22 dezembro 2020

RESUMO DO 4° TRIMESTRE



Pela graça de Deus, chegamos ao final de mais um trimestre de estudos, em nossa Escola Bíblica Dominical. Desta feita, estudamos o livro de Jó, com o tema “A fragilidade humana e a soberania divina — O sofrimento e a restauração de Jó”. Nestas treze lições estudamos a história do patriarca da terra de Uz, homem sincero, reto, temente a Deus e que se desviava do mal. 

Lição 1: O Livro de Jó

Vimos nesta lição, uma introdução ou uma visão panorâmica do Livro de Jó. Estudamos sobre as questões de autoria, data provável da composição do livro, as características literárias, o propósito do livro, os personagens, os discursos dos amigos de Jó, os discursos de Jó e as perguntas e respostas de Deus, para as principais questões existenciais.

Lição 2: Quem era Jó

Nesta lição estudamos sobre as características de Jó. Jó era um homem íntegro, reto, temente a Deus e desviava-se do mal. Esta lição mostra a sabedoria e a prosperidade de Jó. A exemplo de muitas pessoas do Oriente antigo, Jó era também um conselheiro sábio. Mas, a sua sabedoria consistia no “ser” e não no “ter”, apesar dele ser muito rico. Jó era não apenas rico, ele era também próspero. Jó era um homem que tinha um elevado padrão moral e uma vida dedicada à família e consagrada a Deus. 

Lição 3: Jó e a realidade de Satanás

Nesta lição estudamos sobre a existência e a realidade de Satanás como um ser espiritual, criado e dotado de personalidade, mas que não é auto existente. As suas ações não são autônomas. Satanás não é soberano e não conhece o futuro. 
No Livro de Jó, as obras de Satanás são representadas pela dor, sofrimento, acusação e tentação. Porém, o Diabo não saiu vencedor nesta luta. O Livro de Jó mostra indiretamente a derrota do Diabo, e, ao mesmo tempo diretamente, o testemunho de Deus a respeito de Jó.

Lição 4: O drama de Jó

Esta lição nos mostra as tragédias que sobrevieram a Jó:
  • A tragédia de natureza econômica: Jó foi atingido tanto na esfera comercial quanto na esfera do campo;
  • A tragédia de natureza familiar: Jó perdeu dez filhos em um só dia e, para piorar, a sua esposa o aconselhou a abandonar a fé em Deus e morrer;
  • A tragédia de natureza física e psicológica: Além de perder bens e familiares, a tragédia atingiu a saúde física e mental de Jó.
Lição 5: O lamento de Jó

Esta lição nos mostra que no auge do seu sofrimento, Jó exprime de forma poética um profundo lamento, extravasando os seus sentimentos;
Jó, em profunda angústia, desejou a morte como uma forma de escapar dos sofrimentos terríveis a que foi submetido. Porém, jamais falou em suicídio, ou tentou fazê-lo. Ele desejou que Deus, o autor da vida tivesse evitado o seu nascimento.
A lição nos apresenta três perguntas do lamento de Jó: Por que nasci? Por que não nasci morto? Por que continuo vivo? 
O lamento de Jó representa as pessoas que estão em situações de desespero e  não veem nenhuma saída.

Lição 6: A teologia de Elifaz: Só os pecadores sofrem?

Iniciamos a partir desta lição, o estudo das teorias que os amigos de Jó começaram a fazer acerca das calamidades que Jó estava sofrendo. Nesta lição vimos os discursos de Elifaz, o temanita, o primeiro dos amigos de Jó a falar. O eixo da teologia de Elifaz é a chamada justiça retributiva. 
No primeiro tópico vimos a lei da semeadura e colheita: o ser humano colhe o que planta. 
O segundo tópico vimos que a teoria de Elifaz representa a tradição religiosa da época e as palavras de Jó representavam a quebra dessa tradição. 
No terceiro tópico, um paralelo entre um Deus transcendente e o homem finito. Segundo a teologia de Elifaz, Deus não se importaria com as queixas humanas, pois Ele está muito acima do homem. 

Lição 7: A teologia de Bildade: Se há sofrimento, há pecado oculto?

Nesta lição estudamos os três discursos de Bildade, o suíta, o segundo amigo de Jó, que falou logo após as réplicas de Jó aos discursos de Elifaz, o temanita. Segundo alguns estudiosos, a expressão “suíta” significa que Bildade era filho de Suá, filho de Abraão com a sua segunda esposa Quetura. (Gn 25.1). 

Tópicos da lição:

  • Bildade faz um contraste entre um Deus justo e santo, e as imperfeições do ser humano. 
  • Bildade mostra o pecado como a quebra da moralidade tradicional, que ele acreditava ser correta e diz que os sofrimentos de Jó ocorreram, porque Jó e os seus filhos teriam atentado contra esta moralidade. 
  • Bildade faz um contraste entre o pecado e a Majestade de Deus, insinuando que Deus é onipotente, mas, ausente do mundo. 
Lição 8: A teologia de Zofar: O justo não passa por tribulação?

Na lição 8, vimos o discurso de Zofar, o último amigo de Jó a falar na série de debates (Jó 11; 20). Zofar insiste na tese de que o justo não passa por tribulação, à semelhança do que pensavam os seus amigos, Elifaz e Bildade. Todavia, Zofar é mais duro e impiedoso nas acusações contra Jó. Diferente dos seus amigos, ele faz apenas dois discursos (nos capítulos 11 e 20 do livro de Jó), suficientes para derramar todo o seu ressentimento contra o patriarca. Zofar acusa Jó de se levantar contra a sabedoria divina e o aconselha a voltar-se para Deus, através de arrependimento e conversão baseada em rituais legalistas.

