10 outubro 2023

ISRAEL, UM POVO ESCOLHIDO PARA UM PROPÓSITO MISSIONÁRIO

(Comentário do 1⁰ tópico da Lição 03: A Missão Transcultural no Antigo Testamento).

Ev. WELIANO PIRES 


No primeiro tópico, falaremos de Israel, um povo escolhido com um propósito missionário. Inicialmente, falaremos do plano de Deus de proclamar a mensagem de Salvação a todos os povos, que incluía a formação da nação de Israel, para que fossem suas testemunhas. Através deste povo, Deus planejou trazer o Salvador do mundo, que é Cristo, o Senhor. 

Depois, veremos que Israel falhou neste propósito de ser testemunha de Deus, pois se contaminou com as religiões pagãs e deu muita ênfase ao separatismo racial e nacional, o que impedia que testemunhassem a outros povos. 

Por último, falaremos da contribuição de Israel para o mundo. Não obstante, tenha falhado como testemunha do amor de Deus, Israel foi usado por Deus para preservar o Antigo Testamento e traduzi-lo para a língua grega. Foi também através de Israel que Deus enviou o Seu Filho ao mundo para salvar a humanidade.


1- O plano de Deus. Um dos atributos incomunicáveis de Deus é a Sua Onisciência. Esta palavra é a junção de dois termos latinos:  “Omni”, que significa “todo” ou “completo”, e “scientia”, que significa conhecimento. Portanto, Deus é onisciente, porque Ele conhece todas as coisas visíveis e invisíveis, em qualquer época e lugar, neste universo e fora dele. Este termo, evidentemente, não está na Bíblia, pois é uma expressão latina e a Bíblia foi escrita em hebraico, aramaico e grego. Mas a idéia de que Deus conhece tudo e nada passa despercebido diante dele está presente em várias partes da Bíblia (Jó 24:23; Sl 33:13-15; 139:13-16; Pv 15:3; Jr 16:17, etc.).


Presciência (Gr. prognosis) é a parte da onisciência de Deus, segundo a qual, Ele conhece tudo por antecipação e faz os seus planos com base nesse conhecimento: “A este [Jesus] que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela.” (At 2.23,24). Aqui, o apóstolo Pedro em seu discurso no Dia de Pentecostes, disse que Jesus foi entregue para ser crucificado, por um plano predeterminado de Deus. Ou seja, Deus conhecia antecipadamente o futuro e planejou que Cristo seria preso e crucificado por homens injustos, mas ressuscitaria ao terceiro dia. 


Há duas correntes teológicas sobre a presciência de Deus: O Calvinismo e o Arminianismo. O Calvinismo diz que a presciência de Deus significa que Ele não apenas conhece tudo, mas é Ele quem predetermina todas as coisas que irão acontecer, boas ou ruins. Alguns mais radicais chegam a afirmar que Deus é o causador do próprio pecado. 


O Arminianismo, por sua vez, entende que a presciência de Deus significa que Ele conhece tudo o que irá acontecer e, com base nesse conhecimento antecipado, faz os seus planos. Entretanto, Ele concedeu o livre-arbítrio às suas criaturas e não é o causador dos seus atos. 


Há ainda outra interpretação sobre isso, que é herética e antibíblica, que é defendida pelo chamado “Teísmo Aberto”, ou “Teologia Relacional”. Esta heresia diz que Deus não conhece o futuro, mas o descobre e o constrói junto com os seres humanos. 


Ora, antes da fundação do mundo, Deus já sabia que iria criar o ser humano, mas este iria pecar. De antemão, Deus elaborou o plano de Salvação, para salvar o ser humano. Este plano foi anunciado pela primeira vez, em Gênesis 3.15 na sentença que Deus deu à serpente, após a desobediência do primeiro casal, por isso, é chamado de Proto Evangelho. Este plano de Deus incluía a chamada de Abrão, a formação da nação de Israel e a vinda do Messias.


O povo de Israel, portanto, foi escolhido por Deus para ser um povo missionário e testemunhas de Deus às outras nações (Is 42.5-7; 43.10-13). Israel não poderia se misturar com outras nações e deveria se preservar dos costumes e pecados delas. Quando Deus proibiu Israel de se misturar contra outras nações não era por separatismo, discriminação ou preconceito. Deus sabia perfeitamente que esta mistura, inevitavelmente, iria corromper Israel e levá-lo à destruição, como aliás aconteceu algumas vezes durante o período dos juízes e na monarquia. 


