09 setembro 2022

AS MÍDIAS SOCIAIS E O IDE DE JESUS



(Comentário do 4º tópico da Lição 11: A sutileza das mídias sociais).

Ao longo da história da Igreja, conforme já falamos, os cristãos se valeram dos meios disponíveis em sua época, para proclamar o Evangelho aos perdidos e edificar a fé de outros crentes: Os discursos orais, as cartas, os livros, o rádio, a televisão, as cruzadas evangelísticas, a música, etc. Em nossa geração, o universo da comunicação se concentra majoritariamente na internet, principalmente, nas mídias sociais. Portanto, é neste universo que a Igreja deve investir, para proclamar as boas novas de salvação, promovendo tanto a evangelização daqueles que ainda não conhecem a Cristo, como a exortação, consolação e edificação dos que já servem a Deus. 


1- A seara virtual. Jesus disse aos seus discípulos: “Grande é, na verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara.” (Lc 10.2). Para as pessoas do século XXI, que vivem nas cidades, a palavra seara não é muito familiar. Mas, para os ouvintes de Jesus, que viviam em Israel, numa cultura agrícola, era uma palavra muito conhecida. Seara é um campo de plantio de cereais. Jesus usou a palavra como uma metáfora, para se referir à evangelização. 


Cada um de nós deve usar a sua habilidade para proclamar a Verdade de Deus em nossas páginas e perfis nas redes sociais. As mídias sociais são um campo fértil para semearmos a Palavra de Deus, seja através de fotos, vídeos ou de pequenos textos. Quem não tem muita habilidade para criar conteúdo, pode compartilhar conteúdos de outras pessoas. Há uma infinidade de conteúdos evangélicos de qualidade para serem compartilhados. 


A publicitária Vanda de Sousa Machado, desenvolveu um acróstico da palavra “IDE”, para explicar o cumprimento do IDE de Jesus no ciberespaço em três princípios: Idealizar, Desenvolver e Espalhar: 

I – IDEALIZAR. A idealização é a primeira etapa do seu plano de comunicação. Nela você levantará possíveis ideias de como espera que o seu ministério de comunicação se processe. Você vai analisar qual é o seu estado atual e onde deseja chegar com as ações que serão planejadas. 


D – DESENVOLVER. O desenvolvimento é a segunda etapa do IDE. Aqui você já terá o seu plano de comunicação montado e então aprenderá a produzir conteúdos capazes de sensibilizar a sua audiência despertando-a para conhecer mais de Deus. É neste tópico que vamos falar sobre as ferramentas que você poderá utilizar na produção das artes visuais, vídeos, áudio e textos. 


E – ESPALHAR. Depois da produção dos conteúdos é hora de espalhar a mensagem pelas mídias sociais. Mas isso não pode ser feito de qualquer jeito, você também terá que preparar um plano de mídia organizado e estratégico para que a sua mensagem consiga atingir o maior número possível de pessoas.


O alcance das redes sociais é muito grande. Quando alguém publica algo em seu perfil, independente da relevância e qualidade daquela publicação, aquilo aparece “feed de notícias” dos seus amigos, que por sua vez podem interagir com aquela publicação, curtindo, comentando e compartilhando. Dessa forma, a publicação pode se multiplicar. Há ainda a possibilidade de publicações pagas, que as próprias plataformas divulgam, fazendo com que elas apareçam para pessoas que nem conhecemos, como uma “publicação patrocinada", que nada mais é do que um anúncio. 


É possível também criarmos páginas gratuitamente, para divulgar os eventos da Igreja e compartilhar fotos, textos e vídeos dos nossos cultos. Cada um dos membros da Igreja pode compartilhar os conteúdos e o alcance será muito maior. Eu, por exemplo, tenho mais de mil contatos no Facebook, administro quatro páginas, sendo uma minha e outras três de Igrejas. Também curto alguns grupos e páginas que produzem conteúdos evangélicos e eu posso compartilhar. Jamais, eu teria a oportunidade de transmitir uma mensagem instantânea para tantas pessoas, se não fosse através das mídias sociais. Claro que nem todos vêem, mas um número enorme de pessoas tem acesso ao que publico. Então, por que não utilizar esta facilidade de comunicação e o expressivo alcance das redes sociais para pregar o evangelho? A seara virtual é gigantesca! Precisamos de trabalhadores para a ceifa. 


2- Pastoreio virtual. Além de ser um campo fértil para a evangelização, as redes sociais são também poderosas ferramentas para a promoção do discipulado, aconselhamento bíblico, ensino da Palavra de Deus e interação entre o pastor e os membros da Igreja local. Se antigamente, o pastor precisava se desdobrar para ir à casa das pessoas, principalmente daqueles que faltavam aos cultos, hoje é possível interagir através de mensagens nos aplicativos de mensagens instantâneas como o Whatsapp. 


