11 janeiro 2022

O QUE É INERRÂNCIA DA BÍBLIA

(Comentário do 1⁰ tópico da lição 3: a inerrância da Bíblia)

Neste primeiro tópico, falaremos sobre as definições dos termos inerrância e infalibilidade. Apesar de parecerem sinônimos, dada a relação que há entre ambos, há diferenças entre eles. Muitos até consideram redundância, afirmarmos que a Bíblia é inspirada, inerrante e infalível. De fato, se cremos que a Bíblia foi inspirada por Deus, isso deveria ser suficiente para acreditarmos que ela não pode conter erros ou falhas, uma vez que, Deus, o Seu autor, não pode cometer erros ou falhas. A necessidade de reafirmarmos que a Bíblia é inspirada por Deus, inerrante e infalível, se dá devido à insistência de alguns, em afirmar que é possível crermos em um livro que é infalível em suas profecias, mas que contém erros  históricos e científicos ou contradições. 


1. O conceito de Inerrância bíblica. A definição de inerrância é, segundo a etimologia da palavra, aquilo que é incapaz de errar, ou de estar errado. Em relação à Bíblia, quando afirmamos que ela é inerrante, significa que ela não falha, não erra e é a verdade em tudo quanto afirma. Nos textos bíblicos originais não há qualquer erro, seja histórico, geográfico, doutrinário, espiritual, moral ou científico. Também não há qualquer contradição nos textos bíblicos. A razão para isso é óbvia, pois, como já foi dito, o autor da Bíblia é Deus e Ele não erra e não falha. 


2. A Bíblia reivindica a sua inerrância. Diferente da palavra inspiração, que aparece explicitamente na Bíblia, a palavra inerrância não consta nos textos sagrados. Entretanto, a ideia de que a Palavra de Deus é absolutamente verdadeira e não contém erros, está presente em vários textos bíblicos:  

a. A Palavra de Deus é pura e provada. Significa que ela é sem mistura e aquilo que foi inspirado por Deus, não foi adulterado pelos escritores sagrados na transcrição: 

"Toda palavra de Deus é pura. Escudo para os que nele confiam. Não acrescente nada às suas palavras, para que ele não o repreenda, e você seja achado mentiroso." (Pv 30.5,6). "A palavra do Senhor é provada” (SI 18.30).

b. A Palavra de Deus é perfeita. Uma coisa perfeita é aquilo que não possui defeitos, erros ou falhas. “O caminho de Deus é perfeito e a palavra do Senhor, refinada” (2 Sm 22.31).  "A lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices." (Sl 19.7)

c. A Palavra de Deus é a Verdade. Na oração de Jesus pelos discípulos, Ele afirmou que a Palavra de Deus é a Verdade. Ele não disse que ela contém algumas verdades, ou que é parcialmente verdadeira. Algo que é a Verdade, evidentemente, não pode conter nenhum erro: "Santifica-os na Verdade. A tua Palavra é a Verdade" (Jo 17.17).

d. A Palavra de Deus é inalterável e não falha. Jesus, no Sermão do Monte, afirmou que nada se omitirá da Lei até que tudo se cumpra. Para isso, ele usou a seguinte expressão: “...Nem um jota ou um til se omitirá da lei.” (Mt 5.18). Essa afirmação de Jesus mostra claramente a infalibilidade das Escrituras. Nas línguas hebraica e grega não existem o jota nem o til. No hebraico tem o "Yod" e no grego  o "Iota''. O Yod é a menor letra do alfabeto hebraico. A palavra traduzida por "til" significa "pequeno chifre" e é uma referência a um sinal que há no final de outra letra hebraica, que parecia um pequeno chifre de carneiro. Isto significa que a Palavra de Deus, como é descrita pelos autores da Bíblia, não tem erro nenhum, até mesmo em seus mínimos detalhes e é totalmente digna de confiança.  


3. A infalibilidade e a inerrância da Bíblia. Conforme vimos acima, a Bíblia é inerrante porque é totalmente isenta de erros. Mas ela é também infalível. Isso significa que as suas palavras se cumprem integralmente. As profecias bíblicas vem se cumprindo com riqueza de detalhes, como vimos na lição 1, quando falamos das evidências internas de que a Bíblia é a Palavra de Deus. 


A infalibilidade das Escrituras também é reivindicada pela própria Bíblia. O profeta Isaías, usado por Deus, disse que a Palavra de Deus não volta vazia, mas, cumpre aquilo para o qual foi destinada: "Assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei". (Is 55.11). Deus falou também ao profeta Jeremias, que "Ele vela por Sua Palavra para cumpri-la". (Jr 1.12). O Senhor Jesus também falou: "Passarão os céus e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar". (Mt 24.35). 