2- A falha de Israel. Israel falhou como povo missionário e testemunhas de Deus. Deus libertou Israel da escravidão no Egito e os levou à Terra Prometida. Antes de entrarem nesta terra, Deus ordenou que eles não deveriam se misturar com aqueles povos: “Guarda-te que não faças concerto com os moradores da terra aonde hás de entrar; para que não seja por laço no meio de ti.” (Ex 34.12). Depois que tomaram posse da terra, Josué repetiu esta advertência: “Esforçai-vos, pois, muito para guardardes e para fazerdes tudo quanto está escrito no livro da Lei de Moisés, para que dela não vos aparteis, nem para a direita nem para a esquerda; para que não entreis a estas nações que ainda ficaram convosco; e dos nomes de seus deuses não façais menção, nem por eles façais jurar, nem os sirvais, nem a eles vos inclineis.” (Josué 23.6,7).


Após a morte de Josué, o povo ignorou estas advertências. Contrariando a ordem de Deus, não destruíram totalmente os cananeus e fizeram alianças com eles, para cobrar impostos (Jz 1.28-36). A geração seguinte não conhecia o Senhor e se entregou à idolatria, servindo a Baal e Astarote, deuses dos cananeus (Jz 2.10-13). Por causa disso, o Senhor levantou inimigos cruéis que os dominavam e os oprimiam. Israel se arrependia dos pecados, clamava a Deus e Ele levantava um juiz que os libertava. Porém, após a morte do juiz, voltavam ao pecado e Deus levantava novos inimigos. De novo, o povo clamava e Deus levantava novos juízes. Este ciclo vicioso durou cerca de trezentos anos, até o início da monarquia. 


No período da monarquia a situação era semelhante. Quando o rei era temente a Deus, o povo servia a Deus. Mas quando o rei era ímpio, o povo se desviava de Deus e servia a outros deuses, praticando todo tipo de abominação. Por causa da idolatria de Salomão, Deus permitiu a separação das tribos. Dez delas seguiram a Jeroboão, filho de Nebate, e formaram o Reino do Norte. As outras duas tribos, Judá e Benjamim, ficaram com a descendência de Davi e dela veio o Messias prometido. 


O Reino do Norte, entregou-se completamente à idolatria e não teve nenhum rei que fosse justo. Era um pior do que o outro, praticando abominações iguais, e até piores, do que as que eram praticadas pelas nações que Deus havia expulsado daquela terra. Finalmente, foram entregues ao cativeiro da Assíria. Os assírios os levaram para a sua terra e trouxeram outros povos para habitar na terra de Israel e eles nunca mais voltaram. 


O Reino do Sul teve altos e baixos. Alguns reis eram tementes a Deus: Asa, Josafá, Jotão, Ezequias e Josias; Outros, eram mais ou menos: Roboão, Abias, Amazias, Joás e Uzias, que começaram bem, mas depois se entregaram à idolatria e a outros pecados; Os demais, foram terrivelmente ímpios: Jeorão, Acazias, Atalia, Acaz, Manassés, Amom, Jeoacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias. Apesar de serem muitas vezes advertidos pelos profetas, não deram ouvidos e Deus os entregou ao cativeiro babilônico por setenta anos. Depois os trouxe de volta à sua terra, a fim de cumprir as suas promessas. 


3- A contribuição de Israel para o mundo. Apesar de ter falhado como povo missionário de Deus, praticando a idolatria e muitas abominações como falamos acima, Israel foi usado por Deus para abençoar todas as nações, conforme Ele havia prometido a Abraão. Foi a Israel que Deus entregou as Escrituras do Antigo Testamento. Além de receberem a inspiração divina para escreverem a Palavra de Deus, o povo de Israel foi usado por Deus também para preservar as Escrituras. 


Os israelitas levavam muito a sério a tarefa de copiar as Escrituras. Naquela época não havia impressão como hoje e tudo era copiado à mão. Os escribas eram muito rigorosos nesse processo, para que não houvesse nenhum erro. Se errassem uma letra, inutilizavam toda a cópia e começavam outra. Ao final de uma cópia contavam todas as colunas, palavras e letras. Se houvesse qualquer divergência, aquela cópia seria inutilizada imediatamente. 


Deus usou também o povo de Israel para traduzir as Escrituras para o grego, que era o idioma universal no período do Império Grego. Depois que Alexandre Magno derrotou o Império Medo-persa e dominou toda aquela região, inclusive o território de Israel, muitos judeus que viviam fora da terra Israel falavam o grego e não entendiam mais a língua hebraica. Por isso, havia a necessidade de traduzir as Escrituras para o grego. No século III a.C, foram reunidos 70 rabinos de Israel, para realizarem esta tradução. Por isso esta tradução é chamada de Septuaginta ou Versão dos Setenta e é representada pelo numeral romano LXX. 


