22 maio 2023

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 09: UMA FAMÍLIA NADA PERFEITA



Ev. WELIANO PIRES

REVISÃO DA LIÇÃO 08: A IMPORTÂNCIA DA PATERNIDADE NA VIDA DOS FILHOS


Na lição passada estudamos sobre a importância da paternidade na vida dos filhos, tomando como exemplo a história das famílias de dois sacerdotes: Eli e Samuel. Os dois eram tementes a Deus, mas os seus filhos eram ímpios. Nos dois casos, os pais falharam na educação e correção dos filhos. 


Falamos do papel dos pais na primeira família: Adão e Eva e os seus filhos, onde o pai era o líder do lar, responsável pela provisão do alimento e segurança. A esposa, como ajudadora do esposo, era a responsável por cuidar da casa e dos filhos. Depois, falamos sobre a falta de autoridade no lar, usando como exemplo os sacerdotes Eli e Samuel, que exerciam autoridade sobre todo o Israel, mas não exerceram autoridade em suas próprias casas. Tratamos também dos problemas advindos de uma paternidade ausente, na formação moral e espiritual dos filhos.

 

Vimos dois tipos de paternidades extremistas: a autoritária e a permissiva. São dois extremos, que são prejudiciais ao bem estar da família. A paternidade autoritária apenas impõe regras sem considerar os sentimentos, a vontade e a memória dos filhos. A paternidade permissiva, que ignora os princípios bíblicos e deixa os filhos decidirem o que querem. Como exemplo de paternidade permissiva e negligente, falamos do caso de Eli, que era sumo sacerdote, e os filhos eram filhos de belial e profanos. 


Por último, falamos dos fracassos de dois pais que foram negligentes na criação dos filhos: Eli e Samuel. Ambos, foram líderes importantes de Israel, mas foram omissos na disciplina e repreensão dos filhos e se isentaram da responsabilidade para com os próprios filhos. Eli tinha 40 anos de sacerdócio e os seus dois filhos não conheciam o Senhor. Samuel não percebeu que os seus filhos corrompiam a justiça, agindo com ganância e recebendo suborno. Falamos também das relações do líder de uma Igreja com os seus filhos. Não se pode admitir tratamento inadequado a eles, seja para corrigi-los ou beneficiá-los. 


LIÇÃO 09: UMA FAMÍLIA NADA PERFEITA


Nesta lição estudaremos sobre uma família nada perfeita. Se ficássemos somente no título, não saberíamos dizer a qual família o comentarista se refere, pois não existe família perfeita. Todos nós, sem exceção, somos imperfeitos e, por conseguinte, a nossa família também o é. Quando buscamos no dicionário o significado de perfeição, encontramos logo na primeira definição: “Condição ou estado do que não apresenta falhas, incorreções ou defeitos; qualidade do que é perfeito” (Dicionário Priberam). Evidentemente, nenhum de nós possui este perfil. 


Como exemplo de uma família nada perfeita, falaremos da família do rei Davi. Não obstante, tenha sido considerado pelo próprio Deus como “um homem segundo o coração de Deus” (At 13.22), o grande salmista de Israel e tenha sido um rei muito amado pelo seu povo, Davi foi um desastre como pai e como esposo. A família de Davi era numerosa e cheia de problemas, que eram consequências das suas escolhas equivocadas. Davi teve várias esposas e concubinas e mais de 20 filhos. Evidentemente, não seria fácil administrar uma família com este perfil.

 

No primeiro tópico, falaremos sobre o rei Davi e a sua família. Inicialmente, falaremos de Davi, como o ungido de Deus para reinar sobre Israel, no final do desastroso reinado de Saul, que Deus havia rejeitado. Na sequência, veremos que Davi era também um homem de Deus, capacitado pelo Espírito de Deus para reinar sobre todo o Israel. Como rei, Davi unificou a todo o Israel, depois da morte de Saul e foi bem sucedido. Por último, falaremos da grande família de Davi, que teve várias esposas e concubinas, que lhe deram mais de 20 filhos. Este ambiente com várias mulheres, filhos e filhas de mulheres diferentes, aliado ao descaso de Davi para com os filhos, trouxeram problemas gravíssimos para a família. 


No segundo tópico, falaremos sobre os filhos e parentes na casa de Davi, envolvidos no episódio do incesto e estupro ocorrido na casa de Davi e asssassinato subsequente. Falaremos sobre Tamar, Absalão e Amnom, filhos de Davi e sobre Jonadabe, sobrinho de Davi, que foi o mau conselheiro de Amnom. Amnom, o filho primogênito de Davi, foi tomado por um desejo incestuoso pela sua meio irmã Tamar. Jonadabe, filho de Siméia, irmão de Davi, era um conselheiro do mal e aconselhou Amnom a fingir que estava doente e pedir que a sua irmã viesse cuidar dele. Quando ela atendeu ao pedido, Amnom a estuprou e em seguida a desprezou. Absalão, que era irmão de Tamar por parte de pai e mãe, tomado pelo ódio acabou matando o seu meio-irmão Amnom, para vingar a honra da irmã. 


