10 julho 2023

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 03: O PERIGO DO ENSINO PROGRESSISTA

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Ev. WELIANO PIRES

REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA

Na lição passada estudamos sobre a deturpação da doutrina bíblica do pecado. No mundo dominado pelo espírito da Babilônia, a doutrina do pecado vem sendo deturpada através de novas teologias e, com isso, práticas pecaminosas passaram a ser vistas como algo normal. 

No primeiro tópico falamos sobre o ensino bíblico a respeito da natureza do pecado. Vimos a definição bíblica de pecado, a partir dos termos hebraicos e gregos, que tem o sentido de “errar o alvo”. Falamos também da universalidade do pecado e da corrupção total, ou depravação total da natureza humana. 

No segundo tópico, falamos das teologias modernas que deturpam o conceito de pecado. O comentarista nos apresentou três teologias modernas que são características dos tempos pós-modernos: A teologia do pecado social, a teologia da libertação e o liberalismo teológico. As duas primeiras dizem que o pecado não é a corrupção moral do ser humano, e sim, algo construído por estruturas opressoras, principalmente, na área econômica. O liberalismo teológico, por sua vez, questiona a inspiração, a inerrância e a infalibilidade das Escrituras. Nega também os milagres e o sobrenatural, considerando-os como mitos e fábulas.

No terceiro tópico, falamos da normalização do pecado nos tempos atuais. As principais consequências disso são: crise ética na sociedade; imoralidade sexual generalizada; e a dessacralização da vida. Algumas práticas, que até pouco tempo eram repudiadas e consideradas vergonhosas, hoje são defendidas publicamente e até incentivadas. Em lições posteriores, abordaremos com mais profundidade estas questões.

LIÇÃO 03: O PERIGO DO ENSINO PROGRESSISTA

Nesta lição, daremos continuidade ao assunto abordado no tópico II da Lição passada. Abordaremos alguns perigos do ensino progressista à fé cristã bíblica. Fazem parte do ensino progressista: o liberalismo teológico, o teísmo aberto, a teologia da libertação, a teologia feminista, a teologia negra, a teologia queer e muitas outras teologias nefastas que contrariam frontalmente as Escrituras. Dois destes ensinos, o liberalismo teológico e a teologia da libertação, nós vimos na lição passada. 

O grande perigo destes ensinos nefastos é que eles estão nas escolas e se infiltram muitas vezes em nossas Igrejas e institutos teológicos. Recentemente vimos nas redes sociais um vídeo, no qual, uma militante progressista recomendava que os seus colegas se infiltrassem nas Igrejas como voluntários para cuidar das crianças e lá ensinassem o socialismo. Isso serve de alerta aos pastores, para fazerem uma rigorosa seleção de professores e constante treinamento e observação, principalmente nas classes de crianças, adolescentes, jovens e discipulado, pois nestas classes os alunos não tem muito conhecimento bíblico e podem ser facilmente manipulados. 

No primeiro tópico, falaremos sobre a descaracterização do Cristianismo. O ensino progressista é diametralmente oposto ao Cristianismo, embora muitos dos seus adeptos façam muitos esforços para conciliá-los. Veremos neste tópico, três pontos do progressismo que descaracterizam o verdadeiro Cristianismo: Primeiro, a deterioração moral. Para os progressistas não deve existir princípios morais absolutos e cada um deve praticar aquilo que quiser; Segundo, a erosão da ortodoxia. Os progressistas encontram resistência às suas teorias exatamente na Palavra de Deus. Por isso, atacam à ortodoxia bíblica e reduzem o texto bíblico a um mero registro de experiências religiosas; Terceiro, a corrupção da fé. O ensino progressista procura corromper a fé, para que as pessoas se tornem escravas do pecado, tendo a consciência cauterizada.

No segundo tópico, falaremos das teorias progressistas. O movimento progressista é muito amplo e envolve várias teorias, que não seria possível estudar todas em uma única lição. O comentarista se deteve em apenas três delas, que estão relacionadas ao campo da teologia. Primeiro, falaremos da desconstrução da Bíblia. O ensino progressista nega a inerrância, inspiração e infalibilidade das Escrituras. Com isso, procura reinterpretar e ressignificar as Escrituras, para adaptá-las à concupiscência humana. Segundo falaremos do Teísmo aberto. Esta teoria diz que Deus é limitado, não conhece o futuro e não exerce controle sobre o Universo e a vida humana. Chegam ao cúmulo de dizer que “Deus foi surpreendido pelo pecado no Éden e forçado a redesenhar a história.” Por último, falaremos da Teologia da desmitologização. Esta teoria ensina que há muitos mitos na Bíblia e propões separá-los da verdade. Nessa perspectiva, Céu, Inferno, tentação, demônios e possessões, a doutrina da concepção e do nascimento virginal e até mesmo a promessa da vinda de Cristo são apenas mitos.

