09 novembro 2022

SOBRE A SALVAÇÃO PARA TODOS OS SERES HUMANOS


(Comentário do 2º tópico da Lição 07: A responsabilidade é individual). 

Neste segundo tópico falaremos sobre três temas muito importantes da teologia, que geram muitas discussões: a universalidade da salvação, o fatalismo e a perseverança na salvação. A vontade de Deus é que todos cheguem ao arrependimento e sejam salvos. Veremos ainda neste tópico uma contestação ao pensamento fatalista que diz que todas as coisas são previamente determinadas e não há como mudar. Este texto de Ezequiel mostra que se o pecador se arrepender será salvo e se o justo abandonar a sua justiça perecerá. Por último falaremos sobre a possibilidade do crente perder a salvação. 


1. Há esperança para o pescador (vv. 21,22 e 23). Depois de falar da responsabilidade individual de cada pecador no versículo 20 (a alma que pecar esta morrerá), nos versículos seguintes Ezequiel explica que há esperança para o pecador, se ele se converter dos seus maus caminhos e passar a praticar o que é justo (v.21). O profeta esclarece que, se o pecador se converter, os pecados praticados anteriormente não serão considerados e, pela justiça que praticar a partir da conversão, ele viverá (v.22). Por último, Ezequiel diz que Deus não tem prazer na morte ímpio, mas deseja que ele se converta e seja salvo. 


Há uma discussão teológica interminável sobre este assunto. Os calvinistas afirmam que Deus não ama o pecador e que Cristo não morreu por todos, morreu apenas por aqueles que Deus determinou, antecipadamente, que seriam salvos, a quem eles chamam de eleitos. Sob este ponto de vista, os pecadores que não fazem parte do grupo dos eleitos estão perdidos por antecipação e não há nada que possa mudar isso. 


Entretanto, não é isso que a Bíblia ensina. Tanto no Antigo, como no Novo Testamento, encontramos o ensino de que Deus deseja salvar a todos os pecadores e não tem prazer na morte do ímpio. Se o pecador insiste em perecer, é por sua livre e espontânea vontade, não por determinação de Deus. Conforme vimos na lição passada, os juízos de Deus não acontecem sem motivo, sem que Deus avise e sem que Deus ofereça a oportunidade para o pecador se arrepender. 


Tanto no capítulo 18, como no capítulo 33, Deus usa o profeta Ezequiel para esclarecer que Deus não tem prazer na perdição dos ímpios, mas deseja que eles se arrependam: "Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? diz o Senhor DEUS; Não desejo antes que se converta dos seus caminhos, e viva?" (Ez 18.23); "Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva." (Ez 33.11). 


No Novo Testamento, o ensino de que Deus ama os pecadores e deseja salvar a todos está mais claro ainda. O chamado "texto áureo da Bíblia", João 3.16, diz que "Deus amou o mundo de tal maneira, que Deus o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha vida eterna." Observe que o texto diz que Deus amou "o mundo" e não apenas os eleitos. Na casa de Zaqueu, Jesus disse que o Filho do Homem veio "buscar e salvar o que se havia perdido" (Lc 19.10). Quem estava perdido? Todos nós! Então, Ele veio buscar e salvar a todos. Entretanto, só serão salvos aqueles que nele crerem (Mc 16.16).


Nas Epístolas, os apóstolos também falaram desse assunto. Escrevendo a Timóteo, Paulo disse que Deus "quer que todos os homens [seres humanos] sejam salvos e venham ao pleno conhecimento da verdade". (1 Tm  2 4). Em outra parte, Paulo diz que "Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal" (1Tm 1.15). O apóstolo Pedro também fala a mesma coisa, com outras palavras: "O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se." (2 Pe 2.9). Portanto, há esperança para todos os que pecaram e quiserem ser salvos. A única exceção é a apostasia e a blasfêmia contra o Espírito Santo, pois, nestes casos, o próprio pecador rejeita deliberadamente a ação do Espírito Santo, que poderia levá-lo ao arrependimento. Sendo assim, não há quem possa fazê-lo. 


2- Refutando um pensamento fatalista (v.20). O fatalismo é uma teoria filosófica que defende que todos os acontecimentos no universo são inevitáveis, sejam por causas conhecidas ou não. Nesta perspectiva, o fatalismo defende a incapacidade humana de influenciar ou mudar os acontecimentos, cabendo-lhe única e exclusivamente, a resignação. Esta ideia é conhecida popularmente como destino, sina ou sorte. 