No terceiro tópico, falaremos sobre os problemas morais na família de Davi. Falaremos sobre a falta de domínio próprio de Davi, no caso do adultério com Batseba e o assassinato de Urias. Esta atitude imoral e covarde de Davi, acabou reproduzindo em seus filhos esse tipo de comportamento. Em seguida, falaremos sobre o Incesto e morte na família de Davi. Amnom, estuprou a sua irmã Tamar e, como não foi punido por Davi, acabou sendo morto pelo seu irmão Absalão. Por último, falaremos sobre a importância da vigilância, da proximidade e do exemplo na família. Nenhum de nós está livre de se deparar com problemas entre os filhos, por isso, é importante estar atento e acompanhar de perto, principalmente dando o exemplo de integridade. 


REFERÊNCIAS: 

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em família: Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pág. 154-164..

SWINDOLL. CHARLES R. Davi, Um homem Segundo o Coração de Deus. Editora Mundo Cristão. 5ª Ed. pág. 224-225.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pág. 1182.

CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 6. 11 ed. 2013. pag. 317-318.

RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 191- 92).

19 maio 2023

O FRACASSO DE DOIS PAIS RELAPSOS COM OS FILHOS


(Comentário do 3º tópico da Lição 08: A importância da paternidade na vida dos filhos)

Ev. WELIANO PIRES


No terceiro tópico, falaremos sobre os fracassos de dois pais que foram negligentes na criação dos filhos: Eli e Samuel. Ambos, foram líderes importantes de Israel, mas foram omissos na disciplina e repreensão dos filhos e se isentaram da responsabilidade para com os próprios filhos. Eli tinha 40 anos de sacerdócio e os seus dois filhos não conheciam o Senhor. Samuel, por sua vez, sequer percebeu que os seus filhos corrompiam a justiça, agindo com ganância e recebendo suborno. Quando o povo os rejeitou como juízes, Samuel em vez de repreender os filhos, sentiu-se rejeitado pelo povo. Por último, falaremos sobre as relações do líder de uma Igreja com os seus filhos. Não se pode admitir tratamento inadequado a eles, seja para corrigi-los ou para beneficiá-los.


1. Omissos para com os filhos. Conforme falamos no tópico anterior, Eli foi sumo sacerdote e juiz em Israel por 40 anos. Samuel foi criado por Eli no Tabernáculo e se tornou sacerdote, profeta e juiz de Israel, muito respeitado. Entretanto, os dois foram omissos para com os filhos, que se tornaram ímpios nas funções que ocuparam em Israel.

Sobre os dois filhos de Eli, a Bíblia diz: “Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial” (1 Sm 2.12). A palavra “belial” no hebraico não tem um significado muito claro. O prefixo “bel” e o seu sufixo “ya’al” podem significar “sem proveito, imprestável, inútil” e era exatamente isso que eram os filhos de Eli, Hofni e Finéias, pois, não respeitavam as dependências do Tabernáculo e profanavam as coisas santas. O Senhor repreendeu a Eli por causa disso, mas ele não tomou providências. 

Os filhos de Eli levaram a Arca da Aliança para a guerra contra os filisteus e nesta batalha, os dois foram mortos. A Arca foi levada pelos filisteus para a terra deles e passou 20 anos lá. Com a notícia da morte dos dois filhos de Eli, a sua nora que estava grávida, entrou em trabalho de parto e morreu. Quando soube das notícias trágicas, Eli caiu da cadeira, quebrou o pescoço e morreu. Este é o resultado de líderes do povo de Deus que são omissos e tolerantes com os erros dos seus filhos, honrando-os mais do que a Deus.

O profeta Samuel foi um milagre de Deus desde a sua concepção. Ana, a sua mãe, era uma mulher piedosa, porém, era estéril e vivia sendo humilhada por sua rival Penina, a outra esposa do seu marido, por não ter filhos (1 Sm 1.1-6). Ana, então, resolveu ir ao santuário em Siló, orar e pedir um filho ao Senhor. Em sua oração, Ana fez um voto ao Senhor, dizendo que se Ele lhe concedesse um filho, ela o daria ao Senhor, por todos os dias da sua vida (1 Sm 1.9-11). O Senhor ouviu a sua oração e lhe concedeu Samuel. Ana cumpriu o seu voto e entregou o menino para ser criado na Casa de Deus pelo sumo sacerdote Eli (1 Sm 1.20-28).

