11 novembro 2024

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 07 – A PROMESSA DE UM CORAÇÃO NOVO

 

Ev. WELIANO PIRES 

AD-Belém /São Carlos-SP 


Nesta lição, estudaremos sobre a promessa de Deus de conceder ao seu povo um coração novo. Evidentemente, não é uma referência ao músculo cardíaco, pois neste caso, bastaria a medicina efetuar um transplante de coração. A palavra coração aqui é usada em sentido figurado, para se referir ao centro da razão e das emoções humanas. Desde a Queda, o coração humano se tornou mau e enganoso. Sendo assim, é preciso passar por um novo nascimento que somente Deus pode realizar. 


No primeiro tópico, falaremos do coração na perspectiva bíblica. Inicialmente, falaremos dos significados da palavra coração na Bíblia, que varia de acordo com o contexto. Na sequência, falaremos da expressão “circuncisão do coração”, usada pelo apóstolo Paulo. Por último, falaremos da promessa de um coração novo, mencionada pelo apóstolo Paulo, que remonta uma profecia de Jeremias, na qual Deus promete escrever as suas palavras no coração humano. 


No segundo tópico, falaremos do coração de quem está em Deus. Veremos que uma pessoa que está em Cristo, tem um coração inclinado para Deus, pois passa pelo processo do novo nascimento. Na sequência, veremos que a pessoa que nasce de novo tem um coração consciente e procura fazer a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Por último, veremos que Deus contempla o coração humano, que é o lugar mais escondido da pessoa humana. Mas o nosso Deus é onisciente e vê todas as coisas. 


No terceiro tópico, falaremos das promessas de Deus para o coração. A primeira delas é a promessa de um coração feliz. Uma pessoa que nasceu de novo tem a alegria do Senhor. A segunda promessa é a de um coração cheio de amor, pois o amor de Deus é derramado em seu coração. A terceira promessa é o penhor do Espírito no coração. Este penhor é a garantia da nossa salvação por Deus. 


REFERÊNCIAS:

RENOVATO, Elinaldo. As promessas de Deus: Confie e viva as bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024. 
ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2024, Ed. 99, p. 39.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave: Hebraico e Grego. RIO DE JANEIRO, CPAD, 2015, p.2252.
LONGMAN III, Tremper. Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 407
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2009, Vol. 1. pp. 501, 502. 

09 novembro 2024

JESUS CRISTO CURA SIM

(Comentário do 3º tópico da Lição 06: A promessa de cura divina) 


Ev. WELIANO PIRES 


No terceiro tópico, veremos que Jesus Cristo cura sim. A cura divina faz parte do plano de Deus, pois Ele se identificou aos Israelitas, quando eles saíram do Egito, como “o SENHOR que te sara”. Veremos também que Jesus continua curando, pois Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Por último, veremos o que podemos fazer para alcançar a cura divina. Há alguns princípios bíblicos que devemos observar.


1- A Cura Divina faz parte do Plano de Deus. Conforme vimos no tópico anterior, as enfermidades são consequências da Queda do ser humano. Logo após a desobediência do primeiro casal, Deus os expulsou do Jardim, mas fez também a primeira promessa de Salvação em Gênesis 3.15, que é chamada de “Proto Evangelho”, por ser o primeiro anúncio da vinda do Salvador para salvar o ser humano do pecado. Esta salvação prometida por Deus em todo o Antigo Testamento não contempla apenas o perdão dos pecados, inclui também o cancelamento das consequências do pecado, que são as doenças e a morte.

Após a libertação do povo de Israel da escravidão no Egito, Deus lhes prometeu que se eles obedecessem às Leis de Deus, não serim atingidos pelas enfermidades que Deus havia mandado aos egípcios. Deus se apresentou a eles com o título “Yahweh Raphah” que significa “O SENHOR que te sara” (Êx 15.26). Em vários momentos no Antigo Testamento vemos Deus curando o seu povo de enfermidades como nos dias de Elias e Eliseu, e no caso do rei Ezequias. No conhecido Salmo 103 lemos que é o Senhor que perdoa as nossas iniquidades e sara as nossas enfermidades (Sl 103.3). 

Em Israel, nos tempos do Antigo Testamento, a cura das enfermidades era milagrosa e vinha do Senhor. O remédio para as doenças não estava nos médicos ou em outras nações, mas em Deus. O rei Asa, por exemplo, é citado negativamente porque teve uma enfermidade grave e “na sua enfermidade, não buscou ao Senhor, mas antes os médicos”. (2 Cr 16.12). Na promessa de retorno do cativeiro, o Senhor falou através do profeta Jeremias: “Porque te restaurarei a saúde, e te curarei as tuas chagas, diz o Senhor…” (Jr 30.17). 