No terceiro tópico, veremos a refutação ao ensino progressista. O comentarista nos apresenta pelo menos três formas principais de se refutar o ensino progressista. Primeiro, reafirmando a autoridade bíblica. É indispensável fortalecer a doutrina da inspiração divina, verbal e plenária da inerrante Palavra de Deus (2 Tm 3.16,17). Segundo, ensinando as doutrinas bíblicas. É obrigação dos pastores e mestres da Igreja, ensinar as doutrinas bíblicas à Igreja. Isso envolve a evangelização, discipulado, educação cristã e formação teológica de obreiros. Terceiro, enfatizando a santificação. O fortalecimento da autoridade bíblica e o aprendizado das doutrinas cristãs precisam estar atrelados a uma vida de santidade (1 Pe 1.16). O Cristianismo não é uma religião de discursos corretos, distanciados da prática. Precisamos viver aquilo que pregamos e mostrar ao mundo a santidade bíblica em nossa própria vida, em todas as áreas. A santificação é a operação do Espírito Santo para manter o salvo separado do pecado (Rm 12.1,2).

REFERÊNCIAS: 
BATISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o império do mal: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023. 
BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras: a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.
Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, CPAD, pp.94-98.

07 julho 2023

A NORMALIZAÇÃO DO PECADO

(Comentário do 3º tópico da Lição 02: A deturpação da Doutrina bíblica do pecado)

Ev. WELIANO PIRES


No terceiro tópico, f falaremos da normalização do pecado nos tempos atuais. O espírito da Babilônia tenta apresentá-lo algo normal e inofensivo. As principais consequências disso são: crise ética na sociedade; imoralidade sexual generalizada; e a dessacralização da vida. A sociedade atual está mergulhada em uma crise ética e moral, semelhante às cidades de Sodoma e Gomorra e aos povos cananeus que o Senhor expulsou da terra que Ele deu a Israel. Algumas práticas, que até pouco tempo eram repudiadas e consideradas vergonhosas, hoje são defendidas publicamente e até incentivadas. Em lições posteriores, abordaremos com mais profundidade estas questões.


1- Crise ética e moral. O conceito de ética surgiu na Grécia antiga, no século a.C. Quando os códigos ainda não estavam escritos e positivados, a própria consciência estabelecia a ética a ser observada (Rm 2.14-15). A palavra ética vem do grego “ethos”, que significa costumes ou hábitos. Já a palavra moral tem origem no latim “mos”, que significa “normas” ou “regras”. Sendo assim, a ética se refere aos princípios e valores que orientam a conduta de uma pessoa. A moral, por sua vez, é a prática dessa conduta ética. Não são a mesma coisa, porém, estão relacionadas. Em termos práticos, a ética seria a teoria e a moral a prática. Por exemplo, a ética de um certo grupo diz que ele deve ser verdadeiro. A moral seria os membros deste grupo não mentirem. 


Os princípios e práticas do que é certo e errado no Cristianismo estão fundamentados nas Escrituras Sagradas, que é o padrão de Deus. Este padrão permanece inalterado (Mt 24.35) e os seus princípios não podem jamais ser relativizados, revogados ou adaptados aos interesses humanos, pois, o que norteia o padrão de conduta do cristão é a Palavra de Deus. Nenhuma Igreja, convenção, ou qualquer organização humana tem autoridade para estabelecer novas doutrinas, além daquilo que já foi estabelecido nas Escrituras (Gl 1.9). 


Devido ao afastamento de Deus e dos princípios da Sua Palavra, a sociedade pós-moderna adotou o relativismo e o politicamente correto. Segundo este modelo não existe verdade ou padrão absoluto, tudo é relativo. Este relativismo levou a sociedade atual a uma crise ética e moral sem precedentes. Várias práticas que antigamente eram consideradas imorais, vergonhosas, antiéticas e até criminosas, hoje são legalizadas e incentivadas.


2- Imoralidade sexual. Quando Deus criou o primeiro casal, uniu-os dizendo: “Portanto deixará o homem, o seu pai e a sua mãe e unir-se-á à sua mulher e serão dois numa só carne.” (Gn 2.24). Isso nos ensina que a sexualidade criada por Deus deve ser heterossexual, monogâmica e dentro do casamento. Portanto, sexo antes do casamento (entre solteiros), ex-conjugal (adultério), polígamo, homossexual (entre pessoas do mesmo sexo), bestial (com animais), pornografia e outras abominações que é vergonhoso até citar, contrariam a vontade de Deus.


