01 janeiro 2021

Adeus 2020! Feliz 2021!


Dois mil e vinte chega ao fim

O momento é de reflexão

Em todo fim de ano é assim

Mantenhamos esta tradição


Este foi um ano atípico

No Brasil e em todo o mundo

O pânico foi apocalíptico

A dor e o sofrimento, profundos.


Dois mil e vinte e um chegou

Renova-se a fé e a esperança

De quem em Deus depositou

Toda a sua vida e confiança


Perdemos amigos e parentes

Para um vírus desconhecido

Sentimo-nos fracos e impotentes.


Lembremo-nos de que Deus

É soberano e onipotente

E vai cuidar dos filhos seus.


(Weliano Pires)


FELIZ ANO NOVO!

Não perca a esperança!

Deus está no controle de tudo.



28 dezembro 2020

Lição 1 - A Pessoa do Espírito Santo






















03 de janeiro de 2021


TEXTO ÁUREO:

"E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia da redenção." (Ef 4.30)


VERDADE PRÁTICA:

“Somente a Bíblia revela a verdadeira identidade e as obras do Espírito Santo; um tema que nós, pentecostais, vivenciamos.”


HINOS SUGERIDOS: 85, 551, 553 da Harpa Cristã


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 14.16-18, 26; 16.14


JOÃO 14

16 - E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador para que fique convosco para sempre,

17- o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece, mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.

18 - Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.

26 - Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.


JOÃO 16

14 - Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.


INTRODUÇÃO  


Quem é o Espírito Santo? Ele é uma pessoa, ou uma força ativa? O Espírito Santo é Deus? Quais são os seus atributos? Qual é o papel do Espírito Santo na obra da Salvação? Estas são perguntas importantes que até mesmo muitos crentes pentecostais têm dificuldade para responder e explicar à luz da Bíblia. 

Esta primeira lição nos mostra uma visão geral sobre a Pessoa do Espirito Santo e o que a Bíblia ensina sobre Ele. Veremos o que a Bíblia diz sobre a  pessoa do Espírito Santo, a sua personalidade, a sua divindade e seus atributos. 

Depois veremos o relacionamento e a comunhão perfeita que há entre o Espírito Santo e o Senhor Jesus Cristo. Infelizmente, muitas pessoas, inclusive no meio pentecostal tem ideias equivocadas sobre isso. 

Por último, veremos a ação do Espírito Santo na sustentabilidade do Universo e também no ser humano,  para convencê-lo do seu real estado de pecaminosidade e da necessidade de redenção. 


I. A REVELAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NAS ESCRITURAS

Quem é o Espírito Santo? Ele é uma pessoa ou é apenas uma força ativa como dizem as TJ? O Espírito Santo é Deus? Neste tópico veremos o que as Escrituras nos dizem sobre a pessoa do Espírito Santo, a sua divindade e os seus atributos divinos. 


1. Divindade. A Bíblia nos mostra em vários textos que o Espírito Santo é Deus: 

“O Espírito do Senhor falou por mim, e a sua palavra está na minha boca. Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou: Haverá um justo que domine sobre os homens, que domine no temor de Deus.” (2 Sm 23.2,3). No versículo 2, é dito que “O Espírito do Senhor falou…” e logo a seguir, no versículo 3, diz que “O Deus de Israel falou…”. Isso mostra que o Espírito do Senhor é Deus. 


“Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" (1 Co 3.16). Aqui diz que nós somos o templo de Deus e logo a seguir, diz que Deus habita em nós. 

“Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.” (At 5.3,4). Aqui, Pedro diz que Ananias mentiu ao Espírito Santo e logo em seguida, diz que ele havia mentido a Deus. 


2. Personalidade. O Espírito Santo não é uma força, como dizem as TJ. A personalidade do Espírito Santo é uma verdade bíblica. Ele é uma pessoa, pois tem sentimento, vontade e intelecto. O Espírito Santo se entristece (Ef 4.30); intercede (Rm 8.26,27); ama (Rm 15.30); revela (1 Co 2.10); tem vontade própria, pois, não permitiu que o apóstolo Paulo e sua equipe missionária fossem para a Bitínia (Atos 16.7); e distribui dons conforme ele quer (1 Co 12.11).


3. Atributos divinos. Atributos são características ou particularidades de um ser. No caso de Deus há dois tipos de atributos: 


a) Atributos incomunicáveis. São atributos exclusivos da divindade. Somente Deus os possui: eternidade, onipotência, onipresença, onisciência, unidade, asseidade ou autoexistência e soberania. Nenhuma criatura possui estes atributos. 


b) Atributos comunicáveis. São atributos de Deus, que Ele compartilha com as suas criaturas até certo ponto. Mas, jamais a criatura poderá tê-los na mesma medida que Deus: amor, santidade, justiça, veracidade, sabedoria, misericórdia, bondade, etc. 


