20 abril 2024

CÉU: O FIM DA JORNADA CRISTÃ

(comentário do 3º tópico da Lição 03: O Céu - o destino do cristão).

Ev. WELIANO PIRES


No terceiro tópico, falaremos do Céu como o fim da jornada cristã. No final desta jornada, nós estaremos onde Deus habita e o veremos face a face, como Ele é. As lágrimas cessarão no Céu, pois o Senhor as enxugará e todos os males e sofrimentos deste mundo cessarão. O Céu será o nosso eterno descanso, não no sentido de passar a eternidade entediados e sem nenhuma atividade. No Céu haverá adoração, serviços e aprendizagem plena. Será um lugar de descanso das nossas fadigas e tribulações. 


1- Estaremos onde Deus está. Antes de pensarmos nas glórias e riquezas da Nova Jerusalém, devemos pensar que lá veremos a Deus. Como diz o hino 118 da nossa Harpa Cristã: Face a face espero vê-lo…”. O que faz o Céu ser glorioso não é apenas o que existe lá, mas o fato de Deus estar lá. Aqui neste mundo, nós temos a presença de Deus conosco e falamos com Ele. Mas no Céu, nós o veremos como Ele é e estaremos para sempre com Ele. 


Sempre que o Novo Testamento fala do Céu, como a nossa eterna morada, menciona o fato de que estaremos para sempre com o Senhor. Quando Jesus falou que viria outra vez para nos buscar, em João 14, Ele diz: "E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também." (Jo 14.3). A promessa de Jesus não visa apenas nos levar para um lugar glorioso, mas levar-nos para junto dele. Ele nos ama e quer estar conosco. Nós também, se o amamos, devemos almejar estar com Ele. O apóstolo Paulo também disse que desejava partir estar com Cristo, que é incomparavelmente melhor. (Fp 1.21). 


2- As lágrimas cessarão. Desde que o pecado entrou no mundo, os seres humanos para a conviver com muitos dissabores, dores, tristezas e com a triste realidade da morte. Adão e Eva viviam no Paraíso, desfrutando da presença de Deus todos os dias. Não tinham necessidade de nada e não tinham motivos para chorar. Mas escolheram desobedecer a Deus e foram expulsos do Jardim de Deus. 


Uma das primeiras tragédias que eles experimentaram foi um dos filhos assassinar o outro. Além de perder um filho de forma trágica, tiveram que conviver com a realidade de ter um filho assassino e fugitivo. Certamente, derramaram muitas lágrimas com esta tragédia. Os seus descendentes foram aumentando e a maldade também aumentou, até que chegou ao limite e Deus interveio com o dilúvio. 


Ao longo de toda a história da humanidade, muitas lágrimas continuam sendo derramadas por pais que perdem os seus filhos, filhos que perdem os pais, maridos e esposas que ficam viúvos, pessoas que sofrem injustiças, outros sofrem com enfermidades, etc. Enquanto estivermos neste corpo mortal, esta será a nossa realidade, mesmo servindo a Deus. 


Entretanto, a Palavra de Deus nos assegura que, na Nova Jerusalém, o Senhor enxugará dos nossos olhos toda lágrima. O apóstolo João viu esta linda cidade e disse que ali não haverá mais mortes, clamor, pranto, nem dores, pois as primeiras coisas já terão passado. Glória a Deus! Que maravilha será viver assim! Como diz o coro do hino 271 da Harpa Cristã: 


Ali não há tristeza e dor, Nenhum pesar, nem aflição; 

Quando eu estiver morando lá. Direi: não há tribulação.


3- O Céu como repouso eterno. A Palavra de Deus também nos apresenta o Céu como um lugar de descanso. Em Apocalipse 14.13, o apóstolo João ouviu uma voz do Céu que lhe dizia: “Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem”. Em vários hinos da nossa Harpa Cristã também, nós cantamos que iremos descansar no Céu, como por exemplo, o coro do hino 204, que diz:


No Céu de Luz, vou descansar

Com meu Jesus, hei de morar.


Quando a Bíblia fala de descanso no Céu, não se refere uma eternidade cheia de tédio e ociosidade. Lá haverá muita atividade, conforme nos mostrou o comentarista. No Céu  haverá muitas atividades: adoração (Ap 19.1-8); serviço (Ap 22.3); ilimitada aprendizagem (1 Co 13.12). O descanso que haverá no Céu é em relação ao nosso sofrimento e às lutas desta vida. 