Na história da Igreja, dois acontecimentos marcaram as discussões sobre a infalibilidade e a inerrância das Escrituras: 

O primeiro deles foi a Declaração sobre as Escrituras na Aliança de Lausanne, em 1974. Esta declaração afirmou que "a Bíblia é inerrante em tudo o que afirma." Esta declaração, no entanto, deu margem para alguns teólogos dizerem que 'tem coisas que estão na Bíblia, mas não foram afirmadas por ela' e, portanto, não são inerrantes. 


O segundo acontecimento foi a Declaração de Chicago, em 1978, do Concílio Internacional de Inerrância Bíblica. Esta declaração foi resposta, de uma convenção com aproximadamente trezentos estudiosos da Bíblia, à Declaração de Lausanne. A resposta da Declaração de Chicago, em resumo, foi a seguinte: “A Escritura na sua inteireza é inerrante, e está livre de toda a falsidade, fraude ou logro. Negamos que a infalibilidade e inerrância da Bíblia limitam-se aos temas espirituais, religiosos ou redentores, excluindo-se as asseverações nos campos da história e das ciências”. 


REFERÊNCIAS:


BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.

COMFORT, Philip Wesley. A Origem da Bíblia. Editora CPAD. págs. 61, 63,67-68).

HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Editora CPAD.    


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Pb. Weliano Pires


10 janeiro 2022

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 3: A INERRÂNCIA DA BÍBLIA


REVISÃO DA LIÇÃO ANTERIOR


Na lição passada estudamos a doutrina da inspiração divina da Bíblia. A Bíblia é diferente de todos os livros que já foram escritos, exatamente porque ela foi inspirada por Deus. 

Falamos sobre a doutrina da inspiração bíblica, explicando como se deu esta inspiração. Vimos que a inspiração bíblica é divina, verbal e plenária. Ou seja, Deus soprou nos escritores da Bíblia o que eles deveriam escrever e como deveriam escrever. 


Falamos ainda sobre a relação entre a inspiração divina e os escritores da Bíblia. Eles não eram perfeitos e tinham várias falhas como todo ser humano. Isso, porém, não interferiu no processo da escrita da Bíblia, que foi supervisionada pelo Espírito Santo, usando os gêneros literários, figuras de linguagem e linguagem comum do meio em que eles viviam, para se fazer compreender. Isso não anula, em hipótese alguma, a inspiração divina.


Por último,  falamos sobre a ação do Espírito Santo na composição da Bíblia. Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento possuem declarações internas de que foram inspirados por Deus. Vimos que a obra do Espírito Santo na iluminação da mente dos que ouvem a Palavra de Deus, para fazê-los entender, produzindo em seu interior a fé regeneradora. 


INTRODUÇÃO À LIÇÃO 3: A INERRÂNCIA DA BÍBLIA


O tema do nosso trimestre é: “A Supremacia das Escrituras: a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus.” Na primeira lição falamos sobre a autoridade da Bíblia, destacando, portanto, a Supremacia das Escrituras. Na lição 2 estudamos sobre a inspiração verbal e plenária da Bíblia. Nesta terceira  lição, falaremos sobre a inerrância e infalibilidade da Bíblia. Sendo inspirada por Deus, que é absolutamente verdadeiro, a Bíblia não pode conter erros ou falhas. Portanto, a Palavra de Deus é absolutamente verdadeira, incorruptível e plenamente confiável em tudo o que ela diz. 


No primeiro tópico, falaremos sobre o que é a inerrância da Bíblia. Falaremos sobre a definição teológica da doutrina da inerrância das Escrituras. Veremos que a Bíblia reivindica a sua inerrância. Embora a palavra inerrância não esteja na Bíblia, a idéia de que a Bíblica é isenta de qualquer tipo de erro está presente em vários textos bíblicos. Por último veremos a diferença entre inerrância e infalibilidade. Embora estes dois termos estejam relacionados, há diferenças entre eles. Nem tudo o que é inerrante é infalível. Um livro pode ser inerrante e não ser infalível. Entretanto, se infalível não pode errar.


No segundo tópico, veremos que o Espírito Santo preservou as Escrituras. O Espírito Santo atuou não apenas na inspiração dos textos bíblicos, mas manteve a revelação divina incorruptível. Veremos neste tópico o que são os manuscritos autógrafos. Depois explicaremos o que são os manuscritos apógrafos (não confundir com apócrifos). Por último, falaremos sobre os livros apócrifos e pseudepígrafos. 