O Espírito Santo, sendo Deus, possui os atributos incomunicáveis de Deus: 


1) Onipotência: “no poder de milagres e prodígios, no poder do Espírito Santo" (Rm 15.19); Ele é a fonte de poder e milagres  (Mt 12.28; At 2.4) 

2) Onisciência: O Espírito Santo conhece todas as coisas, até as profundezas de Deus (1 Co 2.10,11). Conhece o coração humano (Ez 11.5; Rm 8.26.27); Conhece o futuro (Jo 16.13; At 20.23); 

3) Eternidade. Ele é chamado de "Espírito eterno” [Hb 9.14). 

4) É o Criador do ser humano e do mundo (Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30);

5) É o Salvador (Ef 1.13; Ef 4.30; Tt 3.4,5). 


A Palavra de Deus nos mostra também os atributos comunicáveis do Espírito Santo como santidade, verdade, sabedoria, entre outros (Rm 15.16; Jo 14.26; Ef 1.17; Jo 5.6).


II - O ESPÍRITO SANTO E JESUS CRISTO


1) A Doutrina da Trindade. A doutrina da Santíssima Trindade é uma doutrina bíblica inegociável. Há muitas seitas que não a aceitam e dizem que esta doutrina foi criada por Constantino no Concílio De Nicéia. Mas, isto não é verdade. Os concílios apenas reafirmaram aquilo que a Bíblia nos mostra. Sobre isso há pelo menos três pensamentos equivocados:


a) Unicismo ou Sabelianismo. Baseando-se em duas verdades bíblicas, que é a unicidade de Deus e a divindade de Cristo, fazem confusão e negam a doutrina  da Trindade, dizendo que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são uma única pessoa. Neste grupo estão as Igrejas: Voz da Verdade, Tabernáculo da Fé, Cristo Vive, Pentecostal Unida do Brasil e outras. A Bíblia nos mostra claramente que Pai, Filho e Espírito Santo são pessoas distintas. (Mt 3.15-17; Jo 1.1-3; Jo 17).


b) Triteísmo. O triteísmo afirma que Pai, Filho e Espírito Santo são três deuses diferentes. A Bíblia mostra que Pai, Filho e Espírito Santo são três pessoas distintas, mas, um único Deus.


c) Unitarismo ou Arianismo. Nega a Doutrina da Trindade, dizendo que o Pai é o Deus criador, que o Filho é a primeira criação de Deus e que o Espírito Santo é a força ativa de Deus e não uma pessoa. Esta heresia foi ensinada inicialmente pelo presbítero Ário de Alexandria. Nesta categoria estão as Testemunhas de Jeová. 


2) Pericorese. É um termo teológico desconhecido no meio evangélico. Eu, particularmente, nunca tinha ouvido falar desta palavra. Significa a habitação das Pessoas da Trindade uma na outra. Cada pessoa da Trindade está nas outras e cada uma se dá às outras duas. É assim que acontece a eterna intimidade entre o Filho e o Espírito Santo. Jesus fala desse relacionamento, que já existia antes da fundação do mundo: (Jo 17.5). Jesus também fala também dessa intimidade, que sempre teve com o Pai: "Não crês tu que eu estou no Pai e que o Pai está em mim?" (Jo 14.10). O Espírito está também nessa Trindade (1 Co 2.10).


3. "Ele me glorificará" (Jo 16.44). O Espírito Santo pode ser adorado? Muitas pessoas questionam esta adoração, baseando-se na afirmação de Jesus de que o Espírito Santo o glorificará, em João 16.44. Entretanto, estas pessoas esquecem que o mesmo Jesus disse que o Pai o glorifica (Jo 17.5). Então, Pai, Filho e Espírito Santo, embora não sejam a mesma pessoa como dizem os unicistas, são um único Deus. Logo, se alguém adora ao Pai, ao Filho ou ao Espírito Santo, está adorando a Deus. (Fp 3.3; Ap 5.6,13). Tanto faz adorar a Jesus separadamente ou a qualquer das outras Pessoas da Trindade, como adorar a Trindade.


4. Consubstancial com o Filho. A palavra Consubstancial quer dizer, "da mesma substância”. O Senhor Jesus prometeu enviar o Consolador e assim o identifica: "Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome” (Jo 14.26). O Filho é consubstancial com o Pai (Jo 10.30) da mesma forma que o Espírito é consubstancial com o Filho (Rm 8.9). Jesus disse que o Pai "vos dará outro Consolador” (v.16). A palavra "outro", empregada nessa passagem, é o termo grego “allos” e significa ser 'alguém da mesma natureza, da mesma espécie e da mesma qualidade.' O Espírito Santo, portanto, é alguém como Jesus, da mesma substância, glória e poder. É diferente da palavra grega “heteros”, que significa 'outro diferente', usada em Atos 4.12: “E em nenhum outro há salvação....".