 

No campo teológico, o fatalismo diz que há contradição entre a onisciência divina e o livre arbítrio. Partindo desse pressuposto, dizem que Deus conhece tudo por antecipação (presciência) e, portanto, determina tudo o que irá acontecer, independente das ações humanas. Há ainda uma corrente mais radical do fatalismo que defende que nem Deus interfere nos acontecimentos. Na sua onisciência, Deus sabe tudo o que irá acontecer, mas não interfere, pois tudo acontece por acaso. O fatalismo crê que tudo que tiver que acontecer, acontecerá e o que não tiver que acontecer, não acontecerá. Uma crença nosso leva o ser humano, inevitavelmente ao pessimismo. 


O povo de Judá, tanto os exilados na Babilônia como os que ficaram na terra de Israel, foram contaminados por este pessimismo. Eles acreditavam que estavam sofrendo punições pelos pecados dos seus pais (Lm 5.7), como algo inevitável, que havia sido predeterminado por Deus. O profeta Ezequiel foi usado por Deus para desfazer este equívoco e explicar que foram punidos pelos próprios pecados e que, mesmo assim, se houver arrependimento dos pecadores, Deus os salvará. Em toda a Bíblia vemos Deus mudando sentenças e acontecimentos, de acordo com as ações do homem. Um dos casos mais conhecidos é o da cidade de Nínive, que Deus mandou o profeta Jonas anunciar a sua destruição e, por causa do arrependimento, Deus desistiu de destruí-la.  


3- Duas situações (vv.2,22,24). Neste ponto trataremos de outra grande discussão teológica que é a chamada perseverança dos santos. Este é o último ponto do resumo do calvinismo, que é descrito através do acróstico em inglês TULIP: 

T: Depravação Total (Total Depravity)

U: Eleição Incondicional (Unconditional Election)

L: Expiação Limitada (Limited Atonement)

I: Graça Irresistível (Irresistible Grace)

P: Perseverança dos Santos (Perseverance of the Saints). 


A perseverança dos santos, segundo o calvinismo, é a ideia de que todos os eleitos foram salvos e permanecerão salvos, sem que haja a possibilidade de se perderem. Assim como dizem que Deus determinou antecipadamente quem seria salvo e quem não seria, o calvinismo ensina aqueles que Deus salvou não se perderão. Os que se desviam é porque, na verdade, nunca foram salvos. 


No texto de Ezequiel 18, nos versículos 2, 22 e 24, no entanto, nos apresenta duas situações: a situação do pecador que se converte e passa a praticar a justiça; e a situação de um justo, que abandona a justiça e passa a viver no pecado. Deus explica que, no caso pecador, que se converte, os seus pecados não serão lembrados e ele viverá por causa dos atos justos praticados após a conversão. No caso do justo, que abandona a justiça, ocorre o inverso. A sua justiça anterior não será considerada e ele morrerá por causa do seu último estilo de vida no pecado. 


Em vários textos a Bíblia ensina que é possível o salvo perder a salvação, se não permanecer em Cristo. Na parábola do filho pródigo, temos o exemplo do filho mais novo, que vivia ao lado do pai e o abandonou  temporariamente. Porém, depois caiu em si e foi restaurado (Lc 15.32). Neste exemplo, podemos ver que alguém pode perder a salvação temporariamente, caso se afaste de Deus, mas há a possibilidade de voltar atrás e ser salvo. Mas temos também o caso de alguém que foi salvo do pecado e depois se perdeu definitivamente: "Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro, sejam renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério.' (Hb 6.4-6. Os calvinistas dizem que este texto não está falando de alguém que era salvo. Mas o texto é bem claro e fala de alguém que "foi iluminado, provou o dom celestial e se fez participante do Espírito Santo e provou a boa Palavra de Deus e as virtudes do século futuro". Não dá para dizer que alguém assim não foi salvo. 


Além disso, encontramos inúmeras advertências no Novo Testamento para o crente vigiar e perseverar. Ora, se não houvesse a possibilidade do salvo de perder, não haveria nenhuma necessidade de adverti-lo sobre isso. O próprio Jesus afirmou que, devido à multiplicação da iniquidade, o amor de muitos iria se esfriar, mas aquele que perseverar até o fim, será salvo. (Mt 24.12,13). À fiel Igreja de Filadélfia, o Senhor Jesus deu a seguinte recomendação: "Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa." (Ap 3.11). Evidentemente, se não houvesse a possibilidade de um crente fiel perder a sua salvação, esta advertência não faria nenhum sentido. 