No terceiro e último tópico, falaremos acerca da Verdade nas Escrituras. Falaremos da Bíblia como a verdade plena, explicando o significado dos termos hebraico e grego traduzidos por verdade. Depois falaremos sobre a verdade moral e espiritual dos textos bíblicos. Por último, falaremos das verdades históricas e científicas da Bíblia. Aquilo que a Bíblia registra, seja do ponto de vista histórico ou científico, é absolutamente verdadeiro. Por isso, rejeitamos qualquer teoria supostamente científica que contrarie a verdade bíblica. 



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Pb. Weliano Pires


 

09 janeiro 2022

Não largue a rede! Volte para o mar e o milagre acontecerá.

Na Obra de Deus, em meio às desilusões, muitos "largam as redes" e param o trabalho. 

Texto bíblico: Lucas 5.1-11.

Jesus estava junto ao Mar da Galiléia, ou Lago de Genesaré. Como de costume, uma multidão o seguia, sedentos para ouvirem os seus ensinos. O Mestre olhou ao redor e viu dois barcos de pescadores junto à praia, cujos donos, desolados, lavavam as suas redes, pois não haviam pescado nada durante toda a noite de trabalho. Jesus ordenou que eles retornassem ao mar e lançassem as redes outra vez. Um dos ocupantes, chamado Simão, respondeu:

- Mestre, trabalhamos a noite toda e nada pescamos, mas, sob a tua Palavra, lançarei novamente a rede.

Ao lançar a rede novamente, um milagre aconteceu. Veio uma multidão de peixes, que as redes não estavam suportando. Este relato bíblico nos fornece algumas lições preciosas para o nosso trabalho na obra do Senhor:

1. Os milagres de Deus não acontecem por nosso conhecimento, experiência ou habilidades humanas. Aqueles homens eram experientes.  Sabiam pescar e tinham habilidades neste ofício. Mas, trabalharam a noite inteira e nada pescaram.

2. Não basta estar no lugar certo, ou que parece ser o certo. Precisamos estar onde Deus mandar. Os pescadores estavam no mar, onde havia peixes. Mas nada pescaram.

3. Em circunstâncias adversas não desista. Espere a orientação do Senhor. Os pescadores estavam lavando as redes e prontos para desistir da pescaria. Mas a ordem de Jesus foi para voltar ao trabalho.

4. Quando a ordem do Senhor contrariar a sua própria lógica, obedeça a Ele. Pedro, um pescador experiente, recebeu a ordem de Jesus para voltar ao mar e lançar a rede novamente. Pela lógica humana seria perda de tempo e de esforços. Mas, Pedro disse que havia trabalhado a noite inteira em vão, mas, obedeceria. Palavra do Mestre.

5. Milagres são acontecimentos extraordinários, que causam espanto e não deixam dúvidas de que foi Deus. Pedro se espantou com aquele acontecimento e pediu para Jesus se afastar dele, pois era um homem pecador.

6. Jesus chama pecadores, cheios de falhas para a sua obra. Mesmo Pedro confessando que era um homem pecador, Jesus o chamou para ser pescador. Jesus não está à procura de pessoas perfeitas e infalíveis, pois Ele sabe que não existem. Ele chama pessoas como você e eu.

Eu não sei quais circunstâncias e adversidades você está enfrentando, em sua caminhada com Cristo. Talvez tenha trabalhado muito, valendo-se de suas habilidades e experiência e não conseguiu alcançar êxito. Você está no lugar certo, trabalhando com seriedade e nada aconteceu. Mas, não deve desistir. Se Jesus te mandou ir, lance a rede outra vez e o impossível Ele fará.

Deus te abençoe! 

Pb. Weliano Pires

 


08 janeiro 2022

Lição 03: A Inerrância da Bíblia


Data: 16 de Janeiro de 2022


TEXTO ÁUREO:

“Porque na verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem , nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.” (Mt 5.18)


VERDADE PRÁTICA:

“A doutrina segundo a qual a Bíblia não contém erro algum denomina-se “Inerrância das Escrituras”. Por isso podemos confiar em sua mensagem que é incorruptível.”


Hinos Sugeridos: 140, 173, 557 da Harpa Cristã


LEITURA DIÁRIA

Segunda – Jo 10.35: A Palavra de Deus não pode ser anulada

Terça – Sl 119.160:  As Escrituras Sagradas atestam a verdade divina

Quarta – Jo 14.17: O Espírito Santo manteve a revelação divina incorruptível

Quinta – Jo 17.17:  A Palavra de Deus é a verdade que santifica

Sexta – Mt 5.17,18:  A Palavra de Deus possui suprema autoridade na vida do cristão

Sábado – Sl 12.6: A Bíblia é divinamente infalível em toda a matéria que aborda


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Mateus 5.17-21; Hebreus 10.15-17

 

Mateus 5

17 – Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir.