A sociedade pós-moderna, no entanto, rejeita a idéia da pureza sexual e diz que isso é um modelo opressor. Com o advento da chamada “revolução sexual” e a cultura da contestação do Cristianismo e seus valores, a sociedade ocidental aos poucos foi se afastando deste padrão judaico-cristão e mergulhando na promiscuidade e perversão sexual. As telenovelas passaram a exibir comportamentos que até então, eram tidos como imorais, como o uso de anticoncepcionais, o divórcio, a infidelidade conjugal, o sexo entre solteiros, o aborto, a prática homossexual, etc. 


Outro fator que contribuiu para o aumento da imoralidade sexual foi o crescimento da indústria pornográfica, através de fotos, vídeos e contos eróticos, envolvendo práticas sexuais pervertidas e contrárias aos princípios cristãos. A divulgação dessa cultura promíscua, aos poucos foi criando na sociedade ocidental, a ideia de que os valores cristãos são retrógrados, ou tabus a serem quebrados. Até mesmo nas escolas é ensinada essa cultura de liberdade sexual. A ideia de manter-se puro e casar virgem é ridicularizada entre a juventude, a ponto de jovens terem vergonha de confessar que ainda são virgens. 


Na questão da sexualidade humana, há dois extremos que que devem ser rejeitados: o primeiro é a ideia de que o sexo é mau, vergonhoso e deve ser evitado. O segundo é a libertinagem sexual, ou o sexo sem compromisso e sem nenhum princípio. O sexo é algo puro e prazeroso, criado por Deus, não apenas para a procriação como alguns pensam. Deus criou o relacionamento sexual com duplo propósito: a multiplicação da espécie humana e o prazer dentro do casamento. 


3- A dessacralização da vida. A vida humana pertence a Deus e, portanto, é sagrada (Gn 1.27). Deus formou o homem do pó terra e em seguida soprou em suas narinas o fôlego de vida (Gn 2.7). A vida é um dom de Deus. Cabe única e exclusivamente a Ele, decidir o dia de nascer e de morrer. Por isso, somos contra o aborto, o suicídio e a eutanásia. Não podemos aceitar a ideia de que a vida de quem sofre ou dos miseráveis deve ser interrompida. Deus está no controle de tudo e Ele sabe o momento certo de colocar fim em nossa existência terrena. Ana, a mãe de Samuel, disse em seu cântico de agradecimento a Deus, por Ele ter lhe dado o filho que ela havia pedido: “O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela.” (1 Sm 2.6). 


Deus valoriza tanto a vida, que proibiu terminantemente o assassinato (Ex 20.13) e determinou na Lei mosaica que, aquele que atentasse contra a vida do próximo, deveria ser morto: “E quem matar a alguém certamente morrerá.” (Lv 24.17). O cristão, portanto, defende a sacralidade da vida desde a sua concepção. O corpo humano também deve ser respeitado e protegido, pois pertence a Deus. Paulo disse que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo (Ef 4.30). 


A sociedade atual, dominada pelo espírito da Babilônia, despreza a sacralidade da vida. Com isso, defendem o aborto, a eutanásia, o suicídio, a prostituição e todo tipo de agressão e profanação do próprio corpo, com o slogan: “meu corpo, minhas regras”. Há dois equívocos neste slogan: o primeiro é que o corpo não é nosso, é de Deus. Portanto, as regras também são dele. O segundo é que, no caso do aborto, o corpo do bebê não pertence à mãe, pois não é uma extensão do corpo dela. O embrião ou feto está alojado no corpo da mãe, mas não faz parte dela. É um novo ser em formação que está ali e deve ter o direito à vida garantido. Falaremos mais sobre este assunto na lição 5.


REFERÊNCIAS:


BATISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o império do mal: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras: a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.

GONÇALVES, José. Os ataques contra a Igreja de Cristo: As sutilezas de Satanás neste dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022.

HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.298

06 julho 2023

AS TEOLOGIAS MODERNAS

Leonardo Boff, um dos principais expoentes da Teologia da Libertação

(Comentário do 2º tópico da Lição 02: A deturpação da Doutrina bíblica do pecado)

Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico, falaremos das teologias modernas que deturpam o conceito de pecado. Há várias teologias erradas em relação ao pecado. Neste tópico, o comentarista nos apresenta três delas que são características dos tempos pós-modernos: A teologia do pecado social, a teologia da libertação e o liberalismo teológico. As duas primeiras dizem que o pecado não é a corrupção moral do ser humano, e sim, algo construído por estruturas opressoras, principalmente, na área econômica. O liberalismo teológico, por sua vez, questiona a inspiração, inerrância e infalibilidade das Escrituras. Negam também os milagres e o sobrenatural, considerando-os como mitos e fábulas.


