04 setembro 2021

Lição 11: O Reinado de Ezequias

Texto Áureo

“No Senhor, Deus de Israel, confiou, de maneira que, depois dele, não houve seu semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele.” (2 Rs 18.5)

 

Verdade Prática

“Deus sempre ouve e guarda os sinceros de coração, que o obedecem e procuram agradá-Lo.”

 

HINOS SUGERIDOS: 526, 467, 178 da Harpa Cristã.

 

Leitura diária

Segunda – 1 Ts 4.1

Viver para obedecer e agradar a Deus deve ser o objetivo de vida de todo cristão

Terça – Mt 28.20

O Senhor prometeu estar com os seus até o fim dos tempos

Quarta – Sl 9.10

Quem conhece Deus sabe que Ele jamais abandona quem o busca

Quinta – Is 26.3

Quem está com o pensamento firme em Deus é guardado por Ele

Sexta – 2 Sm 22.31

O Senhor é escudo para os que nEle confiam

Sábado – Is 41.10

Deus sustenta os seus filhos com sua mão

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 2 Reis 18.1-3,13,28,29; 19.1,5-7,15,16,20,21

 

2 Reis 18

 

1- E sucedeu que, no terceiro ano de Oséias, o filho de Elá, rei de Israel, começou a reinar Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá.

2- Tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar e vinte e nove anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Abi, filha de Zacarias.

3- E fez o que era reto aos olhos do SENHOR, conforme tudo o que fizera Davi, seu pai.


13- Porém, no ano décimo quarto do rei Ezequias subiu Senaqueribe, rei da Assíria, contra todas as cidades fortes de Judá e as tomou.


28- Rabsaqué, pois, se pôs em pé, e clamou em alta voz em judaico, e falou, e disse: Ouvi a palavra do grande rei, do rei da Assíria.

29- Assim diz o rei: Não vos engane Ezequias; porque não vos poderá livrar da sua mão;

 

2 Reis 19

 

1- E aconteceu que Ezequias, tendo-o ouvido, rasgou as suas vestes, e se cobriu de pano de saco, e entrou na Casa do SENHOR.


5- E os servos do rei Ezequias vieram a Isaías.

6- E Isaías lhes disse: Assim direis a vosso senhor: Assim diz o SENHOR: Não temas as palavras que ouviste, com as quais os servos do rei da Assíria me blasfemaram.

7- Eis que meterei nele um espírito e ele ouvirá um ruído e voltará para a sua terra; à espada o farei cair na sua terra.

 

15- E orou Ezequias perante o SENHOR e disse: Ó SENHOR, Deus de Israel, que habitas entre os querubins, tu mesmo, só tu és Deus de todos os reinos da terra; tu fizeste os céus e a terra.

16- Inclina, SENHOR, o teu ouvido e ouve; abre, SENHOR, os teus olhos e olha: e ouve as palavras de Senaqueribe, que ele enviou para afrontar o Deus vivo.


20- Então, Isaías, filho de Amoz, mandou dizer a Ezequias: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: O que me pediste acerca de Senaqueribe, rei da Assíria, eu o ouvi.

21- Esta é a palavra que o SENHOR falou dele: A virgem, a filha de Sião, te despreza, de ti zomba; a filha de Jerusalém meneia a cabeça por detrás de ti.


INTERAGINDO COM O PROFESSOR

 

Inicie esta lição falando sobre a destacada fé do rei Ezequias. Sua fé não foi superada por nenhum dos reis de Judá (v.5). Ezequias não dependia de nenhuma aliança com outras nações porque a bênção de Deus, que estava sobre ele, lhe era suficiente. Este grande rei não se apartou dos caminhos do Todo-Poderoso. O modo como o Senhor foi com ele, libertando-o de Senaqueribe, era um sinal de sua grande fé, fidelidade e justiça. Enfatize para seus alunos o quanto vale a pena ser fiel a Deus em tempos de grande crise.

 

Ponto Central: Somos honrados pelo Senhor sempre que permanecemos fiéis e tementes a Ele.