REFERÊNCIAS:

GABY, Wagner. Até os confins da terra: Pregando o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. 1ª Ed. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023. Págs. 24-31.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. Ed. 95, p.37. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023.

PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.120-21.

Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. 1° ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp. 349-50.

MISSÕES TRANSCULTURAIS NO ANTIGO TESTAMENTO

SUBSÍDIO DA REVISTA ENSINADOR CRISTÃO / CPAD

Prezado(a) professor(a),

Nesta lição, veremos que Deus escolheu a nação de Israel com um propósito missionário. O plano de reconciliação entre o Criador e a humanidade foi estabelecido desde os tempos antigos e a vontade de Deus era que Seu povo o divulgasse às demais nações. No decorrer da história, percebemos que essa missão não foi acolhida pelos israelitas, haja vista as muitas vezes que o Senhor os repreendeu para que não se contaminassem com as religiões pagãs que habitavam ao seu redor.

Os diversos eventos que ocorreram na história de Israel — a majestosa libertação dos hebreus da escravidão no Egito e as vitórias alcançadas durante a ocupação da Terra Prometida — marcaram a nação e serviram de testemunho às gerações seguintes. Entretanto, as leis e os testemunhos dos profetas não foram suficientes para que os descendentes permanecessem fiéis à aliança que Deus havia estabelecido (Êx 19.5,6). Com o passar dos anos, a iniquidade se multiplicou de modo que não restou alternativa a não ser a repreensão pelo cativeiro (Jr 25.8-12). Nesse período, o Reino do Sul, responsável por manter o concerto divino, foi devastado. Todavia, o propósito divino ficaria firme por meio do remanescente fiel.

Segundo George W. Peters (Teologia Bíblica de Missões, CPAD), “dentre todas as religiões, a religião revelada do Antigo Testamento constitui a missão de Deus no mundo pelo menos de quatro maneiras: 1. Ela é uma ação divina, expressando desaprovação das religiões etnicamente desenvolvidas e humanamente criadas, e das práticas pagãs do mundo. Ela está designada a preservar o mundo da suprema decadência moral e religiosa e de um total vazio espiritual. É a testemunha constante de Deus no mundo (At 14.17); 2. É um monoteísmo étnico, divinamente inspirado, que preserva o homem da desorientação total no panteísmo, na idolatria e no espiritismo. O monoteísmo étnico por si só pode conferir significado ao universo, à história e particularmente à cruz, assim como profundidade ao evangelho da graça; 3. É a criação de Deus para sustentar a esperança divinamente inspirada no Redentor prometido (Gn 3.15), que salvaria a humanidade da condição do pecado e destruição e restauraria sua glória, seu propósito e significado originais; 4. É o chamado divino de uma minoria seletiva usada como instrumento capaz de gerar um ímpeto eficaz missionário na humanidade, almejando bênçãos e salvação para toda a humanidade” (p.108).

Tanto as vitórias de Israel quanto a sua queda serviram de testemunho para que as outras nações soubessem que o relacionamento com Deus não pode ser estabelecido de forma superficial e inconsistente.

09 outubro 2023

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 3: MISSÕES TRANSCULTURAIS NO ANTIGO TESTAMENTO

Ev. WELIANO PIRES

REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA


TEMA:  MISSÕES TRANSCULTURAIS: A SUA ORIGEM NA NATUREZA DE DEUS


Na lição passada, estudamos sobre o grande desafio que é apresentar o Evangelho de Cristo a outros povos, em culturas, tradições e costumes totalmente diferentes dos nossos. Vimos que a ideia de missões transculturais se fundamenta no próprio Deus, pois, Ele se revelou a partir da chamada da família de Abrão, para através desta, alcançar todas as famílias da terra.


I. A natureza missionária de Deus

a. O chamado de Abrão.

b. A missão como atividade de Deus no mundo.

c. O nosso modelo missionário, não são os missionários notáveis da história da Igreja, ou projetos missionários modernos, mas se baseia no próprio Deus.

II. Amor de Deus como o princípio fundamental da história da redenção. 

a. O amor de Deus pela humanidade demonstrado, principalmente, na escolha de Israel e no relacionamento de Deus com esta nação.

b. A redenção no Antigo Testamento, citando vários exemplos da história de Israel. Redenção é a libertação da escravidão mediante o pagamento de um resgate.

c. A redenção no Novo Testamento se refere a uma atividade exclusivamente divina, realizada por Jesus Cristo.


III. A visão bíblica do caráter transcultural da missão.

a. Deus como um missionário em várias ocasiões. 

b. A escolha de Israel e sua missão, para ser um exemplo para todos os povos.

c. A escolha da Igreja. Com a incredulidade de Israel, Deus abriu a porta da Graça para os gentios, através da Igreja. 