No Céu teremos um corpo glorificado, que não adoece, não se cansa e, portanto, não necessita de descanso. Além disso, uma eternidade com total inatividade seria um tédio. Se aqui neste mundo, que o nosso corpo cansa, adoece e se esgota, já é chato ficar muito tempo sem fazer nada, imagine ficar para sempre sem nenhuma atividade! O Céu será lugar de plena comunhão, harmonia, alegria e felicidade indizíveis. 


REFERÊNCIAS:


GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta: O caminho da Salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 97, pág. 37, 2º Trimestre de 2024.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.636

Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.199,200


19 abril 2024

A DESCRIÇÃO DO CÉU SEGUNDO O LIVRO DO APOCALIPSE

(comentário do 2º tópico da Lição 03: O Céu - o destino do cristão).

Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico, falaremos da descrição do Céu conforme o Livro do Apocalipse. Discorremos sobre o Novo Céu e a Nova Terra, vistos pelo apóstolo João. Falaremos também da linda cidade que João viu, que será a nossa eterna morada. João descreveu a beleza desta cidade e disse que ali não haverá mais morte, tristezas nem dores. A Nova Jerusalém será o nosso eterno lar. 

1- O novo céu e a nova terra. Esta terra com tudo o que nela há, estão contaminados pelo pecado, portanto, tem prazo de validade e serão destruídos (2 Pe 3.12). No período do Milênio, logo após a Grande Tribulação, o Senhor Jesus descerá com a Igreja e restaurará esta terra, conforme os padrões do Éden. Porém, isso ainda não será a eternidade. 

No final do Milênio, o inimigo será solto da sua prisão, sairá a enganar as nações e ajuntará uma grande multidão para pelejar contra Cristo. Mas serão vencidos e ele será lançado no Lago de fogo (Ap 20.7-10). Depois disso, o Céu e a Terra desaparecerão, pois não resistirão ao esplendor da Glória de Deus: “E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles”. (Ap 20.11).

A nossa esperança não está nesta vida ou nesta terra. Não esperamos que este mundo melhore, ou que esta terra seja restaurada para vivermos eternamente aqui. A nossa cidade descerá do Céu, preparada para a habitação dos salvos (Ap 21.2). Nós esperamos um novo Céu e uma nova terra, nos quais habita a justiça (2 Pe 3.13). 

Anos depois do apóstolo Pedro escrever estas coisas, o apóstolo João viu um novo céu e uma nova terra e descreveu as coisas que viu. João falou que viu um novo céu e uma nova terra, porque o primeiro céu e a primeira terra haviam passado e o mar não existia mais (Ap 21.1). Falaremos com mais detalhes sobre estas descrições de João na última lição deste trimestre. 

Conforme explicou o comentarista, a palavra “novo” neste texto de Apocalipse 22.1, no grego é kainós, que significa algo novo, que ainda não foi usado. Logo, não se refere a uma restauração da terra e céu atuais, como dizem as Testemunhas de Jeová. Trata-se da criação de um novo Céu e uma nova terra, totalmente diferentes de tudo o que existe hoje. 

2- A linda cidade como nossa nova morada. Conforme explicou em sua aula, o Ev. Tiago Rosas, do Canal EBD Inteligente, esta lição trata do mesmo assunto da lição 13, que fala da Cidade Celestial. Até o texto áureo (Fp 3.20) é o mesmo desta lição. Este tópico e o próximo, especialmente, tratam do mesmo assunto que será abordado mais detalhadamente na última lição. Portanto, é importante que o professor não se ater aos detalhes da visão que João teve da Nova Jerusalém, para não antecipar o assunto da última lição. 

A linda cidade que os salvos irão morar é chamada de Nova Jerusalém (Ap 21.2). Na Carta enviada à Igreja de Filadélfia, bem antes de João ter a visão desta cidade, o Senhor Jesus fez menção a esta cidade:  “Farei do vencedor uma coluna no santuário do meu Deus, e dali ele jamais sairá. Escreverei nele o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce dos céus da parte de Deus; e também escreverei nele o meu novo nome.” (Ap 3.12). O apóstolo Paulo também fez menção a esta cidade, como “a Jerusalém que vem de cima”. (Gl 4.26). 