 

OBJETIVO GERAL

  • Asseverar que o Senhor ouve a oração dos que o temem.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

  • Apresentar o íntegro reinado de Ezequias;

  • Sinalizar as afrontas de Senaqueribe:

  • Registrar o fim de Senaqueribe

 

INTRODUÇÃO

 

O reinado de Ezequias foi um dos melhores de Judá. Seu governo foi reto, justo, honesto e agradável aos olhos do Senhor. Ele fez importantes reformas no culto e na adoração a Deus. A partir da destruição dos ídolos de Judá, reestruturou todo o sistema religioso, o que culminou num grande avivamento para o povo de Deus.

 

I – O JUSTO REINADO DE EZEQUIAS

 

1. Um rei reformista. Ezequias instaurou uma ampla renovação espiritual do povo de Deus, em Jerusalém. Reuniu os sacerdotes e levitas e lhes propôs uma nova aliança com Deus (2 Cr 29.4-11). Esta aliança incluiria uma reforma radical no comportamento e na espiritualidade do povo. O rei mandou destruir os altares pagãos; reabrir as portas do Templo; restabelecer as ofertas e os sacrifícios; restituir os ofícios sacerdotais e, ainda, celebrar a Páscoa.

 

A despeito de tudo isso, o que mais se destaca nas atitudes de Ezequias é que ele “se chegou ao SENHOR, não se apartou de após ele e guardou os mandamentos que o SENHOR tinha dado a Moisés” (2 Rs 18.6). Assim, o rei Ezequias tinha um coração disposto a fazer a vontade de Deus no Reino de Judá. Por isso ele reuniu os sacerdotes, demais levitas e lideranças para reconhecer o verdadeiro estado pecaminoso da nação (2 Cr 29.4-11). Ezequias tinha um coração quebrantado e, por isso, foi reformista.

 

2. A purificação dos lugares sagrados. Com a convocação de Ezequias, os sacerdotes e os levitas se reuniram e se prontificaram a purificar e santificar a casa do Senhor (2 Cr 29.3-5). Retiraram e jogaram fora todas as coisas impuras que estavam no Templo e restabeleceram o culto e os sacrifícios, conforme a Lei de Moisés (2 Cr 29.18-21). A purificação foi tão completa que, no relato do segundo livro de Crônicas, capítulo 29 e versículos 18 e 19, a palavra “todos” é repetida várias vezes no texto. Nada ficou de fora!

 

3. A adoração nacional. A fim de restabelecer o culto a Deus, Ezequias convocou os maiorais da cidade para estarem na Casa do Senhor (2 Cr 29.20). Ali foram oferecidos diversos sacrifícios para a reconciliação de todo o Israel. Foi nesse momento de muita comoção, que o rei, seus assessores, e toda a congregação de Israel se prostraram diante do Senhor (2 Cr 29.28,29). Que cenário maravilhoso! Uma nação inteira se prostrando e adorando àquele que é digno de toda honra, glória e louvor.

 

Além de toda a reforma, Ezequias também mandou celebrar a Festa da Páscoa, que há muito tempo não se via (2 Cr 30.1). Todos foram convidados a participar, inclusive as tribos do Norte. Houve um grande ajuntamento de pessoas em Jerusalém. Depois, Ezequias, aos sacerdotes e os levitas, oraram pela cura e santificação do povo (2 Cr 30.27).

 

A convocação do rei Ezequias ao povo para a santidade, adoração a Deus e amplas reformas espirituais ocasionou um dos maiores avivamentos do Antigo Testamento. Houve um impacto espiritual tão grande que, ao voltar para casa, o povo destruiu as estátuas dos falsos deuses, rompeu com a idolatria. Deus ainda levanta líderes para promover verdadeiras reformas espirituais

 

SÍNTESE DO TÓPICO I

Quando nos voltamos para Deus, as mudanças de comportamento e atitude são inevitáveis, pois sua Santidade nos constrange.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO –PEDAGÓGICO

 

O professor deve entender que, a forma como conduz os trabalhos na classe e a linguagem utilizada, são fundamentais no processo de aprendizagem. Portanto:

 

O PROFESSOR NÃO DEVE:

 

  • Dar início à lição sem antes certificar-se da presença do material necessário às atividades planejadas, desde pincel para lousa (ou giz), o apagador, os livros, mapas, figuras e outros recursos;

  • Ao iniciar a aula, pôr-se desde logo a discorrer sobre o assunto do domingo sem antes certificar-se do aproveitamento real, pelos alunos, do conteúdo da lição anterior;

  • Impacientar-se com o escasso aproveitamento de certos alunos e abandoná-los, dando como razão que “não convém perder tempo com eles”.