REFERÊNCIAS:


CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 347-348; 3247-3248.

BLOCK, Daniel. Comentário do Antigo Testamento Ezequiel Vol. 1. Editora Cultura Cristã. pag. 532-534.

SOARES, Esequias; SOARES, Daniele. A Justiça Divina: A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. págs. 87-89.

GABY, Eliel dos Santos. Filosofia da Religião. 1ª Ed. Santa Catarina: Academia de pregadores, 2022. págs. 45,46.


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Ev. Weliano Pires 

08 novembro 2022

SOBRE A MÁXIMA USADA EM ISRAEL


(Comentário do 1º tópico da Lição 07: A responsabilidade é individual).

Havia um ditado popular em Israel que dizia: "Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram”. Este primeiro tópico nos mostra que este ditado é equivocado. O povo interpretava equivocadamente o texto de Êxodo 20.5, para defender a maldição hereditária. Mas, o texto do Decálogo não defende isso. O final do texto diz que Deus visitará a maldade dos pais nos filhos “...daqueles que me aborrecem”. Ou seja, os filhos só serão punidos se continuarem nas mesmas práticas dos pais. Jeremias e Ezequiel foram usados por Deus para explicar que a responsabilidade pelo pecado é individual (Jr 31.29,30; Ez 18.2,3). Na atualidade também há muitos crentes defendendo essa ideia de maldição hereditária, com o mesmo argumento. 


1- Uma máxima equivocada. No segundo mandamento do Decálogo (Dez mandamentos), quando Deus proibiu a confecção e a adoração às imagens de escultura, o Senhor disse: “...Porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.” (Ex 20.5b). Os israelitas interpretaram erroneamente este texto e entenderam que Deus havia estabelecido a maldição hereditária e, portanto, os filhos seriam punidos pelos pecados dos pais. Entretanto, não foi isso que o Senhor falou. Ele estava se referindo à geração daqueles que aborrecem a Deus. Se alguém é filho de pais ímpios, mas serve a Deus, deixou de ser alguém que aborrece a Deus e está livre de qualquer maldição. 


Para explicar esse entendimento que eles tinham da Lei, eles usavam um ditado popular metafórico que dizia: "Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram”. O sentido de "dentes embotados" é pouco conhecido atualmente, usa-se mais a expressão "dentes cariados" ou "dentes sensíveis". As bactérias fazem furos imperceptíveis a olho nu, que posteriormente crescem e se transformam em cáries visíveis. Estes furos minúsculos tornam os dentes sensíveis e o ácido das uvas verdes causam dores e irritações. O povo de Israel usava esta metáfora para dizer que eles estavam sendo injustiçados, sendo punidos pelos pecados dos seus pais. Mas, não era verdade. Embora os seus pais também tivessem pecado, eles pecaram também. 


O Código de Hamurabi, antigo código penal da região da Mesopotâmia, permitia a morte de um filho no lugar do pai, ou vice-versa, por crimes cometidos, mas não se tem notícia de que tenha sido aplicada alguma pena nesse sentido. Entretanto, isso era expressamente proibido na Lei de Israel. O próprio Deus já havia esclarecido isso na Lei mosaica: “Os pais não morrerão pelos filhos, nem os filhos, pelos pais; cada qual morrerá pelo seu pecado.” (Dt 24.16). Em alguns casos, Deus puniu toda a família por causa de um pecado, mas, certamente é porque toda a família estava envolvida e concordava.


É verdade que o pecado de uma geração traz consequências para a nação e para as próximas gerações. Mas, isso não se confunde com punição divina a uma geração, por causa do pecado de outra. Se uma geração se afasta de Deus e se entrega completamente ao pecado, perde-se os valores de Deus que trazem benefícios e adotam-se os valores do maligno, que causam destruição. Da mesma forma, se uma geração busca a Deus e promove a honestidade, o amor ao próximo, os valores da família, o trabalho e a justiça, isso trará prosperidade e segurança à próxima geração. O mesmo acontece com uma família, que se afasta de Deus e não ensina os seus filhos a servirem a Deus. Isso produz neles ideologias, costumes e práticas que os levam à destruição.