18 – Porque na verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.

19 – Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus.

20 – Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.

21 – Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.


Hebreus 10

15 – E também o Espírito Santo no-lo testifica, porque depois de haver dito:

16 – Este é o concerto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seu coração e as escreverei em seus entendimentos; acrescenta:

17 – E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades


PLANO DE AULA


INTRODUÇÃO

A mensagem da Bíblia não contém erros. A Palavra de Deus é incorruptível e, por isso, plenamente confiável. Logo, nesta lição temos o objetivo de mostrar que a Bíblia é verdade em tudo o que diz. Quem põe seus ensinamentos em prática atesta a promessa da bem-aventurança, pois está em paz com Deus e consigo mesmo. A Bíblia, portanto, é toda a verdade de Deus de que o ser humano precisa.


APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO


A) Objetivos da Lição:

I) Informar que a Bíblia é isenta de qualquer tipo de erro;

II) Explicar que o Espírito Santo manteve a revelação divina incorruptível;

III) Constatar que a Bíblia é a verdade de Deus.


B) Motivação: A Bíblia é como uma bússola que nos aponta para o destino que almejamos chegar. Sem ela é possível tomar outro rumo, escolher falsos caminhos e pegar outra jornada. A Bíblia é a verdade para quem deseja chegar ao céu.


C) Sugestão de Método: Você pode introduzir a aula desta semana apresentando imagens de pessoas que fizeram trilhas e se perderam no caminho. Isso pode ser apresentado por meio de reportagens ou sites. A ideia é mostrar a consequência de usar uma fonte mentirosa que pode nos levar a um caminho perigoso. Nosso propósito é constatar que, diferentemente dos caminhos movediços, a Bíblia nos proporciona um caminho seguro.


CONCLUSÃO DA LIÇÃO


A) Aplicação: Aplique a lição desta semana conclamando aos alunos a viverem a verdade segura da Bíblia. A melhor maneira de experimentar a verdade da Bíblia é praticando-a. Daí vem a verdadeira felicidade do crente.


SUBSÍDIO AO PROFESSOR


A) Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.


B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula:

l) O texto “Significados dos Termos” aprofunda o primeiro tópico, a respeito do conceito de Inerrância da Bíblia;

2) O texto “Buscando pelo ouro das Escrituras” traz uma oportunidade de aplicação do terceiro tópico para o professor e a professora, mostrando o quanto vale a pena buscar o sublime valor da Bíblia, a inerrante e infalível Palavra de Deus.


INTRODUÇÃO


Infalibilidade e Inerrância são vocábulos que apontam a veracidade das Escrituras. Indicam que a Bíblia Sagrada não falha e não erra. Significa afirmar que ela é a verdade em tudo o que diz, tanto em questões espirituais quanto históricas e científicas (Mt 5.17,18; Jo 10.35). Nesta lição, veremos a Inerrância, a preservação e a verdade da Palavra de Deus.


Palavra-Chave: Inerrância.


I – O QUE É INERRÂNCIA DA BÍBLIA


l. O conceito de Inerrância bíblica. A Inerrância é a doutrina segundo a qual a Bíblia não contém erro algum. Significa que ela é verdadeira em tudo o que afirma. Desse modo, a Escritura é isenta de erros nos aspectos doutrinários, espirituais, históricos, culturais, científicos e em todos os demais temas. O argumento é irrefutável: Deus não pode errar, e, como a Bíblia é divinamente inspirada, ela não pode conter erros. Assim sendo, a Inerrância, a infalibilidade e a inspiração estão entrelaçadas. Nesse sentido, nossa declaração de Fé professa que “a Bíblia é a nossa única fonte de autoridade, a inerrante, infalível, completa e inspirada Palavra de Deus.” (SI 19.7; Jo 10.35).

2. A Bíblia reivindica a sua inerrância. O termo inerrância não aparece na Bíblia, mas a ideia está presente nas páginas do texto sagrado. No livro de Provérbios está escrito que “toda palavra de Deus é pura” (Pv 30.5); O salmista afirma que “a palavra do Senhor é provada” (SI 18.30); Samuel assegura que “o caminho de Deus é perfeito e a palavra do Senhor, refinada” (2 Sm 22.31). Cristo atestou a inerrância ao afirmar que “nem um jota ou um til se omitirá da lei.” (Mt 5.18); o Senhor igualmente ratificou que “a Escritura não pode ser anulada.” (Jo 10.35); e que a “Palavra é a verdade” (Jo 17.17) – Essas declarações indicam que a Bíblia é plenamente confiável, sem nenhuma falsidade ou equívoco.