No Novo Testamento, a cura de várias enfermidades fez parte do ministério do Senhor Jesus. O Mestre não curava para aparecer ou fazer propaganda de curas, como muitos querem fazer hoje. Ao contrário, quando Ele curava dizia para as pessoas curadas não falarem para ninguém. Jesus curava movido de íntima compaixão pelas pessoas que sofriam com as doenças. “Então Jesus, movido de íntima compaixão, tocou-lhes nos olhos, e logo seus olhos viram; e eles o seguiram”. (Mt 20.34). Quando enviou os seus discípulos em missões, Ele ordenou-lhes que curassem os enfermos: “Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.” (Mt 10.8). 


2- Jesus cura. A cura divina é uma importante doutrina bíblica pregada pelos pentecostais. Nós cremos que o mesmo Jesus que curou no passado continua curando hoje, pois o seu poder não mudou. Ele é o mesmo ontem, e hoje e eternamente” (Hb 13.8). O Espírito Santo deu dons de curar à Igreja (1 Co 12.9,28). Na Igreja Primitiva, muitas curas e milagres aconteceram e não há nada na Bíblia dizendo que estes sinais iriam cessar. Ao contrário, o Senhor Jesus disse que estes sinais seguiriam aos que crerem (Mc 16.17). 

Que Jesus Cristo curou muitos enfermos durante os três anos do seu ministério terreno, não há nenhuma dúvida, pois está registrado abundantemente nos Evangelhos. Ainda há, segundo João falou, muitos milagres que Jesus realizou, que não estão registrados na Bíblia. Jesus deu também este poder aos seus discípulos para curarem os enfermos. O Livro de Atos dos Apóstolos registra inúmeros casos de curas divinas, realizadas por Pedro, João, Estevão, Filipe, Barnabé e Paulo. 

Nenhum cristão que possa ser levado a sério, negaria os milagres realizados por Jesus ou pela Igreja Primitiva. Entretanto, há muitos cristãos na atualidade que negam que a cura divina seja realizada nos dias atuais. Mas, como já falamos anteriormente, não há nenhum texto bíblico que diga que os dons espirituais tenham cessado. A obra expiatória de Cristo não se limita apenas à salvação do pecado, mas também à restauração do corpo. Entretanto, o que vemos hoje é apenas uma amostra do que ocorrerá na ressurreição, na glorificação do nosso corpo, quando teremos um corpo imortal e incorruptível, não mais sujeito a enfermidades. Há dois extremos que devemos evitar: Primeiro a posição dos cessacionistas que dizem que as curas cessaram; segundo, a posição dos neopentecostais que dizem que todas as enfermidades terão que ser curadas. 


3- O que podemos fazer para receber a Cura Divina? Diante de tudo que já foi exposto nesta lição, fica a pergunta: o que precisamos fazer para receber a cura divina? Como resposta a esta pergunta, o comentarista apresenta alguns princípios que devemos seguir para alcançar a cura das enfermidades nos afligem:


a) Crer que Jesus pode curar e confiar no seu poder. Isso é algo que parece óbvio, pois sem fé é impossível agradar a Deus, ou receber coisa alguma dele. Com a cura, não é diferente. Quem não crer que Jesus cura hoje não pode ser curado. Em vários textos que registram curas de Jesus, vemos Ele dizer: a tua fé te salvou (Mt 9.22), ou seja feito isso conforme a tua fé (Mt 9.29). Por outro lado, lemos que Ele não fez muitos milagres em alguns lugares, por causa da incredulidade (Mt 13.58).

b) Chamar os presbíteros da Igreja para ungir com óleo. Conforme vimos no primeiro tópico, Tiago recomendou que se alguém estiver doente, deve chamar os presbíteros da Igreja, para ungir com óleo em nome do Senhor e a oração da fé salvará (sarará) o doente. Se houver cometido pecados, estes serão perdoados. O óleo aqui não é um remédio para ser administrado no lugar da enfermidade, como no caso do bom samaritano que colocou azeite nas feridas do homem que fora espancado pelos ladrões. Aqui, a unção com óleo é um símbolo da ação do Espírito Santo e deve ser ministrado exclusivamente pelos presbíteros/pastores da Igreja. Não é o óleo que cura e sim a oração da fé. Se houver pecado como causa da enfermidade, deve haver confissão de culpas uns aos outros, para que haja a cura (Tg 5.14-16).

c) Não deixar de ir ao médico. O fato de crermos na cura divina, não deve nos impedir de ir ao médico preventivamente e para tratamento de enfermidades. Deus pode nos curar instantâneamente de forma milagrosa, mas Ele pode também usar os médicos para fazer isso. Se Deus curar a enfermidade de forma sobrenatural, os médicos irão constatar o milagre. Há muitos testemunhos de pessoas que receberam diagnósticos de doenças incuráveis e os médicos lhe deram pouco tempo de vida. Depois que foram curadas, voltaram aos médicos e isso causou espanto, pois eles não entenderam como a doença desapareceu. 