1- Teologia do pecado social. A Igreja Católica sempre pregou o desprendimento dos bens materiais e, na Idade Média, condenava duramente a prática de empréstimos a juros. Entretanto, isso não passava de hipocrisia, pois ironicamente, o Vaticano era a instituição mais rica do mundo e se beneficiava de recursos obtidos através de juros e explorações. 


Os padres que pertencem às congregações religiosas ou ordens, como os Franciscanos e os Dominicanos, e as freiras, fazem votos de pobreza, castidade e obediência absoluta aos seus superiores. Estes religiosos, devido ao seu envolvimento direto com os pobres, miseráveis e doentes, desenvolveram um apego muito grande a estas classes e, consequentemente, desprezo aos ricos, como se todos os ricos fossem exploradores. 


No início da década de 1960, em plena guerra fria entre capitalistas e comunistas, aconteceu no Vaticano, o Concílio Vaticano II, que realizou uma série de conferências entre 1962 e 1965, com o objetivo de modernizar a Igreja Católica e atrair os fiéis que haviam migrado para o protestantismo e outras religiões. Nas questões políticas, este concílio decidiu pela continuidade da condenação ao capitalismo e ao comunismo e aumentou a liberdade para que teólogos pudessem interpretar a Bíblia, à parte do Vaticano. 


Depois disso, no ano de 1968, no contexto da revolução sexual e das revoltas de movimentos estudantis e sindicais, contra ditaduras militares na América Latina, foi realizada a II Conferência Geral do Episcopado Latino-americano em Medellín, na Colômbia. A partir deste concílio, o pecado passou a ser visto não mais no aspecto moral, mas no aspecto social e econômico. Sendo assim, a Igreja Católica da América Latina passou a se envolver mais em questões políticas e econômicas, como reforma agrária, distribuição de renda, direitos humanos, etc., a fim de promover a libertação dos oprimidos, não do pecado no sentido bíblico, mas, a libertação do que eles chamam de “estruturas opressoras da sociedade”. Este envolvimento fez com que muitos bispos e padres se tornassem militantes radicais de esquerda, a ponto de apoiarem a luta armada e as invasões de prioridades. 


Em 1979, foi realizada a III Conferência Geral do Episcopado Latino-americano, desta vez em Puebla, no México, dando continuidade aos ideais da Segunda Conferência realizada em Medellín, na Colômbia. Esta terceira conferência vinha sendo preparada desde 1974 e deveria ser realizada em 1978, porém com as mortes de Paulo VI e João Paulo I, foi adiada para 1979 e presidida por João Paulo II. 


2- Teologia da libertação. No contexto da chamada Guerra fria entre Estados Unidos e União Soviética, levantaram-se na América Latina vários governos ditatoriais que combatiam o comunismo, com o apoio dos Estados Unidos, como foi o caso de Augusto Pinochet, no Chile, e os militares, no Brasil. Por outro lado, os movimentos sindicais, estudantis, rurais e intelectuais de esquerda recebiam apoio da União Soviética, de Cuba e outros países comunistas, a fim de promoverem o comunismo no continente. Com isso, praticaram atos terroristas, roubo a bancos, sequestro e guerrilhas. 


Após o Concílio Vaticano II, surgiu dentro da Igreja Católica um movimento marxista de combate aos regimes ditatoriais na América Latina e ao capitalismo. Em  1971, o padre peruano Gustavo Gutiérrez publicou um livro denominado "A Teologia da libertação. A partir desta publicação teve início um movimento ecumênico, que interpreta os ensinos de Cristo, aplicando-os não à libertação do pecado no aspecto moral, mas a uma suposta libertação de injustas condições econômicas, políticas ou sociais. Além de Gustavo Gutiérrez, Leonardo Boff, Frei Beto e os Jesuítas Juan Luis Segundo e Jon Sobrino, também foram expoentes desta teologia na América Latina. 


A Teologia da Libertação não recebeu apoio do Vaticano durante os pontificados de João Paulo II e Bento XVI, que eram mais conservadores. Este movimento chegou a ser acusado de deturpar os ensinamentos divinos em favor da política. Entretanto, nas CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) da Igreja Católica e, principalmente na CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) essa teologia tem grande influência. Foi através da Teologia da Libertação que surgiram movimentos políticos de esquerda como o PT, Liga dos Camponeses, Via Campesina, MST, MTST e outros. O papa atual também é adepto desta teologia. 