 

O PROFESSOR DEVE:

 

  • Estudar constante e cuidadosamente a linguagem dos alunos, para ficar sabendo quais as palavras que usam e que significados dão a ela.

  • Quando possível procurar obter dos alunos a expressão dos seus conhecimentos, ou a medida deles sobre o assunto, para ficar ciente de suas ideias e modos de expressá-las e assim ajudá-los a corrigirem seus conhecimentos.

  • Expressar-se, quanto possível, na linguagem dos alunos, corrigindo cuidadosamente quaisquer erros do significado que dão as suas palavras.

 

II – SENAQUERIBE INVADE JUDÁ

 

1. As ameaças de Senaqueribe. O Império Assírio estava em franco crescimento. Ele havia invadido várias nações do Oriente Médio, inclusive, Israel, que fora levado para o cativeiro (2 Rs 18.11,12). Agora, Senaqueribe, rei da Assíria, expediu seu poderoso exército para sitiar Jerusalém e ameaçar o rei Ezequias, visto que ele havia se rebelado contra o governo assírio (2 Cr 32.1). Durante o cerco a Jerusalém, Senaqueribe, por meio de seus oficiais, usou como estratégia intimista a difamação de Ezequias e o afrontamento da grandeza de seu Deus (2 Cr 32.10-15). Como seu propósito era abalar o moral do rei e do povo, todas essas injúrias foram pronunciadas em hebraico.

 

2. O temor do rei Ezequias. As ameaças dos assírios pasmaram Ezequias e o medo se espalhou por toda a corte de Judá (2 Rs 18.37: 19.1); o que levou o rei a consultar o profeta Isaías (Is 37.1-7). E a palavra dele foi de vitória para o povo de Deus. Aqui aprendemos que a obediência a Deus não é sinônimo da ausência de problemas e enfrentamentos. Entretanto, a mão protetora do Altíssimo nunca deixa seu povo desamparado.

 

SÍNTESE DO TÓPICO II

Nosso inimigo não tem nenhum poder sobre nós. Todas as suas pretensões passam pelo crivo e aprovação do Senhor.

 

SUBSÍDIO HISTÓRICO

 

“Rabsaque adverte Ezequias (18.19-25). A mensagem de Rabsaqué era uma típica ostentação assíria planejada para destruir a confiança de Ezequias. Deve-se observar a partir de suas advertências que o rei de Judá estava, naquele momento, resoluto e determinado em sua revolta contra Senaqueribe. O grande rei, o rei da Assíria (19) é apenas parte do título frequentemente usado pelos reis da Assíria. Os anais deste rei tem início da seguinte forma: “Senaqueribe, o grande rei, o poderoso rei, rei do universo, rei da Assíria… A aliança estabelecida entre Judá e o Egito era tão frágil quanto a palavra de lábios (20), com o bordão de cana quebrada como suporte (21). O Faraó é Tiraca (Taharqo), que foi coerente com seu irmão a partir de 690/89. Ele era o líder das forças egípcias que Senaqueribe enfrentou (19.9)” (Comentário Bíblico Beacon: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp 376,77).

 

III – A ORAÇÃO DO REI E O LIVRAMENTO DO SENHOR

1. A oração confiante de Ezequias. Para intensificar ainda mais sua estratégia do medo, o rei assírio enviou cartas atrevidas e ameaçadoras ao rei Ezequias (2 Cr 32.17). A mensagem exigiu a rendição de Jerusalém. Mas o rei de Judá apresentou essas cartas diante do Senhor, e orou fervorosamente (Is 37.14-20). Nessa oração Ezequias agradeceu a Deus e declarou sua soberania sobre tudo e todos. E, apresentando as afrontas de Senaqueribe, pediu ao Eterno que o livrasse daquele ímpio.

