12 dezembro 2024

A PROVISÃO DAS NECESSIDADES BÁSICAS

(Comentário do 1º tópico da Lição 11: A promessa de provisão)


Ev. WELIANO PIRES


No primeiro tópico, falaremos da provisão das necessidades básicas do ser humano, do ponto de vista do corpo. Inicialmente, veremos que Jesus ensinou aos seus discípulos para não viverem ansiosos e preocupados excessivamente com as suas necessidades básicas, pois Deus sabe que necessitamos delas. Na sequência, falaremos da provisão do alimento diário. Usando o exemplo dos animais, que Deus os sustenta, Jesus prometeu que o Pai Celestial também provê o nosso sustento. Por último, falaremos da provisão da nossa vestimenta. Jesus fez menção aos lírios do campo, para mostrar que Deus também proverá as nossas vestes. 


1. Não fiqueis ansiosos! O capítulo 6 do Evangelho segundo Mateus faz parte do famoso discurso de Jesus, conhecido como Sermão da Montanha. Neste Sermão, o Senhor Jesus falou aos seus discípulos, sobre cinco temas principais: as Bem-aventuranças (5.3-12); as figuras do Sal e luz (5.13-16); Jesus e o cumprimento da Lei (5.17-48); os atos de justiça (6.1-18); por fim, fez diversas declarações de sabedoria (6.19-7.27).

Nessa parte final do capítulo 6, Jesus ensinou a respeito do relacionamento dos seus discípulos com os bens materiais. O Mestre contrapôs os tesouros deste mundo com os do Céu e recomendou aos seus seguidores que não ajuntassem tesouros neste mundo, pois, eles estão sujeitos à deterioração da traça, da ferrugem e à ação dos ladrões. Mas – disse Ele – ajuntai tesouros no Céu, pois estes são perenes e jamais poderão ser corrompidos ou roubados. Na sequência, Jesus ensinou também aos seus discípulos que não andassem ansiosos, por causa das suas necessidades básicas, como a comida e as vestes, pois o Pai Celestial sabe que precisamos delas e provê o nosso sustento. 

Deus não é apenas o Criador do Universo, Ele é também o sustentador do Universo e provedor de todas as coisas. Tudo vem dele, pois é Ele que dá nos a vida e todos os recursos naturais indispensáveis à nossa sobrevivência. Um dos títulos de Deus que aparece no Antigo é Yahweh Yireh (O SENHOR Proverá) (Gn 22.14). Portanto, se Deus é o Criador, sustentador e provedor de todas as coisas, os seus filhos não tem nenhum motivo para se desesperarem em relação às suas necessidades básicas de sobrevivência. 


2. Provisão do alimento diário. Para explicar aos seus discípulos que o Pai Celestial proverá o seu alimento diário, o Senhor Jesus se valeu do exemplo das aves do céu que não plantam, não colhem alimentos e não os ajuntam em celeiros, mas Deus as alimenta. Ele alimenta todos os animais e dá a chuva e o sol para os vegetais se manterem vivos. Se os animais e vegetais encontram dificuldades para sobreviver e algumas espécies são extintas é por causa do pecado e das ações do homem, não por culpa de Deus. 

Jesus lembrou aos seus discípulos que se Deus alimenta os animais, quanto mais os seres humanos que têm muito mais valor do que eles! Neste trecho, muitos daqueles que querem humanizar os animais e coisificar o ser humano, certamente irão torcer o nariz. Mas esta é a verdade, os animais são inferiores ao ser humano. Embora Deus tenha criado também os animais e nós devemos cuidar deles, não devemos colocá-los no mesmo patamar do ser humano, que foi criado à imagem e semelhança de Deus. 

Deus é o provedor do nosso alimento. No modelo de oração que Jesus ensinou aos seus discípulos, o Mestre ensinou-lhes a pedir a Deus “o pão nosso de cada dia”. Em muitos outros textos bíblicos está claro que é Deus quem dá o alimento ao ser humano, inclusive aos ímpios. Vale lembrar que Deus proverá os meios necessários para a nossa sobrevivência, mas Ele não mandará o nosso alimento diretamente do Céu, exceto em situações especiais, como no caso do povo de Israel no deserto.  Não é porque Deus prometeu prover o nosso sustento, que vamos esperar que as coisas caiam do Céu e fugir da responsabilidade de trabalhar, administrar os nossos recursos, além de dizimar e ofertar ao Senhor. A Bíblia é muito clara em relação a isso. Após a Queda do primeiro casal, Deus disse a Adão: “Do suor do teu rosto comerás o teu pão” (Gn 3.19). Com relação ao preguiçoso, a Bíblia manda ir ter com a formiga, pois esta trabalha e ajunta o seu alimento no verão (Pv 16.6). Paulo disse ainda: “Quem não quiser trabalhar, também não coma”. (2 Ts 3.10).


3. Provisão da vestimenta. A segunda necessidade básica do ser humano mencionada por Jesus são as vestimentas. Para explicar a promessa de que Deus providenciaria também as nossas vestes, Jesus usou o exemplo dos lírios do campo, que não plantam algodão e não produzem tecidos, mas Deus os veste de forma tão bela, que nem Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles. Não devemos, portanto, ficar desesperados com medo de nos faltar as vestes.

Evidentemente, Jesus não prometeu excesso de roupas de grife e de todas as combinações possíveis. A promessa é de que não faltará o necessário para nos cobrirmos. Há pessoas que reclamam que não têm roupa para irem a uma festa, mas se abrirmos o seu guarda-roupa encontraremos dezenas de roupas seminovas. Isso é puro consumismo e exibicionismo. Podemos nos vestir bem, de acordo com as nossas condições mas sem extravagâncias. 

Desde a entrada do pecado no mundo, o ser humano passou a ter a necessidade de vestir, para cobrir as suas intimidades. Depois que pecaram, o primeiro casal sentiu vergonha da sua nudez e buscaram folhas de figueira para se cobrirem, mas isso era insuficiente. Deus, então, tomou a pele de um animal e confeccionou a primeira vestimenta para eles. Através deste ato, Deus estava mostrando que um inocente morreria por causa do pecado do homem. Aquele animal morto para fornecer a sua pele para a roupa do primeiro casal apontava tipologicamente para Cristo, o inocente que seria morto pelos nossos pecados. 

Se por um lado, Deus criou as vestes para cobrir a nudez dos seres humanos, por outro lado o inimigo luta para acabar com as vestes que estão cada dia mais curtas, apertadas e indecentes. Já há os chamados naturalistas, que defendem que as pessoas deveriam andar completamente despidas como os animais. Há um hino antigo da saudosa irmã Vera Lúcia (Verinha) que dizia: “O mundanismo está se aumentando; Deus fez a roupa para vestir o nudismo e agora a roupa está se acabando”. 


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