O pastor pode incentivar a criação de grupos em cada departamento da Igreja, para facilitar a comunicação e interação entre os irmãos. Nestes grupos são divulgados os avisos, convites, felicitações de aniversários, incentivos à participação nos trabalhos, etc. No mundo atual, as pessoas vivem a vida correndo e nem sempre podem receber visitas. Sendo assim, mensagens de bom dia, pequenas reflexões bíblicas, pedidos de oração, aconselhamentos pastorais, etc., podem fortalecer a fé dos crentes e ajudá-los nas constantes lutas da vida cristã. Eu mesmo já tive a oportunidade de mandar mensagens e conversar com pessoas até de longe, que estavam em um momento difícil e necessitavam de uma palavra de ânimo, aconselhamento e oração. 


REFERÊNCIAS: 


GONÇALVES, José. Os ataques contra a Igreja de Cristo. As sutilezas de Satanás neste dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022.

HENRIQUE, Victor. Redes sociais: como utilizar para Deus e ser você mesmo? – série “vida social”. (http://www.euvosescrevi.com.br/redes-sociais).

MACHADO, Vanda de Souza. A Comunicação do Ide nas Mídias Sociais: um manual prático para transformar a comunicação da igreja num poderoso instrumento de evangelização. Comunicação Cristã. Livro 1. Edição do Kindle.

FISHER, Davidm. O pastor do século 21: Uma reflexão bíblica sobre os desafios do ministério pastoral no próximo milênio. Editora Vida. 1 Ed 1999.

HOFF,  Paul. O pastor como conselheiro. Editora Vida. pag. 11

GUTHRIE, George. Lendo a Bíblia para a vida: Seu guia para entender e viver a Palavra de Deus. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.271).


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Pb. Weliano Pires

A IGREJA E OS PECADOS VIRTUAIS


(Comentário do 3º tópico da Lição 11: A sutileza das mídias sociais).

Neste tópico falaremos dos pecados virtuais, que são aqueles cometidos através da internet. Daremos ênfase a dois deles que são os mais comuns: a sensualidade e o narcisismo. Estas duas condutas desencadeiam uma série de pecados que são extremamente destrutivos para a moralidade cristã. A facilidade de se comunicar escondido tem levado muitos a flertar com o pecado, trocando mensagens e imagens íntimas, que levam ao adultério e à fornicação. 


1- Sensualismo. É a busca viciada por satisfação de desejos sexuais, de forma aventureira, pecaminosa e sem nenhum pudor. É o oposto de castidade e pureza sexual. É importante destacar que não estamos nos referindo à sensualidade entre marido e mulher dentro do casamento, respeitando os padrões bíblicos, como aparece no Livro de Cantares de Salomão. 


O sensualismo tem dois aspectos, que são condenados na Bíblia: a lascívia e a impureza sexual. Ambos são obras da carne e estão na lista dos pecados que impedem a entrada no Reino de Deus, daqueles que os praticam (1 Co 6.10; Gl 19-21). A lascívia (Gr. aselgeia) é a exibição do próprio corpo com o objetivo de atrair o desejo sexual de outras pessoas. A impureza sexual (gr. akatharsia), por sua vez, inclui vários pecados de ordem sexual, inclusive olhar e desejar sexualmente uma pessoa que não é o seu cônjuge. Portanto, o sensualismo envolve, de um lado, a pessoa que exibe o seu corpo para atrair a cobiça sexual do outro, e por outro lado, o outro que olha e cobiça. 


As redes sociais não são a origem destes pecados, pois, como disse Jesus, eles procedem do coração humano: “Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.” (Mt 15.19). Entretanto, as redes sociais multiplicam as possibilidades deles acontecerem, pois proporcionam o ambiente ideal para estas práticas. A possibilidade de conversar escondido e trocar imagens íntimas através de aplicativos de mensagens, acaba facilitando a prática de pecados sexuais. 


Antigamente, a pornografia se restringia às revistas e filmes eróticos, que eram vendidos apenas a adultos e ficavam escondidos em bancas de jornais e locadoras de filmes. Era algo vergonhoso e, mesmo as pessoas que não serviam a Deus, tinham receio de serem descobertos nesse tipo de prática, principalmente as mulheres. Hoje, com a internet, a pornografia está por toda parte e gratuitamente. 


O antídoto contra estas práticas é ter um vida de consagração a Deus, através das disciplinas cristãs, como a oração, o jejum e a meditação na Palavra de Deus. Aliado a isso, é preciso reconhecer as próprias fraquezas e manter constante vigilância. Quem tem fraqueza nessa área nunca deve manter conversas privadas com pessoas do sexo oposto, principalmente as que lhe parecem atraentes. Quem já teve problemas com a pornografia, deve colocar restrições nos equipamentos que utiliza, para bloquear conteúdos inadequados. É importante também evitar o acesso à internet em locais escondidos. Esta deve ser uma luta constante. 


