tem a resposta definitiva. Todas as palavras meramente humanas são, na melhor das hipóteses. meros ensaios, e só são verdadeiras à medida que se harmonizam com a revelação da Bíblia” (Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, CPAD, p.44). Com base neste texto, procure saber como seus alunos consideram a Bíblia. Para eles, a Bíblia tem a resposta definitiva? Discuta com eles a respeito das produções literárias humanas e a preciso pontuar o papel da Bíblia como o livro de valores e princípios atemporais e eternos. Por isso ela está acima de toda produção literária humana.    


II – A AMEAÇA DE CORRUPÇÃO DOUTRINÁRIA


1. A advertência do apóstolo. Em 1 Timóteo, Paulo adverte acerca de “alguns que não ensinem outra doutrina” (1.3 - grifo nosso). Aqui a palavra para “outra” é heteros, diverso. Por isso, Paulo se refere a “outra doutrina” como a que nada tinha a ver com a genuína doutrina de Cristo. Esse zelo para preservar a “sã doutrina” trazia um contexto de homens sem escrúpulos que não respeitavam os ensinos apostólicos. O apóstolo os identifica como “lobos cruéis” vestidos de ovelhas que investiam contra o rebanho de Deus, não o perdoando (At 20.29.30).  

2. Quais eram os problemas de ordem doutrinária? As igrejas plantadas por Paulo e outros apóstolos, no primeiro século, sofreram com a infiltração de conceitos filosóficos pagãos e judaizantes na interpretação da doutrina apostólica. Nas igrejas como a de Corinto ou Éfeso, havia os que afirmavam crer no Evangelho, mas não renunciavam os costumes pagãos. Outros traziam uma bagagem religiosa do legalismo judaico, aliada ao gnosticismo (1 Co 1.12). É lamentável que, hoje, haja os que defendem a banalização da graça de Deus para, em nome dela, viverem em licenciosidade; e os judaizantes que confundem a liturgia crista com a judaica, bem como a moral cristã com o legalismo judaico. A Igreja de Cristo pertence a um novo tempo e deve obedecer ao ensino do Novo Testamento.    

3. Fábulas e genealogias intermináveis (1 Tm 1.4). No tempo de Paulo, havia os mestres falsos que propagavam fábulas e lendas da vida judaica como “culto aos anjos” (Cl 2.18). Além de não possuírem conteúdo concreto, eles torciam o sentido da verdade apostólica. O apóstolo advertiu a Igreja quanto a essas coisas e as refutou com veemência (1 Tm 1.3,4). Aqui, aprendemos que não podemos perder tempo com que relas infrutíferas. O conhecimento das Escrituras não é para ostentar vaidade pessoal ou capacidade do intelecto, mas para nos fazer caminhar com o coração puro, uma boa consciência e uma fé não fingida (1 Tm 1.5).  


SÍNTESE DO TÓPICO II

Paulo sempre admoestou a igreja quanto às ameaças de corrupção doutrinária.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO


O termo “fábulas" ou ‘mitos (mythos) poderia incluir narrações alegóricas, lendas ou ficção, ou seja, doutrinas espúrias em contraste com a verdade do Evangelho. Esta palavra era frequentemente usada em um sentido pejorativo, denotando deste modo histórias falsas e tolas. A composição de histórias míticas baseadas no Antigo Testamento agradou aos judeus daquele período […] Os mitos eram também uma parte integrante do ensino dos gnósticos, que tinham, por exemplo, versões alternativas da história da criação” 

(Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento: Romanos-Apocalipse. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp.641-42).    


III – A IGREJA COMO GUARDIÃ DA SÃ DOUTRINA

   

1. A Igreja é “coluna e firmeza da verdade”. Em Timóteo, o apóstolo declarou que a Igreja sustenta a verdade (1 Tm 3.15). Por conseguinte, diante das falsas crenças, a Igreja é coluna e firmeza da sã doutrina. Ela é a demonstração viva e santa da verdade revelada nas Escrituras. Por isso, a Igreja mantém e defende a sã doutrina contra todo o erro, oposição intelectual, filosófica e religiosa dos falsos mestres. Não podemos descuidar desse nosso papel.    