3. A infalibilidade e a inerrância da Bíblia. O vocábulo “infalível” indica o “que não pode, nem consegue falhar”. Em relação à Bíblia, significa que as suas palavras hão de se cumprir cabalmente (Is 55.11). Por causa da etimologia, os termos “inerrância” e “ infalibilidade” são por vezes confundidos como sinônimos. Não obstante, outros afirmam que a Bíblia é somente infalível quanto à sua mensagem salvífica, e não a consideram como inerrante. Por isso, preferimos o uso de ambos os termos, isto é, cremos e ensinamos que a Bíblia é infalível (incapaz de falhar), e é igualmente inerrante (livre de erro). Negar essas verdades é desacreditar de sua autoridade e inspiração divina (Jd 1.3 ,4). 


SINOPSE I

A Bíblia é totalmente inspirada por Deus e está isenta de qualquer erro e, por isso, é a nossa autoridade final de fé e prática.


AUXÍLIO TEOLÓGICO


Significados dos Termos […] 

Inerrância: Trata-se de um conceito estreitamente relacionado, mas é um termo mais recente […]. Traz a conotação de que a Bíblia não contém nenhum erro de ação (erros materiais), nem contradições internas (erros formais). […]. O conceito de infalibilidade volta-se ao conhecimento pessoal que alguém tenha de Deus […]. A inerrância ocupa-se mais especificamente com a transmissão precisa dos detalhes da revelação.

Embora em muitas composições teológicas os dois termos sejam usados intercambiavelmente, infalibilidade é o termo mais abrangente. Quem crê na Bíblia inerrante também crê na Bíblia infalível. […] Jesus, como os judeus da época do Antigo Testamento, creem que a fidedignidade das Escrituras não abrangia apenas seus ensinamentos mais importantes, mas também detalhes mais insignificantes […] (Mt 5.18). Essa perspectiva foi reiterada pelo apóstolo Paulo (At 24.14; 2 Tm 3.16). Desse modo, a autoridade de Jesus e de Paulo apoia a crença em tudo o que a Escritura assevera. Espera-se daqueles que chamam Jesus de Senhor aceitarem seus ensinamentos, que tenham as Escrituras em alta conta, como Jesus as tinha. 

(COMFORT, Philip Wesley. A Origem da Bíblia. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995 , pp.63,67-68).


II – O ESPÍRITO SANTO PRESERVOU AS ESCRITURAS


1. Os manuscritos autógrafos. Os manuscritos originais são chamados de autógrafos. São os textos com a grafia de próprio punho do autor bíblico ou de seu escrevente (Fm 1.19; Rm 16.22). Neles foram primeiramente registradas as palavras inspiradas pelo Espírito Santo (2 Pe 1.21). Cremos que a inerrância das Escrituras pertence a esses documentos, e que as cópias fiéis desses manuscritos preservaram a exatidão dos originais. O Espírito Santo providencialmente manteve a revelação divina incorruptível (Jo 14.17; 16.13,14). Fora dessa compreensão, a Bíblia não seria fonte de autoridade (Jo 5 -3 9 ; G1 3.8-22).

2. Os manuscritos apógrafos. As cópias dos manuscritos originais são chamadas de apógrafos. Atualmente, existem cerca de 25.000 cópias dos manuscritos bíblicos, a maioria deles em hebraico, grego e latim. Os escribas judeus transcreveram os originais do Antigo Testamento com precisão milimétrica. E as inúmeras cópias dos manuscritos do Novo Testamento também afiançam a credibilidade desses escritos. Nessa perspectiva, cremos que o ato da inspiração aconteceu uma só vez na redação primária da Palavra de Deus (os autógrafos), mas a qualidade dessa inspiração foi preservada pelo Espírito Santo nas cópias dos originais (os apógrafos). Assim sendo, a versão da Bíblia fidedigna aos originais, não deixou de manter a exatidão do real significado das palavras inspiradas por Deus (Mt 5.18; 2 4 .35).