III - O ESPÍRITO SANTO AGE NO MUNDO E NO SER HUMANO


Além de agir no interior do ser humano, convencendo-o de seu real estado, regenerando-o e capacitando-o para o serviço no Reino de Deus, o Espírito Santo atua também na sustentabilidade do Universo.


1. No mundo. Deus criou o universo perfeito. No livro do Gênesis, vemos que a cada coisa que Deus criava, Ele via que era bom o que Ele havia feito. Deus não criou o universo para funcionar no automático como dizem os deístas. Além de criador, Deus é também o sustentador de todas as coisas criadas. O Espírito Santo atuou na criação (Gn 1.2) e atua hoje na sustentabilidade do universo. “Envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra". (Sl 104.30).


2. No plano divino da salvação. A Salvação foi planejada por Deus na eternidade passada, antes da fundação do mundo. Quando Deus criou o ser humano, em sua presciência, Ele já sabia que o homem iria pegar. Mas, Deus nunca é pego de surpresa e já tinha um plano de salvação. Este plano incluía a escolha e formação da nação de Israel, por meio da qual viria o Messias. O Espírito Santo conduziu a história da nação israelita e inspirou os profetas para profetizarem e escreverem as Escrituras. (1 Pe 1.10-12; 2 Pe 1.19-21). 


Quando pregamos o Evangelho, o Espírito nos capacita para pregar a Palavra de Deus. Por outro lado, Ele também atua no coração do pecador, para que entenda aquilo que está sendo pregado. O Espírito Santo é o agente da Salvação. Sem Ele, ninguém jamais se converteria. Mesmo que inicialmente, o pecador não tenha consciência disso, é o Espírito Santo que o conduz a Cristo. 


3. Na vida humana. Hoje, nós vivemos o período chamado “dispensação da Graça”. Este período começou com a descida do Espírito Santo, no dia de pentecostes (At 2.1-8). O Espírito Santo nos foi dado por Jesus para ficar para sempre conosco. Quando recebemos a Cristo como Senhor e Salvador, passamos a ser o templo do Espírito Santo, pois Ele passa a habitar em nós. O Espírito Santo habitando em nós produz o Fruto do Espírito, que se manifesta através de nove virtudes: amor, alegria, paz, benignidade, bondade, mansidão, fé, mansidão e domínio próprio (Gl 5.22). É o Espírito Santo que nos capacita a vencer a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida. Mas, o Espírito Santo pode se entristecer com a prática do pecado. E se for blasfemado, não haverá mais para quem apelar, pois, é Ele que convence o ser humano do pecado e o leva ao arrependimento.


O Espírito Santo também é o responsável por conceder os dons espirituais à Igreja, capacitando a Igreja para realizar a sua missão. Jesus sabendo desta necessidade, antes de subir ao Céu, ordenou aos seus discípulos que não se ausentassem de Jerusalém, até que fossem revestidos de poder. 


CONCLUSÃO


Esta foi uma lição introdutória sobre a pessoa do Espírito Santo. Há muitas informações na Palavra de Deus sobre o Espírito Santo. Todos os crentes, especialmente os pentecostais, precisam saber sobre a divindade, personalidade, atributos divinos e obras do Espírito Santo, de acordo com a revelação bíblica.


Nas próximas lições, iremos tratar de outros temas relacionados à terceira pessoa Santíssima Trindade. Falaremos com mais profundidade sobre a atuação do Espírito Santo na obra da Salvação, o Batismo no Espírito Santo, os dons espirituais, o fervor espiritual, o fruto do Espírito Santo, a santificação e outros temas relacionados à obra do Espírito Santo. 


Pb. Weliano Pires

Assembléia de Deus

Ministério do Belém

São Carlos - SC


REFERÊNCIAS:

REVISTA LIÇÕES BÍBLICAS. Rio de Janeiro: CPAD, 1º Trimestre 2021. 

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. Rio de Janeiro: CPAD, 1º Trimestre 2021. 

HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.161-62.

INTRODUÇÃO AO 1º TRIMESTRE DE 2021


Graças a Deus, estamos iniciando novo trimestre de estudos em nossa Escola Bíblica Dominical. No trimestre passado estudamos o livro de Jó. Discorremos sobre o sofrimento do justo: a fragilidade humana e a soberania divina. Agora, teremos um trimestre temático, onde estudaremos um tema e não um livro específico da Bíblia.  

O tema deste trimestre é: O Verdadeiro Pentecostalismo - A Atualidade da Doutrina Bíblica sobre a Atuação do Espírito Santo. Estudaremos uma matéria da teologia chamada pneumatologia, que é o estudo da pessoa e obra do Espírito Santo. Entretanto, trataremos não apenas da personalidade, divindade, atributos e obra do Espírito Santo na Bíblia, pois, os tradicionais ou cessacionistas também crêem nisso. Falaremos também da atualidade das operações do Espírito Santo, da mesma forma que aconteceu no dia de Pentecostes. É por esta razão que somos chamados de “pentecostais”. 