Os exilados pareciam crer no fatalismo, que é a doutrina que afirma que tudo o que acontece, já está predeterminado por Deus ou por outras forças espirituais e nada pode ser feito para alterar isso. A crença no fatalismo acaba fazendo com que as pessoas não assumam as suas culpas e responsabilidades, colocando sempre a culpa nos outros ou até em Deus. É verdade que o ser humano colhe aquilo que planta, mas, se ele se chegar a Deus com arrependimento, a sua sentença poderá ser mudada. 


2- Jeremias e Ezequiel trataram do assunto. O profeta Jeremias também tratou do mesmo assunto, nos capítulos 30 a 33 do seu livro, quando falava da restauração de Judá e do retorno do cativeiro. No capítulo 31.29,30, Jeremias diz: “Naqueles dias, nunca mais dirão: Os pais comeram uvas verdes, mas foram os dentes dos filhos que se embotaram. Ao contrário, cada um morrerá pela sua iniquidade, e de todo homem que comer uvas verdes os dentes se embotarão”. Portanto, a mensagem de Jeremias era escatológica, ou seja, era para o futuro. Deus usou Jeremias para dizer ao povo de Judá, antes do cativeiro, que eles iriam para o cativeiro, mas, seriam restaurados. Quando voltassem para a sua terra, nunca mais este provérbio seria repetido. 


A referência a este provérbio feita por Ezequiel, no entanto, era para o tempo em que eles viviam no cativeiro. Embora haja também em Ezequiel a mesma referência escatológica que há em Jeremias, há uma repreensão de Deus ao povo do cativeiro, quanto a este provérbio, pois ele traz uma acusação injusta contra Deus (Ez 18.2,3). Deus não estava punindo uma geração pelos pecados dos seus pais. O Senhor deixa claro, através de Ezequiel, que todas as almas (pessoas) são dele e que cada um seria punido pelos próprios pecados “... a alma que pecar, esta morrerá”. (Ez 18.4c). Alma neste texto não tem o sentido da parte imaterial, como dizem os aniquilacionistas, que pregam que as almas dos ímpios deixarão de existir. Alma aqui é uma referência à própria pessoa. 


3- O problema em nosso tempo. Esta mesma interpretação equivocada que o povo de Israel fazia, também tem sido feita em nossos dias, pelos adeptos de um movimento chamado “Batalha Espiritual”. Este movimento supervaloriza as ações do inimigo e atribui tudo de errado que acontece a ações demoníacas. Os ensinos deste movimento reúnem práticas e ensinos oriundos do ocultismo e do misticismo. Um dos ensinos deste movimento é a doutrina da maldição hereditária. 


Este ensino herético afirma que a maldição adquirida pelos pais, seja por causa de pecado ou de pactos realizados, passa para os filhos e para as próximas gerações. Por causa disso, ensinam outra doutrina herética, que é a quebra de maldição. Segundo os adeptos desse movimento, há vários tipos de maldições que precisam ser quebradas: maldição oriunda dos pecados dos antepassados, maldição oriunda de uma palavra de maldição que fora lançada, maldição ocasionada por causa de algum pacto feito com entidades malignas, etc. Acreditam também que territórios são dominados por certos tipos de demônios e, por isso, fazem 'mapeamento espiritual' para subjugar tais demônios e quebrar as maldições.  


O mais grave é que estes hereges defendem que um crente verdadeiro pode estar debaixo de maldição, ou mesmo em possessões demoníacas. Para desfazer tais maldições, dizem que o sacrifício de Cristo na Cruz não seria suficiente. Seria necessário fazer trabalhos de libertação, com regressão psicológica, anular, repreender e desfazer os pactos feitos e as maldições. Ora, isso é muito parecido com o que fazem os adeptos das religiões afrodescendentes, que acreditam em fazer e desfazer trabalhos espirituais. 


A Bíblia ensina o contrário disso. Durante todo o seu ministério terreno, Jesus ensinou que é Ele que liberta o pecador: “Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei” (Mt 11.28); “Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida”. (Jo 5.24); “Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”  (Jo 8.36). 

Os apóstolos deram sequência ao Ministério de Jesus e também ensinaram que é Cristo que nos liberta do pecado e de qualquer maldição: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.1). “Portanto, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram, tudo se fez novo” (2 Co 5.17). “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Gl 3.13). 


Concluímos, portanto, dizendo que toda e qualquer maldição ou pacto são desfeitos, a partir do momento que a pessoa vem a Cristo. A Cruz de Cristo é suficiente para pagar o preço da nossa redenção e qualquer acréscimo a ela para a salvação ou libertação é antibíblico e deve ser rejeitado. 