2- Narcisismo. A palavra narcisismo vem de "Narciso", um personagem da mitologia grega, que admirava muito a própria imagem e teria caído em um lago, contemplando e admirando a própria imagem. Portanto, dá-se o nome de narcisista a pessoas que têm profunda admiração pela própria imagem e sentem a necessidade de se auto exibir. Este é um comportamento natural em adolescentes, que estão em fase de grandes transformações físicas e emocionais. Mas se esse tipo de comportamento persiste na idade adulta é preocupante. 


A personalidade de uma pessoa narcisista é marcada pelas seguintes características:

  • Noções de grandeza e superioridade de si mesmo;

  • Idéia de que possui "direitos" em relação aos demais;

  • Exibicionismo e ações voltadas para enaltecer a si mesmo;

  • Busca constante por admiração dos outros a si e anseio por dominar outras pessoas;

  • Tem a autoestima baixa e por isso, tem necessidade de admiração e autoafirmação. 


O comportamento narcisista, portanto, é incompatível com a vida cristã. Enquanto o narcisista tem a necessidade de se auto afirmar, buscar admiração e exibir a própria imagem, o cristão é orientado por Jesus a "negar a si mesmo". (Lc 9.23). João Batista falou sobre Jesus: "convém que Ele cresça e eu diminua". (Jo 3.30). O apóstolo Paulo, por sua vez, disse: "Não sou mais eu que vivo, mas Cristo vive em mim" (Gl 2.20); e: "Mas longe de mim gloriar-me, a não ser na Cruz de Cristo" (Gl 6.14). 


Este comportamento narcisista da sociedade atual, faz com que as pessoas busquem a todo custo o exibicionismo, os elogios e inflar o próprio ego. Para isso, vivem o tempo todo tirando fotos e editando-as com uma infinidade de filtros para melhorar a própria imagem. Segundo algumas estatísticas, no mundo todo as pessoas tiram mais de um trilhão de fotos digitais por ano. Nessas fotos, há todo tipo de pose, encenação e filtros, buscando arrancar elogios dos espectadores. Um dado curioso, é que até o ano de 1920, ninguém cogitava a possibilidade de sorrir para as câmeras. Mas a geração digital parece que vive para as fotos e vídeos. Tudo é motivo para  selfies e lives. Nem os cultos escapam disso. Antigamente, as pessoas tiravam fotos apenas em momentos especiais como batismo, noivado, casamento, formatura e coisas desse tipo, para guardar como recordação. Vigiemos, pois, para não nos tornarmos idólatras da própria imagem. 


REFERÊNCIAS: 

GONÇALVES, José. Os ataques contra a Igreja de Cristo. As sutilezas de Satanás neste dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022.

REINKE, Tony. A guerra dos espetáculos o cristão na era da mídia. Editora Fiel. 1ª Ed. Português 2020.

CHATFIELD, Tom. Tradução de Bruno Fiuza. Como viver na era digital. Editora Objetiva 


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Pb. Weliano Pires

07 setembro 2022

OS DESAFIOS DE SER IGREJA NA ERA DIGITAL



(Comentário do 2º tópico da Lição 11: A sutileza das mídias sociais).

Conforme vimos no tópico anterior, os aspectos positivos das redes sociais são muitos. Criamos novas amizades, reencontramos amigos e parentes que não vemos há anos e podemos usá-las com muita eficiência na evangelização e ensino da Palavra de Deus. Entretanto, há também os efeitos negativos. Alguém já disse que as redes sociais aproximam os que estão longe e afastam os que estão perto. As redes sociais contribuem para a desumanização do ser humano, pois as pessoas trocam o real pelo virtual e mostram um universo fictício em seus perfis nas redes sociais. 


1- Desumanização. Os psicólogos dizem que "a desumanização é o ato e o efeito de desumanizar, ou seja, retirar o sentido real dos traços humanos." Está vinculada à perda dos valores éticos e morais, e da própria sensibilidade, que é uma característica natural do ser humano. Deus criou o ser humano tricotômico, ou seja, ele possui espírito, alma e corpo. O espírito é a parte do ser humano que é capaz de responder a Deus, através da fé e da consciência. A alma, por sua vez, é a sede das emoções, que dá vida e movimenta o corpo. O corpo é a parte física composta pelo conjunto de órgãos e tecidos. O espírito e alma são imateriais, indestrutíveis e inseparáveis. O corpo, quando sai a parte imaterial (espírito e alma), fica sem vida e entra em decomposição. 