LIÇÃO 3: MISSÕES TRANSCULTURAIS NO ANTIGO TESTAMENTO


PALAVRAS-CHAVES: ANTIGO TESTAMENTO


INTRODUÇÃO


Nesta lição, dando continuidade ao tema Missões Transculturais, iniciado na lição passada, discorremos sobre as missões transculturais no Antigo Testamento. Tomaremos como exemplo, o povo de Israel, que foi escolhido com um propósito missionário, e outros exemplos de missões transculturais no contexto do Antigo Testamento.


OBJETIVOS DA LIÇÃO:

  • Identificar Israel como um povo escolhido para um propósito missionário;
  • Demonstrar o amor de Deus para com outras nações; 
  • Relacionar as alianças de Deus com a humanidade no Antigo Testamento.


No primeiro tópico, falaremos de Israel, um povo escolhido com um propósito missionário. Inicialmente, falaremos do plano de Deus de proclamar a mensagem de Salvação a todos os povos, que incluía a formação da nação de Israel, para que fossem suas testemunhas. Através deste povo Deus planejou trazer o Salvador. Israel falhou neste propósito de ser testemunha de Deus, pois se contaminou com as religiões pagãs e deu muita ênfase ao separatismo racial e nacional, o que impedia que testemunhassem a outros povos. Por último, falaremos da contribuição de Israel para o mundo. Não obstante, tenha falhado como testemunha do amor de Deus, Israel foi usado por Deus para preservar o Antigo Testamento e traduzi-lo para a língua grega. Foi também através de Israel que Deus enviou o Seu Filho ao mundo para salvar a humanidade.


No segundo tópico, falaremos do amor de Deus para com outras nações. Veremos que desde o princípio, os olhos de Deus estão voltados para todos os povos, como podemos notar nos livros proféticos, que contêm profecias de um futuro glorioso, no qual outras nações estão incluídas. Na sequência, falaremos do caso de Elias e a viúva de Sarepta, uma mulher estrangeira, que foi socorrida por Deus e experimentou os seus milagres. Por último, falaremos da missão do profeta Jonas em Nínive, capital da Assíria. Jonas foi enviado por Deus a esta cidade ímpia e perversa e eles se arrependeram com a sua pregação.


No terceiro tópico, falaremos das alianças entre Deus e a humanidade no Antigo Testamento. Com a entrada do pecado no mundo, toda a humanidade foi afetada. Por isso, Deus fez várias alianças com o homem, ao longo dos séculos. Estas alianças podem ser condicionais ou incondicionais. Na aliança condicional, Deus estabelece um pacto com o ser humano, mediante o cumprimento de algumas obrigações por parte deste. Por outro  lado, nas alianças incondicionais, o Deus Soberano estabelece pactos para realizar os seus propósitos, baseados unicamente em Sua Graça e Misericórdia, sem contrapartidas.


REFERÊNCIAS:

GABY, Wagner. Até os confins da terra: Pregando o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. 1ª Ed. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023. Págs. 24-31.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. Ed. 95, p.37. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023.

PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.120-21.

Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. 1° ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp. 349-50.


06 outubro 2023

VISÃO BÍBLICA DO CARÁTER TRANSCULTURAL DA MISSÃO

(Comentário do 3⁰ tópico da Lição 02: Missões Transculturais - a sua origem na natureza de Deus 

Ev. WELIANO PIRES


No terceiro tópico, veremos que o Antigo Testamento nos apresenta Deus como um missionário em várias ocasiões. O comentarista nos apresenta três delas: na queda do homem, no dilúvio e na eleição de um povo para abençoar a todas as nações, após o episódio da Torre de Babel. 

Depois falaremos da escolha de Israel e sua missão. Deus formou a nação de Israel e estabeleceu um relacionamento com este povo, para ser um exemplo para todos os povos. Porém, Israel falhou em cumprir a sua parte neste projeto de Deus. 

Por último, falaremos da escolha da Igreja. Com a incredulidade de Israel, Deus abriu a porta da Graça para os gentios, através da Igreja, para assim cumprir a promessa feita a Abraão de abençoar todas as famílias da terra, através da sua descendência, que é Jesus Cristo. Entretanto, a Igreja não é a substituição de Israel, como muitos dizem. As promessas de Deus a Israel continuam de pé e Deus tratará com eles, após o arrebatamento da Igreja.


1. Um Deus Missionário. No primeiro tópico, falamos a respeito da natureza missionária de Deus, com base na chamada de Abrão, em Ur dos Caldeus. Aqui, o comentarista volta ao tema e expande as atividades de Deus como missionário, não apenas na formação da nação de Israel, mas em toda a humanidade. 