REFERÊNCIAS:


RENOVATO, Elinaldo. As promessas de Deus: Confie e viva as bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024. 

ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2024, Ed. 99, p. 39.

FERNANDO, Ajith. Ministério Dirigido por Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp. 212,213. 

HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 519. 

08 novembro 2024

ORIGEM E CONSEQUÊNCIAS DAS DOENÇAS NO MUNDO

(Comentário do 2° tópico da Lição 06: A promessa de cura divina)


Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico, falaremos da origem e consequências das doenças no mundo. Inicialmente, veremos que a origem geral das doenças foi a entrada do pecado no mundo. Na sequência, falaremos da consequência do advento das doenças, que foi a diminuição paulatina do tempo de vida dos seres humanos. Por último, falaremos da proliferação das doenças, que podem ser de ordem física e mental.  Há também doenças de ordem espiritual e outras que acontecem por falta de cuidados e consequências do pecado da própria pessoa. 


1- A origem das doenças no Éden. Deus criou o ser humano perfeito, física, moral e espiritualmente. O corpo humano não foi criado para adoecer ou morrer. Depois de criar o primeiro casal, Deus os advertiu para que não comessem do fruto da árvore da ciência do bem e do mal, que estava no centro do Jardim do Éden, pois no dia em que comessem, certamente morreriam. O casal, no entanto, se deixou levar pelo engano do adversário e desobedeceu à ordem de Deus, comendo do fruto proibido. 

Com a entrada do pecado no mundo, o corpo humano passou a ser mortal em todos os aspectos. Primeiro veio a morte espiritual, que é a perda da comunhão com Deus. Fisicamente também, o ser humano se tornou mortal e, como tal, está sujeito às doenças e à morte. O corpo humano, antes do pecado era imortal e não adoecia, pois foi criado para viver eternamente. Com o advento do pecado, o corpo humano perdeu a imortalidade e deixou de ser imune às doenças. 

Quando nasce, o ser humano começa a morrer. É como se ligasse um cronômetro com contagem regressiva. Cada dia vivido é um dia a menos no tempo de vida. Primeiro, vem a fase do crescimento, até chegar a vida adulta. Depois, vem a fase do envelhecimento, até finalmente chegar a morte. Em cada fase da vida, há riscos de várias doenças no nosso corpo e, consequentemente, o risco de morte. Tudo isso é consequência do pecado, não necessariamente da pessoa que está doente, mas do pecado do ser humano em geral. 


2- A consequência do advento da doença. Após a Queda, o primeiro casal foi expulso do Paraíso e os seus corpos se tornaram mortais. Antes do dilúvio, o ser humano tinha longevidade média de 900 anos. Adão, por exemplo, viveu 930 anos (Gn 5.4). Matusalém, o homem que viveu mais tempo na terra, viveu 969 anos (Gn 5.27). Com a multiplicação da maldade humana, o Senhor diminuiu o tempo de vida do ser humano, reduzindo-o a 120 anos. 

Assim, aos poucos o tempo da vida humana foi sendo reduzido. O último a viver mais de novecentos anos foi Noé, que viveu 950 anos (Gn 9.29). Sem, filho de Noé, viveu 600 anos (Gn 13.10,11). Abraão viveu 175 anos (Gn 25.7). Isaque viveu 180 anos (Gn 35.28). José viveu 110 anos (Gn 50.26) e Moisés viveu 120 anos (Dt 34.7). No Salmo 90, Moisés escreveu que o tempo da vida humana é de 70 anos e se alguém, pela sua robustez chegar aos 80, o seu orgulho é canseira e enfado (Sl 90.10).

Com o passar dos anos, o aumento da violência e a contaminação dos recursos naturais, a expectativa de vida foi diminuindo mais ainda. Nos dias em que Jesus viveu neste mundo, segundo historiadores, a expectativa de vida era em torno de 40 anos. Não havia medicina e antibióticos como hoje. As condições de higiene e saneamento eram precárias. Um simples ferimento ou uma infecção poderiam facilmente levar alguém à morte. 