Samuel cresceu junto com Eli e os seus filhos. Ainda adolescente, Deus o chamou de noite e lhe entregou palavras contendo a dura sentença da casa de Eli (1 Sm 3.10-14). Samuel cresceu e se tornou profeta, sacerdote e juiz, muito respeitado em todo o Israel. Foi ele que ungiu os dois primeiros reis de Israel, Saul e Davi, e fez a  transição do período dos juízes para a monarquia em Israel (1 Sm 10.1; 16.13). Nenhuma das suas palavras caiu por terra (1 Sm 3.19).

Entretanto, apesar de ser um homem de Deus, honrado e extremamente dedicado às coisas de Deus, Samuel também foi omisso em relação à própria família. Quem lê os primeiros sete do primeiro Livro de Samuel, que mostra a sua vida e os seus feitos desde o nascimento até a velhice, não imagina que ele era casado, pois não há nenhum relato sobre a sua esposa e filhos. Somente no capítulo 8, há a primeira menção aos seus filhos, na sua velhice, dizendo que Samuel envelheceu e constituiu os seus filhos como juízes, mas eles "...não andaram pelos caminhos dele, antes se inclinaram à avareza, e aceitaram suborno, e perverteram o direito." (1 Sm 8.3). Samuel soube através do povo, que os seus filhos não andavam como ele e que eram corruptos e avarentos. Em vez de repreender os filhos ou destituí-los do cargo de juiz, ele sentiu-se rejeitado pelo povo, por terem pedido um rei. 


2. A isenção de responsabilidade de Eli e Samuel para com seus filhos. Eli e Samuel eram sacerdotes e juízes. Pelos relatos bíblicos podemos concluir que ambos exerceram os seus ofícios sem que nada desabonasse a conduta deles como ministros do Tabernáculo, ou como juízes. Não consta nos textos bíblicos que eles profanaram o santuário ou que tenham cometido injustiças, na função de juiz. Entretanto, conforme falamos acima, os dois foram omissos em relação à criação dos filhos e os filhos de ambos eram ímpios, não por terem sido rebeldes em não seguir a orientação dos pais, como fez Sansão, mas porque os pais foram omissos e não os repreenderam. 

O problema, tanto de Eli como de Samuel, parece ter sido o de muitos pastores na atualidade: colocar o ministério acima da própria família, na lista de prioridades. Isso é um erro, pois o apóstolo Paulo disse que "... se alguém não cuida da própria casa, terá cuidado da casa de Deus?" (1Tm 3.5). O primeiro rebanho de um pastor deve ser a própria família. Paulo diz também a Timóteo: “Se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel.” (1Tm 5.8). Portanto, de nada adianta o obreiro ter um ministério bem sucedido para os de fora, se a própria família estiver destruída.


3. Tratamento inadequado. Se por um lado, a omissão dos líderes eclesiásticos em relação aos seus filhos é um grave problema para a família e para a Igreja, por outro lado, o rigor e exigência diferenciados para com os filhos do pastor, também são prejudiciais.  Muitas Igrejas exigem um comportamento diferenciado da família do pastor, como se fossem superiores aos demais membros da Igreja. 

Em muitas Igrejas, os filhos de pastores são submetidos a cobranças e punições rigorosas, sendo ainda crianças e adolescentes, para "dar o exemplo" à Igreja. Isso acaba fazendo com que eles cresçam revoltados e, na idade adulta, se afastem da Igreja ou não queiram saber de serem obreiros. 

Os pastores devem ser bons pais, como qualquer cristão, criando os seus filhos com amor, dedicação e ensino da Palavra de Deus. Se errarem deve repreendê-los e corrigi-los como todo pai cristão. mas não para mostrar à Igreja que tem autoridade. Na Igreja, eles devem receber o mesmo tratamento dos demais membros. Não podem ser punidos ou beneficiados de forma diferenciada por serem filhos do pastor. 

 

REFERÊNCIAS: 

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em família: Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pág. 145-148.

MACARTHUR, John. Pais sábios, Filhos brilhantes. Editora Thomas Nelson Brasil. 1 Ed. 2014.

LOPES, Hernandes Dias. EFÉSIOS: Igreja, A Noiva Gloriosa de Cristo. Editora Hagnos. pag. 164-167.

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.368.

LOPES. Hernandes Dias. 1 Timóteo: O Pastor, sua vida e sua obra. Editora Hagnos. pág. 118-119.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. 2a Impressão: 2010. Vol. 2. pag. 504.

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD. 4 Ed 2006. pág. 1260-1261.

