O cativeiro babilônico foi o capítulo mais triste da história do Reino do Sul. A cidade de Jerusalém foi cercada e destruída pelo poderoso exército de Nabucodonosor, rei da Babilônia e o seu povo foi levado prisioneiro, ficando apenas alguns idosos, deficientes e miseráveis.
Na verdade, aconteceram três invasões babilônicas no Reino de Judá. A primeira delas foi em 605 a.C., quando Jeoaquim foi deposto (2 Rs 24.1-24; 2 Cr 36.5-7). Foi nessa invasão que Daniel e os seus companheiros, Hananias, Misael e Azarias foram levados cativos para a Babilônia. A segunda invasão aconteceu em 597 a.C. Nesta ocasião, o rei Joaquim foi deposto e levado para a Babilônia (2 Rs 24.10-14). A terceira e última invasão ocorreu em 586 a.C. durante o reinado de Zedequias, culminando na destruição total da cidade.
1. A destruição da Cidade Santa e do Templo. A cidade Jerusalém já estava fragilizada, pois, desde o reinado de Manassés vinha sofrendo investidas dos egípcios, dos assírios e dos babilônios. Nesta última invasão, Jerusalém foi cercada pelo exército da Babilônia por dezoito meses. Ninguém podia entrar ou sair da cidade. Os alimentos e animais que haviam foram totalmente consumidos e a cidade sucumbiu em extrema pobreza e miséria. Finalmente, o exército da Babilônia abriu uma brecha no muro, invadiu a cidade e destruiu tudo, inclusive o templo, que foi totalmente saqueado e em seguida queimado.
A cidade de Jerusalém, que havia sido imponente e gloriosa nos dias de Salomão, agora achava-se totalmente destruída e o seu povo foi levado para o cativeiro. O Templo do Senhor, construído com muito esplendor por Salomão, onde a Glória de Deus se manifestara, foi queimado e reduzido a escombros.
Este é o trágico fim daqueles que, mesmo sendo o povo de Deus, se entregaram a todo tipo de pecado. Mesmo sendo constantemente alertados pelos profetas, não lhes deram ouvidos.
2. A matança, o cativeiro, a peste e a pobreza. No Livro de Lamentações, o profeta Jeremias descreveu os horrores que presenciou nesta invasão. Mas, não deixou de lembrar da fidelidade de Deus e trazer uma mensagem de esperança ao povo desolado.
Em linguagem poética, Jeremias escreveu as suas lamentações, relatando o terrível sofrimento do povo que ficou em Jerusalém. Ele relatou que "os que morreram à espada foram mais ditosos, do que morreram de fome, pois estes morreram lentamente." As mães cozinhavam os próprios filhos para comerem; as pessoas vagavam como cegos, pelas ruas destruídas, sobre corpos empilhados.
Todo cenário pós guerra é desolador, mas, o de Jerusalém foi um dos piores, pois, a crueldade daquela época não tinha limites. Não havia a convenção de Genebra e as leis de guerra como hoje. Os invasores não tinham limites.
3. A esperança profetizada. Em suas lamentações, Jeremias descreveu todo o cenário horripilante que ele viu e lamentou, profundamente, o que acontecera ao seu povo. Jeremias fez questão de lembrar que a culpa de tudo aquilo era do próprio povo, que havia se afastado de Deus e não dera ouvidos aos profetas.
Entretanto, Jeremias destacou que as misericórdias do Senhor não tem fim, são novas a cada manhã e são a causa de não sermos consumidos (Lm 3.22,23). Depois, ele profetizou o fim do cativeiro, trazendo esperança àquele povo que atravessava os horrores da destruição da cidade: "Ó cidade de Sião, o seu castigo terminará; o Senhor não prolongará o seu exílio." (Lm 4.22).
Por último, no capítulo 5, o profeta faz uma oração de arrependimento, confissão de pecados e súplicas ao Senhor pela libertação do seu povo.
Nós, os cristãos, também sofremos aflições, tribulações e perseguições neste mundo de horror. Mas, a nossa esperança está em Jesus Cristo, nosso Senhor, que em breve virá nos buscar e todo sofrimento cessará.
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Pb. Weliano Pires
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