REFERÊNCIAS: 


SOARES, Esequias; SOARES, Daniele. A Justiça Divina: A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pag. 87.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pág. 391; 845; 3245.

BLOCK, Daniel. Comentário do Antigo Testamento Ezequiel. Vol. 1. Editora Cultura Cristã. pág. 515.

LIMA, Paulo Cesar. O que está por trás do G-12. Editora CPAD: 1 Ed 2000. pág. 93-96.


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Ev. Weliano Pires


07 novembro 2022

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 07: A RESPONSABILIDADE É INDIVIDUAL


Esta lição tem como base o texto de Ezequiel 18.20-28 e trata da responsabilidade pessoal pelos pecados cometidos. Havia um adágio popular em Israel nos dias de Ezequiel que dizia: “Os pais comeram uvas verdes e os dentes dos filhos se embotaram”. Os exilados de Judá usavam este dito popular para dizer que estavam sendo punidos pelos pecados dos seus antepassados. 


A lição está dividida em três tópicos: 


O primeiro tópico mostra que este provérbio usado em Israel era equivocado. O povo interpretava equivocadamente o texto de Êxodo 20.5, para defender a maldição hereditária. Mas, o texto do Decálogo não defende maldição hereditária. O final do texto diz que Deus visitará a maldade dos pais nos filhos “...daqueles que me aborrecem”. Ou seja, os filhos só serão punidos se continuarem nas mesmas práticas dos pais. Jeremias e Ezequiel foram usados por Deus para explicar que a responsabilidade pelo pecado é individual (Jr 31.29,30; Ez 18.2,3). Na atualidade também há muitos crentes defendendo essa ideia de maldição hereditária, com o mesmo argumento. 


O segundo tópico fala sobre a universalidade da salvação. A vontade de Deus é que todos cheguem ao arrependimento e sejam salvos. Este tópico nos apresenta também uma contestação ao pensamento fatalista que diz que todas as coisas são previamente determinadas e não há como mudar. Este texto de Ezequiel mostra que se o pecador se arrepender será salvo e se o justo abandonar a sua justiça perecerá. 


O terceiro tópico trata da reação de Israel a Deus, por causa do cativeiro. O povo no cativeiro se achava injustiçado por Deus. Mas Deus lançou-lhes duas perguntas retóricas, que são afirmações em forma de perguntas. Deus disse: Não é o meu caminho direito? E  não são os vossos caminhos tortuosos? As respostas para ambos os questionamentos eram obviamente sim e eles sabiam disso. Vemos ainda neste tópico que Deus é justo em tudo o que faz e é misericordioso para com o pecador arrependido.


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Ev. Weliano Pires


04 novembro 2022

SOBRE A PETIÇÃO QUE DEUS NÃO ATENDE


(Comentário do 2º tópico da Lição 06: A Justiça de Deus)

Há um grande equívoco no meio evangélico, que diz que Deus não rejeita a oração feita por um justo. Mas neste tópico, a lição nos mostra os exemplos de pessoas justas que intercederam para que Deus não punisse pessoas rebeldes, mas, não foram ouvidos, pois o castigo era inevitável. A medida da tolerância de Deus estava completa e o juízo era inevitável.


Mesmo com a presença de homens justos como Noé, Daniel e Jó, eles não conseguiriam salvar a nação dos juízos de Deus. Isto nos ensina que há orações que Deus não atende. Deus ouve toda e qualquer oração, mas a resposta de Deus é de acordo com a Soberania divina. Deus responde sim, não, espere ou fica em silêncio. O apóstolo João assim escreveu: “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.” (1 Jo 5.14).


1- Exemplos de intercessão pelo pecador. Temos na Bíblia vários exemplos de servos de Deus que intercederam pelos pecadores. Uns foram atendidos e outros não. Temos o caso de Abraão que intercedeu pelas cidades de Sodoma e Gomorra, para que o Senhor não as destruísse, principalmente, porque o seu sobrinho Ló vivia na cidade de Sodoma. Deus anunciou a Abraão que iria destruir aquelas cidades por causa do pecado, que havia se agravado muito. (Gn 18.18-21). Abraão passou, então, a argumentar com Deus, perguntando se Ele iria destruir o justo com o ímpio e se o Senhor a destruiria, caso houvesse ali 50 justos (Gn 18.23). Deus respondeu que, longe dEle fazer tal coisa, destruindo o justo com o ímpio, pois Ele é Juiz de toda a terra e, como tal, faz justiça. Abraão continuou, reduzindo o número de justos até chegar a dez justos e Deus disse que não destruiria se houvesse dez justos. Mas não havia e dez justos e a cidade foi destruída. 