BARCLAY, William. Comentário Bíblico: Efésios. pag.128-130.


17 maio 2023

TIPOS DE PATERNIDADE EXTREMISTA

Os prós e contras de ser um pai permissivo - A Mente é Maravilhosa

(Comentário do 2º tópico da Lição 08: A importância da paternidade na vida dos filhos)

 

Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico, falaremos sobre dois tipos de paternidades extremistas: a paternidade autoritária, que apenas impõe regras sem considerar os sentimentos, vontade e memória dos filhos; e a paternidade permissiva, que ignora os princípios bíblicos e deixa os filhos decidirem o que querem. Estes dois extremos são prejudiciais ao bem estar da família e devem ser evitados. Como exemplo de paternidade permissiva e negligente, falaremos do caso de Eli, que era sumo sacerdote, e os filhos eram filhos de belial e profanos.

 

1. A paternidade autoritária. Conforme falamos no tópico anterior, muitas pessoas confundem autoridade com autoritarismo. Os pais antigamente tinham esta concepção. Escrevendo aos Efésios, no capítulo 6, nos versículos 1 a 3, o apóstolo Paulo faz a seguinte recomendação aos filhos: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra. Este mandamento é uma reafirmação do quinto mandamento do decálogo, que manda honrar pai e mãe. Muitos pais gostam deste mandamento e o usam frequentemente para exigir a obediência dos filhos. Entretanto, não atentam para a continuidade do texto, onde o apóstolo diz: “E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.” (Ef 6.4). 

 

No contexto em que Paulo escreveu estas orientações a pais e filhos, o pai detinha poder absoluto sobre os filhos e podia não apenas castigá-los, mas também vendê-los, escravizá-los, abandoná-los e até matá-los. Sobre isso, Bruna Menezes das Neves diz em sua monografia do curso de direito, apresentada na Universidade Federal de Santa Catarina: 

 

“No direito romano, o chefe da família era considerado o ascendente masculino mais antigo em vida, chamado de 'pater familias'. Ele detinha o poder sobre o patrimônio familiar, os cultos religiosos e sobre cada integrante da família, entre os quais os filhos. Sobre estes, inclusive, detinha o 'ius vendendi', direito de vender os filhos, e o ‘ius vitae ac necis', direito de relegar o filho à morte, entre outros atributos a serem estudados no presente trabalho.”

 

Legalmente, o pai poderia impor a sua vontade aos filhos e demais integrantes da família, de forma unilateral, usando meios violentos para castigá-los e até executá-los, se achasse que era necessário. A paternidade autoritária impõe as suas ordens, muitas delas absurdas, sem considerar que os filhos têm sentimentos, vontades, inteligência e são seres humanos. Exigem que as suas ordens sejam cumpridas, sem nenhum questionamento e sem nenhuma explicação, sob pena de sofrerem castigos severos. Os filhos, enquanto pequenos, podem até cumprir estas ordens por medo e pavor, mas crescem revoltados e podem também se tornarem violentos. 

 

Para o cristão, não é este modelo de paternidade que a Bíblia recomenda. A ordem para os filhos obedecerem aos pais vem acompanhada da ordem para os pais não provocarem a ira dos filhos e os criarem na doutrina e admoestação do Senhor. Paulo dá aqui duas recomendações importantes aos pais, para uma paternidade segundo o padrão de Deus: 

a. Não provocar a ira dos filhos. Isto significa não irritá-los com ordens absurdas, tratamento desumano, injustiças e outras atitudes que possam desanimá-los e induzi-los à desobediência e rebeldia. William Hendriksen cita seis atitudes dos pais, que provocam ira nos filhos: 1) excesso de proteção; 2) favoritismo; 3) desestímulo; 4) não reconhecimento do crescimento do filho e direito de ter as próprias ideias; 5) negligência; e 6) palavras ásperas e crueldade física.

b. Criá-los na doutrina e admoestação do Senhor. A palavra “criar” neste texto significa sustentar com ternura, amor, cuidado e proteção. Isso está relacionado ao desenvolvimento do caráter. A recomendação do apóstolo Paulo, portanto, é para os pais treinarem e ensinarem os filhos de acordo com o ensino (doutrina) e conselho (admoestação) do Senhor. Ou seja, as ordens e ensinos dos pais cristãos precisam seguir os padrões de Deus. 


2. A paternidade permissiva. No outro extremo da paternidade autoritária está a paternidade permissiva. Se por um lado, a paternidade autoritária impõe as suas ordens aos filhos, sem considerar que eles também têm sentimentos, vontade e inteligência, por outro lado, a paternidade permissiva não impõe limite algum e deixa que os filhos decidam tudo. 

