14 setembro 2024

A SÍNDROME DE IMPERADOR

(Comentário do 3º tópico da lição 11: A humilhação de Hamã e a honra de Mardoqueu)

Ev. WELIANO PIRES


No terceiro tópico, falaremos da síndrome do imperador. A soberba do coração de Hamã, demonstrada em sua sugestão ao rei, evidencia que ele tinha a chamada síndrome do imperador, que é comum em muitas crianças e adolescentes dos nossos dias. Falaremos também do mau prenúncio que veio a Hamã. Ao saber que o honrado seria Mardoqueu e não ele, Hamã foi para casa arrasado e ouviu da esposa e dos amigos que aquilo era o prenúncio da sua iminente derrota humilhante. 


1- A soberba de Hamã. Conforme já falamos no tópico anterior, Hamã tinha todos os traços de um megalomaníaco. Ele era extremamente soberbo, tinha mania de grandeza e uma grande obsessão pelo poder. Ele não se contentava em ser rico e ser o homem mais importante do império, depois do rei. Ele exigia que todos se curvassem diante dele, como se fosse uma divindade. Se alguém não o fizesse, ele ficava possesso de ódio. 

O comentarista nos explica que a  sugestão de Hamã ao rei, para honrar o homem de cuja honra o rei se agrada, imaginando que o tal homem seria ele, demonstra que ele tinha um desvio de comportamento, que os psicólogos chamam de “síndrome do imperador”. Este é o título de um livro do psicoterapeuta Leo Fraiman, que trata a respeito de crianças egocêntricas, que ditam regras em casa, na escola e onde chegam. São crianças mimadas e birrentas, que não conheceram limites em casa. Pensam que o mundo gira em torno delas e que todos têm a obrigação de satisfazer as suas vontades e caprichos. 

Se as crianças crescerem assim, na idade adulta irão reproduzir o comportamento de Hamã. Infelizmente, terão sérios problemas, pois irão aprender da pior forma, que na vida existem limites e irão ouvir muitos “não”, com os quais não estão acostumados a conviver. Em todos os lugares, encontrarão normas e leis que terão que respeitar. Terão que respeitar o direito dos outros e nem sempre conseguirão aquilo que desejam. 

As crianças não nascem sabendo como devem se comportar. É obrigação dos pais educar os seus filhos e impor-lhes os limites necessários. Evidentemente, os filhos não vão gostar de serem contrariados, mas se faz necessário, para o próprio bem deles. Lamentavelmente, em nossos dias, muitos pais dizem que querem dar aos seus filhos aquilo que não tiveram. Com isso, acabam sendo permissivos demais e criando filhos com a síndrome do imperador. Outros dizem que querem ser amigos dos seus filhos. Ora, os pais não são amigos dos filhos e não estão no mesmo patamar deles, mas exercem autoridade sobre eles. 

A correria dos tempos pós-modernos, onde o pai e a mãe trabalham fora, acaba distanciando-os dos seus filhos. Quando chegam em casa, estão exaustos e preferem entreter os filhos com celulares, tablets, videogames, etc. Para compensar a ausência, tentam fazer tudo o que os filhos querem, sem pensar nas consequências. Isso acaba gerando neles este comportamento egocêntrico, soberbo, autoritário e agressivo.

Os nossos filhos são herança do Senhor. Ele nos confiou os nossos filhos e iremos prestar contas a Deus por eles. Se nós os ensinarmos a fazer o certo e eles não fizerem, a culpa será deles. Mas se nos omitirmos, a culpa será nossa. É importante saber que as nossas atitudes ensinam mais do que as nossas palavras. Sendo assim, se agirmos com egoísmo, soberba e desrespeito para com as pessoas, os nossos filhos irão reproduzir este comportamento.


2- Um mau prenúncio. “A soberba precede a ruína e a altivez de espírito precede a queda.” (Pv 16.18). Foi extremamente isso que aconteceu com Hamã. Ele havia saído de casa e deixado a ordem para prepararem um forca para enforcar Mardoqueu. Foi ao palácio, a fim de obter a autorização do rei para executar o seu plano. Entretanto, os fatos que ocorreram lá o obrigaram a sair pelas ruas com Mardoqueu montado no cavalo do rei, vestidos na roupa real e com a coroa do rei. Tudo isso aconteceu por sugestão dele que, em sua presunção, deduziu que o homem de quem o rei se agrada só poderia ser ele. 