Cessacionistas, Pentecostais e Neopentecostais

Entre os protestantes ou evangélicos, no que tange à doutrina do Espírito Santo, há três grupos: 

1) Os tradicionais ou cessacionistas. Acreditam que os dons do Espírito Santo se restringiram ao período apostólico e cessaram com a completude das Escrituras. Neste grupo estão as chamadas Igrejas Reformadas como a Igreja Presbiteriana, Igreja Batista e Metodista. Porém, na Igreja Presbiteriana há uma divisão chamada Igreja Presbiteriana Renovada, que é pentecostal. Algumas Igrejas Batistas independentes também são pentecostais. 

2) Os pentecostais. Crêem na atualidade dos dons espirituais e no Batismo no Espírito Santo, como uma experiência subsequente à Salvação. No Brasil, os primeiros adeptos deste grupo são a Assembleia de Deus e a Congregação Cristã no Brasil. Porém, a CCB, embora tenha um credo ortodoxo, tem algumas práticas que são características de uma seita. 

Depois sugiram novas Igrejas no meio pentecostal a partir das décadas de 1950 e 1960, como O Brasil para Cristo, Igreja Pentecostal Deus é Amor e Igreja do Evangelho Quadrangular. Esta última, depois se tornou neopentecostal; 

3) Os neopentecostais. Crêem na atualidade dos dons espirituais, mas, dão ênfase à prosperidade financeira, e bem estar físico. Pregam a chamada teologia da prosperidade, confissão positiva e triunfalismo. 

Os pioneiros deste movimento são a Igreja Universal e Internacional da Graça de Deus. Depois surgiram inúmeras denominações neopentecostais oriundas destas e também de Igrejas pentecostais. Muitas práticas neopentecostais são absolutamente antiblíblicas, como o uso de objetos sagrados, supostamente milagrosos e troca de bençãos por ofertas e votos.

O Movimento Pentecostal 

O Movimento Pentecostal teve origem nos Estados Unidos em 1906, na Rua Azuza em Los Angeles, na Igreja pastoreada pelo pastor Willyam Seymour. Seymour era um pastor negro e descendente de escravos, que nasceu em Luisiana, cinco anos antes do fim da escravidão no país e viveu sob o intenso racismo do Aparthaid. 

Este movimento cresceu nos EUA e enviou missionários para vários países, entre eles o Brasil, que recebeu os missionários suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren, que viviam nos Estados Unidos e vieram para o Brasil, desembarcando em Belém - PA, em 1910. Inicialmente, Berg e Vingren foram congregar na Igreja Batista, que já existia no país. Entretanto, como pregavam a doutrina pentecostal e falavam em línguas, foram expulsos da Igreja Batista em 1911, com outros irmãos brasileiros e em 18 de junho de 1911, fundaram uma Igreja denominada “Missão da Fé Apostólica”, cujo nome foi mudado para Assembléia de Deus em 1918. Em pouco tempo, a Assembléia de Deus se espalhou por todo o território nacional e se tornou a maior denominação pentecostal do mundo. 

Este é o verdadeiro pentecostalismo. Mas, tudo que tem o verdadeiro é porque tem o falso. Existem muitos falsos pentecostalismos por aí. Por isso, neste trimestre estudaremos as bases fundamentais do pentecostalismo bíblico.

O comentarista deste trimestre é o pastor Esequias Soares da Silva, presidente da Assembleia de Deus, Ministério do Belém, em Jundiaí-SP; presidente do Conselho de Doutrina da CGADB; presidente da Comissão de Apologética da CGADB; graduado em Hebraico pela Universidade de São Paulo; mestre em Ciências da Religião pela Universidade Mackenzie; e autor de diversos livros, entre eles: Manual de Apologética Cristã, Heresias e Modismos e A Razão da Nossa Fé, todos publicados pela CPAD.


Pb. Weliano Pires 
Assembleia de Deus 
Ministério do Belém 
São Carlos -SP

23 dezembro 2020

Lição 13: Quando Deus restaura o justo



Data: 27 de Dezembro de 2020


TEXTO ÁUREO:

“E o SENHOR virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o SENHOR acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía” (Jó 42.10).


VERDADE PRÁTICA:

“A restauração do ser humano acontece em razão do amor e da misericórdia de Deus, e não como consequência do esforço pessoal, piedade ou atos de bondade.”


HINOS SUGERIDOS: 46, 108, e 186 da Harpa Cristã.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jó 42.1-17.


1 — Então, respondeu Jó ao SENHOR e disse:

2 — Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido.

3 — Quem é aquele, dizes tu, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso, falei do que não entendia; coisas que para mim eram maravilhosíssimas, e que eu não compreendia.

4 — Escuta-me, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu ensina-me.

5 — Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos.

6 — Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.