 

2. Deus conforta o rei. Deus usou o profeta Isaías para confortar o rei Ezequias e mostrar que estava com ele. O Senhor disse que tinha ouvido as orações do rei a respeito do atrevimento de Senaqueribe (Is 37.6,7,21,22). Aquele ímpio havia afrontado e blasfemado do verdadeiro e único Deus. Naquela mesma noite, sem que Ezequias usasse qualquer arma, o Senhor dos Exércitos lhe deu o livramento. Um anjo do Senhor foi enviado por Deus e matou, de uma só vez, cento e oitenta e cinco mil assírios (2 Rs 19.35). O fim de Senaqueribe não poderia ser mais trágico. Foi assassinado pelos próprios filhos (2 Cr 32.21).

 

SÍNTESE DO TÓPICO III

Aquele que ousa afrontar o Senhor Deus é severamente castigado.

 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

 

“A palavra de Deus referente a Senaqueribe (19.20-28). A resposta de Deus à oração de Ezequias, mais uma vez, veio através de Isaías, o profeta. Para compreender claramente a mensagem, veja o texto bíblico completo. Era uma resposta de esperança para o rei de Judá e a angustiada Jerusalém. A atitude deles com relação a Senaqueribe poderia ser de desprezo e zombaria (21). Jerusalém meneia a cabeça por detrás de ti, isto é, ela balança a cabeça detrás de ti’. O rei da Assíria não só zombava do povo de Jerusalém, mas de Deus, o Santo de Israel (22) – um título para o Senhor, usado principalmente por Isaías (cf. Is 5.24; 30.12, etc.).

 

Senaqueribe havia arrogantemente perseguido as suas muitas conquistas (23.24), e contava até mesmo com a aprovação de Deus – não ouvistes que já dantes fiz isto? (25, cf. Is 105-11). A difícil segunda parte do versículo 25 pode ser traduzida como: “E agora eu o executei, transformando as cidades fortes em ruínas’ (Moffatt). Entretanto, a Assíria foi além dos planos de Deus. Ela arrogantemente, perseguiu o seu desejo por conquistas, e assim Deus declarou a Senaqueribe: Eu te farei voltar pelo caminho por onde vieste (28, cf. is 10.12-19)” (Comentário Bíblico Beacon: Josué a Ester. Rio de Janeiro, CPAD, 2005, p.379).


CONHEÇA MAIS

 

“O cronista relata que desde os tempos de Salomão não se comemorava a Páscoa assim. E Deus, dos céus, ouviu e se agradou das canções de louvor. Como resultado da restauração do culto a Yahweh, todo vestígio e símbolo pagão foram destruídos. Isto inclui não apenas os altos do sul ao norte, como também a serpente de bronze que Moisés fizera no deserto do Sinai (2 Rs 18.3,4; 2 Cr 31.1). Um indicativo de quão profunda era a apostasia de Israel é o fato de que adoravam qualquer que, no passado, serviu-lhes como símbolo da graça de Deus. Para saber mais leia: História de Israel no Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 435.

 

CONCLUSÃO

 

A lição que aprendemos nesta história é que ninguém pode afrontar e zombar do Todo-poderoso e ficar impune. O reinado de Ezequias foi muito diferente da maioria dos reis de Judá, pois ele foi temente ao Senhor e confiou nEle nos momentos mais difíceis de seu reinado. Ezequias nos deixou uma grande lição: Deus sempre ouve os sinceros de coração, que confiam nEle mesmo diante do medo e da insegurança.

 

QUESTIONÁRIO


1. Quem foi Ezequias?

Um rei de Judá temente a Deus.

 

2. Qual foi a lição deixada por Ezequias?

Deus sempre ouve os sinceros de coração, que confiam nEle mesmo diante do medo e insegurança.

 

3. O que significa dizer que “Ezequias chegou-se a Deus”?

Significa que Ezequias não se afastou do Senhor e guardou os seus mandamentos (2 Rs 18.6). Ele estava disposto a honrar e adorar somente a Deus.

 

4. O que promoveu uma adoração nacional em Judá?

Um apelo de Ezequias a toda a nação de Judá à santidade, ao arrependimento e à adoração a Deus.