3- A proliferação de doenças. Com o passar dos anos, as doenças foram se proliferando por vários motivos. Um dos sinais que antecedem a vinda de Jesus é a multiplicação de doenças incuráveis, chamadas na Bíblia de “pestes”: “...E haverá fomes, pestes e terremotos em vários lugares”. (Mt 24.7). Não obstante o avanço da ciência, nas áreas da medicina e da indústria farmacêutica, surgem a cada dia doenças que levam milhões de pessoas à morte em todo o mundo, como o câncer, a peste bubônica, a meningite, a AIDS, a Covid-19 e muitas outras. 

Conforme colocou o comentarista, as doenças podem ser de ordem física ou mental. As doenças físicas são o adoecimento ou contaminação das nossas células, órgãos e tecidos. Em alguns casos, podem ser problemas hereditários e anomalias biológicas de nascimento. Mas há doenças físicas que são adquiridas por falta de cuidados com o corpo e má alimentação. As doenças mentais, por sua vez, são disfunções na atividade cerebral, que trazem vários problemas como Alzheimer, depressão, ansiedade, anorexia, bipolaridade, esquizofrenia e muitos outros. Há também as doenças psicossomáticas que são problemas físicos causados por sofrimentos emocionais.

O comentarista não citou, mas há também as doenças de ordem espiritual. Há doenças que não têm origem física ou mental. São doenças de natureza demoníaca. Em Marcos 9.25, Jesus repreendeu um espírito mudo e surdo, que deixava um jovem enfermo. Não podemos ser irresponsáveis como os teólogos da prosperidade que dizem que todas as doenças são manifestações demoníacas, mas há casos que são. Nesse caso, é preciso repreender o demônio e o paciente será curado. 

Há também casos em que as doenças são consequências do pecado da própria pessoa. Após curar o paralítico de Betesda, Jesus o alertou para que não pecasse mais, para não lhe acontecer coisa pior (Jo 5.14). Subtende-se, portanto, que a origem daquela enfermidade era o pecado. O apóstolo Paulo também alertou os coríntios, nas instruções a respeito da Ceia do Senhor, que por participarem da Ceia indignamente, havia entre eles muitos fracos e doentes. Ou seja, participar da Ceia sem discernir o seu real significado e sem comunhão com os irmãos, pode trazer doenças físicas e espirituais. Da mesma forma, Tiago alertou os crentes que se alguém estiver doente, chamassem os presbíteros para orar e ungir os enfermos, “confessando as culpas uns aos outros” para que sarassem. Ou seja, há doenças que necessitam de reconciliação para serem curadas. 

Por fim, há muitas doenças que são oriundas da imprudência e negligência da própria pessoa em relação ao corpo. Há muitos casos de pessoas que ficam doentes porque não tomam os devidos cuidados com a saúde, ou fazem coisas que os médicos proíbem. Por exemplo: diabéticos que abusam de açúcar, pessoas que abusam de massas e gorduras, falta de exercícios, falta de exames preventivos, uso de drogas, álcool e tabagismo, excesso de trabalho, falta de descanso e lazer, etc. Infelizmente, há um pensamento equivocado por parte de alguns crentes de que devemos cuidar apenas da parte espiritual, pois o nosso corpo é matéria perecível. Ora, isto é uma heresia gnóstica. O nosso corpo é o templo do Espírito Santo e devemos cuidar dele. 

07 novembro 2024

A PROMESSA BÍBLICA DA CURA DIVINA

(Comentário do 1º tópico da Lição 06:  A promessa de cura divina)


Ev. WELIANO PIRES


No primeiro tópico, falaremos da promessa bíblica da cura divina. Inicialmente falaremos da promessa messiânica de Isaías, que diz que Jesus tomou sobre si as nossas enfermidades (Is 53.5,5). Na sequência, falaremos do cumprimento desta profecia no ministério de Jesus, quando Ele curou muitas pessoas em Cafarnaum, entre elas a sogra de Pedro (Mt 8.14-17). Por último, veremos que no Novo Testamento, os ministros do Evangelho são chamados a orar pelos enfermos e ungi-los com óleo em Nome do Senhor, para que sejam curados (Tg 5.14,15).


1- A profecia messiânica de Isaías 53. A profecia de Isaías 53 é a continuação da profecia que começa no capítulo 42 e fala sobre “o Servo do Senhor” (heb. “Ebed Yahweh”. O profeta Isaías usou esta expressão para se referir ao Messias como o Servo do Senhor. (Is 42.1-7). Depois do capítulo 42, Isaías abre alguns parênteses para falar sobre outros assuntos: a cegueira espiritual de Israel; a promessa de libertação do cativeiro babilônico, feita 100 anos antes do povo ser levado cativo; advertências contra a idolatria; profecia dirigida a Ciro, cerca de 150 anos antes do seu nascimento; profecia sobre a queda de Babilônia, muito antes dela se tornar um império; e repreensão contra a infidelidade de Israel. 