Hamã chegou em casa com a cabeça coberta de tanta vergonha, pela humilhação que havia passado. Ao contar à sua esposa e aos amigos tudo o que acontecera no palácio, não ouviu deles palavras de conforto e incentivo, como aconteceu antes, quando eles o orientaram a construir a forca para Mardoqueu. Agora, eles lhe jogaram na cara a triste realidade que ele não queria enxergar: “Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da semente dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente cairás perante ele” (Et 6.13). 

Eles mostraram a Hamã, que tudo o que acontecera no palácio, indicava que a sua derrota perante Mardoqueu e o seu povo era certa. Isso era apenas um prenúncio ou um sinal da derrota de Hamã. Mas, o pior ainda estava por vir contra Hamã, pois eles ainda não sabiam da denúncia de Ester contra ele, que seria feita no próximo banquete, que será o assunto da nossa próxima lição. 

O povo de Israel foi escolhido por Deus para ser uma nação sacerdotal e, através desta nação, Deus enviaria o Seu Filho ao mundo. Nenhuma ferramenta contra este povo iria prevalecer (Is 54.17), exceto quando pecavam contra Deus e Ele permitia a punição. Deus já havia feito esta promessa Abraão: “E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem…” (Gn 12.3). Ao longo da história temos visto isto. Todos aqueles que se levantaram contra Israel para destruí-lo, foram reduzidos a nada. 


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág. 41. 

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.693-94.


12 setembro 2024

HAMÃ É CHAMADO PARA HONRAR MARDOQUEU

(Comentário do 2º tópico da lição 11: A humilhação de Hamã e a honra de Mardoqueu)


Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico veremos que Hamã foi chamado para exaltar Mardoqueu.  Esta exaltação foi um ato de justiça, pois Mardoqueu não havia recebido nenhuma honra por ter salvado a vida do rei. Na sequência, falaremos da presunção e autoconfiança de Hamã. Ele imaginava que o rei não poderia se agradar de alguém mais do que dele. Por último, falaremos do devido lugar da honra. Entristecer-se com a honra de alguém é sinal de orgulho. Se formos honrados, devemos sempre manter a humildade. 


1- Um ato de justiça. Conforme já falamos no tópico anterior e em lições anteriores, Mardoqueu era um homem íntegro, que cumpria as funções no palácio de Susã, sem se preocupar em ser visto ou honrado pelo rei. Ao descobrir um plano para assassinar o rei, ele não se omitiu e levou a informação à rainha Ester. A rainha, por sua vez, comunicou imediatamente o caso ao rei, mencionando que a informação viera de Mardoqueu. O rei mandou investigar se a informação era verdadeira e, após confirmar, mandou executar os dois conspiradores. 

Mesmo com a confirmação de que a denúncia de Mardoqueu era verdadeira, e que aquilo evitou o assassinato do rei, não lhe fizeram nenhuma menção honrosa. Cinco anos se passaram e o caso caiu no esquecimento. Mardoqueu, porém continuou fazendo o seu trabalho normalmente. Não vemos nenhum registro de que ele tenha reclamado porque não foi honrado. 

Com a leitura das crônicas, o rei foi lembrado do feito heróico de Mardoqueu. Evidentemente, ele soube disso na época em que o fato aconteceu, pois Ester trouxe a denúncia ao rei em nome de Mardoqueu. Como disse o comentarista, pela forma direta com que o rei se referiu a ele, “que honra e distinção se deu por isso a Mardoqueu?”, podemos concluir que o rei o conhecia muito bem. Sendo assim, é possível que a sua própria consciência tenha pesado, pois além de não ter feito  nada para recompensar Mardoqueu, ainda assinou um decreto insano para exterminar todo o seu povo. 

Agora o rei se interessou em corrigir esta injustiça e queria honrar a Mardoqueu, mas não sabia como faria isso. Perguntou, então, aos seus servos quem estava no pátio externo do palácio. Ao ser informado de que era Hamã, o rei mandou chamá-lo e perguntou-lhe que tipo de honra deveria ser dada ao homem, de cuja honra o rei se agrada.  