7 — Sucedeu, pois, que, acabando o SENHOR de dizer a Jó aquelas palavras, o SENHOR disse a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti, e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó.

8 — Tomai, pois, sete bezerros e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós, e o meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei, para que eu vos não trate conforme a vossa loucura; porque vós não falastes de mim o que era reto como o meu servo Jó.

9 — Então, foram Elifaz, o temanita, e Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita, e fizeram como o SENHOR lhes dissera; e o SENHOR aceitou a face de Jó.

10 — E o SENHOR virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o SENHOR acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía.

11 — Então, vieram a ele todos os seus irmãos e todas as suas irmãs e todos quantos dantes o conheceram, e comeram com ele pão em sua casa, e se condoeram dele, e o consolaram de todo o mal que o SENHOR lhe havia enviado; e cada um deles lhe deu uma peça de dinheiro, e cada um, um pendente de ouro.

12 — E, assim, abençoou o SENHOR o último estado de Jó, mais do que o primeiro; porque teve catorze mil ovelhas, e seis mil camelos, e mil juntas de bois, e mil jumentas.

13 — Também teve sete filhos e três filhas.

14 — E chamou o nome da primeira, Jemima, e o nome da outra, Quezia, e o nome da terceira, Quéren-Hapuque.

15 — E em toda a terra não se acharam mulheres tão formosas como as filhas de Jó; e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos.

16 — E, depois disto, viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração.

17 — Então, morreu Jó, velho e farto de dias.


INTRODUÇÃO


Nesta última lição, veremos o desfecho final da história dramática do patriarca Jó. Após as perguntas que Deus lhe fizera, Jó humilhou-se perante o Criador e deu-lhe glória. 

Deus repreendeu aos amigos de Jó e mandou que eles levassem animais para que Jó oferecesse sacrifícios e orasse por eles. Enquanto Jó orava por seus amigos, que o acusaram, injustamente, de ter pecado contra Deus, o Senhor restaurou a Jó e deu-lhe em dobro tudo o que antes ele possuía. 


I. A HUMILHAÇÃO DE JÓ


a) Jó reconheceu a Onipotência, Soberania, Onisciência de Deus (v. 2). Jó disse: “Bem sei eu que tudo podes” (onipotência) e que nenhum dos teus pensamentos podem ser impedidos (soberania)”. Deus é Senhor absoluto e toda autoridade provém dEle (Rm 13). Além de ter toda autoridade, Deus é soberano para fazer o que Ele decidir, sem precisar dar satisfação a ninguém.

b) Jó agiu com reverência e submissão a Deus (v. 3). A reverência e submissão são atitudes indispensáveis àqueles que querem servir a Deus. Ter reverência diante de Deus significa respeitá-lo e temê-lo, profundamente, por quem Ele é. Deus exigiu de Moisés e Josué, que tirassem as sandálias dos pés em sinal de reverência ao local em que estavam. Infelizmente, em nossos dias, muitas pessoas querem se apresentar diante de Deus de qualquer maneira e profanam as coisas santas. 

A submissão a Deus é a obediência incondicional a Ele por amor. Deus é Criador e Senhor e nós, como suas criaturas, não podemos jamais questioná-lo.

c) Jó teve uma experiência pessoal com Deus. (v. 5). Jó reconhece que conhecia Deus apenas de “ouvir falar”: “Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem os meus olhos” (Jó 42.3). Jó havia recebido o conhecimento sobre Deus, através da tradição dos seus pais, mas, ainda não tivera uma experiência pessoal com Deus. O conhecimento sobre quem é Deus e sobre o que Ele faz é importante. Mas, este conhecimento fica incompleto se não tivermos um relacionamento pessoal com Ele. 


d) Jó humilhou-se diante de Deus. (v. 6). A humildade é marca registrada do cristão. Jesus disse para aprendermos dele, pois Ele é “manso e humilde de coração” (Mt 11.29). A humildade é o oposto da soberba. É o senso de insignificância moral em si mesmo, dependência de Deus e preocupação altruísta; total ausência de arrogância e petulância. Humilde é aquele que quer ser, exatamente como Deus quer que ele seja, nem mais, nem menos. Jó, após ouvir as perguntas de Deus, falou: “Eu te perguntarei e tu me ensinas… Por isso, me abomino no pó e na cinza.” Estas atitudes são gestos de humildade. A Bíblia diz que Deus resiste aos soberbos, mas, dá graça aos humildes.