No capítulo 49, Isaías retoma a profecia do Servo do Senhor, que é o Messias, acrescentando também promessas de restauração de Israel nos capítulos 50 a 52. A partir do versículo 13 do capítulo 52 e em todo o capítulo 53, o profeta fala exclusivamente dos sofrimentos do Messias e mostra detalhes da morte e sepultamento de Jesus. No versículo 4, do capítulo 53, Isaías afirma com os verbos no tempo passado, que o Servo do Senhor “tomou sobre Si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre Si…”. Esta profecia significa que Jesus suportou as nossas dores quando tomou a forma humana e também que Ele tomou o nosso lugar na Cruz, pois nós é que merecíamos o castigo pelo pecado. 

No versículo 5, o profeta diz: Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades. O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele e pelas suas pisaduras, fomos sarados”. Isso nos mostra que os sofrimentos de Jesus trazem cura. Jesus Cristo padeceu por nós na Cruz para purificar os nossos pecados e também curar as enfermidades do nosso corpo, que são consequências do pecado. A cura divina faz parte do ministério de Jesus, junto com o perdão dos pecados. 

É preciso esclarecer, no entanto, que este texto de Isaías 53 não diz que Jesus levou todas as enfermidades e que o crente não pode mais adoecer, como ensina a teologia da prosperidade. A redenção do nosso corpo para não mais adoecer, nem morrer, só ocorrerá na glorificação. Isso só acontecerá após a ressurreição ou transformação do nosso corpo (Ap 21.4). Enquanto estivermos neste corpo mortal, estaremos sujeitos a adoecer e morrer. Mesmo crendo que Jesus cura, precisamos ter consciência de que não vai curar todas as enfermidades dos crentes. 


2- O cumprimento profético no ministério de Jesus. A cura divina está relacionada ao processo de salvação. Na mesma profecia de Isaías que fala que Cristo tomou sobre si as nossas iniquidades, diz que Ele tomou sobre si as nossas dores e enfermidades. (Is 53.3,4). Mateus, inspirado pelo Espírito Santo, afirmou que esta profecia de Isaías se cumpriu, quando Jesus curou muitas pessoas e expulsou demônios (Mt 8.16,17). 

No Novo Testamento, as curas divinas são muito mais frequentes. Curar pessoas e realizar milagres fazia parte da rotina do ministério terreno de Jesus. Eis algumas das pessoas que Jesus curou: Curou a sogra de Pedro (Mt 8.14,15); Um paralítico em Cafarnaum (Mt 9.1-8); Um leproso (Mt 8.2-4); Dez leprosos (Lc 17.11-19); O cego de Jericó Mt 10.46-52); Um cego de nascença (Jo 9); Um homem que tinha a mirrada Mt 11.9-13); A mulher que tinha um fluxo de sangue Mc 5.25-34; O paralítico de Betesda (João 5); e fez muitos milagres que não foram registrados na Bíblia (Jo 20.30).

Jesus, depois de ressuscitado, disse aos seus discípulos para irem por todo mundo e pregar o Evangelho a toda criatura. Em seguida, disse que os sinais lhes seguiriam. Entre estes sinais está a cura dos enfermos. Os apóstolos de Jesus deram continuidade ao trabalho iniciado por Ele e também curaram muitas pessoas: Pedro e João, em Nome do Senhor Jesus, curaram um paralítico na porta do Templo (At 3); Pedro foi usado por Deus para curar Enéias (At 9.34) e ressuscitar Tabita (At 9.40); Filipe foi usado por Deus para fazer milagres em Samaria (At 8.6); Paulo também foi muito usado por Deus em curas e milagres (At 19.11,12). 


3- Os ministros são chamados a orar e ungir os enfermos. A cura divina fazia parte da rotina da Igreja Primitiva. Conforme vimos acima, os apóstolos foram usados por Deus para curar muitos enfermos. No Livro de Atos lemos que “muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos.”(At 5.12). As pessoas levavam os enfermos aos apóstolos e eles eram curados. Os endemoninhados também eram libertos da opressão maligna. Chegavam ao ponto de projetar os enfermos sob a sombra de Pedro para serem curados. 