Mais uma vez, a providência de Deus entra em ação, para que a honra viesse exatamente daquele que queria matar Mardoqueu e o seu povo. Aliás, ele estava ali, justamente para pedir autorização ao rei para enforcar Mardoqueu. Deus é especialista em transformar o mal que planejam contra os seus servos, em bênção, como fez com José (Gn 50.20). Os irmãos dele tentaram matá-lo injustamente e o venderam como escravo. Mas Deus, transformou este mal em bênção e o fez governador do Egito. 


2- Presunção e autoconfiança. Hamã era um sujeito megalomaníaco, que é a pessoa que tem obsessão pelo poder e por ser extremamente relevante. Um megalomaníaco tem a autoestima muito elevada e sente a necessidade de ser reverenciado e elogiado por todos. Tem também delírios de grandeza, não aceita críticas ou ameaças ao seu ego e exige que todos exaltem as suas ideias. 

O primeiro ser que tinha estas características foi Satanás. Ele era um querubim ungido que estava no Céu. Ele andava entre pedras preciosas, era perfeito em seus caminhos, até que superestimou a sua beleza, supervalorizou a sua importância e quis ser maior do que o próprio Deus. Por causa disso, ele foi expulso do Céu, com uma terça parte dos anjos que o seguiram nesta rebelião. Todos os que se comportam dessa forma, estão imitando a personalidade do diabo e serão humilhados por Deus, pois Ele resiste aos soberbos e dá graça aos humildes. 

Depois de ouvir  a pergunta do rei, Hamã concluiu que o rei só poderia está falando dele, pois na sua mente, o rei não poderia se agradar de alguém mais do que dele. Aqui está a presunção e autossuficiência de Hamã, que se achava o mais importante do Império Persa e o único que poderia agradar ao rei. O presunçoso se acha muito superior aos outros em todos os aspectos. Por isso, sempre se acha injustiçado, pois pensa que recebeu menos do que merecia. Isso, evidentemente, leva a pessoa à frustração, à murmuração e ao ódio. Precisamos ter em mente que sempre haverá alguém superior a nós em vários aspectos: beleza, talento, riquezas, poder, etc. O único que é insuperável é Deus. 


3- O devido lugar da honra. Hamã sugeriu que fossem feitas honrarias especiais pelas ruas, ao homem de cuja honra o rei se agrada, imaginando que seria ele próprio o tal homem. Ele sugeriu ao rei que o homem a quem o rei pretendia honrar, fosse vestido com as vestes reais, montasse no cavalo do rei, usasse a coroa real e fosse conduzido por um dos príncipes do rei, com a seguinte proclamação: “Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!” (Et 6.6.7-9). Para surpresa dele, o rei mandou que fizessem como ele sugeriu ao judeu Mardoqueu e que ele, que era o principal príncipe, saísse pelas ruas puxando o cavalo do rei com Mardoqueu montado nele. Ora, isso foi uma grande humilhação para um megalomaníaco como Hamã. 

Qual deve ser a nossa postura diante da honra? Se o honrado for outra pessoa, devemos nos alegrar por isso. Como disse o comentarista, ficar triste porque alguém foi honrado é sinal de orgulho. Este foi o comportamento de Caim, que ficou tão irritado porque Deus recebeu a oferta do seu irmão Abel, que o matou. Ele ficou irritado não apenas porque Deus rejeitou a ele e à sua oferta. Se fosse esse o caso, ele ficaria chateado apenas com Deus, mas não mataria o seu irmão, que não tinha nada a ver com aquilo. Saul também se comportou dessa forma e quis matar Davi, porque as mulheres elogiaram Davi mais do que a ele (1 Sm 18.7-11). Este comportamento, além de ser um sinal de soberba, é também inveja, que é o descontentamento com o sucesso e as posses do outro. 