É importante que a Nova Jerusalém vista por João no Apocalipse, não se trata da mesma cidade vista pelo profeta Ezequiel (Ez 48.30-34). Esta cidade será construída no milênio, após a Grande Tribulação, quando o Senhor Jesus estabelecer o seu Reino de mil anos aqui na terra. Ela será no mesmo local da atual Jerusalém, no território de Israel, com algumas alterações nas medidas, no formato e nas portas. 

A Nova Jerusalém, vista por João, descerá do Céu e é onde os salvos passarão a eternidade. A Jerusalém Celestial é um projeto arquitetônico do próprio Deus e será o lar eterno dos salvos. Abraão e outros heróis da fé, aguardavam esta cidade, sem a conhecer, pela fé: “Pela fé, habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus.” (Hb 11.9,10).


REFERÊNCIAS:


GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta: O caminho da Salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 97, pág. 37, 2º Trimestre de 2024.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.636

Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.199,200


18 abril 2024

CÉU: O ALVO DE TODO CRISTÃO

(Comentário do 1º tópico da LIÇÃO 03: O CÉU - O DESTINO DO CRISTÃO) 

Ev. WELIANO PIRES


No primeiro tópico, veremos que o Céu é o alvo de todo cristão. Mostraremos as definições da palavra Céu, no Antigo e no Novo Testamento. Depois, falaremos do Céu conforme o ensino do apóstolo Paulo, que foi arrebatado ao terceiro Céu e viu coisas inefáveis que, segundo ele, não é lícito mencioná-las aos seres humanos. Por último, veremos Céu é o nosso alvo e depois de salvos não pertencemos mais a este mundo.


1- Definindo céu. Há muita curiosidade e também muita especulação sobre o Céu. Muitas pessoas contam supostas visões que tiveram sobre o Céu, mas seguem as suas próprias fantasias de como imaginam ser o Céu. No Livro de Apoio, o comentarista descreve o pensamento da teologia judaica antiga, que afirmava existir sete Céus, sendo o último, a morada de Deus. 

Para nós, o que interessa saber é o que a Bíblia ensina sobre o Céu. O texto hebraico do Antigo Testamento usa a palavra shamayim, traduzida por Céu, firmamento, ou Céus. O Novo Testamento, por sua vez, usa a palavra grega ouranós, com o mesmo sentido. Estas palavras se referem a locais distintos, que podem ser determinados pelo respectivo contexto. 


Conforme o comentarista nos descreveu, as palavras shamayim e ouranós, são usadas na Bíblia para se referir a três lugares:

1. O Céu atmosférico. (Dt 11.11,17). É o Céu que contemplamos a olho nu, por onde circulam os pássaros e onde estão as nuvens.

2. O universo ou firmamento dos Céus (Gn 1.14; Hb 1.10). Refere-se ao Céu cósmico, onde estão os planetas, cometas, satélites e galáxias, que só podem ser vistos por telescópios. 

3. A morada de Deus (Is 63.15; Mt 7.11,21). Este Céu está muito além da atmosfera e do Céu cósmico. Trata-se do mundo espiritual. Não está acessível aos olhos humanos, nem mesmo através dos mais sofisticados aparelhos.

2- O céu conforme o ensino de Paulo. O ensino do apóstolo Paulo sobre o Céu não é o mesmo dos rabinos judaicos, dos quais ele fazia parte, antes da sua conversão a Cristo. Paulo falou sobre o Céu em vários textos das suas epístolas, com base nas revelações que ele recebeu do Senhor Jesus. A perspectiva de Paulo sobre o Céu não está relacionada apenas a um lugar, mas ao fato de estarmos com Cristo. Escrevendo aos Filipenses, Paulo disse: “Mas a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo”. (Fp 3.20). Na mesma Epístola, no capítulo 1, no versículo 21, Paulo diz: “...tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor.”

No texto de 2 Coríntios 12, Paulo faz menção a um homem em terceira pessoa, referindo-se a si próprio, que foi arrebatado em espírito ao “terceiro céu” ou o Paraíso de Deus, e viu coisas inefáveis que, segundo ele, não é lícito falar aos seres humanos. O terceiro Céu (Gr. Trito ouranós) (2 Co 2.9) é uma referência ao Paraíso, que é o lugar intermediário para onde vão os que morreram em Cristo, que aguardam a ressurreição. Não é ainda o estado eterno do cristão, que será a Nova Jerusalém (Ap 22.3), como veremos no próximo tópico. 