 

Se no passado os pais eram autoritários, intransigentes e extremamente agressivos com os filhos, na atualidade os pais não corrigem os filhos quando erram e deixam fazer tudo o que querem. A impunidade é parceira da delinquência. Onde não há limites estabelecidos e sanções para os infratores, eles se sentem estimulados a continuar infringindo as regras e a não respeitar ninguém. 

 

Os filhos precisam de orientação, regras e limites, principalmente, quando estão em formação, pois, eles não têm discernimento nem responsabilidade para decidirem o que é melhor para eles. Impor limites aos filhos é também uma forma de proteção. Se deixarmos os nossos filhos escolherem o que querem comer e quando comer, eles sempre irão preferir doces e chocolates, em vez de refeições balanceadas nos horários corretos. Se ficar a cargo deles ir à escola ou não, irão crescer analfabetos, pois irão preferir continuar dormindo ou jogando no celular. O mesmo acontece no âmbito espiritual. Precisamos ensinar a Palavra de Deus aos nossos filhos e não podemos deixar que eles decidam se querem ir à Igreja ou não, enquanto são pequenos.  


3. Eli criou filhos que se tornaram profanos. Temos poucas informações sobre a origem do sumo sacerdote Eli e como ele chegou a este cargo tão importante em Israel. Eli aparece pela primeira vez nas Escrituras, quando Ana, a mãe de Samuel, orava a Deus pedindo-lhe um filho em voz baixa e ele a teve por embriagada. Depois que ela contou o que estava fazendo, ele a abençoou. 

 

Sabemos que Eli foi juiz de todo o Israel e o primeiro sumo sacerdote em Siló. Sabemos também que ele era descendente de Itamar, filho de Arão e o primeiro sumo sacerdote dos filhos de Itamar. O cargo de sumo sacerdote era hereditário e, portanto, deveria ser exercido pelo filho mais velho de Arão, após a sua morte. Nadabe e Abiú, os dois filhos mais velhos de Arão, foram mortos após queimarem incenso sem autorização. O cargo, então, passou para Eleazar, que era o próximo filho de Arão. Depois de Eleazar, o sumo sacerdote passou a ser o seu filho Finéias. 

 

No tempo dos juízes, os filhos de Israel caíram na idolatria e na anarquia e cada um fazia o que achava correto, como vimos em lições anteriores. Foi durante este período, que Eli se tornou o sumo sacerdote e na temos informações bíblicas sobre a mudança do sumo sacerdote para a descendência de Itamar. Depois, nos dias de Salomão, cumprindo-se a profecia que Deus falou através de Samuel, o sumo sacerdote voltou para a família de Eleazar (1 Rs 2.35). 

 

Eli tornou-se sacerdote aos 58 anos de idade e passou quarenta anos como juiz e sacerdote em todo Israel (1 Sm 4.8). Isso demonstra que ter sido um bom juiz. Entretanto, ele foi omisso e tolerante com os gravíssimos pecados dos seus filhos e, por isso, o seu final foi trágico. Os seus dois filhos, Hofni e Finéias exerciam o sacerdócio durante a velhice do pai, de forma profana, imoral e abusiva. Eles se prostituíam com um bando de mulheres nas dependências do santuário em Siló. Desprezavam as ofertas ao Senhor e praticamente tomavam a carne do povo sem queimar a gordura, como ordenava a Lei. 

 

REFERÊNCIAS: 

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em família: Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pág. 144-145.
Monografia de Bruna Medeiros das Neves, apresentada ao Curso de Graduação em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina.
Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD. 4 Ed 2006. pág. 1261-1262.
LOPES, Hernandes Dias. EFÉSIOS: Igreja, A Noiva Gloriosa de Cristo. Editora Hagnos. pág. 164-167.
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.368.

16 maio 2023

A PATERNIDADE DENTRO DA FAMÍLIA

Imagem: escola-dominical.com

(Comentário do primeiro tópico da Lição 08: A importância da paternidade na vida dos filhos)

Ev. WELIANO PIRES


No primeiro tópico, falaremos sobre a paternidade dentro da família. Inicialmente falaremos do papel dos pais na primeira família: Adão e Eva e os seus filhos. O pai era o líder do lar, responsável pela provisão do alimento e segurança. A esposa, como ajudadora do esposo, era responsável por cuidar da casa e dos filhos. Depois, falaremos sobre a falta de autoridade no lar, usando como exemplo os sacerdotes Eli e Samuel, que exerciam autoridade sobre todo o Israel, mas não exerceram autoridade em suas próprias casas. Por último, falaremos dos problemas advindos de uma paternidade ausente, na formação moral e espiritual dos filhos. 