 

5. Qual foi o livramento dado por Deus ao povo de Judá?

O anjo de Deus eliminou cento e oitenta e cinco mil assírios.


02 setembro 2021

OS ESTRANGEIROS OCUPAM SAMARIA

Falaremos neste tópico sobre as ocupações de estrangeiros no território de Samaria, por ordem do rei da Assíria. Houve uma miscigenação geral e sincretismo religioso. A partir daí, os samaritanos eram considerados gentios e os judeus não mais se comunicavam com eles. Jesus, no entanto, veio quebrar esta barreira, quando conversou com a mulher samaritana, no Poço de Jacó. 


1. A mistura de gente e o sincretismo. A política do império assírio era que os territórios dominados fossem ocupados por outros povos, a fim de enfraquecer os povos dominados e evitar que se rebelassem. O rei da Assíria deixou em Samaria alguns israelitas mais pobres e trouxe gente da Babilônia, de Cuta, de Ava, de Hamate e de Sefarvaim e os estabeleceu nas cidades de Samaria para substituir os israelitas (2 Rs 17.24). 

Estes povos não serviam a Deus e o texto bíblico diz que Deus lhes enviou leões, que mataram alguns deles. O rei da Assíria, então, mandou um dos sacerdotes capturados para lhes ensinar a servir a Deus. Entretanto, cada um destes povos construiu os seus próprios ídolos. Serviam ao Senhor de acordo com as suas próprias culturas, misturando crenças. 

Estas misturas de povos e de crenças fizeram os judeus considerarem os samaritanos como povo impuro e não se comunicarem com eles. Os samaritanos seguiam apenas uma forma modificada da Lei de Moisés e consideravam o Monte Gerizim e não Jerusalém como o lugar de adoração. 

O Cristianismo não aceita xenofobia, racismo ou lugares sagrados. Em Cristo, somos todos iguais. O Evangelho de Cristo alcança a todos os que nele crerem. Mas, não podemos aceitar casamentos mistos e sincretismo religioso, pois, isso contraria a vontade de Deus (2 Co 6.14,15; Mt 6.24).


2. Jesus e os samaritanos. No tempo de Jesus, esta separação entre judeus e samaritanos continuou acirrada. Estes dois povos sequer conversavam entre si. Mas, Jesus veio para romper barreiras e preconceitos. 

No Poço de Jacó, cansado do caminho, Jesus parou para descansar e conversou a sós com uma mulher samaritana. Esta mulher, além de ser mulher, era samaritana e vivia uma vida adúltera, pois, já tivera cinco maridos e o atual companheiro não era seu marido. Em todas estas situações, um judeu não poderia se aproximar dela. 

Jesus iniciou um diálogo com esta mulher, pedindo-lhe água. Inicialmente, ela não entendeu e o repreendeu, pois sabia que os judeus não se comunicavam com os samaritanos. Jesus falou-lhe da água da viva, que poderia saciar a sua sede para sempre. A mulher se interessou e pediu-lhe dessa água. Depois, falaram sobre a questão do lugar da adoração e Jesus disse que o Pai não está interessado no lugar, pois busca adoradores que o adorem em Espírito e em verdade. A mulher falou que em breve o Messias viria e iria esclarecer tudo. Jesus, então, se revelou a ela como o Messias.

Em outra ocasião, para contrastar a religiosidade formalista e desprovida de amor dos líderes religiosos judeus, Jesus contou a parábola do bom samaritano. Nessa parábola, Jesus colocou um samaritano, que era considerado impuro e indigno pelos judeus, como exemplo de compaixão e amor pelo próximo. 

Durante o ministério de Jesus, ele conversava com os samaritanos, leprosos, prostitutas, cobradores de impostos e outras categorias de pessoas excluídas da comunidade judaica. Muitos samaritanos e publicanos creram nele, com o testemunho da mulher samaritana (Jo 4.39-41).


Siga o nosso blog, deixe o seu comentário e compartilhe os nossos textos com outras pessoas.