Deus criou o ser humano para viver em comunhão com o seu semelhante, com a capacidade de amar, sentir as dores e necessidades do próximo e ajudá-lo. Depois que criou o primeiro homem, Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só…”. (Gn 2.18). Salomão também disse que “aquele que se isola falta com sabedoria.” (Pv 18.1). Um dos grandes malefícios do mundo virtual é a desumanização, ou a perda das características humanas do ser humano e, consequentemente, o seu isolamento social. Cresce a cada dia o egoísmo, a falta de empatia e o enfraquecimento dos laços familiares e de amizades verdadeiras. 


No universo virtual, as pessoas são extremamente intolerantes. Trocam insultos e cancelam amizades por coisas banais. Há também a falta de ética e o desprezo pela vida humana. Alguém está ferido ou morrendo e as pessoas em vez de pensar em socorrê-lo, estão buscando o melhor ângulo para fotos e vídeos. Nas grandes plataformas de mídias sociais existem filtros que bloqueiam ou censuram imagens fortes. Mas em grupos de Whatsapp as pessoas compartilham corpos em estado deplorável, por acidentes ou assassinatos.  


2- Mundanismo. Outro grande problema do universo virtual para o cristão é o mundanismo, ou seja, adotam comportamentos iguais ou até piores do que as pessoas que não servem a Deus, em busca de curtidas e de seguidores. Muitos pregadores, cantores e até ensinadores, para estarem em evidência, renegam os valores bíblicos, adotam o politicamente correto e expõem aspectos da sua vida pessoal. Comportam-se como celebridades, postando fotos, vídeos e atualizações a todo instante, em busca de seguidores. 


Não há nada de errado em atualizações de perfis nas redes sociais, compartilhar mensagens, fotos e vídeos com amigos, ou mesmo ter seguidores. O problema está no desequilíbrio e no conteúdo que se compartilha. Podemos fazer postagens e atualizações, mas, não a cada cinco minutos, para não se tornar inconvenientes e não atrapalhar a própria vida, família, trabalho e fé. Também é preciso ter cuidado para não compartilhar segredos que possam comprometer a própria segurança. Existem muitos criminosos que buscam informações sobre as eventuais vítimas nas redes sociais. Portanto, uma mensagem com um #partiuférias e várias fotos da família em viagem, passa também a mensagem de que a casa ficou vazia. 


É preciso tomar cuidado com desabafos e confissões, principalmente com desconhecidos. Há muitas pessoas maliciosas nas redes sociais que se aproveitam do nosso momento de fragilidade, ou de crises no casamento, para investir em um relacionamento pecaminoso. Portanto, assuntos relacionados à nossa família e à nossa intimidade nunca devem ser tratados no ambiente virtual. Devemos sempre lembrar que as redes sociais não são o nosso diário secreto. Ali é um espaço público e aberto. 


Como cristãos, antes de postar ou compartilhar alguma coisa, devemos fazer as seguintes perguntas: Este conteúdo é verdadeiro? É um bom exemplo para um cristão? A linguagem é adequada? Será de bom proveito para quem acessar? Glorifica a Deus ou escandaliza o Evangelho? O apóstolo Paulo assim escreveu: "Portai-vos de maneira que não deixa escândalos, nem para judeus, nem para gregos, nem para a igreja de Deus […] para que sejam salvos” (1Co 10.32-33). Isso vale também para o mundo virtual.  


REFERÊNCIAS: 


GONÇALVES, José. Os ataques contra a Igreja de Cristo. As sutilezas de Satanás neste dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022.

CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, teologia e filosofia. Editora Hagnos. Vol. 3. 11 ed. 2013. pág. 2012.


https://www.ultimato.com.br/conteudo/a-liberdade-crista-na-era-digital


https://www.mulhercrista.com.br/eu-mulher/comportamento/169-cuidado-nas-redes-sociais


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Pb. Weliano Pires


06 setembro 2022

OS CRISTÃOS NA ERA DIGITAL


(Comentário do 1º tópico da Lição 11: A sutileza das mídias sociais)

Neste primeiro tópico veremos como a realidade digital afeta a vida das pessoas na sociedade atual e o impacto disso na Igreja. O mundo digital no Brasil é relativamente novo. Há aproximadamente 25 anos, o Brasil era extremamente diferente do que é hoje neste aspecto. Eu não sou tão velho, mas vivi as duas realidades. Eu fui criado na zona rural de uma pequena cidade do interior de Pernambuco e vivíamos de forma primitiva, sem energia elétrica, telefone, televisão, automóvel, etc. Eu vivi a época em que não existiam caixas eletrônicos, nem computadores (pelo menos na cidade que eu vivia). As notas fiscais, pedidos e anotações dos escritórios eram preenchidos manualmente, ou através de máquinas de datilografia. 