2. O objetivo do zelo pela sã doutrina. Qual seria o objetivo de zelar pela sã doutrina? Preservar o amor de um coração puro e de uma fé não fingida (1 Tm 1.5). A finalidade da defesa da doutrina é o amor como prática sincera da fé em Cristo. O falso ensino e os falsos mestres geram contenda, dissensões e gangrenas na comunhão. Logo, não há cristianismo ortodoxo sem a prática do amor de um coração puro e de uma fé não fingida.    

3. A primazia do amor. O fim do mandamento é o amor (1 Tm 1.5). Em 1 Timóteo, o amor aparece como um freio, um instrumento de equilíbrio no combate às falsas doutrinas. Na epístola paulina, o combate nunca é contra pessoas, mas contra as ideias que elas representam. O zelo do apóstolo se dá justamente para impedir que o "espírito" dos falsos mestres se infiltrasse na Igreja. Nesse caso, o amor como fim do mandamento é o antídoto perfeito. Ora, o “amor de um coração puro” é um amor que procede de dentro para fora, não se tratando de mero sentimento. Nesse amor, o coração é santificado pelo Espírito Santo, gerando uma pureza interior; pois um coração sujo pelo pecado não pode agir amorosamente. Já um coração limpo diante de Deus recebe e vê as coisas espirituais com transparência. No amor não há lugar para imparcialidade, pois se cultiva uma “boa consciência”; nem lugar para a simulação, fingimento e hipocrisia, pois se cultiva uma “fé não fingida” (1 Tm 1.5).    


SÍNTESE DO TÓPICO III

Como “coluna e firmeza da verdade”, a Igreja é a guardiã da Sã Doutrina


SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“A menção da ‘verdade’ no verso 15 estimula o apóstolo a uma exclamação: ‘E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade’. ‘A expressão traduzida como ‘sem dúvida alguma (do grego, homologoumenos) significa por consentimento mútuo, e expressa a convicção unânime dos cristãos (Kelly, 1963, 88). O que se segue é uma recitação do ‘mistério” (isto é, da verdade revelada) da ‘piedade’ (o conteúdo ou base do cristianismo, isto é, nossa fé). Uma das características mais interessantes das Pastorais é a citação frequente de resumos de adoração contemporânea. Esta nos dá uma noção muito mais rica de como era a adoração neste primeiro período que nós, de outra forma, não teríamos conhecido (Hanson, 1982,45)” 

(Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento: Romanos-Apocalipse. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.662).  


CONCLUSÃO

  

A Bíblia, a Palavra de Deus, é a fonte genuína para a doutrina cristã. Por isso, precisamos ser dedicados estudantes das Sagradas Escrituras a fim de que zelemos pela sã doutrina. Levemos em conta que a finalidade dela é o amor para, em Cristo, vivermos com um coração puro e uma fé não fingida. A exemplo de Paulo, somos chamados para zelar pelo ensino de Cristo a fim de edificar a Igreja do Senhor.    


Q U E S T I O N Á R I O  


1. Qual é o conceito de ortodoxia?

A definição técnica para a palavra “ortodoxia” diz respeito à “absoluta conformidade com um princípio ou doutrina”.  


2. Qual é o conceito de heterodoxia?

Heterodoxia nos remete à “opinião diferente; oposição aos padrões, normas ou dogmas estabelecidos”.  


3. A que contexto se refere o zelo de Paulo para preservar a “Sã Doutrina”?

Paulo se refere a “outra doutrina” como a que nada tinha a ver com a genuína doutrina de Cristo.  


4. O que Paulo declarou a respeito da Igreja?

Em Timóteo, o apóstolo declarou que a Igreja sustenta a verdade (1 Tm 3.15).  


5. Qual é o fim do mandamento?

O fim do mandamento é o amor (1 Tm 1.5).  


  

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