3. Os apócrifos e pseudepígrafos. Nossa Declaração de Fé assegura que os manuscritos apócrifos (“escondidos”), tais com o, Tobias, Judite, Macabeus, Baruque, e outros, apresentam meros anacronismos, doutrinas falsas e práticas divergentes das Escrituras, a exemplo da oração pelos mortos. Os pseudepígrafos “falsos escritos", dentre eles, a Assunção de Moisés e o Apocalipse de Pedro, foram produzidos por autores anônimos e espúrios, que atribuíram indevidamente sua autoria a profetas e apóstolos. Na Bíblia dos judeus, atestada por Jesus como a “Lei, Profetas e Escritos” (Lc 24 .4 4 ) não faziam parte os livros apócrifos, nem os pseudepígrafos. Por essa razão eles não integram o cânon bíblico protestante. Dessa forma, não reconhecemos a autoridade desses livros por não serem inspirados pelo Espírito Santo.


SINOPSE II

O Espírito Santo manteve a revelação divina incorruptível, bem como a exatidão das palavras originalmente inspiradas por Deus.


III – A VERDADE NAS ESCRITURAS

1. A Bíblia é a verdade plena. O termo “verdade”, do hebraico ‘emeth’, significa o que é “confiável” e “correto”. O vocábulo grego ‘aletheia’ tem o sentido de “real” e “fidedigno”. Nas Escrituras corresponde à realidade exata dos fatos em concordância com o pensamento de Deus. A Bíblia ensina que Deus é a verdade (Jo 14.6; Rm 3.4) e a sua Palavra também é a verdade (Jo 17.17) – O escritor aos Hebreus declara que “é impossível que Deus minta” (Hb 6.18). Paulo ratifica que Deus “não pode mentir” (Tt 1.2). Em vista disso, cremos que a Palavra de Deus possui autoridade (Mt 5.17,18); e deve ser obedecida acima de qualquer autoridade humana (Mt 15.3-6). Assim, esses textos servem de base para a afirmação: “o que a Bíblia diz é o que Deus diz”.

2. A verdade espiritual e moral. Nossa Declaração de Fé afirma que a Bíblia nos revela o conhecimento completo de Deus, não sendo necessário nenhuma nova revelação para a nossa salvação e cresceu em tempo espiritual (Dt 4.2; Pv 30.5,6). Antônio Gilberto ensinou que tudo o que Deus requer do homem, e tudo o que o homem precisa saber, quanto à sua redenção, está revelado na Bíblia. Igualmente, a ética oral se fundamenta na revelação divina. Os padrões bíblicos para o nosso viver não podem sofrer mudanças. Aquilo que a Palavra de Deus diz ser pecado, permanece sendo pecado. Por isso, os valores cristãos são permanentes, pois a fonte de autoridade é permanente (Mt 24.35). Assim, enfatizamos que a Bíblia é a inerrante verdade tanto espiritual quanto moral.

3. A verdade histórica e científica. Cremos que a Bíblia é divinamente infalível em toda a matéria que aborda (Sl 12.6; 19.8). John Wesley escreveu que “se houver um erro, pode haver mil. E, se existir alguma falsidade, então a Bíblia não é o livro da verdade de Deus.” Por conseguinte, a Escritura não se equivoca quando descreve a criação, os eventos da história e os fenômenos da ciência. Significa que Deus guiou os autores bíblicos e os preservou do registro de inverdades de qualquer natureza (2 Pe 1.21). Assim sendo, endossam os que a Bíblia Sagrada é a verdade inspirada de Deus, inerrante em sua totalidade, isenta de toda a falsidade, fraude ou engano.


SINOPSE III

Deus é a verdade e, sua Palavra, é a sua extensão. Tudo o que a Bíblia ensina tanto na teologia, história ou ciência é a verdade.


AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ


Buscando pelo ouro das Escrituras


Nenhuma meta seria mais elevada do que ir pelo ‘ouro’ das Escrituras. A Bíblia muitas vezes se refere a si como ouro ou pedras preciosas, como o rubi, a fim de frisar o sublime valor do seu conteúdo. Por exemplo, Davi escreveu: “Os juízes do SENHOR são verdadeiros e justos juntamente. Mais desejáveis são do que o ouro, sim , do que muito ouro fino” (Sl 19.9,10). O Salmos 119, aquele que exalta a Palavra de Deus em quase todos os seus 176 versículos, inclui esta declaração pelo salmista: “Melhor é para mim a lei da tua boca do que inúmeras riquezas em ouro ou prata” (Sl 119.72). No mesmo […] [texto], o salmista escreveu que “ele ama os mandamentos de Deus ‘mais do que o ouro, e ainda mais do que o ouro fino”. Como estudante da Palavra, os professores cristãos devem garimpar o ouro da Escritura, cavando ‘filões’ nas profundezas da Bíblia e peneirando as verdades das Escrituras para si mesmos. Exploração diária das riquezas da Palavra enriquece a vida dando mais capacidade para os professores cristãos guiarem outros nas mesmas explorações. 