Se há um terceiro Céu, como disse Paulo, evidentemente, há também o segundo Céu. Não está claro na Bíblia qual seria este segundo Céu. Segundo a explicação do Pr. Ciro Sanches Zibordi, podemos conjecturar que este Céu seria as regiões celestiais, onde o diabo e os seus anjos atuam (Ef 6.12). E o primeiro céu, qual seria? É o Céu que podemos ver, ou seja, o céu atmosférico, conforme vimos no subtópico anterior. 


3- O alvo do cristão. O Céu representa o fim da carreira do cristão. É a nossa linha de chegada, no final desta maratona que estamos correndo neste mundo. A partir do momento em que nascemos de novo, como vimos na primeira lição, não pertencemos mais a este mundo. Passamos a viver aqui como peregrinos e forasteiros, em direção ao nosso eterno lar. Neste sentido, o apóstolo Paulo escreveu aos colossenses: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.” (Cl 3.1).

Com muita tristeza, presenciamos em muitos púlpitos nos dias atuais, mensagens voltadas unicamente a esta vida. Fala-se muito em vitórias, prosperidades, curas, autoajuda, autoafirmação, sucesso no casamento e muitas outras coisas voltadas a nossa existência terrena. As músicas que se cantam atualmente em nossas igrejas, em sua grande maioria, seguem esta tendência. Os hinos da Harpa Cristã, Cantor Cristão e outros hinários evangélicos do passado, falavam muito do Céu. Falavam também da nossa vida aqui como um período temporário de lutas e aflições, que nós deveríamos suportar com paciência, pois o nosso alvo é o Céu. Voltemos urgente a pregar o verdadeiro Evangelho de Cristo, que consiste na Salvação dos pecadores, para levá-los ao Céu e não conceder-lhes vida confortável neste mundo. 


REFERÊNCIAS:


GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta: O caminho da Salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 97, pág. 37, 2º Trimestre de 2024.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.636

Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.199,200

15 abril 2024

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 03: O CÉU – O DESTINO DO CRISTÃO


Ev. WELIANO PIRES

REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA

Na lição passada, estudamos a analogia da porta estreita e da porta larga, usada por Jesus, para se referir, respectivamente, à vida com Cristo e à vida segundo o curso deste mundo.

No primeiro tópico falamos sobre os dois tipos de porta e caminho: o estreito e apertado, e o largo e espaçoso. Vimos que a porta estreita e o caminho apertado ilustram a maneira de viver do cristão e que a porta larga e o caminho apertado apontam para uma vida sem compromisso com Deus. 

No segundo tópico, vimos por que é difícil entrar pela porta estreita. A porta está aberta a todos, mas tem muitas dificuldades e se torna difícil entrar por ela.  Por outro lado, vimos que a ponta larga é atraente e oferece facilidades e oportunidades de prazer neste mundo. Entrar pela porta estreita e seguir pelo caminho apertado não é algo que pode ser realizado pelo homem natural. 

No terceiro tópico, falamos de três condições para entrar pela porta e pelo caminho estreito, com base na pregação de João Batista que são: o arrependimento dos pecados, a confissão de pecados e a produção de frutos de arrependimento. No registro de Lucas sobre a pregação de João Batista, ele registra exemplos destes frutos: misericórdia, honestidade e respeito às autoridades e às leis.


LIÇÃO 03: O CÉU – O DESTINO DO CRISTÃO


INTRODUÇÃO 


Nesta lição estudaremos sobre o ponto de chegada, ou o final da nossa corrida neste mundo, que é o Céu. Depois de passar por uma vida de lutas e tribulações, vivendo neste mundo como peregrinos e forasteiros neste mundo, finalmente chegaremos ao nosso lar eterno, que é o Céu. Muitas pessoas, até mesmo algumas que se dizem cristãs, tentam negar a existência do Céu, ou que nós vamos para lá. Mas, o próprio Jesus prometeu aos seus discípulos que iria para o Pai e voltaria para buscá-los, para que eles estivessem onde Ele estiver (Jo 14.2-3).


TÓPICOS DA LIÇÃO 


No primeiro tópico, veremos que o Céu é o alvo de todo cristão. Mostraremos as definições da palavra Céu, no Antigo e no Novo Testamento, mostrando os diferentes tipos de locais aplicados à palavra Céu na Bíblia. Depois, falaremos do Céu conforme o ensino do apóstolo Paulo, que foi arrebatado ao terceiro Céu e viu coisas inefáveis que, segundo ele, não é lícito mencioná-las aos seres humanos. Por último, veremos Céu é o nosso alvo e depois de salvos não pertencemos mais a este mundo.