Essa ideia do pecado social e tentativa de conciliar a teologia com os ideais marxistas não se restringiu à Igreja Católica. Do lado protestante também surgiu a chamada Teologia da Missão Integral (TMI). O pioneiro desta teologia foi o pastor Renê Padilha nascido no Equador e radicado na Argentina, onde desenvolveu o seu ministério pastoral. Em 1984, Padilha publicou o livro: O Reino de Deus e a Igreja, que é uma coleção de artigos e palestras dele. Renê Padilha se empenhou em associar o Evangelho às ações sociais e tinha proximidade com os movimentos políticos de esquerda da América Latina. Ele ensinava que Jesus não veio salvar apenas a alma, mas também transformar a sociedade. No Brasil, os pastores Caio Fábio, Ariovaldo Ramos, Ed Renê Kivitz, Ricardo Gondim e outros são expoentes dessa teologia. Alguns destes pastores, posteriormente aderiram também à teologia liberal e ao teísmo aberto. Ed Renê Kivitz chegou a dizer que a Bíblia precisa ser “ressignificada” e “atualizada”. Ricardo Gondim perdeu completamente o rumo. Declarou publicamente que rompeu com os evangélicos e pediu perdão aos homossexuais pelas críticas que fez no passado ao homossexualismo. 


3- Liberalismo teológico. A teologia liberal surgiu após a Reforma Protesttante, a partir do chamado método histórico - crítico de interpretação da Bíblia. Este método apresenta-se como neutro e científico, mas foi contaminado pelo humanismo, iluminismo, deísmo e pelo ceticismo. O método histórico-crítico coloca o racionalismo como a base da interpretação bíblica e, portanto, exclui os milagres e o sobrenatural, considerando-os como mitos e superstições. 


A Revista Defesa da Fé, Edição 69, publicada pelo Instituto Cristão de Pesquisas (ICP) descreve três destaques de elementos do liberalismo teológico, que nos ajudam a compreender melhor essa falsa teologia: 


1. É receptivo à ciência, às artes e estudos humanos contemporâneos. Procura a verdade onde quer que se encontre. Para o liberalismo não existe a descontinuidade entre a verdade humana e a verdade do cristianismo, a disjunção entre a razão e a revelação. A verdade deve ser encontrada na experiência guiada mais pela razão do que pela tradição e autoridade e mostra mais abertura ao ecumenismo;


2. Tem-se mostrado simpatia para com o uso dos cânones da historiografia para interpretar os textos sagrados. A Bíblia é considerada documento humano, cuja validade principal está em registrar a experiência de pessoas abertas para a presença de Deus. Sua tarefa contínua é interpretar a Bíblia, à luz de uma cosmovisão contemporânea e da melhor pesquisa histórica, e, ao mesmo tempo, interpretar a sociedade, à luz da narrativa evangélica;


3. Os liberais ressaltam as implicações éticas do cristianismo. O cristianismo não é um dogma a ser crido, mas um modo de viver e conviver, um caminho de vida. Mostraram-se inclinados a ter uma visão otimista da mudança e acreditar que o mal é mais uma ignorância. Por ter vários atributos até divergentes, o liberal causa alergia para uns e para outros é motivo de certa satisfação, por ser considerado portador de uma mente aberta para o diálogo com posições contrárias.


Os teólogos liberais consideram a Bíblia como um livro humano como qualquer outro da antiguidade e, portanto, negam a sua inspiração divina, inerrância e infalibilidade. Além disso, negam os milagres e o sobrenatural, considerando-os como mitos e fábulas. Procuram também interpretar as doutrinas bíblicas conforme as próprias conveniências e dar-lhes novos significados. Inevitavelmente, esse tipo de teologia traz sérias consequências como incredulidade, tolerância ao pecado, relativismo moral e ético e relaxo para com a evangelização.


É importante esclarecer que o liberalismo teológico não tem nada a ver com usos e costumes.. Geralmente, quando uma Igreja não adota regras rigorosas nos usos e costumes é tachada por algumas pessoas como "Igreja Liberal". Também não tem nada a ver com o liberalismo econômico, que está relacionado à participação do governo na economia, cobrança de impostos e interferência na vida pessoal do cidadão. Sendo assim, a pessoa pode ser um liberal econômico, sem ser necessariamente um liberal teológico. O mesmo pode acontecer na questão dos usos e costumes. Há várias Igrejas são liberais nos costumes, mas seguem uma teologia ortodoxa 


REFERÊNCIAS:


BATISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o império do mal: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

SOARES, Esequias. Declaração de Fé das Assembleias de Deus. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 58.

A teologia liberal e suas implicações para a fé bíblica - Instituto Cristão de Pesquisas


04 julho 2023

O ENSINO BÍBLICO DA NATUREZA PECAMINOSA


Aula 20: A Depravação Total: A Incapacidade Total do Homem Redimir-se.