1. A primeira família. A família é uma instituição divina, pois foi criada por Deus. Depois de criar o primeiro homem, Deus disse que não seria bom o homem viver só e decidiu criar a mulher para ser a sua companheira. O Criador criou o primeiro casal, uniu-os e ordenou que se multiplicassem e povoassem a terra. (Gn 1.26-28). 

Quando dizemos que Deus criou a família, estamos dizendo que Ele idealizou e projetou a família e não apenas formou o primeiro casal. Deus foi o arquiteto da família, pois Ele criou o projeto. Foi também engenheiro e construtor, pois formou o primeiro casal e os uniu. 

Na conversa que Jesus teve com os fariseus sobre o divórcio, Ele falou: “O que Deus ajuntou, não o separe o homem”. (Mt 19.6b). Aqui, o Senhor reconhece que a instituição divina da família. Portanto, a família não é uma construção social, como dizem os inimigos da família. Não foi uma necessidade econômica do ser humano, ou uma criação burguesa para reproduzir a força de trabalho do proletariado, como dizem os marxistas. 

Sendo Deus, o idealizador e criador da primeira família, Ele estabeleceu também o modelo de família, que é formado por homem e mulher, e estabeleceu os papéis de cada um. Deus estabeleceu o modelo de família patriarcal, onde o pai é líder da família, responsável por prover o sustento e a segurança do lar. A mãe, por sua vez, é a responsável por cuidar dos filhos e da casa, alimentando-os, ensinando os primeiros passos e palavras e oferecendo todo o apoio necessário para um crescimento saudável. Pai e mãe, unidos, cada um em seu papel, são fundamentais para a formação do caráter da criança.

Deus criou homem e mulher com características físicas e emocionais diferentes, compatíveis com os seus respectivos papéis. Não são competidores entre si e um não é mais importante do que o outro. Cada um tem a sua importância e ambos se completam. Com o avanço da iniquidade e rebeldia da humanidade contra Deus, o ser humano vem mudando os princípios que Deus estabeleceu, substituindo-os por filosofias humanas e diabólicas. Os resultados são trágicos. 

Os pais são responsáveis pela formação física, emocional e espiritual dos filhos. Portanto, cabe a eles providenciar: a alimentação adequada, para que que cresçam saudáveis; o amor, o afeto e o respeito, para que não desenvolvam traumas e distúrbios emocionais; o ensino da Palavra de Deus e exemplo de vida piedosa, para que temam a Deus. 


2. A falta de autoridade no lar. O princípio da autoridade em todas as áreas foi estabelecido por Deus: "Toda a alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.” (Rm 13.1,2). Deus estabeleceu a autoridade no lar, na sociedade, na vida religiosa de Israel e na Igreja. 

Na sociedade atual a autoridade tem sido contestada e desrespeitada em todas as áreas. O princípio da autoridade tem sido questionado em todos os setores da sociedade. Cidadãos afrontam policiais e autoridades publicamente, filmam a ação e ainda publicam nas redes sociais, como se fosse um troféu; até membros de Igrejas, afrontam uns aos outros e não querem se submeter à autoridade pastoral. Certamente, estas pessoas não aprenderam o que é autoridade com os seus pais. 

Eu fui criado em um ambiente onde a autoridade dos pais, dos professores, da polícia, dos pastores e até das pessoas mais velhas eram inquestionáveis. As crianças eram ensinadas desde cedo, a se sujeitarem à autoridade dos pais. Sendo assim, quando íamos à escola, já tínhamos em mente que o professor exerceria autoridade sobre nós. O mesmo acontecia na Igreja. Aprendemos que o pastor, os diáconos, os líderes do departamento infantil, etc. exerciam autoridade na Igreja e tinham que ser respeitados. 

Quando não existe autoridade no lar, os filhos crescem em um ambiente de anarquia, onde cada um faz o que quer e levam isso para a vida adulta. É importante não confundir autoridade com autoritarismo e tirania, como veremos no próximo tópico. A autoridade deve ser exercida em primeiro lugar através do temor a Deus. Devemos desde cedo ensinar os nossos filhos a amar a Deus, pois quem ama a Deus obedece a autoridade. Em segundo lugar, devemos ser exemplo para os nossos filhos, pois, as atitudes ensinam muito mais às crianças do que as palavras. Em terceiro lugar, a autoridade paterna deve ser exercida por meio de um relacionamento de amor e confiança. Um filho que aprendeu a amar e respeitar o seu pai, faz de tudo para não desagradá-lo. 