No segundo tópico, falaremos da descrição do Céu conforme o Livro do Apocalipse. Discorremos sobre o Novo Céu e a Nova Terra. João viu um Novo Céu e uma Nova Terra, pois o primeiro Céu e a primeira terra haviam passado e o mar já não existia. Falaremos também da linda cidade que João viu, que será a nossa nova morada. João descreveu a beleza desta cidade e disse que ali não haverá mais morte, tristezas nem dores. A Nova Jerusalém será o nosso eterno lar. 

No terceiro tópico, falaremos do Céu como o fim da jornada cristã. Veremos que, no final desta jornada, nós estaremos onde Deus habita e o veremos face a face, como Ele é. Na sequência, veremos que as lágrimas cessarão ali, pois o Senhor enxugará dos nossos olhos toda lágrima e todos os males e sofrimentos deste mundo cessarão. Por último, falaremos do Céu como o nosso eterno descanso, não no sentido de passar a eternidade entediados e sem nenhuma atividade. No Céu haverá adoração, serviços e aprendizagem plena. Será um lugar de descanso das nossas fadigas e tribulações. 



REFERÊNCIAS:


GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta: O caminho da Salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 97, pág. 37, 2º Trimestre de 2024.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.636

Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.199,200

12 abril 2024

ENTRANDO PELA PORTA E PELO CAMINHO DO CÉU

(Comentário do 3º tópico da Lição 02: A escolha entre a porta estreita e a porta larga). 

Ev. WELIANO PIRES


No terceiro tópico, veremos três condições para entrar pela porta e pelo caminho estreito, com base na pregação de João Batista que são: o arrependimento dos pecados, a confissão de pecados e a produção de frutos de arrependimento. No registro de Lucas sobre a pregação de João Batista, ele registra exemplos destes frutos: misericórdia, honestidade e respeito às autoridades e às leis.


1. Arrependimento de pecados. A base da mensagem pregada por João Batista, no deserto da Judéia, era o arrependimento dos pecados. João começou a pregar dizendo: “Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos Céus”. (Mt 3.1). O arrependimento aparece também logo no início da mensagem pregada por Jesus. Quando Ele iniciou o seu ministério, logo após o seu batismo no Rio Jordão, começou a pregar dizendo: "O tempo está cumprido, o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no Evangelho". (Mc 1.15). 


Da mesma forma, o apóstolo Pedro, após o seu longo discurso, no Dia de Pentecostes, ao ser indagado pela multidão sobre o que deveriam fazer, ele prontamente respondeu: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.” (At 2.38). Em outro discurso, após a cura do coxo na porta do templo, Pedro repetiu a mesma mensagem de arrependimento: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor.” (At 3.19). A base da mensagem do Reino de Deus, portanto, está no arrependimento dos pecados e retorno para Deus.


Muitas pessoas não sabem o que é arrependimento. Pensam que apenas o fato de confessar que errou e pedir perdão significa que se arrependeu. É comum, quando assassinos são presos, os jornalistas perguntarem se estão arrependidos. Os mais cruéis dizem que não e que fariam tudo de novo. Mas há os fingidos, que choram e se dizem arrependidos. Entretanto, se fossem soltos naquele momento, continuariam fazendo a mesma coisa ou até pior.


Muitos confundem arrependimento com remorso. Mas são coisas diferentes. O remorso acontece quando a pessoa pratica algo errado e teme as consequências dos seus atos, mas se pudesse faria tudo de novo. O arrependimento acontece quando a pessoa é convencida pelo Espírito Santo e passa a pensar e agir diferente, por convicção. A palavra grega traduzida por arrependimento é "metanoia". O verbo é  “metanoeo”. Esta palavra é formada de dois vocábulos gregos: "meta" (que vai além, depois, ou mudança) e "nous" (pensamento). Portanto, metanoia significa literalmente "mudança de pensamento". Esta mudança inclui o abandono do pecado e a volta para Deus. 


2. Confissão de pecados. A confissão nacional dos pecados em Israel fazia parte do Dia da Expiação (Yom Kippur): “E confessará o seu pecado que cometeu; pela sua culpa, fará plena restituição, segundo a soma total, e lhe acrescentará a sua quinta parte, e a dará àquele contra quem se fez culpado.” (Nm 5.7). Havia também a confissão pessoal dos pecados, como no caso de Davi, que orou a Deus, confessando o seu pecado e pediu perdão (Sl 51). Os profetas também, ao intercederem pelo povo faziam a confissão dos pecados, como no caso de Neemias: “...E faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, que pecamos contra ti, também e a casa de meu pai pecamos”.  (Ne 1.6b). Daniel também orou confessando os seus pecados e os do povo: “Estando eu ainda falando e orando, e confessando o meu pecado, e o pecado do meu povo Israel…” (Dn 9.20a). 