O povo de Israel pressionou Aarão e este fez um bezerro de ouro para adoração. Deus se irou contra aquele povo e falou para Moisés que iria destruí-los e faria dele uma grande nação. (Ex 32.9,10). Entretanto, Moisés clamou ao Senhor em favor do povo de Israel (Êx 32.11-13). Deus, ouviu a oração de Moisés e não destruiu o povo. Em Números 14, após ouvir o relatório negativo de dez dos doze espias, o povo levantou a voz contra Moisés e Aarão e decidiu voltar ao Egito. Josué e Calebe tentaram apaziguar e o povo quis apedrejá-los. (Nm 14.11-10). Ouvindo aquela murmuração, o Senhor disse a Moisés que iria ferir o povo com pestilências e destruí-los. (Nm 14.11,12). Moisés mais uma vez intercedeu pelo povo e foi atendido por Deus. (Nm 14.20). 


Outro homem de Deus que foi um intercessor do povo foi Samuel. Os filisteus venceram Israel nos dias de Eli e levaram a Arca da Aliança para a sua terra. Nesta guerra morreram os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias, que eram ímpios, e com a notícia destas mortes, morreram também Eli e a sua nora. A Arca ficou na terra dos filisteus por 20 anos e o povo de Israel se lamentava por causa disso. O povo, resolveu pedir a Samuel que intercedesse por eles e ele assim o fez. (1 Sm 7.1-9). O Senhor atendeu à oração de Samuel e deu vitória a Israel contra os filisteus (1 Sm 7.10-13). 


2- Um castigo inevitável. De tanto o povo de Israel murmurar, se rebelar, praticar a idolatria e a imoralidade, mesmo tendo sido muitas vezes repreendido pelos profetas do Senhor, chegou um ponto em que o castigo de Deus era inevitável. Já não adiantava mais ninguém interceder. No livro de Provérbios está escrito: "O Homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio." (Pv 29.1). 


Desde o tempo do profeta Jeremias, a apostasia era generalizada em Judá e não havia mais a possibilidade de se evitar o juízo de Deus contra a nação. No último capítulo do segundo Livro das Crônicas, lemos que nos dias do rei Zedequias, o rei endureceu o seu coração e não deu ouvidos às palavras do profeta Jeremias, que falava da parte do Senhor. Os chefes dos sacerdotes e o povo também aumentaram demais as suas transgressões e contaminaram a casa do Senhor. Mesmo assim, o Senhor se compadeceu do seu povo e enviou os seus profetas para os alertar. Mas eles zombaram dia mensageiros de Deus e desprezaram as suas profecias que vinham de Deus. Provocaram tanto a ira de Deus, até que chegou a um ponto em que não houve mais remédio. (2 Cr 36.11,16). 


3- Quando Deus não atende a oração intercessória de um justo.  vários textos bíblicos que nos mostram que Deus atende a oração de um justo. Deus falou para Jeremias: "Clama a mim e responder-te-ei e anunciar-te-ei, coisas grandes e firmes que não sabem". (Jr 33.3). Este é um dos textos bíblicos mais citados, quando falamos de oração. Jesus também falou: "Pedi e dar-se-vos-á. Batei e abrir-se-vos-á". (Mt 7.1). Paulo falou para orarmos sem cessar (1 Ts 5.17). Tiago falou que a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16). Entretanto, nas situações em que o pecado ultrapassa os limites, Deus rejeita a intercessão, mesmo que ela seja feita por um justo. 


Muitas pessoas dizem que "não há pecadinho e pecadão", pois qualquer tipo de pecado ofende a Deus. De fato, Deus não se agrada de nenhum tipo de pecado. Mas há graus diferentes de pecados. A Bíblia nos ensina que há pecados que não são para a morte e pecados que são para a morte (1 Jo 5.16,17); e há o pecado imperdoável, que é a blasfêmia contra o Espírito Santo (Mc 3.28-30). Quando a pessoa cai na apostasia, negando a fé que antes praticava e blasfemando contra o Espírito Santo, não há mais perdão, independente da intercessão que se fizer. 


REFERÊNCIAS: 


CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pág. 137-138.

HENRY, Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. 1 Ed. 2010. pág. 106.