 (Comentário do 1º tópico da Lição 02: A deturpação da Doutrina bíblica do pecado)

Ev. WELIANO PIRES

No primeiro tópico falaremos sobre o ensino bíblico a respeito da natureza do pecado. Traremos a definição bíblica de pecado, a partir dos termos hebraicos e gregos, respectivamente “chata´th” e “hamartia”, que tem o sentido de “errar o alvo”. Falaremos também da universalidade do pecado, ou seja, que o pecado do primeiro casal corrompeu toda a humanidade e, portanto, todos os seres humanos, sem exceção, nascem pecadores. Por último, falaremos da corrupção total, ou depravação total da natureza humana. Isto significa que a natureza humana foi corrompida em todos os aspectos, o que impede o ser humano de se voltar para a Deus por si mesmo, sem a ação do Espírito Santo.

1- Definição de Pecado. A humanidade tem vários problemas crônicos, mas o maior problema do ser humano, sem nenhuma dúvida, é o pecado, pois ele é o causador dos demais. Uma das principais diferenças entre as religiões é o que elas pensam a respeito do pecado. Há religiões que negam a existência do pecado, outras elaboram uma lista enorme de práticas que eles classificam como pecado. Há ainda os que dizem que o homem deve pagar nesta vida por seus pecados e outros acreditam na reencarnação, para que o ser humano pague pelos seus erros em outras vidas. Existem muitos equívocos em relação à definição de pecado e em relação ao perdão dos pecados. Mas, o que é pecado?

O comentarista cita os termos chata´th (hebraico) e “hamartia” (grego), que traduzem a palavra pecado. Mas, na Bíblia, há várias palavras hebraicas e gregas que se referem ao pecado. O termo hebraico “chata’th” e o seu correspondente grego “hamartia”, que significam “errar o alvo”. Literalmente é uma referência a um atirador que atira uma flecha e erra o seu alvo, como por exemplo, em Juízes 20.16: “Entre todo este povo havia setecentos homens escolhidos, canhotos, os quais todos atiravam com a funda uma pedra a um cabelo e não erravam.” O alvo de todo ser humano é atingir a obediência total a Deus. Se ele falha nessa obediência, “erra o alvo” e, portanto, comete pecado.

Há também o termo hebraico “avon” e o seu correspondente grego “adíkia”, que  significam “falta de integridade”. Estas duas palavras foram traduzidas em nossas Bíblias por “injustiça” e tem o sentido de praticar coisas injustas e desonestas contra o próximo, como, por exemplo, dar um falso testemunho para condenar um inocente, ou mentir para absolver o culpado.

O termo hebraico “pesha” e o seu correspondente grego “parábasis” significam rebeldia ou uma completa rejeição e insubordinação contra a autoridade de Deus. Deus é o Soberano de todo o universo. Ele cria as próprias leis, que são absolutamente justas, pois um dos seus atributos morais é a justiça. Em todos os seus atos e palavras, Deus é sempre justo. Insurgir-se contra a autoridade de Deus e querer viver segundo o próprio pensamento, portanto, é pecado.

Temos ainda o termo hebraico “resha” e o seu correspondente grego “anomia”, que significam ilegalidade, ou “fuga culposa da lei”: “Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.” (1 Jo 3.4). Deus é o Criador de todas as coisas, inclusive do ser humano. Sendo o Criador e sustentador de todo o universo, Ele criou as próprias leis, que estão registradas na Bíblia Sagrada. A desobediência a estas leis constitui-se em pecado contra Deus. É importante esclarecer que esta "Lei de Deus" não são os Dez Mandamentos, como insistem os Adventistas. A Lei Mosaica foi dada a Israel naquela dispensação e não tem apenas dez mandamentos, são 613. A Lei de Deus está em toda a Bíblia, Antigo e Novo Testamento. Porém, é preciso entender o que é mandamento para Israel e o que é mandamento para a Igreja.

2- A universalidade do pecado. O ser humano foi criado por Deus perfeito, inocente e sem pecado. Mas, como Adão era o representante da raça humana, o pecado de Adão passou a toda a sua posteridade: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.” (Rm 5.12). Sendo assim, todos os seres humanos, sem exceção, nascem pecadores e sem condição alguma de se regenerarem por si mesmos. O pecado não é uma qualidade negativa que se revelou em alguns indivíduos específicos que se tornaram maus. É uma característica inerente à raça humana, ou seja, todos nós nascemos pecadores e inimigos de Deus. Portanto, o homem é essencialmente um pecador, não necessariamente por causa do que ele faz, mas, em virtude do que ele é. A isso chamamos de universalidade do pecado. A única forma do homem ser restaurado completamente do pecado é através da fé em Cristo.