1- A realidade do universo online. Quando mudei-me para São Paulo, em 1992, a minha comunicação com os meus pais era feita por cartas e uma vez por mês, eu ia a um orelhão fazer uma ligação DDD (Discagem Direta à Distância), usando fichas. Eu ligava para um posto telefônico da minha cidade natal e pedia para alguém chamá-los. Desligava o telefone e ligava novamente depois de 10 ou 15 minutos. Naquela época, somente os ricos tinham telefone em casa. Celulares começaram nos meados dos anos 90 mas, eram muito caros, tanto o preço do aparelho, como a conta. Além disso, só serviam para fazer chamadas telefônicas e não transmitiam mensagens. Depois de muito tempo, surgiram os SMS, também conhecidos como torpedos, que eram mensagens de textos de até 160 caracteres, enviadas pelo celular. Depois foi avançando e finalmente chegamos aos smartphones e tablets, com as suas multifunções.


Com o advento da internet, a rede mundial de computadores, o mundo mudou e continua mudando numa velocidade cada vez maior. A internet está presente em todas as áreas da nossa vida. A internet chegou ao Brasil no ano de 1981 através de uma rede de universidades chamada Bitnet, que ligava a Universidade da Cidade de Nova York à Universidade Yale. Era um sistema restrito a Universidades e laboratórios. Somente em 1994, a Embratel lançou o serviço de internet comercial, em caráter experimental, e em 1995, o Ministério das Comunicações decidiu pela exploração comercial deste serviço e se tornou definitivo. 


A partir daí, com o aumento da demanda, vieram vários avanços tanto nos equipamentos, como nos sistemas. Hoje, a internet está cada vez mais presente no dia a dia das pessoas. Através da internet, marcamos consultas, pegamos resultados de exames, fazemos compras, pesquisamos sobre qualquer assunto, pedimos comida e transportes por aplicativos, procuramos emprego, enviamos currículos, fazemos cursos e reuniões online, etc. As empresas que não estiverem na internet se tornam ultrapassadas. O mesmo acontece com os trabalhadores. Várias empresas já trabalham com o chamado Home office, que são serviços feitos em casa pela internet. Com a pandemia, muitas empresas tiveram que se adaptar a esta realidade para sobreviver. 


2- Cristãos conectados. Como não poderia ser diferente, os avanços da internet atingem também a Igreja, pois ela é formada de pessoas que vivem neste mundo. Os cristãos também estão conectados à internet e a usam no seu dia a dia pessoal e profissional. Em cada época da Igreja, os cristãos se comunicavam e anunciavam o Evangelho pelos meios que dispunham. No período apostólico, os missionários e líderes da Igreja utilizavam as cartas para se comunicarem com as Igrejas em locais distantes (1 Co 5.9). Só o apóstolo Paulo escreveu treze cartas que estão no Novo Testamento, mas houve também outras cartas que não foram inspiradas pelo Espírito Santo, como Palavra de Deus. O apóstolo João, por ordem do Senhor Jesus, escreveu sete cartas às Igrejas da Ásia. Pedro, Tiago e Judas também escreveram as suas Epístolas. 

Depois, com o advento da imprensa e das edições de livros, do telefone, rádio e televisão, a Igreja também se valeu desses meios de comunicação, para se comunicar e para propagar a Palavra de Deus. Os escritores usaram os livros como meios de proclamarem a Verdade de Deus ao mundo. Os cantores, por sua vez, usaram os LPs, fitas cassetes, CDs, DVDs e agora usam as redes sociais como Youtube, Facebook e Instagram, para divulgarem os seus trabalhos. Todos estes meios de comunicação são eficazes e necessários, cada um em sua época. 


As Igrejas pentecostais brasileiras, no entanto, foram muito relutantes contra a modernidade tecnológica, principalmente no aspecto da comunicação. Quando lançaram o rádio, a Igreja proibia os seus membros de ouvirem. Depois aconteceu o mesmo com a televisão. Diziam que era do diabo e a chamavam de “tira-visão”, “caixote-falante”, “sinal da besta”, etc. Muitos cantores e pregadores demonizavam a televisão, usando o texto do Salmo 101.3: “Não porei coisa má diante dos meus olhos…”. Muitas pessoas foram excluídas das Igrejas por assistir televisão. O resultado disso é que o inimigo tomou conta dela e produziu muito conteúdo imoral e destruidor. Hoje, para ter um programa de televisão de uma hora semanal, as Igrejas pagam muito caro. 