A teologia de Zofar é chamada de deísmo. Esta teologia afirma a existência de Deus, porém, diz que Ele criou o mundo, se afastou dele, não interfere em seu funcionamento e não se interessa em se relacionar com o ser humano.

Lição 9: Jó e a inescrutável Sabedoria de Deus

Nesta lição estudamos o capítulo 28 do livro de Jó. Este capítulo marca o fim dos debates entre Jó e os seus amigos Elifaz, Bildade e Zofar. Jó faz uma apresentação da verdadeira sabedoria, fazendo um contraste entre a sabedoria meramente humana e a sabedoria que vem de Deus e conclui dizendo que a verdadeira sabedoria é o temor do Senhor. 

Tópicos da lição:
  • O primeiro tópico faz uma comparação entre a busca do ser humano por minérios e a busca por sabedoria, mostrando que apesar de todo o esforço humano o homem não consegue adquirir a verdadeira sabedoria por seus próprios esforços e/ou méritos.
  • O segundo tópico mostra que o preço da sabedoria é inestimável e que nenhuma riqueza pode comprá-la, pois, somente Deus pode concedê-la;
  • O terceiro tópico mostra que a verdadeira sabedoria é um bem espiritual. Sendo assim, ela tem implicações práticas e não apenas intelectuais. 
Lição 10: A última defesa de Jó

Estudamos na lição 11, o último discurso que Jó fez em sua defesa. Jó faz uma retrospectiva de sua vida. Ele pôde ver o quanto foi abençoado, embora o momento presente contrariasse todo o seu passado. Jó faz um discurso com três partes: a lembrança do seu passado feliz; o lamento pelo seu sofrimento no presente; a defesa da sua ética sexual e social e perspectivas em relação ao futuro.
É muito importante fazermos esse exercício retrospectivo, mas sem, contudo, perder a esperança. O que Deus fez em nosso passado deve-nos trazer a esperança para o presente. 

Lição 11: A teologia de Eliú: O sofrimento é uma correção divina?

Estudamos nesta lição, a teologia do jovem Eliú, que se mantivera calado, ouvindo as acusações de Elifaz, Bildade e Zofar e as respectivas réplicas de Jó. Eliú expôs a sua teologia em quatro longos discursos, que estão registrados nos capítulos 32 a 37 do livro de Jó. 
Em seus discursos, Eliú mostra o sofrimento como uma forma de revelar a soberania, caráter, justiça e vontade soberana de Deus. O ponto central da teologia de Eliú é que o sofrimento deve ser visto como algo pedagógico e não como uma punição pelo pecado, como disseram os outros amigos de Jó.

Lição 12: Quando Deus se revela ao homem

Na lição 12, estudamos os questionamentos de Deus a Jó, registrados nos capítulos 38, 39, 40 e 41. Depois de tanto argumentar com os seus amigos, defendendo a sua inocência, reclamando do silêncio de Deus e desejando ser ouvido por Deus, Jó agora é confrontado pelo próprio Deus, que lhe faz diversas perguntas, que evidentemente, Jó não teria como responder. 

Estas perguntas de Deus revelam: 

1. Deus como um ser pessoal e não uma energia como dizem os panteístas;  
2. A infinita sabedoria de Deus expressa nas coisas criadas e na sustentação do universo; 
3. O poder e a justiça de Deus, através das figuras de duas grandes criaturas indomáveis: o behemoth e o leviatã.

Lição 13: Quando Deus restaura o justo

Nesta última lição, estudamos o desfecho final da história dramática do patriarca Jó. Outrora, Jó era um homem próspero, sábio, respeitado, sincero, reto, temente a Deus e que se desviava do mal. Este patriarca tinha uma família unida e bem estruturada. Ele também era um homem que ajudava aos necessitados. De repente, sem ele saber por que, perdeu tudo o que tinha em um único dia e foi acometido de uma enfermidade terrível. Os seus amigos vieram visitá-lo e passaram uma semana em silêncio, porque viam que a dor era muito grande. Mas, quando resolveram falar, fizeram longos discursos, acusando Jó de ter pecado contra Deus, dizendo que esta seria a razão dos sofrimentos do patriarca. 
Jó rebatia estas acusações, reafirmando a sua inocência e desejava apresentar-se diante de Deus, para fazer a sua defesa. Depois de longos debates de acusação e defesa, o próprio Deus se manifestou a Jó, do meio de um redemoinho, e lhe fez várias perguntas, sobre a criação, os animais e o funcionamento do Universo, que ele não tinha como responder. 
Após as perguntas de Deus, Jó humilhou-se perante o Criador e deu-lhe glória. Deus repreendeu aos amigos de Jó e mandou que eles levassem animais para que Jó oferecesse sacrifícios e orasse por eles. Enquanto Jó orava por seus amigos, que o acusaram, injustamente, de ter pecado contra Deus, o Senhor restaurou a Jó e deu-lhe em dobro tudo o que antes ele possuía. 

Pb. Weliano Pires
Assembleia de Deus
Ministério do Belém
São Carlos - SP



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