II. A INTERCESSÃO DE JÓ

a) Deus se irou contra os amigos de Jó. (v. 7). Deus falou para Elifaz, o temanita: “A minha ira se acendeu contra ti, e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó” (Jó 42.7). Deus se irou contra os amigos de Jó, porque eles falaram teorias sobre Deus que não eram verdadeiras, como a teologia da retribuição, as idéias ateístas de que Deus criou o Universo e se ausentou dele, a teologia da barganha com Deus, entre outras coisas.


b) O pecado dos amigos de Jó. Os amigos de Jó pecaram por exaltarem a Justiça, Onipotência e Sabedoria de Deus, mas, limitarem o poder soberano de Deus. Na opinião deles, Deus estabeleceu leis morais para reger o universo de forma automática.Todos os que obedecessem a estas regras seriam prósperos e os que as quebrassem, seriam automaticamente punidos. Este pensamento é basicamente o que pregam os espíritas, com o discurso do carma, onde as pessoas obrigatoriamente pagam por seus erros e evoluem à medida que melhoram as suas atitudes. Neste tipo de discurso, ignora-se os propósitos de Deus no sofrimento e não há espaço para a Graça de Deus.


c) Jó ora pelos seus acusadores. (v. 10a). Mesmo tendo sido afrontado e acusado de coisas que não cometera, Jó orou pelos seus acusadores. O servo de Deus nunca deve querer o mal daqueles que lhe perseguem, nem agir com vingança ou rancor. A Palavra de Deus nos recomenda orar por aqueles que nos perseguem e abençoá-los. (Mt 5.44; Rm 12.14).


d) Jó agiu como Cristo. (Lc 23.34). Jesus quando estava na Cruz, sendo crucificado e sofrendo todo tipo de afronta, orou ao Pai pelos seus algozes, dizendo: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem". 


III. A RESTAURAÇÃO DE JÓ

a) Restauração moral e espiritual. Antes de restituir os bens de Jó, Deus o restaurou moral e espiritualmente. Para Deus, o importante é a pessoa, não o que ele possui. Deus repreendeu a Jó, por suas palavras arrogantes e pela falta de bom senso. Deus primeiro trabalhou no coração de Jó, para restaurar-lhe a humildade, reverência e submissão a Deus, conforme vimos no primeiro tópico. Deus não age com um relacionamento mercantil e de barganha com o ser humano. Aquilo que Ele nos dá é porque nos ama e não como uma recompensa pelo que fazemos ou deixamos de fazer.


b) Deus restaurou os bens, a família e o convívio social de Jó. Jó perdeu todos os seus bens, família e saúde em um único dia. Além disso, perdeu o respeito da sociedade da época que entendia que ele estava passando como uma punição de Deus pelos seus pecados. Com a doença, ele foi afastado do convívio social e passou a viver solitário e isolado. Mas, Deus restaurou não apenas o que Jó possuía. Deus concedeu tudo em dobro. Ao perceberem a graça de Deus sobre a vida de Jó, devolvendo-lhe a saúde, dignidade e patrimônio, os familiares e amigos se aproximaram de Jó novamente e vieram consolá-lo, acerca de todos os sofrimentos que lhe sobrevieram. Infelizmente, muitas pessoas só querem se aproximar de quem tem as coisas. Enquanto Jó estava sofrendo, os poucos ‘amigos’ que se aproximaram dele, foi apenas para acusá-lo. Mas, Deus estava vendo tudo e, no tempo certo, o restaurou. 


CONCLUSÃO


Chegamos ao final deste trimestre, com muito aprendizado sobre o sofrimento do justo. Vimos, através da história de Jó, que os justos também sofrem, que os ímpios muitas vezes prosperam, e que isso não significa que seja uma retribuição de Deus. 

Através do sofrimento, somos aperfeiçoados e nos aproximamos de Deus. O apóstolo Paulo diz que a tribulação produz a paciência ou perseverança. 


Pb. Weliano Pires

Assembléia de Deus

Ministério do Belém

São Carlos - SP


REFERÊNCIAS:

Revista LIÇÕES BÍBLICAS. RJ: CPAD, 4° Trimestre de 2020. 

Revista Ensinador Cristão. RJ: CPAD, 4° Trimestre de 2020.

ANDRADE, Claudionor de. Jó: O Problema do Sofrimento do Justo e o seu propósito. Rio de Janeiro: CPAD, 2020, pp.196,197




22 dezembro 2020

RESUMO DO 4° TRIMESTRE



Pela graça de Deus, chegamos ao final de mais um trimestre de estudos, em nossa Escola Bíblica Dominical. Desta feita, estudamos o livro de Jó, com o tema “A fragilidade humana e a soberania divina — O sofrimento e a restauração de Jó”. Nestas treze lições estudamos a história do patriarca da terra de Uz, homem sincero, reto, temente a Deus e que se desviava do mal. 

Lição 1: O Livro de Jó

Vimos nesta lição, uma introdução ou uma visão panorâmica do Livro de Jó. Estudamos sobre as questões de autoria, data provável da composição do livro, as características literárias, o propósito do livro, os personagens, os discursos dos amigos de Jó, os discursos de Jó e as perguntas e respostas de Deus, para as principais questões existenciais.