HENRY, Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento: Isaías a Malaquias. Editora CPAD. 1 Ed. 2010. pag. 679.

BLOCK, Daniel. Comentário do Antigo Testamento Ezequiel. Editora Cultura Cristã. pág. 421.

GRIDER, Kenneth. Comentário Bíblico Beacon: Ezequiel. Editora CPAD. Vol. 4. pág. 453.


03 novembro 2022

SOBRE A IDENTIFICAÇÃO DO JUÍZO DIVINO


(Comentário do 1º tópico da lição 06: A Justiça de Deus)

Muitas pessoas têm dificuldade de compreender os juízos de Deus, pois atentam apenas para o seu infinito amor. Esquecem que Deus é amoroso, compassivo e bom, mas também é o Juiz de toda a terra (Gn 18.26). Os discursos proféticos do Antigo Testamento nos mostram as ações de Deus que nos fazem entender os juízos divinos.


1- O discurso profético. Conforme vimos na lição passada, os profetas no Antigo Testamento eram pessoas levantadas por Deus, para entregar as Suas Palavras. O profeta era um porta-voz de Deus, que entregava fielmente as palavras de Deus, onde, quando e a quem Deus mandasse. Os discursos destes profetas continham os avisos de Deus ao seu povo, para que se arrependesse e as advertências sobre os juízos que viriam, caso não abandonassem o pecado.


A primeira coisa que devemos ter em mente sobre o juízo divino é que ele nunca acontece sem aviso prévio. Vejamos o que disse o profeta Amós:Certamente o Senhor Jeová não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.” (Am 3.7). Em qualquer época, Deus nunca irá executar os seus juízos contra uma nação sem que haja avisos da parte dele, seja através dos profetas, das Escrituras ou da pregação do Evangelho (Lc 21.21-24). Nenhum pecador impenitente terá o direito de dizer que não sabia, pois Deus sempre avisa. 


A segunda coisa que precisamos saber sobre os juízos de Deus é que eles não acontecem sem que haja uma causa justa. Deus é o Juiz de toda a terra (Gn 18.26) e é absolutamente justo. Ele jamais puniria os inocentes: “Ele julga o mundo com justiça, governa os povos com retidão.” (Sl 9.8); “Os rios batam palmas; regozijem-se também as montanhas, perante a face do Senhor, porque vem a julgar a terra; com justiça julgará o mundo e o povo, com equidade.” (Sl 98.8,9). Em muitos outros textos da Bíblia é demonstrado que o Senhor julga com justiça e equidade (retidão). 


A terceira coisa que precisamos entender sobre os juízos de Deus é que, antes de virem os juízos, Deus sempre oferece oportunidades para que se arrependam e estas oportunidades são muitas, pois Deus é longânimo e tardio em irar-se: “E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição; e não se arrependeu.” (Ap 2.21). “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.” (2 Pe 3.9). Tanto no cativeiro do Reino do Norte, que foi levado para a Assíria, como no Reino do Sul, que foi levado para a Babilônia, Deus foi extremamente paciente com o seu povo e usou os seus profetas para os advertir. Mas, os  profetas além de não serem ouvidos, ainda foram duramente perseguidos pelos governantes ímpios, que preferiam dar ouvidos aos falsos profetas.


2- A primeira parte do oráculo (v.13). Nesta primeira parte da profecia, a expressão: “Quando uma terra pecar contra mim”, indica que esta advertência não se restringia ao povo de Israel. São princípios que valem para qualquer povo em qualquer época. Por isso, é muito importante exercermos o nosso papel como cidadãos e escolher candidatos que respeitem os nossos princípios, pois se não o fizerem, nós sofreremos as consequências das suas ações malignas.


Deus é o Criador e sustentador do Universo. Todas as coisas pertencem a Ele e, portanto, cabe a Ele julgar as nações. (Êx 19.5; Sl 24.1; Mt 11.25; Ap 4.11). Embora Deus tenha concedido aos seres humanos o livre arbítrio, ou seja, o direito de fazer escolhas, há limites para isso, pois algumas práticas além de afrontarem a santidade de Deus, ameaçam a própria criação. Evidentemente, no Juízo final Deus irá julgar individualmente todos os ímpios e retribuir a cada um segundo as suas obras. Porém, há juízos neste mundo para punir nações ímpias e impedir que destruam os projetos de Deus.  