Se o honrado formos nós, precisamos também ter cuidado, para não incorrermos no erro de Hamã. Quando foi exaltado pelo rei, Hamã elevou o seu coração e exigia que todos se curvassem diante dele. Honra é algo que recebemos por merecimento, ou por graça de alguém. Por isso, jamais deve ser exigida. Sempre que recebermos algum tipo de honra devemos lembrar de agradecer a Deus, pois tudo vem dele, e nunca dar lugar à vaidade, ou se achar melhor do que os outros. Mardoqueu foi honrado pelo rei, mas depois disso voltou ao seu trabalho normalmente. 

Depois disso, outra honra ainda maior viria para ele, como veremos na última lição deste trimestre. “Pois todo o que se exalta será humilhado, e o que se humilha será exaltado". (Lc 14.11). É importante esclarecer que este texto não diz que aqueles que forem humilhados serão exaltados, como muitas pessoas dizem por aí, falando em revanche, esperando a humilhação dos seus desafetos. Jesus disse que aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado, não disse que aquele que for humilhado pelos outros será exaltado. Portanto, em qualquer circunstância da nossa vida devemos aprender com Jesus e manter a humildade.


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág. 41. 

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.693-94.

11 setembro 2024

O REI SE LEMBRA DA BOA AÇÃO DE MARDOQUEU

(Comentário do 1º tópico da lição 11: A humilhação de Hamã e a honra de Mardoqueu)

Ev. WELIANO PIRES


No primeiro tópico falaremos da lembrança do rei em relação ao ato de lealdade de Mardoqueu. Veremos que aquela noite foi uma noite decisiva, pois, dois destinos se preparavam para Mardoqueu: De um lado, o rei perdeu o sono e pediu que lessem as crônicas e decidiu honrar Mardoqueu; por outro lado, Hamã, tomado pelo ódio, preparou uma forca para matá-lo. Veremos que haviam dois destinos diferentes preparados para Mardoqueu, enquanto ele dormia: a honra ou a forca. Por último, veremos que estes fatos aconteceram cinco anos depois do ato heróico de Mardoqueu. Aparentemente, havia caído no esquecimento. Mas Deus tirou o sono do rei e providenciou esta honra para Mardoqueu. 


1- Uma noite decisiva. O rei Assuero e Hamã saíram do primeiro banquete de Ester, no qual ela não revelou ainda a sua petição, mas os convidou para outro banquete. Cada um seguiu para a sua casa, mas o comportamento dos dois naquela noite após o banquete foi muito diferente. Aquela noite seria decisiva tanto para Mardoqueu, quanto para o povo judeu, sem que eles soubessem o que se passava no palácio. 

O rei perdeu completamente o sono e pediu que lessem o livro crônicas do palácio, onde eram registrados os fatos importantes do dia a dia da corte. Ao descobrir o ato heroico de Mardoqueu que salvou a sua vida, o rei perguntou o que havia sido feito a Mardoqueu, por aquela atitude de lealdade, e os seus servos responderam que nada fora feito. O rei, então, desejou honrá-lo.

Por outro lado, Hamã foi para a sua casa jubiloso, sentindo-se muito importante, por ter sido o único além do rei, a ser convidado para o banquete de Ester. Na saída do palácio, como diz o ditado, “jogaram um balde de água fria” em sua alegria. Ele passou por Mardoqueu e notou que ele não se curvou diante dele, como todos o faziam. Imediatamente, a alegria de Hamã se converteu em ódio. 

Ao chegar em casa, tomado pelo ódio, Hamã desabafou com a sua esposa Zeres e com os seus amigos mais próximos, contando toda a sua frustração. Hamã descreveu em sua casa, as suas riquezas e a honra que recebera da rainha por ter sido convidado para aquele banquete e para o próximo. Em seguida, expôs todo o seu descontentamento, porque Mardoqueu estragou a sua alegria, ao não se curvar diante dele. 

Naquela noite, o rei perdeu o sono, mesmo sem Ester ter lhe falado a tão esperada petição e tê-lo convidado para outro banquete. Após saber do ato de lealdade de Mardoqueu, aparentemente por coincidência, o rei decidiu honrá-lo. Por outro lado, Hamã foi aconselhado por sua esposa e pelos amigos a enforcar Mardoqueu. Tomado pelo ódio, Hamã mandou preparar a forca para Mardoqueu. Em tudo isso, podemos ver a ação de Deus, para dar livramento e honrar Mardoqueu, enquanto ele dormia. Dois destinos foram traçados para Mardoqueu, mas é Deus quem determina o que vai acontecer aos seus servos. 