Assim como acontece com o conceito de pecado, que tem deturpações, conforme veremos no próximo tópico, há também idéias equivocadas sobre a abrangência do pecado original. Uma das heresias mais conhecidas é o pelagianismo, que são os ensinos de um monge britânico chamado Pelágio, que viveu no século IV d.C. Pelágio ensinou que o pecado de Adão não passou a toda a raça humana, apenas o seu mau exemplo. Segundo Pelágio, Deus cria todas as almas humanas inocentes e perfeitamente capazes de obedecer a Deus, como foi Adão no Éden. Ensinava também que Adão foi criado mortal e, portanto, teria morrido, mesmo que não tivesse pecado.

As heresias de Pelágio foram duramente combatidas pelo Bispo Agostinho de Hipona e foram condenadas nos Concílios de Cartago (418 d.C.), de Éfeso (431 d.C.) e de Orange II (529 d.C.). O pelagianismo é uma doutrina totalmente antibíblica. A Bíblia ensina que o primeiro homem foi criado inocente, bom e com o livre-arbítrio para escolher obedecer a Deus ou se rebelar contra Ele. O homem escolheu se  rebelar contra Deus e, esta rebelião, trouxe imediatamente a morte espiritual, que é o rompimento com Deus e a corrupção da natureza humana. Estes efeitos da queda não atingiram apenas a Adão, mas a toda a raça humana, como veremos a seguir.

3- Corrupção Total. A Declaração de Fé das Assembléias de Deus no Brasil, em seu capítulo IX, que trata do pecado e suas consequências, declara o seguinte sobre a corrupção total do ser humano: “A Queda no Éden arruinou toda a humanidade tão profundamente que transmitiu a todos os seres humanos a tendência ou inclinação para o pecado. Não somente isso, contaminou toda a humanidade: “não há um justo sequer” (Rm 3.10); “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). A natureza moral foi corrompida, e o coração humano tornou-se enganoso e perverso. Todas as pessoas estão mortas em ofensas e pecados; são inimigas de Deus e escravas do pecado. A corrupção do gênero humano atingiu o homem em toda a sua composição — corpo,  alma e espírito”.

O pecado corrompeu todas as áreas da natureza humana. Sendo assim, o ser humano é totalmente incapaz de, por si mesmo, praticar o que é espiritualmente bom ou buscar a Deus. Com a corrupção geral da natureza humana, o ser humano morreu espiritualmente em seus pecados e delitos (Ef 2.1). A teologia chama isso de “depravação total”. Há debates históricos sobre isso, entre calvinistas e arminianos. Entretanto, a divergência entre eles não consiste na depravação total, pois ambos concordam que todo o indivíduo: espírito, alma e corpo, estão maculados pelo pecado.

João Calvino defendia que Deus, em sua soberania, decidiu salvar alguns pecadores, deixando o restante da humanidade pecadora destinada à perdição e tormento eternos. Segundo o ensino de Calvino, o ser humano, após a queda, não possui o livre arbítrio ou a liberdade para escolher obedecer a Deus ou não. Os calvinistas ou monergistas defendem que todos os seres humanos foram corrompidos totalmente pelo pecado e que não tem condições nenhuma de se voltarem para Deus.

Jacob Arminius, por sua vez, defendia também a depravação total, inclusive do livre-arbítrio. Mas defendia que o ser humano recebe de Deus a Graça preveniente, que o torna capaz de entender o Evangelho através do Espírito Santo e pode escolher aceitá-lo ou rejeitá-lo. Segundo a definição do pastor e teólogo, Altair Germano, “Graça preveniente se refere ao amor de Deus em ação, que toma a iniciativa em relação ao homem caído, e não somente no sentido de propiciar a salvação, mas também no sentido de habilitá-lo a recebê-la  e atraí-lo a ela, concedendo-lhe assim a possibilidade de corresponder livremente com arrependimento e fé quando Deus o atrai a si.” Através da Graça preveniente, o livre-arbítrio do ser humano para escolher ou rejeitar as coisas de Deus é resgatado.

A Assembléia de Deus, embora não se afirme diretamente em sua Declaração de Fé como arminiana, as doutrinas da salvação e do pecado conforme expostas por Jacob Arminius estão presentes na teologia assembleiana. Cremos na depravação total do ser humano e também no livre-arbítrio concedido por Deus para este decidir seguir a Cristo para ser salvo, ou rejeitá-lo e ser condenado. Entretanto, ressaltamos que o homem, por si mesmo, em sua natureza pecaminosa, não tem condições de fazer isso sem a ação do Espírito Santo.