Pb. Weliano Pires

01 setembro 2021

OS PECADOS DO POVO E SUA QUEDA

Falaremos neste tópico a respeito dos principais pecados do povo, que causaram o cativeiro, que foram a idolatria e as injustiças praticadas contra os pobres. A situação estava tão crítica que até os sacerdotes, em conluio com governantes ímpios, extorquiam o povo. 


1. O terrível pecado da idolatria. A palavra idolatria é a junção de dois termos gregos: “idolos” e “latreo” e significa “adoração aos ídolos”. É um pecado gravíssimo contra Deus. Os dois primeiros mandamentos condenam diretamente a idolatria: Não terás outros deuses diante mim e não farás para ti imagens de escultura. (Ex 20.1-4). Em vários textos do Antigo Testamento, Deus alertou o povo contra a idolatria e ameaçou puni-los com o domínio dos inimigos sobre eles (Êx 23.13.24; 34.14-17; Dt 4.23,24; 6.14; 1s 23.7; Jz 6.10; 2 Rs 17.35.37.38). 

Para exemplificar a gravidade da idolatria, Deus usou a vida conjugal do profeta Oséias, ordenando que ele se casasse com uma prostituta e tivesse filhos com ela. (Os 1.2,3). Gômer, a prostituta, mesmo estando casada com o profeta, tinha os seus amantes. Nesta metáfora, Israel, representado pela protituta, deixa seu marido, que é Deus, para ficar com os seus amantes e ainda pagava para estar com eles. Imagine como o profeta se sentia diante desta situação! É assim que Deus se sente, quando alguém pratica a idolatria. 

O povo foi orientado por Deus, a destruir todos os ídolos ao entrarem na terra prometida. Entretanto, logo após a morte de Josué, o povo se entregou à idolatria, tornando-se um círculo vicioso. O povo pecava, vinha a opressão dos inimigos; o povo se clamava a Deus e Deus levantava um libertador; o povo voltava a pecar e, de novo, eram dominados pelos inimigos; Clamavam a Deus e vinha a libertação; e assim, sucessivamente. 

No início da monarquia, não houve idolatria. Saul perseguiu duramente os idólatras e feiticeiros. Durante o reinado de Davi também não havia idolatria. Salomão começou bem, mas, na velhice, influenciado por mulheres estrangeiras, permitiu a idolatria em Israel. Por isso, veio a divisão do reino. Após a divisão, a idolatria fez parte dos dois reinos. No Reino do sul, alguns reis foram tementes a Deus e combateram a idolatria, como Asa, Josafá, Ezequias e Josias. Mas, outros entregaram-se à idolatria. No Reino do norte, no entanto, a idolatria sempre foi muito mais acentuada. Todos os reis do norte foram idólatras. Por isso, o cativeiro veio mais cedo e não houve retorno. 

No Novo Testamento também há vários textos que condenam a idolatria e afirmam que os idólatras não herdarão o Reino de Deus (1 Co 6.10; Gl 5.20; Ap 21.8; 22.15). É importante destacar que a idolatria não é apenas a adoração a imagens, como muitos imaginam. Qualquer pessoa, objeto, lugar ou instituição que ocupe o lugar de Deus é idolatria: um santo, água do Rio Jordão, um monte, Jerusalém, a nossa denominação, etc. Se colocarmos qualquer um deles como mediadores entre Deus e nós, ou como algo milagroso, estaremos cometendo o pecado de idolatria. 


2. Outras causas do cativeiro.  Além do grave pecado da idolatria, havia outros pecados não menos graves, que resultaram no cativeiro do Reino do Norte: a opressão e as injustiças cometidas contra os pobres. Este pecados são considerados equivalentes à idolatria. 

Na Lei de Deus foram colocadas várias cláusulas de proteção ao pobre, ao órfão, à viúva e ao estrangeiro, que eram os mais vulneráveis naqueles tempos. Era proibido, inclusive, a cobrança de juros abusivos. (Ex 22.21-27; Dt 24.14). Deus disse que se o injustiçado clamasse a Ele por Justiça, Ele o ouviria, pois é compassivo. 