2- Forca ou honra. Mesmo com uma sentença de morte para ele e o seu povo decretada, e com data marcada para isso acontecer, Mardoqueu dormiu naquela noite, sem imaginar o que acontecia no palácio. O banquete foi convocado secretamente por Ester e era restrito. Somente o rei, Ester e Hamã participaram. Além disso, nada foi discutido ali. Veio apenas o convite para mais um banquete. Entretanto, como vimos acima, os desdobramentos que vieram após o banquete, traçaram dois destinos diferentes para Mardoqueu: a honra planejada pelo rei, e a força planejada por Hamã. 

Isso mostra que o pensamento e as ações de outras pessoas podem repercutir em nossas vidas. Mesmo enquanto dormimos, acontecem fatores externos que fogem do nosso controle. Entretanto, os rumos da vida de quem serve a Deus não são determinados pelas pessoas. Deus sempre está no controle de tudo e nada acontece sem a sua permissão. 

No Salmo 127, o salmista diz: “se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela”. Continuando, ele diz que “é inútil acordar cedo e dormir tarde em busca do pão e comer o pão de dores, pois o Senhor dá aos seus amados o sono.” Claro que precisamos fazer a nossa parte, trabalhando e cuidando da nossa segurança, mas sem exageros, pois Deus cuida de nós o tempo todo, principalmente naquilo que não vemos e onde não podemos fazer nada.

O comentarista chama a atenção aqui para a importância dos relacionamentos humanos, na vida do cristão. O Cristianismo é incompatível com isolamento, individualismo e autossuficiência. Cristianismo é relacionamento com Deus e com o próximo. Não pode existir vida cristã isolada em casa, sem congregar, sem relacionamento com os irmãos e sem pastor. Tanto Jesus como os seus apóstolos enfatizaram a necessidade de vivermos em comunhão com os nossos irmãos e ter bons relacionamentos com as autoridades, entre pais e filhos, marido e esposa, patrões e empregados, e obediência aos pastores. 


3- Cinco anos depois. Mardoqueu denunciou o plano de dois guardas que pretendiam assassinar o rei. Os conspiradores foram executados, mas ele não recebeu sequer um elogio por isso. O fato foi registrado no livro das crônicas, mas ninguém se lembrava disso. Mardoqueu continuou fazendo o seu trabalho normalmente e cinco anos se passaram. Alem de não receber nenhuma honraria, Mardoqueu ainda viu o grande inimigo do seu povo ser exaltado e conseguir um decreto para exterminar o povo judeu. 

Entretanto, tudo tem o seu tempo determinado por Deus. Ele está no controle de tudo e no tempo certo, Ele muda tudo para dar vitória aos seus servos. Deus faz rei dormir e sonhar como fez com Faraó e Nabucodonosor, para dar vitórias aos seus servos José e Daniel, respectivamente. Por outro lado, ele fez o rei Assuero perder o sono e pedir para ler as crônicas, e a leitura caiu justamente no registro do feito heróico de Mardoqueu. O rei poderia ter pedido uma música, uma das suas mulheres, uma dança, etc. Mas pediu o livro das crônicas. No livro também tinha muitos registros, mas Deus permitiu que a leitura fosse feita exatamente no caso de Mardoqueu.

Quem sabe, você está se sentindo esquecido e desmotivado de fazer o seu trabalho porque não tem sido valorizado. Além de não ser Reconhecido, às vezes ainda é perseguido. Mas saiba que Deus conhece tudo e está no controle de tudo. Todas as coisas cooperam juntas, para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28). Mesmo que tudo pareça perdido, no tempo certo, Deus muda situações e a vitória virá. 


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág. 41. 

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.693-94.