Em vários episódios do Antigo Testamento, é possível vermos a atividade missionária de Deus, para além das fronteiras de Israel. O comentarista cita três casos, onde Deus atuou pessoalmente como missionário, nos quais estão presentes: a falha humana, o juízo de Deus e a sua promessa de salvação. 


No primeiro caso, temos o triste episódio da queda do primeiro casal e, consequentemente, de toda a raça humana. Ali podemos ver a desobediência do primeiro casal à ordem expressa de Deus, para não comer do fruto proibido; depois, temos os juízos de Deus contra a mulher, o homem e a serpente; por último temos a promessa de Deus, de que o descendente da mulher, que é Cristo, viria para ferir a cabeça da serpente, que é o inimigo. 


No segundo caso, temos o dilúvio, onde também estão presentes a falha humana, o juízo de Deus e a promessa de salvação. Primeiro, a iniquidade se multiplicou tanto naqueles dias, que alcançou níveis intoleráveis por parte de Deus (Gn 6.5). Depois, temos o juízo de Deus, que resolveu enviar o dilúvio e destruir toda a criação (Gn 6.13). Por último, temos a promessa de salvação a Noé e sua família, por meio da construção de uma arca (Gn 6.14-18).


No terceiro caso, temos a chamada de Abrão, para dele fazer uma grande nação e, por meio desta, abençoar todas as famílias da terra. Aqui também temos a falha humana no episódio da Torre de Babel, quando Ninrode e os seus seguidores se rebelaram contra Deus e desobedeceram a ordem de se espalhar e povoar a terra. O juízo de Deus veio com a confusão das línguas e todos os povos passaram a viver como se Deus não existisse. Por último, temos a promessa de Deus a Abrão, de fazer dele uma grande nação e através desta, beneficiar todos os povos. 


2. A escolha de Israel e sua missão. Como vimos acima, Deus chamou Abrão e fez uma aliança com ele, a fim de formar a nação de Israel. Primeiro, Deus escolheu Abrão e Sarai, sua mulher. Eles ainda não tinham filhos e Deus prometeu que eles seriam pais de uma grande multidão. A exigência inicial era para que eles deixassem a sua terra e os seus parentes e fossem a uma terra desconhecida, que Deus haveria de mostrar-lhes. Abrão saiu com Sarai, sua mulher, e levou consigo o seu sobrinho Ló, filho do seu irmão Harã, que já havia falecido. No meio do percurso, os empregados de Abrão e Ló se desentenderam e eles tiveram que se separar. 


Dez anos se passaram desde que Abrão e Sarai chegaram a Canaã, com a promessa de Deus de que seriam pais de uma grande multidão. Nesta ocasião, Abrão já estava com 85 anos e Sarai com 75. Pelos meios naturais seria impossível gerarem filhos. Além da esterilidade que ela tinha, pois, nunca tivera filhos, ainda tinha a idade avançada e o ciclo menstrual encerrado. 


Diante deste quadro, Sarai entendeu que seria impossível gerar filhos. Ela, então, teve uma ideia, para ajudar a Deus, no cumprimento da promessa e disse ao seu esposo: “E disse Sarai a Abrão: Eis que o Senhor me tem impedido de dar à luz; toma, pois, a minha serva; porventura terei filhos dela.” (Gn 16.2). Esta atitude de Sarai era compreensível, do ponto de vista cultural, legal e humano, pois era uma prática comum naquela sociedade.  Entretanto, era algo completamente fora do propósito de Deus, pois Ele não precisa de subterfúgios humanos e “jeitinhos” para cumprir as suas promessas. 


Sem questionar a atitude precipitada de Sarai, Abrão deu ouvidos à sua esposa e fez o que ela sugeriu. Sarai errou ao tomar uma atitude precipitada, tentando “ajudar a Deus”. Mas, Abrão também falhou, pois ele era o patriarca da família e foi a ele que fez as promessas. Como líder da família, cabia a ele passar as orientações sobre Deus à sua família. Naquela sociedade patriarcal, a palavra do patriarca era uma lei. 


Deste relacionamento de Abrão com Agar, sua serva, nasceu Ismael, que foi o pai dos povos Árabes. Treze anos depois, o Senhor apareceu a Abrão, identificando-se como “Deus Todo-poderoso” (heb. El Shadday) e reafirmou a promessa de que que ele teria um filho, mas deixou claro que seria também filho da sua esposa. Em seguida, mudou o seu nome de “Abrão” que significa “pai exaltado”, para Abraão, que significa “pai de uma multidão”. Mudou também o nome de Sarai, que significa “princesa”, para Sara que significa “minha princesa”. O nome Isaque (riso), se deu porque ela riu da promessa de ser mãe aos 90 anos.