Lição 2: Quem era Jó

Nesta lição estudamos sobre as características de Jó. Jó era um homem íntegro, reto, temente a Deus e desviava-se do mal. Esta lição mostra a sabedoria e a prosperidade de Jó. A exemplo de muitas pessoas do Oriente antigo, Jó era também um conselheiro sábio. Mas, a sua sabedoria consistia no “ser” e não no “ter”, apesar dele ser muito rico. Jó era não apenas rico, ele era também próspero. Jó era um homem que tinha um elevado padrão moral e uma vida dedicada à família e consagrada a Deus. 

Lição 3: Jó e a realidade de Satanás

Nesta lição estudamos sobre a existência e a realidade de Satanás como um ser espiritual, criado e dotado de personalidade, mas que não é auto existente. As suas ações não são autônomas. Satanás não é soberano e não conhece o futuro. 
No Livro de Jó, as obras de Satanás são representadas pela dor, sofrimento, acusação e tentação. Porém, o Diabo não saiu vencedor nesta luta. O Livro de Jó mostra indiretamente a derrota do Diabo, e, ao mesmo tempo diretamente, o testemunho de Deus a respeito de Jó.

Lição 4: O drama de Jó

Esta lição nos mostra as tragédias que sobrevieram a Jó:
  • A tragédia de natureza econômica: Jó foi atingido tanto na esfera comercial quanto na esfera do campo;
  • A tragédia de natureza familiar: Jó perdeu dez filhos em um só dia e, para piorar, a sua esposa o aconselhou a abandonar a fé em Deus e morrer;
  • A tragédia de natureza física e psicológica: Além de perder bens e familiares, a tragédia atingiu a saúde física e mental de Jó.
Lição 5: O lamento de Jó

Esta lição nos mostra que no auge do seu sofrimento, Jó exprime de forma poética um profundo lamento, extravasando os seus sentimentos;
Jó, em profunda angústia, desejou a morte como uma forma de escapar dos sofrimentos terríveis a que foi submetido. Porém, jamais falou em suicídio, ou tentou fazê-lo. Ele desejou que Deus, o autor da vida tivesse evitado o seu nascimento.
A lição nos apresenta três perguntas do lamento de Jó: Por que nasci? Por que não nasci morto? Por que continuo vivo? 
O lamento de Jó representa as pessoas que estão em situações de desespero e  não veem nenhuma saída.

Lição 6: A teologia de Elifaz: Só os pecadores sofrem?

Iniciamos a partir desta lição, o estudo das teorias que os amigos de Jó começaram a fazer acerca das calamidades que Jó estava sofrendo. Nesta lição vimos os discursos de Elifaz, o temanita, o primeiro dos amigos de Jó a falar. O eixo da teologia de Elifaz é a chamada justiça retributiva. 
No primeiro tópico vimos a lei da semeadura e colheita: o ser humano colhe o que planta. 
O segundo tópico vimos que a teoria de Elifaz representa a tradição religiosa da época e as palavras de Jó representavam a quebra dessa tradição. 
No terceiro tópico, um paralelo entre um Deus transcendente e o homem finito. Segundo a teologia de Elifaz, Deus não se importaria com as queixas humanas, pois Ele está muito acima do homem. 

Lição 7: A teologia de Bildade: Se há sofrimento, há pecado oculto?

Nesta lição estudamos os três discursos de Bildade, o suíta, o segundo amigo de Jó, que falou logo após as réplicas de Jó aos discursos de Elifaz, o temanita. Segundo alguns estudiosos, a expressão “suíta” significa que Bildade era filho de Suá, filho de Abraão com a sua segunda esposa Quetura. (Gn 25.1). 

Tópicos da lição:

  • Bildade faz um contraste entre um Deus justo e santo, e as imperfeições do ser humano. 
  • Bildade mostra o pecado como a quebra da moralidade tradicional, que ele acreditava ser correta e diz que os sofrimentos de Jó ocorreram, porque Jó e os seus filhos teriam atentado contra esta moralidade. 
  • Bildade faz um contraste entre o pecado e a Majestade de Deus, insinuando que Deus é onipotente, mas, ausente do mundo. 
Lição 8: A teologia de Zofar: O justo não passa por tribulação?

Na lição 8, vimos o discurso de Zofar, o último amigo de Jó a falar na série de debates (Jó 11; 20). Zofar insiste na tese de que o justo não passa por tribulação, à semelhança do que pensavam os seus amigos, Elifaz e Bildade. Todavia, Zofar é mais duro e impiedoso nas acusações contra Jó. Diferente dos seus amigos, ele faz apenas dois discursos (nos capítulos 11 e 20 do livro de Jó), suficientes para derramar todo o seu ressentimento contra o patriarca. Zofar acusa Jó de se levantar contra a sabedoria divina e o aconselha a voltar-se para Deus, através de arrependimento e conversão baseada em rituais legalistas.

A teologia de Zofar é chamada de deísmo. Esta teologia afirma a existência de Deus, porém, diz que Ele criou o mundo, se afastou dele, não interfere em seu funcionamento e não se interessa em se relacionar com o ser humano.