REFERÊNCIAS:

BATISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o império do mal: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.
SOARES, Esequias. Declaração de Fé das Assembleias de Deus. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 58.
HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 201 p.263
CALVINO, João. A instituição da religião cristã. Tomo 2 (livros II e IV). Edição integral de 1559. Tradução de Elaine C. Sartorelli e Omayr J. de Moraes Jr. São Paulo: Editora UNESPE, 2009, p. 380.
DANIEL, Silas. Arminianismo: a mecânica da salvação. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 367.
A Graça Preveniente – Blog do Pr. Altair Germano.


02 julho 2023

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 02: A DETURPAÇÃO DA DOUTRINA DO PECADO


Ev. WELIANO PIRES

Nesta lição veremos que a doutrina bíblica do pecado vem sendo corrompida. Em algumas religiões orientais, a existência do pecado é negada. Em outras religiões, o pecado se retringe aos males causados ao próximo, como o assassinato, a agressão, a exploração, roubo, etc. No mundo dominado pelo espírito da Babilônia, a doutrina do pecado vem sendo deturpada através de novas teologias e práticas pecaminosas passaram a ser vistas como algo normal. Esta deturpação da doutrina do pecado é proposital e tem por objetivo manter o ser humano afastado de Deus e, consequentemente, impedir que seja salvo.


A doutrina do pecado é chamada de Hamartiologia, palavra formada de dois vocábulos gregos: “Hamartia” (que é traduzida por pecado e significa “errar o alvo”) e “logos” (estudo, doutrina). Com a desobediência do primeiro casal, a natureza pecaminosa foi transmitida à sua posteridade. Por isso, todos os seres humanos já nascem pecadores. O único remédio para desfazer os efeitos do pecado é a regeneração, que só pode ser realizada por meio do sacrifício de Cristo. 

 

Esta é uma das doutrinas fundamentais do Cristianismo, que está ligada diretamente a outras doutrinas como a Soteriologia, que é a doutrina da salvação, a Antropologia, que é a doutrina do homem, e a Cristologia, que é a doutrina de Cristo. Não há como entender estas doutrinas, sem antes compreender a doutrina do pecado, pois, sem pecado, o homem seria perfeito e não haveria necessidade de salvação, ou de um Salvador.


No primeiro tópico falaremos sobre o ensino bíblico a respeito da natureza do pecado. Traremos a definição bíblica de pecado, a partir dos termos hebraicos e gregos, respectivamente “chata´th” e “hamartia”, que tem o sentido de “errar o alvo”. Falaremos também da universalidade do pecado, ou seja, que o pecado do primeiro casal corrompeu toda a humanidade e, portanto, todos os seres humanos, sem exceção, nascem pecadores. Por último, falaremos da corrupção total, ou depravação total da natureza humana. Isto significa que a natureza humana foi corrompida em todos os aspectos, o que impede o ser humano de se voltar para a Deus por si mesmo, sem a ação do Espírito Santo. 

 

No segundo tópico, falaremos das teologias modernas que deturpam o conceito de pecado. Há várias teologias erradas em relação ao pecado. Neste tópico, o comentarista nos apresenta três delas que são características dos tempos pós-modernos: A teologia do pecado social, a teologia da libertação e o liberalismo teológico. As duas primeiras dizem que o pecado não é a corrupção moral do ser humano, e sim, algo construído por estruturas opressoras, principalmente, na área econômica. O liberalismo teológico, por sua vez, questiona a inspiração, inerrância e infalibilidade das Escrituras. Negam os milagres e o sobrenatural, considerando-os como mitos e fábulas.


No terceiro tópico, falaremos da normalização do pecado nos tempos atuais. O espírito da Babilônia tenta apresentá-lo algo normal e inofensivo. As principais consequências disso são: crise ética na sociedade; imoralidade sexual generalizada; e a dessacralização da vida. A sociedade atual está mergulhada em uma crise ética e moral, semelhante às cidades de Sodoma e Gomorra e aos povos cananeus que o Senhor expulsou da terra que Ele deu a Israel. Algumas práticas, que até pouco tempo eram repudiadas e consideradas vergonhosas, hoje são defendidas publicamente e até incentivadas. Em lições posteriores, abordaremos com mais profundidade estas questões. 


REFERÊNCIAS: 

BATISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o império do mal: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.
HORTON, Stanley M (ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.298).


AS TRÊS ARMAS ESPIRITUAIS DO CRISTÃO

(Comentário do 2º tópico da Lição 06: As nossas armas espirituais)  Ev. WELIANO PIRES No segundo tópico, descreveremos as três princip...