Entretanto, nos anos que antecederam o cativeiro da Assíria, esses mandamentos eram completamente ignorados pelos reis e até pelos sacerdotes. Havia até conluio entre sacerdotes e membros do governo para tirar dinheiro do povo  (Os 6.9,10). Os sacerdotes foram instituídos para interceder a Deus pelo povo, oferecendo sacrifícios a Deus por eles. Agora estavam envolvidos na corrupção, ajudando governantes inescrupulosos a oprimi-los mais ainda. Esta situação abominável foi amplamente denunciada e condenada pelos profetas Amós e Oséias. Mas, os alertas de Deus foram ignorados. 

Ao longo da história de Israel e da Igreja, infelizmente, estas práticas se repetem. Na Idade Média havia muita corrupção envolvendo os reis e o clero da Igreja. Até mesmo em Igrejas ditas evangélicas, há corrupção envolvendo políticos e pastores e até em convenções, a troco do poder. Deus abomina esse tipo de coisa. O cristão precisa ser correto e justo em tudo o que fizer. Jamais deve aceitar suborno, ou prejudicar a quem quer que seja, principalmente os pobres e indefesos. 


Siga o nosso blog, deixe o seu comentário e compartilhe os nossos textos com outras pessoas. 


Pb. Weliano Pires

31 agosto 2021

A negligência de um homem de Deus para com a família


E uma mulher, das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor, para levar os meus dois filhos para serem servos.” (2 Reis 4.1).


Muitos pregadores destacam a fé e persistência desta mulher, ao procurar um homem de Deus, após a morte do seu marido. De fato, é louvável a sua atitude, pois, no auge do desespero, em vez de murmurar, ela buscou a ajuda de Deus. Entretanto, eu gostaria de falar sobre o esposo dela, que segundo ela mesma diz, era um homem temente a Deus. 


Apesar de ser um homem que temia ao Senhor, ele foi negligente com a própria família, pois, além de não deixar nenhum patrimônio, ainda deixou dívidas, que naquela época, eram pagas com a escravidão do próprio devedor ou dos filhos, em caso de morte deste.


Infelizmente, em nossos dias, muitos homens e mulheres de Deus também repetem este comportamento. Cuidam da Obra de Deus e a ela se entregam totalmente. Mas, em contrapartida, se esquecem da família, pensando que viverão eternamente neste mundo. 


Vejam abaixo algumas práticas negligentes, que prejudicam a família:


1. Não trabalhar. Há pessoas que não trabalham ou perdem empregos, em nome da fé. Isso traz sérios problemas para a família. Além de passarem necessidades, isso causa separações. O trabalho dignifica o ser humano. O apóstolo Paulo escreveu: “Aquele que não quiser trabalhar, também não coma”. (2 Tessalonicenses 3.10).


2. Não valorizar o cônjuge. Há pessoas que depois que se convertem, querem viver como anjos: Não namoram, não saem com a esposa e não tem tempo para o lazer. Isso, além de causar estresse, pode acabar com o casamento. O casamento do cristão deve ser vitalício (até que a morte os separe). Mas, isso não acontece automaticamente. É preciso haver cuidado e investimento para que o casamento dure.


3. Não cuidar dos filhos. Há crentes que evangelizam, oram, jejuam, trabalham na Igreja, mas se esquecem dos filhos. Entretanto, o diabo e o mundo não os esquecem e eles acabam se perdendo. Não adianta ganhar muitas almas e perder a própria família. Os nossos filhos são herança do Senhor (Salmo 127.3). Temos a responsabilidade diante de Deus de instruí-los na Palavra de Deus, para que não se percam. (Provérbios 22.5).


4. Não planejar o futuro. Pensando apenas em ir para o céu, muitos crentes não se preparam para a velhice: Não contribuem com o INSS, não guardam dinheiro, não se preparam profissionalmente e por isso, passam por grandes dificuldades na velhice, tornando-se um peso para a família e para a Igreja.


Neste tempo de pandemia, muitas pessoas, inclusive obreiros, estão em situação difícil, porque nunca se preocuparam com o futuro. Sei de casos de pastores que morreram e a família ficou desamparada, porque eles não pagavam o INSS. 