No Novo Testamento vemos que, após João Batista pregar a mensagem de arrependimento, as pessoas iam ter com ele para serem batizados e confessavam os seus pecados: “Então ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judéia, e toda a província adjacente ao Jordão; E eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.” (Mt 3.5,6). O batismo, em si, não tem nenhum poder salvífico. Ele deve estar acompanhado do arrependimento e confissão dos pecados. 


É importante esclarecer que confessar pecados significa admitir a culpa e não contar os pecados a um sacerdote, ou torná-los públicos. No grego a palavra confessar é “omologomen”. Esta palavra deriva de “omos” (a mesma coisa) e “lego” (dizer). Portanto, significa “dizer a mesma coisa que outra pessoa”, ou “admitir que uma acusação é verdadeira”. A Igreja Católica ensina a prática da confissão dos pecados aos sacerdotes, como condição para obter o perdão. Seguindo esta tradição, muitas Igrejas evangélicas também ensinam que o crente deve confessar publicamente os seus pecados ao pastor e até à Igreja. 


Não há nenhum fundamento bíblico para isso. Na Nova Aliança não existem sacerdotes ou mediadores entre Deus e os homens, além de Jesus (1Tm 2.5). Devemos confessar os nossos pecados a Deus, se pecarmos contra Ele e aos irmãos que ofendemos. Ou seja, se eu pecar somente contra Deus, devo pedir perdão somente a Ele. Se pecar contra a minha esposa, devo pedir perdão a ela. Caso ofenda a algum irmão, devo procurá-lo pessoalmente, reconhecer o meu pecado e pedir-lhe perdão. Falaremos mais sobre este assunto na lição 08, quando estudaremos o tema “confessando e abandonando o pecado.”


3. Produzindo frutos de arrependimento. Alguns dos fariseus e dos saduceus, vendo que João batizava, também pegaram a fila para o batismo. Mas João os repreendeu dizendo: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento” (Mt 3.7). No  registro de Lucas sobre a pregação de João Batista, ele registra exemplos destes frutos. 


A multidão o interrogou sobre o que deveriam fazer para produzir tais frutos. João, então, recomendou a misericórdia para com os necessitados: “Quem tiver duas túnicas, reparta com o que não tem, e quem tiver alimentos, faça da mesma maneira.” (Lc 3.11). Os publicanos, que eram cobras de impostos e eram odiados por cobrarem mais do que era devido, também perguntaram o que deveriam fazer. João lhes recomendou a honestidade: “Não peçais mais do que o que vos está ordenado.”(Lc 3.13). Por último, os soldados, indagaram a João o que lhes seria recomendado fazer e ele lhes recomendou o respeito às autoridades e às leis: “A ninguém trateis mal nem defraudeis, e contentai-vos com o vosso soldo.” (Lc 3.14). 


Com este ensino de João Batista, aprendemos que o problema não está em nossa profissão e sim na forma como a executamos. As Testemunhas de Jeová, por exemplo, dizem que um cristão não pode ser policial ou político. Proíbem os seus membros de fazerem parte das forças armadas e até de votar. Mas a Bíblia não proíbe isso. O cristão pode ser um policial, desde que seja cumpridor das leis. Pode também ser um político, mas tem que ser honesto e honrar o Nome do Senhor em tudo o que fizer. Claro que há profissões que são incompatíveis com o Evangelho, como por exemplo, ser proprietário de bares, casas de prostituições e cassinos, que levam as pessoas à destruição. 

REFERÊNCIAS:


GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta: O caminho da Salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 97, pág. 36, 2º Trimestre de 2024.

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento: Mateus — Atos. Volume 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.61

Dicionário Bíblico Baker.  Rio de Janeiro: CPAD, 1ª Ed. 2023, p.400.

Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.1576

A PROMESSA DA SALVAÇÃO

( Comentário do 1º tópico da Lição 05: A promessa de Salvação) Ev. WELIANO PIRES  No primeiro tópico, falaremos mais detalhadamente sobre a ...