De Isaque, Deus escolheu o seu filho mais novo, Jacó, para através dele formar a nação de Israel. Jacó era o filho preferido da sua mãe, Rebeca. O seu irmão, Esaú, era o preferido de Isaque. Estas preferências trouxeram o conflito entre os irmãos, a ponto de Esaú decidir matar Jacó, que foi obrigado a fugir de casa para não ser morto. Orientado por seu pai, Isaque, Jacó foi para Harã, terra da sua mãe, morar com o seu tio Labão. Chegando lá, à primeira vista, ele se apaixonou por Raquel, a filha mais nova do seu tio, e propôs um acordo de trabalhar sete anos para se casar com ela. Entretanto, passando-se os sete anos, o seu tio lhe enganou e lhe entregou Lia, a filha mais velha, para ser a sua esposa. 


De duas mulheres e duas concubinas, Jacó teve doze filhos e uma filha. Os doze filhos de Jacó formaram a nação de Israel. José, o filho preferido de Jacó, foi vendido como escravo por seus e irmãos. Este acontecimento, no entanto, fazia parte do plano de Deus de torná-lo governador do Egito. José foi acusado injustamente de tentar estuprar a esposa do seu patrão e foi parar na prisão. Mas, Deus o tirou de lá e fez dele o homem mais poderoso do Egito, depois de Faraó, com o propósito de salvar o mundo de uma grande fome. 


Como governador, José trouxe o seu pai e toda a família para morar no Egito. Após a morte de José e todos os seus irmãos, levantou-se um novo rei no Egito que não os conheceu e resolveu escravizar o povo de Israel. Mas Deus estava no controle da situação e libertou Israel da escravidão e os conduziu à terra prometida sob a liderança de Moisés. 


Por causa da incredulidade e murmuração, Deus permitiu que o povo vagasse no deserto por 40 anos. Da geração que saiu do Egito, somente Josué, Calebe e os filhos daquela geração, entraram na terra prometida. Nem mesmo Moisés e Aarão, que conduziram a libertação do povo e a peregrinação no deserto, puderam entrar na terra de Canaã. 

Sob o comando de Josué, Israel tomou posse da terra prometida. Mas, não obedecem totalmente a Deus, deixando de conquistar muitas terras e permitindo que muitos dos cananeus permanecessem entre eles. Isso, evidentemente, fez com que eles se entregassem à idolatria e outras práticas destas nações, após a morte de Josué. 


Josué não preparou um sucessor e, após a sua morte, Israel caiu na idolatria e na anarquia, no período dos juízes. Este período se tornou um ciclo vicioso, no qual, o povo pecado, Deus os entregava nas mãos de inimigos que os dominavam. O povo se arrependia e clamava a Deus. Deus levantava juízes e os libertava. Após a morte do libertador, o povo voltava ao pecado. Este ciclo vicioso durou 300 anos, até os dias de Samuel, o último dos juízes, que fez a transição para a monarquia. 


Na monarquia também Israel se enveredou pela idolatria e outras práticas que afrontam a santidade de Deus. Inicialmente, Deus  permitiu a divisão do reino, deixando apenas duas tribos com a descendência de Davi, para através dela, cumprir o seu plano de enviar o Salvador. As dez tribos do Norte se entregaram completamente à idolatria e foram levadas para a Assíria e nunca mais voltaram. A descendência de Davi, embora tivesse alguns reis piedosos, também caiu na idolatria e foi levada para a Babilônia. Entretanto, por causa da promessa de enviar o Messias, depois de 70 anos de cativeiro, Deus permitiu o seu retorno. 


Deus cumpriu as suas promessas feitas a Abraão, tanto a promessa de dar a terra aos seus descendentes, quanto as promessas de fazê-lo pai de uma grande multidão e abençoar todas as famílias da terra, através da sua descendência. Porém Israel falhou na conquista da terra prometida e em ser uma nação sacerdotal, que servisse de testemunha para as nações. Em alguns momentos, Israel se tornou pior do que as nações que Deus havia expulsado da tende Canaã. Por isso, Deus os mandou para o cativeiro. 


3. A escolha da Igreja. Israel falhou em sua missão como uma nação sacerdotal. Por isso Deus transferiu esta missão para a sua Igreja. Jesus Cristo veio a este mundo como homem e entregou a sua vida como preço da redenção da humanidade, com vimos no tópico anterior. Ele ressuscitou ao terceiro dia e subiu ao Céu, mas antes estabeleceu a Sua Igreja na terra, para proclamar a sua mensagem de salvação a toda criatura. 