 

3. Os problemas de uma paternidade ausente. A presença dos pais na vida da criança é muito importante para o seu desenvolvimento, em todos os aspectos. Os filhos precisam de referências tanto masculinas, através do pai, como feminina, através da mãe. A ausência deles, mesmo que não tenham morrido ou saído de casa, traz enormes prejuízos à formação psicológica, moral e espiritual dos filhos. Há pais que querem substituir a sua presença na vida dos filhos por presentes. Outros querem transferir a responsabilidade para a babá, para escola e até para a Igreja.  Mas o que eles precisam mesmo é que os pais se façam presentes e exerçam o seu papel. 

Muitos pais dedicam-se excessivamente ao trabalho e até às atividades da Igreja e se descuidam da autoridade do próprio lar. Tanto Eli como Samuel exerceram o sacerdócio em Israel e, como tal, tinham autoridade sobre o povo. Entretanto, descuidaram da própria família e os filhos se tornaram ímpios. Como sacerdotes, eles tinham a obrigação de ensinar aos filhos e corrigi-los. Tinham a obrigação de puni-los, inclusive depois de adultos. Mas, não fizeram isso e o resultado foi desastroso. Os filhos de Eli extrapolaram todos os limites da impiedade e foram mortos. Os de Samuel não foram mortos, mas foram rejeitados pelo povo. Sobre o cuidado que um obreiro deve ter com a própria casa, assim escreveu o Pr. Hernandes Dias Lopes: 

"O primeiro rebanho do presbítero é sua família. Se ele fracassa em cuidar de sua casa, está desqualificado para cuidar da casa de Deus. Se não cria os filhos no temor do Senhor, não é capaz de exortar os filhos dos demais crentes. Se os próprios filhos não lhe obedecem nem o respeitam, dificilmente sua igreja lhe obedecerá e respeitará sua liderança."


REFERÊNCIAS: 

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em família: Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pág. 140-143.

MACARTHUR, John. Pais sábios, Filhos brilhantes. Editora Thomas Nelson Brasil. 1 Ed. 2014.

STAMPS, Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

CURY, Augusto Jorge. Pais brilhantes, professores fascinantes. Editora Sextante. 1 Ed. 2003

CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 1. 11 ed. 2013. pág. 325.

TENNEY, Merrill  C. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pág. 359.

LOPES. Hernandes Dias. 1 Timóteo: O Pastor, sua vida e sua obra. Editora Hagnos. pág. 80-81.


15 maio 2023

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 08: A IMPORTÂNCIA DA PATERNIDADE NA VIDA DOS FILHOS

Ev. WELIANO PIRES

REVISÃO DA LIÇÃO 07: O RELACIONAMENTO ENTRE NORA E SOGRA

Na lição passada estudamos sobre o relacionamento entre nora e sogra, tomando como base o relacionamento entre Rute e a sua sogra Noemi. Inicialmente, falamos sobre a crise econômica na terra Judéia, que provocou escassez de fome em Belém, cujo nome significa “Casa de pão”, e se tornou um lugar de fome, carestia, seca e escassez. Falamos também sobre a crise na família de Elimeleque que, sem consultar a Deus, deixou a sua terra para ir a uma terra estranha, que servia a outros deuses. O resultado disso foi catastrófico, pois lá, ele e os seus filhos morreram, deixando três mulheres desamparadas. 


Vimos como Noemi e Rute superaram a crise existencial a que foram submetidas. Depois de dez anos de sofrimento em terra estranha, Noemi voltou  à  sua terra,  acompanhada da sua nora, Rute. No convívio com Noemi, a moabita Rute conheceu o Seu Deus, descobriu que Ele é o Único Deus Verdadeiro e resolveu servi-lo. Na terra de Israel, nora e sogra se uniram contra a crise e recomeçaram a vida, contemplando o agir de Deus. 


Depois falamos sobre a fé e o trabalho numa nova perspectiva. Vimos que o retorno de Noemi à sua terra, depois de dez anos em Moabe, causou alvoroço entre os seus antigos conhecidos, principalmente porque ela retornou com uma nora estrangeira e sem o esposo e os filhos. Noemi estava amargurada com as tragédias que passou, mas a sua nora Rute ajudou-a a recuperar a autoestima. Rute foi trabalhar em um campo de trabalho de um parente dos seu falecido sogro Elimeleque, chamado Boaz. Ao perceber que Rute havia sido bondosa para com a sua sogra, Boaz ofereceu proteção e proteção a ambas. 


Por último, vimos como Rute encontrou o remidor da família, que era o parente mais próximo da família, que em caso de morte do patriarca, tinha a obrigação de comprar as terras do falecido. Para isso, ele teria que casar-se com a viúva. No caso de Rute, o remidor da família era outro homem, mas, ele não quis e o próximo da linha sucessória era Boaz, que decidiu comprar as terras e casou-se com Rute. Vimos também, como o relacionamento entre noras e sogras podem trazer equilíbrio às famílias. Se esta relação não for boa, poderá trazer enormes problemas. 