(GANGEL, Kenneth O; HENDRICKS, Howard G (Eds.). Manual de Ensino para o Educador Cristão: Compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.307).


CONCLUSÃO


Apesar de alguns considerarem redundante o uso dos termos inspiração, inerrância e infalibilidade para legitimar a autoridade das Escrituras Sagradas, nossa ortodoxia professa e ensina que a Bíblia é a inspirada Palavra de Deus, inerrante e infalível com plena autoridade em tudo o que diz.


VOCABULÁRIO

Anacronismo: Erro de cronologia (ou datas) relativo a fatos ou pessoas.

Espúrios: Não genuíno, hipotético, simulado.


Q U E S T I O N Á R I O 

1. O que é inerrância? 

A inerrância é a doutrina segundo a qual a Bíblia não contém erro algum. Significa que ela é verdadeira em tudo o que afirma.


2. Mencione textos bíblicos em que a ideia de inerrância esteja presente.

Jo 10.35; Jo 17.17.


3. O que são os manuscritos autógrafos? 

Os manuscritos originais são chamados de autógrafos. São os textos com a grafia de próprio punho do autor bíblico ou de seu escrevente (Fm 1.19; Rm 16.22).


4. O que são os manuscritos apógrafos? 

As cópias dos manuscritos originais são chamadas de apógrafos.


5, Por que a Bíblia não se equivoca quando descreve a criação, os eventos da história e os fenômenos da ciência? 

Porque Deus guiou os autores bíblicos e os preservou do registro de inverdades de qualquer natureza (2 Pe 1.21).


07 janeiro 2022

O ESPÍRITO SANTO E A BÍBLIA


(Comentário do 3º tópico da lição 2: A inspiração divina da Bíblia).


Neste tópico falaremos a respeito da ação do Espírito Santo na Bíblia. Tanto no Antigo como no Novo Testamento, encontramos textos que mostram claramente a inspiração divina da Bíblia. Conforme já falamos, o Espírito Santo guiou os escritores em todo o processo de escrita da Bíblia. Tantos as palavras, como todo o conteúdo das Escrituras. Inspiração verbal plenária, como vimos no tópico 1.  Mas a ação do Espírito Santo não se limitou à produção dos textos bíblicos. Ele testifica de Cristo e atua também na aplicação da Palavra de Deus, no coração daqueles que a lêem e ouvem, convencendo-os do pecado, da justiça e do juízo.  (Jo 15.26; 16.8-11).


1. A inspiração do Antigo Testamento. Em vários textos da Bíblia é afirmado que aquelas palavras são Palavras do Senhor, mandamentos do Senhor, ou são usadas as expressões “assim diz o Senhor”, “veio a Palavra do Senhor” e outras similares. Quando são citados textos bíblicos de outros escritores, são mencionados em várias ocasiões como palavras que o Senhor falou por intermédio dos profetas ou de outros escritores sagrados. Vários textos do Antigo Testamento chamam a Lei de Moisés e a Palavra dos profetas como a Lei do Senhor ou Palavra de Deus: 1 Rs 22.8-16; Ne 8; SI 119; Jr 25.1-13. 

No Antigo Testamento, quando um profeta falava em Nome de Deus, a sua palavra era considerada como a Palavra de Deus. Quem não o obedecesse estava se rebelando contra o próprio Deus e seria punido. “Então, disse Samuel a Saul: Agiste nesciamente e não guardaste o mandamento que o Senhor , teu Deus, te ordenou; porque, agora, o Senhor teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre. Porém, agora, não subsistirá o teu reino; já tem buscado o Senhor para si um homem segundo o seu coração e já lhe tem ordenado o Senhor que seja chefe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o Senhor te ordenou.” (1 Sm 13.13,14). 


No Novo Testamento também, Jesus e os apóstolos, quando se referiam às Escrituras usavam os seguintes termos: 

a. Mandamento de Deus: “E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus.” (Mt 15.6). Aqui Jesus se refere à Lei mosaica como “mandamento de Deus”, fazendo um contraste com a tradição dos fariseus.

b. Palavra de Deus: “Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz…”. (Hb 4.12)

c. Oráculos de Deus: “Se alguém falar, fale de acordo com os oráculos de Deus” (1 Pe 4.11). A palavra “oráculo” (Gr. logion) era uma referência às declarações sobrenaturais reais dadas por um espírito através de um meio humano. Então, em relação ao Antigo Testamento  significa que ele foi inspirado por Deus.