3- Descrição dos agentes do juízo divino (vv. 17,21). Deus usa vários instrumentos para castigar uma nação rebelde, que mesmo sendo alertada, não dá ouvidos à Palavra de Deus e não abandona o pecado. A profecia de Ezequiel nos mostra que Deus torna “instável o sustento do pão”. (v.13; 4.16; 5.16). Os principais agentes de Deus para castigar uma nação eram a seca, a fome, a espada e as pestes (doenças). Estes quatro aspectos dos juízos de Deus estão relacionados entre si. A seca gera fome e escassez. A guerra (espada) também gera fome, escassez, pestes e epidemias. 


Naquele tempo, a economia de Israel era baseada na agricultura e pecuária. Estas atividades eram realizadas de forma primitiva. Não havia irrigação e dependiam exclusivamente das chuvas. Portanto, se Deus não mandasse chuvas eles estariam arruinados economicamente e a fome era inevitável. Os israelitas, mesmo conhecendo a Deus e sabendo que é Ele que manda a chuva, praticavam cultos a Baal, pedindo e agradecendo a esta divindade cananéia pelas chuvas. 


As guerras e invasões territoriais naqueles tempos também eram frequentes e sem limites. Uma nação invadia a outra, tomava os seus bens e lhes impunha cobranças de pesados tributos. Isso, evidentemente, levava a nação dominada à ruína econômica. As consequências destas guerras eram desoladoras: geravam milhares de órfãos, pessoas mutiladas, fome e doenças. Quando Israel servia a Deus com fidelidade, contava com a sua proteção. Entretanto, quando se entregava ao pecado, como punição Deus os entregava nas mãos dos inimigos. 

 

REFERÊNCIAS: 

SOARES, Esequias; SOARES, Daniele. A Justiça Divina: A Preparação do povo de Deus Para os últimos dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pág. 77-82.

TAYLOR, John B. Ezequiel: Introdução e Comentário. Editora Mundo Cristão. pag. 116-118.

LOPES, Hernandes Dias. Amós: Um clamor pela justiça social. Editora Hagnos. pág. 108-111.

REED, Oscar F. Comentário Bíblico Beacon: Amós. Editora CPAD. Vol. 5. pág. 108-109.

DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Amos. pag. 24-25.

BLOCK, Daniel. Comentário do Antigo Testamento: Ezequiel. Editora Cultura Cristã. pag. 418,420.

WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. IV. Editora Central Gospel. pag. 232-233.


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Ev. Weliano Pires


01 novembro 2022

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 06: A JUSTIÇA DE DEUS


Esta lição nos fala sobre a Justiça de Deus, com base no texto de Ezequiel 14.12-21. O objetivo principal da lição é mostrar que Deus é absolutamente santo e justo e, portanto, dará a devida retribuição pelos pecados cometidos. A lição se divide em três tópicos:


O primeiro tópico fala sobre a identificação dos julgamentos de Deus. Através das profecias, entendemos que os juízos de Deus não acontecem sem causa e sem a oportunidade do pecador se arrepender. Vemos também neste tópicos várias formas usadas por Deus para punir uma nação que vive em constante desobediência e se recusa a ouvir os alertas de Deus: escassez de alimentos por causa de secas e crises econômicas, guerras e epidemias. 


O segundo tópico nos mostra alguns casos de orações intercessórias, feitas por pessoas justas, que não foram respondidas. Há um grande equívoco no meio evangélico, que diz que Deus não rejeita a oração feita por um justo. Mas neste tópico, a lição nos mostra os exemplos de Abraão, Moisés e Samuel, que intercederam para que Deus não punisse pessoas rebeldes, mas, não foram ouvidos, pois o castigo era inevitável. 


O terceiro tópico fala sobre as intercessões de três homens de Deus, que foram justos em suas épocas: Noé, Daniel e Jó. Deus falou para Ezequiel que, se Ele decidisse destruir uma terra por causa do pecado, se estes três homens estivessem no meio dela, salvariam apenas a si mesmos e não impediriam a destruição dos ímpios. Vemos ainda neste tópico que a geração de Ezequiel e Jeremias conhecia perfeitamente o relato da destruição de Sodoma e Gomorra e mesmo assim, atingiram um nível de rebeldia muito maior, pois, apesar do conhecimento que tinham de Deus, não criam nos seus julgamentos.


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Ev. Weliano Pires

AS ARMAS DO CRENTE

(Comentário do 1º tópico da Lição 06: As nossas armas espirituais)  Ev. WELIANO PIRES No primeiro tópico, falaremos sobre as armas do crente...