10 setembro 2024

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 11: A HUMILHAÇÃO DE HAMÃ E A HONRA DE MARDOQUEU

Ev. WELIANO PIRES


REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA


Na lição passada estudamos o tema: O plano de livramento e o papel de Ester. Vimos o papel de Mardoqueu e Ester, para fazer o rei voltar atrás no decreto de eliminação total dos judeus. Ao saber que a morte de todos os judeus estava decretada, Mardoqueu rasgou as suas vestes, vestiu-se de saco, saiu pelas ruas clamando em alta voz e apresentou a Ester um plano para livrar os judeus. Ester, porém, não tinha permissão para falar com o rei e o plano era muito arriscado. Por isso, Ester resolveu buscar a Deus em oração e jejum, antes de colocar o plano em ação. 


TÓPICOS DA LIÇÃO


No primeiro tópico, falamos do perigoso plano de Mardoqueu e o temor de Ester. Falamos do lamento, choro e compadecimento de Mardoqueu e dos judeus, por causa da sentença de morte que estava decretada. Na sequência, falamos do obstáculo real que havia para Ester falar com o rei, pois

ela não tinha permissão para falar com o rei naquele dia e corria o risco de morte, se assim o fizesse. Por último, falamos da relação entre autoritarismo e morte. Assuero foi assassinado, oito anos após os eventos narrados no Livro de Ester. Decisões autoritárias produzem muitos inimigos e nenhum ditador está livre de atentados. 


No segundo tópico, vimos que Mardoqueu convenceu Ester da gravidade da situação. Falamos da importância de confiar na providência divina. Ester jejuou junto com as suas criadas e pediu a Mardoqueu que fizesse o mesmo, junto com o povo. Na sequência, vimos que devemos colocar Deus em primeiro lugar e depois apelar para o homem.  Antes de falar com o rei, Ester buscou a Deus. Por último, vimos que confiar em Deus não é tentá-lo. Ester sabia que não tinha permissão para entrar na presença do rei naquele momento e se desobedecesse poderia ser executada. 


No terceiro tópico, falamos do plano de Ester para falar com o rei. Inicialmente, falamos de prudência, preparação e ação. Ester se preparou espiritual, emocional e fisicamente. Ela colocou as suas vestes reais, foi ao pátio interior da casa real e aguardou ser chamada. Na sequência, vimos que o rei estendeu-lhe o cetro e permitiu que ela fizesse a sua petição. Por último, vimos que Ester agiu em plena sintonia com Deus. Se ela fosse precipitada, já teria denunciado Hamã imediatamente e poderia ter colocado tudo a perder.


LIÇÃO 11: A HUMILHAÇÃO DE HAMÃ E A HONRA DE MARDOQUEU


INTRODUÇÃO 


Nesta lição veremos os fatos que antecederam o segundo banquete oferecido por Ester ao rei Assuero e a Hamã, que era o homem mais poderoso do império e o maior inimigo dos judeus. Trataremos de dois episódios muito importantes relatados no Livro de Ester: a humilhação de Hamã e a honra de Mardoqueu. Estes dois fatos não aconteceram por coincidência, mas por providência divina. 


Deus fez com que o rei perdesse o sono e também que ele pedisse que se lessem as crônicas do palácio, nas quais contavam o ato heróico de Mardoqueu. Mesmo tendo perdido o sono, o rei poderia ter pedido muitas coisas naquela noite de insônia, mas pediu exatamente algo que resultaria na honra de Mardoqueu, que além de ter sido esquecido, ainda contava com uma sentença de morte. 


Por outro lado, o exaltado Hamã tomado pelo ódio, preparou uma forca para Mardoqueu e tinha ido ao palácio pedir autorização ao rei para executá-lo. Por providência divina, o rei perguntou exatamente a ele, o que deveria ser feito ao homem de cuja honra o rei se agrada. O rei poderia ter pensado por conta própria, ou ter pedido a opinião de outra pessoa. Em sua arrogância e presunção, Hamã achou que este homem só poderia ser ele e fez uma sugestão de honra ao seu maior inimigo sem saber. O rei, então, ordenou que ele fizesse a sugestão dele para com Mardoqueu. 