d. Palavras que Deus ou o Espírito Santo falou. Mesmo em casos em que no texto do Antigo Testamento, as referidas palavras não tenham sido ditas diretamente por Deus, é dito que o Espírito Santo falou: “Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais os vossos corações, como na provocação, no dia da tentação no deserto.” (Hb 3:7,8). Este texto é uma citação do Salmo 95.7,8: “Porque ele é o nosso Deus, e nós, povo do seu pasto e ovelhas da sua mão. Se hoje ouvirdes a sua voz, não endureçais o coração, como em Meribá e como no dia da tentação no deserto.” Observe que o texto do Salmo 95 não é uma fala direta de Deus. O salmista está falando na terceira pessoa “a sua voz” e não “a minha voz”

2. A inspiração do Novo Testamento. Os judeus crêem na inspiração divina do Antigo Testamento e o consideram como a Palavra de Deus. Entretanto, rejeitam os escritos do Novo Testamento. Mas, encontramos as mesmas reivindicações de inspiração divina no Novo Testamento. O próprio Jesus prometeu aos discípulos que enviaria o Espírito Santo, para os fazer lembrar de tudo o que Ele lhes havia ensinado: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” (Jo 14.26). No Livro de Atos, vemos o cumprimento desta promessa no dia de Pentecostes. Além de guiar os apóstolos, o Espírito Santo lhes revelou os mistérios de Deus e os inspirou para que escrevessem o Novo Testamento. (1 Co 2.10). Em outros textos, o apóstolo Paulo diz que recebeu o Evangelho do Senhor Jesus e entregou às Igrejas (1 Co 11.23; Gl 1.12). Escrevendo aos romanos, Paulo afirma que aquilo que ele escreve é o “Evangelho de Deus”: “Mas, irmãos, em parte vos escrevi mais ousadamente, como para vos trazer outra vez isto à memória, pela graça que por Deus me foi dada; Que seja ministro de Jesus Cristo para os gentios, ministrando o evangelho de Deus, para que seja agradável a oferta dos gentios, santificada pelo Espírito Santo.” (Rm 15.15,16). Depois, escrevendo aos Coríntios, Paulo afirma aquilo que ele escreveu era “mandamento do Senhor": “Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor.” (1 Co 14.37). O apóstolo Pedro falou sobre as epístolas Paulinas e as considerou igual às “outras Escrituras” (as do Antigo Testamento): “E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição.” (2 Pe 3.16,17). 

3. A obra da regeneração e a iluminação. Conforme já vimos até aqui, o Espírito Santo é o autor da Bíblia. Foi Ele quem escolheu, inspirou e guiou os escritores para escreverem a Palavra de Deus. Mas a ação do Espírito Santo na Bíblia não se limita à revelação e à inspiração. Ele atua também no processo da Salvação. O Espírito Santo capacita os seus servos para proclamarem a Palavra de Deus com sabedoria e poder. Por outro lado, Ele age no interior dos ouvintes e leitores da Bíblia, iluminando-os para que compreendam o que ouvem e produz neles a fé regeneradora. O apóstolo Paulo escreveu aos romanos, falando sobre os que são enviados para pregar o Evangelho e sobre os que ouvem, declarou: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” (Rm 10.17). A Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil, no capítulo que fala do Espírito Santo, declara que Ele “possui o papel de regenerar, purificar e santificar o homem e a mulher”. Em seguida, define a regeneração como “a transformação do pecador numa nova criatura pelo poder de Deus, como resultado do sacrifício de Jesus na cruz do Calvário” 

A regeneração na Bíblia é chamada também de Novo Nascimento (Jo 3.3-6; 1 Pe 1.23). Falando sobre este processo, o apóstolo Paulo diz: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (2 Co 5.17-19). É importante destacar que os três aspectos da salvação (justificação, regeneração e santificação) são obras realizadas por Deus, mediante a fé em Cristo. Nenhum ser humano tem qualquer mérito diante Deus, que possa lhe proporcionar a justificação (cancelamento da sentença de condenação pelo pecado). Igualmente, nenhum ser humano consegue, sem ação do Espírito Santo, regenerar-se ou nascer de novo. Da mesma sorte, o ser humano não é capaz de operar a santificação. À medida que nos entregamos a Deus, o Espírito Santo nos santifica, afastando-nos do pecado e nos aproximando de Deus. 

REFERÊNCIAS: 

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.    

HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Editora CPAD.    

GILBERTO, Antonio. Teologia Sistemática Pentecostal. Editora CPAD. 2 Ed. 2008. págs. 186-187.    

COMFORT, Philip Wesley. A Origem da Bíblia. Editora CPAD. pág. 54.    

SOARES, Esequias. Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Editora CPAD. pág. 64. 


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Pb. Weliano Pires


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