Diferente de Israel, a Igreja não falhará em sua missão. Pode cometer algum deslize aqui e ali, pois o inimigo plantou o joio no meio do trigo. Mas, a Igreja seguirá triunfante, pois o Espírito Santo habita nela e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Durante o período, entre a ascensão de Jesus ao Céu e o arrebatamento da Igreja, que é chamado de dispensação da Graça, a Igreja seguirá com a sua missão missionária, sendo a única agência do Reino de Deus na terra. 


Vale lembrar que a Igreja não é a substituição de Israel. Após o arrebatamento da Igreja, se encerrará o tempo dos gentios e Deus voltará a tratar com Israel. Primeiro virá a Grande Tribulação, que é mencionada na Bíblia como "tempo de angústia para Jacó". Nesse tempo, Israel sofrerá as consequências terríveis de ter rejeitado o Messias. No final da Tribulação, eles clamarão a Deus e o Senhor Jesus virá em seu socorro. 


O Senhor Jesus derrotará os exércitos do Anticristo e estabelecerá o Seu Reino Milenial. Nesse tempo, o Filho de Deus reinará em toda a terra. Satanás será preso e haverá mil anos de paz. Nesse tempo se cumprirá na íntegra as promessas de Deus a Abraão, pois Israel possuirá toda a terra prometida e todos os povos da terra serão beneficiados por meio de Israel.


REFERÊNCIAS:


GABY, Wagner. Até os confins da terra: Pregando o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. 1ª Ed. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. Ed. 95, p.37. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023.

PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, pp.70,71)

05 outubro 2023

AMOR DE DEUS: O PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA HISTÓRIA DA REDENÇÃO

(Comentário do 2⁰ tópico da Lição 02: Missões Transculturais - a sua origem na natureza de Deus 

Ev. WELIANO PIRES


Iniciaremos este tópico falando do Amor de Deus. Em toda a Bíblia podemos ver o incomparável amor de Deus pela humanidade demonstrado, principalmente, na escolha de Israel e no relacionamento de Deus com esta nação. 

Depois, falaremos sobre a redenção no Antigo Testamento. Redenção é a libertação da escravidão mediante o pagamento de um resgate. Veremos vários exemplos da história de Israel. 

Por último, falaremos da redenção no Novo Testamento, que se refere a uma atividade exclusivamente divina, realizada por Jesus Cristo, o Filho de Deus, que é o Único Salvador. O preço desta redenção é única e exclusivamente a Sua morte expiatória na Cruz do Calvário. 

1. O amor de Deus. O apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos, argumentou que poderia ser que alguém se dispusesse a morrer por um justo, mas por uma pessoa boa. "Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores". (Rm 5.8). 

A redenção da humanidade pecadora se fundamenta no incomparável amor de Deus, que oferece perdão a quem não perece e, não apenas isso, oferece também no cancelamento da dívida do pecador para com Deus, através do sacrifício de Cristo. Portanto, todo trabalho missionário é a expressão do amor de Deus que busca a reconciliação da humanidade perdida com o seu Criador. 

Quando falamos do amor de Deus estamos nos referindo à essência do verdadeiro amor. Deus não apenas tem amor, mas Ele é amor. O amor de Deus é diferente de qualquer tipo de amor que possa existir neste mundo. Por isso, só consegue amar de verdade quem tem Deus no coração, pois Ele é a fonte de todo amor verdadeiro. 

Tanto em Israel, quanto no Calvinismo há uma ideia equivocada a respeito do amor de Deus. O povo de Israel imaginava que Deus amava apenas a eles. Da mesma forma, o Calvinismo ensina que Deus ama apenas os eleitos. Dizem também que Jesus não morreu por todos, morreu apenas pelos eleitos, ou seja, por aqueles que Deus escolheu para salvar. Mas não é isso que encontramos nas Escrituras. 

No texto de Deuteronômio 33.3, citado pelo comentarista, lemos que "Deus ama os povos". Claro que no Antigo Testamento temos uma ênfase maior em relação a Israel, pois este povo foi escolhido como uma nação sacerdotal, como veremos no próximo tópico. Mas a escolha deste povo faz parte do plano de Deus de salvar toda a humanidade. 

No Novo Testamento o tema do amor de Deus por toda a humanidade é reafirmado comais clareza e ampliado. Podemos ver isso no texto de João 3.16, que é conhecido como o texto áureo da Bíblia: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Em outras partes do Novo Testamento também é demonstrado claramente o amor de Deus por toda a humanidade. Jesus, inclusive, diz para os seus seguidores "amarem os seus inimigos, bendizer os que os maldizem, fazer bem aos que os odeiam e orar pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejam filhos de Deus, que oferece o sol e a chuva aos justos e injustos". (Mt 5.44,45). 