Conforme o exposto, concluímos que a internet em si não é má. Ao contrário, ela traz inúmeros benefícios à vida humana e pode ser uma poderosa ferramenta para a Igreja levar o Evangelho aos perdidos e promover o ensino bíblico. Entretanto, o cristão não pode esquecer que nas mídias sociais, ele continua sendo sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13,14). A nossa conduta no ambiente virtual, portanto, deve ser a mesma dos relacionamentos pessoais. Se bem usada, a internet é uma benção para o cristão. Entretanto, precisamos estar sempre vigilantes, para não cair nas armadilhas que se escondem no universo digital, conforme veremos no próximo tópico. 


REFERÊNCIAS: 

GONÇALVES, José. Os ataques contra a Igreja de Cristo. As sutilezas de Satanás neste dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022.

MACEDO, Herivelto Raimundo L. Surgimento e Evolução da Internet no Brasil | Eletronet

REINKE, Tony. A guerra dos espetáculos o cristão na era da mídia. Editora Fiel. 1 Ed Português 2020.

SBARDELOTTO, Moisés. Deus digital, religiosidade online, fiel conectado: Estudos sobre religião e internet. Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Instituto Humanitas Unisinos.

SBARDELOTTO, Moisés. Deus digital, religiosidade online, fiel conectado: Estudos sobre religião e internet. Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Instituto Humanitas Unisinos.

Estilo Adoração: Como o Cristão Deve Usar as Redes Sociais?

GUTHRIE, George. Lendo a Bíblia Para a vida: Seu guia para entender e viver a Palavra de Deus. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.270).


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Pb. Weliano Pires

05 setembro 2022

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 11: A SUTILEZA DAS MÍDIAS SOCIAIS


A internet é, sem dúvida nenhuma, um grande avanço na história da humanidade. Coisas inimagináveis há alguns anos até para ricos, hoje estão ao nosso alcance num clique. Podemos fazer pesquisas, comprar, vender, anunciar, ler livros e jornais, assistir notícias, palestras, aulas, cultos, estudos bíblicos, etc. As chamadas redes sociais, por sua vez, expandiram o nosso universo de comunicação e trouxeram ao nosso alcance, a possibilidade de nos comunicarmos com pessoas de longe, que pessoalmente, seria praticamente impossível. 


Eu, por exemplo, já conversei com um pastor brasileiro, que mora nos EUA há muitos anos e eu não o conheço pessoalmente. Tenho acesso a teólogos, escritores, pastores, autoridades, jornalistas, etc. Também tenho blog e página no Facebook, onde eu divulgo quase diariamente, os estudos da Escola Dominical. Sem as mídias sociais, isso nunca seria possível para mim. 


Os aspectos positivos das redes sociais são muitos. Criamos novas amizades, reencontramos amigos e parentes que não vemos há anos e podemos usá-las com muita eficiência na evangelização e ensino da Palavra de Deus. Entretanto, há também os efeitos negativos. Alguém já disse que as redes sociais aproximam os que estão longe e afastam os que estão perto. As redes sociais contribuem para a desumanização do ser humano, pois as pessoas trocam o real pelo virtual e mostram um universo fictício em seus perfis nas redes sociais. 


Outros problemas graves das redes sociais são: o mundanismo, a sensualidade e o narcisismo. A facilidade de se comunicar escondido tem levado muitos a flertar com o pecado, trocando mensagens e imagens íntimas, que levam ao adultério e à fornicação. Os criminosos, como pedófilos, traficantes e golpistas, também estão escondidos nas redes sociais. Por isso, todo cuidado é pouco, principalmente com adolescentes, crianças e idosos. 


REFERÊNCIAS:

GONÇALVES, José. Os ataques contra a Igreja de Cristo. As sutilezas de Satanás neste dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022.

CHATFIELD, Tom. Tradução de Bruno Fiuza. Como viver na era digital. Editora Objetiva 2012.


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Pb. Weliano Pires

02 setembro 2022

A DOUTRINA BÍBLICA DA MORDOMIA CRISTÃ


(Comentário do 3º tópico da Lição 10: A sutileza contra a prática da mordomia cristã)


A palavra mordomia, com o passar dos anos, perdeu o seu sentido original. Quando se fala em mordomia, as pessoas entendem que é viver no conforto e ter regalias. A palavra mordomia, com o passar dos anos, perdeu o seu sentido original. Quando se fala em mordomia, as pessoas entendem que é viver no conforto e ter regalias. A palavra mordomo deriva do latim "majordomus", que é formada por "major", que significa maior, principal, e "domus", que significa uma casa com tudo o que há nela. Portanto, o mordomo é um servo de confiança, que administra a casa do seu senhor.