O apóstolo Paulo também foi muito usado por Deus em curas, prodígios e maravilhas. No Livro de Atos vemos estas manifestações do Espírito na vida de Paulo, por onde ele passava. Em Listra, ele foi usado por Deus para curar um coxo de nascença (At 14.8-10); Em Pafos, o mágico Elimas, tentou atrapalhar a evangelização do procônsul e ficou cego, com as palavras de Paulo (At 13.8-11); em Filipos, expulsou o espírito maligno de uma jovem adivinhadora e as portas da prisão foram abertas com um terremoto (At 16.18,26). Deus fazia milagres extraordinários através de Paulo. 

Os ministros do Evangelho são recomendados a orar pelos enfermos e ungi-los com óleo, em Nome do Senhor. Tiago, em suas últimas instruções na sua epístola, escreveu: “Entre vocês há alguém que está doente? Que ele mande chamar os presbíteros da igreja, para que estes orem sobre ele e o unjam com óleo, em nome do Senhor. A oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará. E, se houver cometido pecados, ele será perdoado.” (Tg 5.14,15). O ato de ungir os enfermos é simbólico e representa a ação do Espírito Santo na cura divina. A unção com óleo também não deve ser aplicada por qualquer pessoa. A Bíblia diz para “chamar os presbíteros da Igreja e orar, ungindo com óleo em Nome do Senhor.” 

Não é o óleo que cura e ele não tem poder místico ou medicinal. Não deve ser ingerido ou aplicado no local da enfermidade. Deve ser aplicado na testa do enfermo e “a oração da fé salvará (curará) o enfermo.” O ato de ungir no Novo Testamento se aplica única e exclusivamente aos enfermos. Não existe unção para casas, carros, templos, ou qualquer objeto, na Nova Aliança. Também não existe unção de pessoas que não estejam doentes, para prosperar, ser feliz, etc. Lamentavelmente, em algumas Igrejas há um verdadeiro misticismo em relação a este ato, como se o óleo fosse algo milagroso. 

04 novembro 2024

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 06: A PROMESSA DE CURA DIVINA


Ev. WELIANO PIRES

Nesta lição estudaremos sobre a promessa de cura divina, como parte da obra redentora de Cristo no Calvário. Em seu ministério terreno, Jesus movido de íntima compaixão pelas pessoas doentes, curou muitos enfermos: leprosos, paralíticos, cegos, surdo, mudo, um homem com a mão mirrada, uma mulher com um fluxo de sangue, etc. Os apóstolos deram continuidade e, no Nome de Jesus, também realizaram muitas curas. 


No primeiro tópico, falaremos da promessa bíblica da cura divina. Inicialmente falaremos da promessa messiânica de Isaías, que diz que Jesus tomou sobre si as nossas enfermidades (Is 53.5,5). Na sequência, falaremos do cumprimento desta profecia no ministério de Jesus, quando Ele curou muitas pessoas em Cafarnaum, entre elas a sogra de Pedro (Mt 8.14-17). Por último, veremos que no Novo Testamento, os ministros do Evangelho são chamados a orar pelos enfermos e ungi-los com óleo em Nome do Senhor, para que sejam curados (Tg 5.14,15).


No segundo tópico, falaremos da origem e consequências das doenças no mundo. Inicialmente, veremos que a origem geral das doenças foi a entrada do pecado no mundo. As doenças e a morte são consequências da desobediência a Deus. Na sequência, falaremos da consequência do advento das doenças, que foi a diminuição paulatina do tempo de vida dos seres humanos. Por último, falaremos da proliferação das doenças, que podem ser de ordem física e mental. O comentarista não citou, mas há também doenças de ordem espiritual. 


No terceiro tópico, veremos que Jesus Cristo cura sim. A cura divina faz parte do plano de Deus, pois Ele se identificou aos Israelitas, quando eles saíram do Egito, como Yahweh Raphá (O SENHOR que te sara). Veremos também que Jesus continua curando, pois Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Por último, veremos o que podemos fazer para alcançar a cura divina. Há alguns princípios bíblicos que devemos observar.


REFERÊNCIAS:


RENOVATO, Elinaldo. As promessas de Deus: Confie e viva as bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024. 

ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2024, Ed. 99, p. 39.

FERNANDO, Ajith. Ministério Dirigido por Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp. 212,213. 

HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 519


02 novembro 2024

PROMESSA E PERSEVERANÇA NA SALVAÇÃO

(Comentário do 3º tópico da Lição 05: A promessa de Salvação).

Ev. WELIANO PIRES 

No terceiro tópico, falaremos da promessa e perseverança na Salvação. Veremos que a base da promessa da Salvação é Cristo, pois somente pelo seu sacrifício podemos ter os nossos pecados perdoados. Na sequência, falaremos da apostasia individual. A salvação não é algo incondicional e irresistível, como ensina o Calvinismo. Há diversos exemplos na Bíblia que confirmam isso. Por último, falaremos da promessa e segurança da Salvação. Aqueles que viveram com Cristo neste mundo, ao passarem pela morte estarão seguros para a vida eterna. 