INTRODUÇÃO LIÇÃO 08: A IMPORTÂNCIA DA PATERNIDADE NA VIDA DOS FILHOS


Nesta lição, estudaremos sobre a importância da paternidade na vida dos filhos, tomando como exemplo a história das famílias de dois sacerdotes: Eli e Samuel. Na lição 06, estudamos sobre pais zelosos e filhos rebeldes. Naquela ocasião vimos o caso de Sansão, que foi criado por pais zelosos, que o orientaram segundo as recomendações que o Anjo do Senhor havia lhes passado. Na presente lição falaremos de dois pais, que eram tementes a Deus, mas os seus filhos eram ímpios. Nestes dois casos, os pais falharam na educação e correção dos filhos. 

O Sumo sacerdote Eli foi permissivo em relação aos seus filhos. Mesmo sabendo que os seus filhos eram profanos e filhos de belial, não os repreendeu severamente e deixou que eles continuassem exercendo o sacerdócio. A Bíblia diz que os filhos de Eli “não conheciam o Senhor” (1 Sm 2.12). O verbo hebraico ‘yada’ traduzido por ‘conhecer’ tem uma variedade de significados e aqui não se refere a conhecer no sentido intelectual, mas, no sentido de ter relacionamento. Eles não serviam a Deus e praticavam todo tipo de abominação no recinto sagrado, incluindo a prostituição e a profanação dos sacrifícios. 

Da mesma forma, o profeta, juiz e sacerdote Samuel, que era um homem honrado e tinha autoridade em Israel, nomeou os seus filhos como juízes e, mesmo sabendo que os seus filhos se tornaram avarentos, corruptos e injustos, foi omisso, não os repreendeu e não os destituiu dos cargos. Isso gerou a rejeição do povo, que acabou pedindo um rei. No caso de Samuel, a Bíblia não diz que ele sabia e não repreendeu. Entretanto, fica evidente que ele foi omisso e talvez ausente na criação dos filhos. Ele não procurou saber o que eles faziam como juízes. Samuel dedicou-se muito a Israel como profeta, juiz e sacerdote. Foi fiel em seu ministério, mas falhou na criação dos filhos. 

No primeiro tópico, falaremos sobre a paternidade dentro da família. Inicialmente falaremos do papel dos pais na primeira família: Adão e Eva e os seus filhos. O pai era o líder do lar, responsável pela provisão do alimento e segurança. A esposa, como ajudadora do esposo, era responsável por cuidar da casa e dos filhos. Depois, falaremos sobre a falta de autoridade no lar, usando como exemplo os sacerdotes Eli e Samuel, que exerciam autoridade sobre todo o Israel, mas não exerceram autoridade em suas próprias casas. Por último, falaremos dos problemas advindos de uma paternidade ausente, na formação moral e espiritual dos filhos. 

No segundo tópico, falaremos sobre dois tipos de paternidades extremistas: a autoritária, que apenas impõe regras sem considerar os sentimentos, vontade e a memória dos filhos; e a permissiva, que ignora os princípios bíblicos e deixa os filhos decidirem o que querem. Estes dois extremos são prejudiciais ao bem estar da família. Como exemplo de paternidade permissiva e negligente, falaremos do caso de Eli, que era Sumo sacerdote, e os filhos eram filhos de belial e profanos. 

No terceiro tópico, falaremos sobre os fracassos de dois pais que foram negligentes na criação dos filhos: Eli e Samuel. Ambos, foram líderes importantes de Israel, mas foram omissos na disciplina e repreensão dos filhos e se isentaram da responsabilidade para com os próprios filhos. Eli tinha 40 anos de sacerdócio e os seus dois filhos não conheciam o Senhor. Samuel, por sua vez, sequer percebeu que os seus filhos corrompiam a justiça, agindo com ganância e recebendo suborno. Quando o povo os rejeitou como juízes, Samuel em vez de repreender os filhos, sentiu-se rejeitado pelo povo. Por último, falaremos sobre as relações do líder de uma Igreja com os seus filhos. Não se pode admitir tratamento inadequado a eles, seja para corrigi-los ou beneficiá-los. 


REFERÊNCIAS: 

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em família: Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pág. 139.

MACARTHUR, John. Pais sábios, Filhos brilhantes. Editora Thomas Nelson Brasil. 1 Ed. 2014.

STAMPS, Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.


MURMURAÇÃO: UM PECADO QUE NOS IMPEDE DE ENTRAR NA CANAÃ CELESTIAL

(Comentário do 3º tópico da Lição 07: O perigo da murmuração) Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, veremos que a murmuração também nos impe...