Nos tempos bíblicos, o mordomo era um servo de confiança do patrão, que era responsável pelo abastecimento da casa ou fazenda, como nos casos de Eliézer (Gn 24.2), José (Gn 39.4-6) e Obadias, o mordomo do Rei Acabe (1 Rs 18.3-6,13). No Novo Testamento, os apóstolos Paulo e Pedro usaram a palavra "despenseiro" para se referir aos cristãos como administradores dos dons que Deus nos confiou  (1 Co 4.1,2; 1 Pe 4.10,11). Ambos chamam a atenção para a fidelidade na administração destes dons ou mistérios de Deus. 


A base da doutrina bíblica da mordomia cristã, está no fato de que não somos donos de nada, somos apenas administradores dos bens que Deus nos concede e deles prestaremos contas. Isso se aplica a todas as áreas da nossa vida, incluindo, evidentemente, as nossas finanças. 


1- Deus, o criador e provedor. Deus é dono de tudo e de todos. Isto inclui todo o universo, pois Ele criou todas as coisas visíveis e invisíveis (Gn 1.1;Sl 24.l; 50.10-12). O ser humano também pertence a Deus, por direito de criação, pois foi Deus que criou o ser humano (Gn 1.26; Is 42.5); por direito de preservação, pois Deus nos proporciona as condições de sobrevivência, dando-nos a chuva, o ar, o sol e todos os recursos naturais (At l4.l5-l7; 17.22-28); e também, por direito de redenção, pois Ele nos comprou através do sacrifício de Cristo na Cruz (1 Co 6.l9,20; Tt 2.l4; Ap 5.9). Portanto, sob qualquer aspecto, tudo o que somos e temos pertence a Deus. Nada trouxemos a este mundo e nada levaremos dele (1 Tm 6.7). 


2- O homem como despenseiro e administrador das coisas de Deus. O segundo aspecto da Mordomia cristã é que o homem é apenas um mordomo ou administrador dos bens de Deus (Gn 1.28; 2.l5; Sl 8.3-9). Quando Deus criou o primeiro homem, colocou-o no Jardim do Éden para o lavrar e o guardar (Gn 2.15). Portanto, enganam-se os que pensam que Deus criou o ser humano para viver na ociosidade no Paraíso. 


A mordomia do ser humano começa por sua própria pessoa. Fomos formados por Deus, como uma tricotomia, constituída de espírito, alma e corpo. Como mordomos ou despenseiros de Deus temos a responsabilidade de cuidar do nosso espírito, alma e corpo, pois um dia prestaremos contas a Deus. Além da própria pessoa, somos mordomos de Deus, em todos os dons e bens que ele nos confiou: o meio ambiente, os animais, a nossa família, o tempo, as finanças, os talentos, etc. De tudo o que Ele nos confiou, teremos que prestar contas (Rm 14.12; Hb 4.13). Quanto mais Deus nos dá, mais será cobrado. Sejamos, pois, fiéis ao Senhor em tudo aquilo que Ele nos entregou. 


REFERÊNCIAS:

GONÇALVES, José. Os ataques contra a Igreja de Cristo. As Sutilezas de Satanás neste dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2589.

Comentário Bíblico Broadman. Provérbios – Isaias. Editora JUERP.

RENOVATO, Elinaldo. Tempo, bens e talentos: Sendo mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado. 1 Ed 2019. Editora CPAD. pag. 13-15.

ADAM CLARKE. Comentário Bíblico de Adam Clarke.

(Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.405).


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Pb. Weliano Pires


01 setembro 2022

A DOUTRINA BÍBLICA DO DÍZIMO SOB ATAQUE

(Comentário do 2º tópico da Lição 10: A sutileza contra a prática da mordomia cristã)

No tópico anterior falamos sobre aqueles que praticam dízimos e ofertas, por motivações erradas, querendo barganhar com Deus. Para isso, usam as contribuições como moeda de troca, para "obrigar" Deus a prosperá-los financeiramente, ou como prática legalista, a fim de serem aceitos por Deus e alcançar méritos diante dele. 


Neste segundo tópico falaremos sobre os que combatem a doutrina do dízimo. Estes inventam várias desculpas esfarrapadas para não dizimar. As mais usadas são de que o dízimo era uma prática da Lei e, portanto, não se aplica à Nova Aliança; e que o dízimo é uma contribuição imposta, que se contrapõe à liberdade cristã. Outros dizem ainda que o dízimo era apenas doação de alimentos para o sustento dos necessitados. Veremos neste tópico que estas alegações não se sustentam à luz da Bíblia. 