Lição 9: Jó e a inescrutável Sabedoria de Deus

Nesta lição estudamos o capítulo 28 do livro de Jó. Este capítulo marca o fim dos debates entre Jó e os seus amigos Elifaz, Bildade e Zofar. Jó faz uma apresentação da verdadeira sabedoria, fazendo um contraste entre a sabedoria meramente humana e a sabedoria que vem de Deus e conclui dizendo que a verdadeira sabedoria é o temor do Senhor. 

Tópicos da lição:
  • O primeiro tópico faz uma comparação entre a busca do ser humano por minérios e a busca por sabedoria, mostrando que apesar de todo o esforço humano o homem não consegue adquirir a verdadeira sabedoria por seus próprios esforços e/ou méritos.
  • O segundo tópico mostra que o preço da sabedoria é inestimável e que nenhuma riqueza pode comprá-la, pois, somente Deus pode concedê-la;
  • O terceiro tópico mostra que a verdadeira sabedoria é um bem espiritual. Sendo assim, ela tem implicações práticas e não apenas intelectuais. 
Lição 10: A última defesa de Jó

Estudamos na lição 11, o último discurso que Jó fez em sua defesa. Jó faz uma retrospectiva de sua vida. Ele pôde ver o quanto foi abençoado, embora o momento presente contrariasse todo o seu passado. Jó faz um discurso com três partes: a lembrança do seu passado feliz; o lamento pelo seu sofrimento no presente; a defesa da sua ética sexual e social e perspectivas em relação ao futuro.
É muito importante fazermos esse exercício retrospectivo, mas sem, contudo, perder a esperança. O que Deus fez em nosso passado deve-nos trazer a esperança para o presente. 

Lição 11: A teologia de Eliú: O sofrimento é uma correção divina?

Estudamos nesta lição, a teologia do jovem Eliú, que se mantivera calado, ouvindo as acusações de Elifaz, Bildade e Zofar e as respectivas réplicas de Jó. Eliú expôs a sua teologia em quatro longos discursos, que estão registrados nos capítulos 32 a 37 do livro de Jó. 
Em seus discursos, Eliú mostra o sofrimento como uma forma de revelar a soberania, caráter, justiça e vontade soberana de Deus. O ponto central da teologia de Eliú é que o sofrimento deve ser visto como algo pedagógico e não como uma punição pelo pecado, como disseram os outros amigos de Jó.

Lição 12: Quando Deus se revela ao homem

Na lição 12, estudamos os questionamentos de Deus a Jó, registrados nos capítulos 38, 39, 40 e 41. Depois de tanto argumentar com os seus amigos, defendendo a sua inocência, reclamando do silêncio de Deus e desejando ser ouvido por Deus, Jó agora é confrontado pelo próprio Deus, que lhe faz diversas perguntas, que evidentemente, Jó não teria como responder. 

Estas perguntas de Deus revelam: 

1. Deus como um ser pessoal e não uma energia como dizem os panteístas;  
2. A infinita sabedoria de Deus expressa nas coisas criadas e na sustentação do universo; 
3. O poder e a justiça de Deus, através das figuras de duas grandes criaturas indomáveis: o behemoth e o leviatã.

Lição 13: Quando Deus restaura o justo

Nesta última lição, estudamos o desfecho final da história dramática do patriarca Jó. Outrora, Jó era um homem próspero, sábio, respeitado, sincero, reto, temente a Deus e que se desviava do mal. Este patriarca tinha uma família unida e bem estruturada. Ele também era um homem que ajudava aos necessitados. De repente, sem ele saber por que, perdeu tudo o que tinha em um único dia e foi acometido de uma enfermidade terrível. Os seus amigos vieram visitá-lo e passaram uma semana em silêncio, porque viam que a dor era muito grande. Mas, quando resolveram falar, fizeram longos discursos, acusando Jó de ter pecado contra Deus, dizendo que esta seria a razão dos sofrimentos do patriarca. 
Jó rebatia estas acusações, reafirmando a sua inocência e desejava apresentar-se diante de Deus, para fazer a sua defesa. Depois de longos debates de acusação e defesa, o próprio Deus se manifestou a Jó, do meio de um redemoinho, e lhe fez várias perguntas, sobre a criação, os animais e o funcionamento do Universo, que ele não tinha como responder. 
Após as perguntas de Deus, Jó humilhou-se perante o Criador e deu-lhe glória. Deus repreendeu aos amigos de Jó e mandou que eles levassem animais para que Jó oferecesse sacrifícios e orasse por eles. Enquanto Jó orava por seus amigos, que o acusaram, injustamente, de ter pecado contra Deus, o Senhor restaurou a Jó e deu-lhe em dobro tudo o que antes ele possuía. 

Pb. Weliano Pires
Assembleia de Deus
Ministério do Belém
São Carlos - SP



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