2. A Redenção no Antigo Testamento. As palavras redenção, redimir, remir e redentor estão presentes em muitos textos bíblicos e em muitos hinos da nossa Harpa Cristã, como por exemplo, os hinos 45, 139, 171, 214 e 255.  Remir e redimir são sinônimos, porém a palavra  remir é mais antiga. 

Se perguntarmos à maioria dos crentes se sabem o que isso significa, eles não saberiam explicar. Isso acontece, principalmente, porque a palavra não faz parte do nosso cotidiano atual e também porque não é muito ensinado em nossas pregações. Mas nos tempos bíblicos era comum. 

O Dicionário Michaelis traz as quatro definições para a palavra redenção: 

1. Ato ou efeito de redimir.

2. Ato de resgatar ou de libertar de qualquer forma de escravidão ou opressão; libertação, resgate.

3. TEOLOGIA: O resgate do gênero humano por Jesus Cristo.

4. ANTROPOLOGIA: Esmola dada para remir cativos.

Do ponto de vista bíblico, redenção tem o sentido de comprar uma propriedade perdida, mediante o pagamento de um resgate. A palavra grega apolutrosis, usada na Septuaginta e traduzida por redenção, aparece sempre com o sentido de resgate ou preço pago para recuperar um bem perdido, uma mulher, um escravo, uma herança, alguém condenado à morte, etc., como conseguir o comentarista citou.

Há também casos de redenção de Deus em relação ao homem citados no Antigo Testamento, como os que o comentarista citou, de Jacó (Gn 48.15,16) e da libertação de Israel da servidão do Egito (Êx 6.6). Estes e outros casos se referem a libertações que Deus realizou em situações de perigo que os seus servos enfrentavam nesta vida e não à redenção dos pecados. 

Jó também se referiu a Deus como “o meu Redentor” (Jó 19.25). Evidentemente, ele não tinha em mente a redenção no sentido de resgatar dos pecados, pois ele ainda não tinha a revelação da salvação dos pecados, que só foi revelada no Novo Testamento. A palavra hebraica “Goel”, usada por Jó, significa  “redimir" ou "resgatar” , no sentido de resgatar uma propriedade vendida, com a devolução do valor pago. Embora Jó não tivesse ainda o conhecimento da vinda do Redentor, que é Cristo, ele foi usado profeticamente pelo Espírito Santo para dizer que Jesus vive e viria a este mundo para salvar a humanidade do pecado. 

3. A Redenção no Novo Testamento. No Novo Testamento a palavra é aplicada exclusivamente ao sacrifício de Cristo como pagamento do preço pelos nossos pecados, como disse o apóstolo Paulo aos Efésios: "Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça." (Ef 1.7). A redenção neste caso é o preço pago para nos libertar da justa condenação pelos pecados cometidos. 

Muitas pessoas, inclusive pregadores, fazem confusão em relação ao destinatário deste pagamento e usam o exemplo de um sequestro, para dizer que o diabo sequestrou o ser humano e Jesus teria pago o preço da nossa libertação ao inimigo. Mas isso não tem nenhum fundamento nas Escrituras. Só se pode pagar uma dívida ao credor e, nesse caso, a nossa dívida era para com a Justiça de Deus que exige a punição pelo pecado: "A alma que pecar, essa morrerá…". (Ez 18.20a). O apóstolo Paulo também escreveu: "Porque o salário do pecado é a morte…" (Rm 6.23a). 

A humanidade inteira estava condenada à morte eterna, por causa do pecado. Deus, que é absolutamente santo e justo, não poderia deixar o pecado impune. Não havia ninguém que fosse capaz de libertar o ser humano desta condenação, a não ser o próprio Deus. Mas, Ele não poderia simplesmente absolver o ser humano da culpa sem a punição pelos pecados cometidos. 

Deus, por seu infinito amor, ofereceu o Seu Filho, como o Cordeiro Imaculado, para pagar o preço exigido pela nossa redenção, mediante a fé Nele. Nenhum outro poderia fazer este sacrifício, nem mesmo pelos próprios pecados. João Batista, ao ver Jesus, no dia seguinte ao seu batismo, disse: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". Esta é a história da redenção, que tem como fundamento o incomparável amor de Deus, que precisa ser levada a todos os povos. 


REFERÊNCIAS:


GABY, Wagner. Até os confins da terra: Pregando o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. 1ª Ed. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. Ed. 95, p.37. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023.

PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, pp.70,71)

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