1- O dízimo era uma prática da lei. Os críticos do dízimo alegam que esta prática fazia parte da Lei de Moisés e, portanto, não deve ser praticada pela Igreja. Entretanto, a prática do dízimo é anterior à lei. A primeira referência bíblica ao dízimo na Bíblia, refere-se aos dias do patriarca Abraão. Em Gênesis 14.20 lemos que Abraão pagou a Melquisedeque, o dízimo de tudo.  Neste caso, não foi do produto da terra nem dos rebanhos, e sim do despojo da guerra, costume também observado nos tempos antigos: “Porquanto, esse Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão, quando este voltava, depois de haver derrotado os reis, e o abençoou; para o qual também Abraão entregou o dízimo de tudo; em primeiro lugar, seu nome quer dizer “Rei de Justiça”; em segundo lugar, “Rei de Salém”, que significa, “Rei da Paz” (Hb 7.1,2). Melquisedeque, era rei de Salém, que depois se tornou Jerusalém e era também sacerdote do Deus Altíssimo (Heb. Elyom). Na Epístola aos Hebreus, vemos que Melquisedeque era um tipo de Cristo, pois Cristo é Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 5.10; 7.3). Portanto, se a ordem é a mesma, os deveres e privilégios continuam também os mesmos e isto inclui o dízimo. 


Encontramos ainda, no período anterior à Lei Mosaica, o patriarca Jacó, oferecendo dízimos a Deus, como forma de gratidão, pela proteção no retorno à casa dos seus pais (Gn 28.18-22). Isso nos leva a crer que mesmo antes da lei se praticava o dízimo, de forma voluntária, como forma de agradecer a Deus. Caim e Abel também ofereceram a Deus os primeiros frutos do seu trabalho. Caim ofereceu os frutos da sua lavoura e Abel ofereceu os primogênitos das ovelhas (Gn 4.3,4). No texto bíblico o sacrifício dos filhos de Adão é chamado de oferta, mas o princípio é o mesmo do dízimo: oferecer a Deus voluntariamente, uma proporção daquilo que Ele nos deu. 


2- O dízimo como contribuição imposta. Outra alegação dos críticos do dízimo é que ele não aparece como mandamento para a Igreja, no Novo Testamento e isto é verdade. Não encontramos no Novo Testamento, um mandamento expresso para a Igreja praticar o dízimo, sob pena de maldição, como há no Antigo Testamento. Jesus não mandou explicitamente dar o dízimo. Mas Ele disse que DEVEMOS dizimar, sem omitir as coisas mais importantes da lei, que são a justiça, a misericórdia e a fé. (Mt 23.23). 


Nas Epístolas também não há um mandamento para a Igreja dizimar. Entretanto há os mesmos mesmos princípios e finalidades dos dízimos do Antigo Testamento para a Igreja cumprir: Entretanto, as razões que fundamentam a existência do dízimo na Antiga Aliança, estão presentes no Novo Testamento. Vejamos as finalidades do dízimo no Antigo Testamento: 

  • O dízimo era uma forma de agradecer a Deus, pois tudo vem dele (Jó 41.11; Sl 24.1).

  • O dízimo também servia para sustentar o templo e cobrir as despesas com mantimento e reformas (Ml 3.10);

  • O dízimo servia para sustentar os sacerdotes e levitas (Nm 18.21-24).

  • O dízimo servia para ajudar aos necessitados. (Dt 14.28,29). 


Estes mesmos princípios e finalidades dos dízimos do Antigo Testamento, também estão presentes na missão da Igreja:

  • Os obreiros devem ser assalariados (Lc 10.5-7; 1 Co 9.14; Gl 6.6; 1 Tm 5.17,18).

  • A Igreja deve fazer missões e suprir os gastos da obra. (1 Co 9.12,13)

  • A Igreja deve ajudar os necessitados. (At 4.34; At 11.29);

  • Cada uma deve contribuir de acordo com a sua renda (1 Co 16.2).


Não há como a Igreja cumprir estas coisas se não houver contribuições. Há pessoas que acham que não precisa dizimar, apenas ofertar. Mas, ao longo da história da Igreja foi adotado o dízimo como forma de manter a Igreja funcionando, nos mesmos padrões do dízimo no Antigo Testamento. Tudo o que temos na Igreja foi adquirido com dízimos e ofertas. Se temos que fazer campanhas para comprar algumas coisas e construir templos, é porque o número de dizimistas ainda é pequeno. Eu já fui tesoureiro da Igreja e sei que muitos crentes não dizimam, inclusive obreiros. Se todos os crentes dizimassem a Igreja não teria tantas dificuldades financeiras. 


REFERÊNCIAS:

RENOVATO, Elinaldo. Tempo, bens e talentos: Sendo mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado. 1 Ed 2019. Editora CPAD. pag. 60-61.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 115.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Matthew Henry. Deuteronômio.  Editora CPAD. 4 Ed 2004. pag. 87.

LOPES, Hernandes Dias. I Coríntios: Como resolver conflitos na Igreja. Editora Hagnos. pág. 175-176.

MORRIS, Leon L. I Coríntios. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 108.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. 2a Impressão: 2010. Vol. 2. pág. 144.


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