1- A base da promessa de salvação é Cristo. Conforme vimos no primeiro tópico, o Senhor Jesus é o Único Salvador e Seu sacrifício na Cruz é o Único meio de purificação dos nossos pecados. Portanto, Ele é a base da promessa de salvação. A eleição e predestinação da Igreja para a salvação é “em Cristo”. A Bíblia diz que “Deus nos elegeu nele (Jesus) antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis em amor, e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo para si mesmo, segundo o beneplácito de Sua vontade.” (Ef 1.4,5). 

A eleição para a salvação não é apenas para um grupo de pessoas específicas, incondicionalmente, como ensinam os calvinistas. Deus enviou o Seu Filho ao mundo para morrer por todos e convida todos ao arrependimento. Mas as pessoas podem resistir à Graça de Deus e permanecerem em seus pecados se assim o desejarem. A salvação é oferecida a todos, mas só serão salvos aqueles que crerem em Jesus. Deus amou a todos e enviou o Seu Filho para que todos os que nele crerem não pereçam, mas tenham a vida eterna (Jo 3.16). O apóstolo Paulo disse que “a Graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens”. (Tt 2. 11).

2- A Apostasia Individual. O termo apostasia vem do grego ‘apostasis’, que significava originalmente uma rebelião política ou deserção. No Novo Testamento a palavra é usada para se referir ao abandono consciente e definitivo da fé cristã (1Tm 4.1). Há a apostasia doutrinária, que é o caso da pessoa que, depois de conhecer a Verdade, rejeita consciente e definitivamente os ensinos da Palavra de Deus e abraça doutrinas de homens e de demônios. Pode haver também a apostasia moral, que acontece quando a pessoa conhece a Deus, mas prefere se entregar deliberadamente ao pecado. 

Este é outro ponto de divergência entre calvinistas e arminianos. Os calvinistas ensinam que não é possível os eleitos perderem a sua salvação e que uma vez salvo, salvo para sempre. Os arminianos, por sua vez, creem que a pessoa pode ser salvo por Jesus e depois se afastar dele e perder a sua salvação. De fato, temos na Bíblia vários alertas para os crentes vigiarem para perderem a salvação. Ora, se não houvesse esta possibilidade, não haveria a necessidade destas advertências. 

A Epístola aos Hebreus nos mostra claramente que é possível alguém que já foi salvo, se apostatar da fé e se perder: “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro, e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério.” (Hb 6.4-6). Ora, não dá para dizer que alguém que foi iluminado, que provou o dom celestial, foi participante do Espírito Santo e provou as virtudes do século futuro não era salvo. 

3- A Promessa e a Segurança da Salvação. A grande diferença do justo para o ímpio não é prosperidade e bem estar neste mundo, como ensina a teologia da prosperidade. Até porque as pessoas mais ricas e poderosas deste mundo não são servos de Deus. Há muitos ricos, famosos e poderosos que passam a vida inteira atolados no pecado, vivendo como se Deus não existisse. Por outro lado, há muitas pessoas pobres que servem a Deus com fidelidade. 

A diferença entre os que serviram a Deus neste mundo e os que viveram no pecado, ignorando Deus, será vista logo que partirem desta vida. A promessa de salvação traz esperança e segurança para os que morrerem com Cristo. Paulo disse que “se morrermos com Cristo, com Ele viveremos”. (2Tm 2.11). Os que partem desta vida com Cristo serão levados imediatamente pelos anjos ao Paraíso e aguardarão o arrebatamento da Igreja, quando receberão um corpo glorificado e estarão para sempre com o Senhor. Por outro lado, será aterrorizante para os que partirem desta vida sem Jesus. Irão imediatamente para o Hades e aguardarão a ressurreição para o juízo final e a condenação eterna. 

REFERÊNCIAS:

RENOVATO, Elinaldo. As promessas de Deus: Confie e viva as bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024. 
ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2024, Ed. 99, p. 38.
HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal.  RIO DE JANEIRO: CPAD, 19ª Ed. 2018, p.371. 

01 novembro 2024

A NATUREZA DA PROMESSA DE SALVAÇÃO

(Comentário do 2° tópico da Lição 05: A promessa de Salvação). 


Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico, falaremos da natureza da promessa da Salvação. Para uma melhor compreensão da natureza da promessa da Salvação, o comentarista nos apresenta aqui, os três principais aspectos da Salvação: a justificação, que é a absolvição por Deus das nossas culpas, mediante a fé em Cristo; a regeneração, ou novo nascimento, que é o processo de transformação interior, que o Espírito Santo realiza naqueles que se entregam a Cristo; e a santificação, que é a separação de tudo o que é mau e a consagração a Deus. 


1- Justificação. A justificação é um termo jurídico, que significa o perdão da pena de um réu pelos crimes cometidos, sem que ele tenha sido considerado inocente. Ou seja, o réu continua sendo culpado, mas é livre da condenação, porque a autoridade desistiu de puni-lo. Em relação a Deus, todos os seres humanos nascem pecadores e são considerados culpados diante dele. 


O pecado faz separação entre o homem e Deus e há uma sentença de morte eterna contra os pecadores no tribunal de Deus. Nenhum ser humano pode, por seus próprios méritos, livrar-se dessa condenação. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, enviou o Seu Filho Jesus, que assumiu a culpa pelos nossos pecados e recebeu a condenação por eles na cruz. 


A justificação é muito mais do que apenas o perdão dos pecados cometidos. É também a atribuição da justiça de Cristo ao crente e a declaração como justos diante de Deus, como se nunca tivéssemos cometido pecado. Somente Deus pode justificar o ser humano, pois Ele é o ofendido pelo pecado e é o Juiz de todo o Universo. Por isso, as indulgências concedidas ou vendidas pela Igreja Católica são uma afronta a Deus. 


Ao longo da história da Igreja, houve e ainda há muita discussão sobre a forma de se alcançar a justificação. Para os católicos, Deus justifica as pessoas através de obras, sacramentos e penitências. Por conta disso, muitos praticam esmolas, fazem votos de pobreza e muitas orações, a fim de alcançar o perdão de Deus. A justificação foi uma das bases da Reforma Protestante. Martinho Lutero era um monge, que fazia muitas orações, sacrifícios e penitências, a fim de ser aceito por Deus. Entretanto, quanto mais ele fazia estas coisas, mas sentia-se indigno diante de Deus. Ao estudar a Epístola aos Romanos, ele entendeu que a justificação é um favor de Deus, que é obtido através da fé em Cristo e não por obras ou merecimento. 


2- Regeneração. A palavra grega traduzida por regeneração é palingenesia, que aparece duas vezes no Novo Testamento. Em Mateus 19.28, Jesus usa esta palavra com outro sentido, para se referir à restauração da terra no período do Milênio. Já o apóstolo Paulo usa esta palavra em Tito 3.5, para se referir à renovação espiritual operada pelo Espírito Santo em nosso interior. Segundo Stanley Horton, “a regeneração é a ação decisiva e instantânea do Espírito Santo, mediante a qual Ele cria de novo a natureza interior.” 


O Novo Testamento usa também a expressão grega “gennethenai anoothen”, traduzida por “nascer de novo” em João 3.3, que pode ser traduzida também por nascer do alto, ou de cima. Há também outra expressões correlatas, como por exemplo, anagennaos “de novo gerados” que é usada em 1 Pedro 1.3,23. Esta expressão significa também a transformação do nosso interior pelo Espírito Santo, para sermos um novo ser conforme a vontade de Deus. O novo nascimento é indispensável para a entrada no Reino de Deus. 


3- Santificação. A santificação nos é apresentada no Novo Testamento como um ato de separação do mundo. Quando recebemos a Cristo como Salvador, somos santificados pelo Espírito Santo e separados do mundo (sistema), que jaz no maligno e é inimigo de Deus. Mas isso não representa a totalidade da santificação, pois ela é um ato instantâneo do Espírito Santo, mas é também um processo que nos torna parecidos com Cristo, à medida que andamos no Espírito.


A santificação é um processo que passa por três estágios, que compreendem o passado, o presente e o futuro. 

a) Santificação inicial ou posicional. Acontece quando o crente nasce de novo, é santificado pelo Espírito Santo e tem os seus pecados apagados pela fé em Cristo. 

b) Santificação Progressiva. Acontece durante a nossa jornada neste mundo, quando andamos no Espírito e nos revestimos do novo homem. 

c) Glorificação. Acontecerá no ato do arrebatamento da Igreja, quando o nosso corpo for revestido de imortalidade e incorruptibilidade e estivermos livres da presença do pecado.


INTRODUÇÃO À LIÇÃO 07 – A PROMESSA DE UM CORAÇÃO NOVO

  Ev. WELIANO PIRES  AD-Belém /São Carlos-SP  Nesta lição, estudaremos sobre a promessa de Deus de conceder ao seu povo um coração novo. Evi...