TÓPICOS DA LIÇÃO


No primeiro tópico falaremos da lembrança do rei em relação ao ato de lealdade de Mardoqueu. Veremos que aquela noite foi uma noite decisiva, pois, dois destinos se preparavam para Mardoqueu: De um lado, o rei perdeu o sono e pediu que lessem as crônicas. Ao descobrir o ato heroico de Mardoqueu, desejou honrá-lo. Do outro lado, Hamã, tomado pelo ódio, preparou uma forca para matá-lo. Veremos que haviam dois destinos diferentes preparados para Mardoqueu, enquanto ele dormia: a honra ou a forca. Isso mostra que o pensamento e as ações de outras pessoas podem repercutir em nossas vidas. Por último, veremos que estes fatos aconteceram cinco anos depois do ato heróico de Mardoqueu. Aparentemente, havia caído no esquecimento. Mas Deus tirou o sono do rei e providenciou esta honra para Mardoqueu. 


No segundo tópico veremos que Hamã foi chamado para exaltar Mardoqueu. Veremos que esta exaltação foi um ato de justiça, pois Mardoqueu não havia recebido nenhuma honra por ter salvado a vida do rei. Na sequência, falaremos da presunção e autoconfiança de Hamã. O rei perguntou a Hamã, que tipo de honra deveria ser dada ao homem de cuja honra o rei se agrada. Em sua presunção e autoconfiança, Hamã concluiu que o rei só poderia está falando dele, pois cria que o rei não poderia se agradar de alguém mais do que dele. Por último, falaremos do devido lugar da honra. Hamã sugeriu que fossem feitas honrarias especiais pelas ruas ao tal homem. Para surpresa dele, o rei mandou que fizessem como ele sugeriu a Mardoqueu e isso foi uma grande humilhação para ele. Entristecer-se com a honra de alguém é sinal de orgulho. Se formos honrados, devemos sempre manter a humildade. 


No terceiro tópico, falaremos da síndrome do imperador. Veremos que a soberba do coração de Hamã, demonstrada em sua sugestão ao rei, evidencia que ele tinha a síndrome do imperador.  Esta síndrome tem sido comum em muitas crianças e adolescentes dos nossos dias, que são egocêntricos, ditam regras e exigem que se faça o que eles querem, pois acham que o mundo gira em torno deles. Por último, falaremos do mau prenúncio que veio a Hamã. Ao saber que o honrado seria Mardoqueu e não ele, Hamã foi para casa e chegou arrasado, por ter que honrar publicamente o seu maior inimigo. Chegando lá, ouviu da esposa e dos amigos que aquilo era o prenúncio da sua iminente derrota humilhante. 


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág. 41. 

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.693-94.

08 setembro 2024

DIA NACIONAL DE MISSÕES


Nas Assembléia de Deus no Brasil 

No segundo domingo de setembro

Em todo o país este povo varonil 

Fala de missões aos seus membros


Foi instituído pela Convenção Geral 

Como um dia de conscientização 

Para em todo o território nacional 

Falarmos da importância da Missão


Jesus é o exemplo de missionário

Veio a este mundo com uma missão 

De entregar-se na Cruz do Calvário 

Pagando o preço da nossa redenção 


Os seus discípulos foram enviados 

Primeiro os doze, depois os setenta

Para irem aos campos e valados

Saciar a sede de pessoas sedentas


Antes de subir ao Céu, Jesus ordenou

Que os discípulos saíssem a pregar

Continuando a missão que Ele iniciou

E prometeu com eles sempre estar


Os discípulos ficaram em oração

Até serem revestidos de poder 

Para, então, cumprir esta missão

Ousadamente e sem nada temer


No início, eles se acomodaram

Ficaram apenas em Jerusalém 

Perseguidos, eles se espalharam

E pregaram aos gentios também


Milhares de pessoas se converteram

Cada convertido era um missionário

Muitos deles por sua fé morreram

Nas mãos de terríveis adversários


A mensagem pelo mundo se espalhou

Alcançando também outros continentes

Ásia, Europa, América e aqui chegou

Sem missões não seríamos crentes


Hoje é Dia Nacional de Missões

Dia de interceder e também de ir

Levar a mensagem aos corações

Sem esquecer também de contribuir.


Ev. WELIANO PIRES

Assembléia de Deus - Ministério do Belém - São Carlos, SP

O GRANDE LIVRAMENTO

(Comentário do 3° tópico da lição 12: O banquete de Ester – Denúncia e livramento)   Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, falaremos do gra...