Há casos de pessoas que trabalham na informalidade, não têm seguro de vida, não têm nenhuma reserva financeira e não pagam o INSS. Estes também, se sofrerem um acidente ou vierem a óbito, a família ficará em situação muito difícil. Não podemos agir assim. Se amamos a nossa família, devemos nos preocupar com o futuro e bem estar deles. 


Veja o que o Apóstolo Paulo diz, sobre o cuidado com a família:


“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.” (1 Timóteo 5.8)


Pb. Weliano Pires

SAMARIA É CERCADA PELO REI DA ASSÍRIA


1. Israel sob o reinado de Jeroboão II.  Jeroboão II foi o último rei da descendência de Jeú. Foi um rei ímpio como os seus antecessores. Mas, conquistou prosperidade econômica e territórios que haviam sido tomados pela Síria no passado. Entretanto, essa prosperidade foi conquistada a duras penas para o povo, mediante a corrupção, injustiça social, hipocrisia religiosa e sincretismo religioso (2 Rs 17.2,29-33).


2. A traição do rei Oséias. O rei Oseias reinou por 9 anos, entre 732 e 722 a.C. Foi o último rei de Israel (2Rs 15:30; 17). Salmanaser V, rei da Assíria dominou o reino do Norte e o rei Oséias tornou-se seu vassalo, pagando-lhe impostos. Depois que já havia sido dominado pela Assíria, Oséias resolveu buscar a ajuda do Egito para interromper os pagamentos dos tributos cobrados pelos assírios. Os assírios consideram esta aliança com Egito como uma traição e o prenderam em 724 d.C. Depois, invadiram Samaria e levaram o povo prisioneiro para a Assíria. Além de levar o povo de Israel para fora da sua terra, trouxeram outros povos para habitar na região, como veremos no terceiro tópico. 


3. A advertência dos profetas. Jeroboão II aumentou a riqueza de Israel, através da exploração dos mais pobres. Ele permitiu que os mais ricos se apropriassem das pequenas propriedades dos pequenos proprietários, até que estes se tornassem escravos. Sendo assim, os ricos ficavam cada vez mais ricos e os pobres se tornavam miseráveis e escravos. As desigualdades sociais aumentaram muito, de forma que, os ricos viviam no luxo e extravagância e os pobres viviam na miséria. 

Jeroboão II também permitiu também o sincretismo religioso, que é a mistura de várias crenças, em um único culto. O povo prestava culto a Deus e aos ídolos ao mesmo tempo. 

Os profetas Oséias e Amós, que foram contemporâneos de Jeroboão II e profetizaram no Reino do Norte, denunciaram estas práticas, mas não foram ouvidos. 

Deus é justo e, por isso, não tolera a injustiça, a opressão e a perversidade  Quando alguém comete injustiça e oprime àqueles que não podem se defender, está ofendendo ao próprio Deus e será julgado. 

A santidade de Deus não aceita a mistura com outros deuses. Por isso, Deus abomina o sincretismo religioso. O ecumenismo, inicialmente, pregava a união de todas as Igrejas cristãs. Mas, é também sincretismo religioso, pois, se une à Igreja Católica e a outras seitas que se dizem cristãs, mas tem doutrinas antibíblicas. O apóstolo João assim escreveu: “Se alguém chegar a vós, mas não trouxer essa doutrina, não o recebais nas reuniões em vossas casas, tampouco o saudeis. Porque aquele que lhe dá boas-vindas, torna-se cúmplice das suas obras malignas.” (2 Jo 10,11).


Siga o nosso blog, deixe o seu comentário e compartilhe os nossos textos com outras pessoas. 


Pb. Weliano Pires

30 agosto 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 10: O CATIVEIRO DE ISRAEL - REINO DO NORTE



A última vez que estudamos sobre o reino do Norte foi na Lição 8, quando falamos sobre a cura de Naamã, que aconteceu durante o reinado de Jorão, filho de Acabe, que foi também o último rei da dinastia de Acabe, que foi totalmente exterminada por Jeú.  

Na lição 9, falamos sobre o reinado de Joás, que foi ungido rei de Judá aos sete anos de idade, depois de passar seis anos escondido no templo, para não ser morto pela própria avó, Atalia, que após a morte do seu filho Acazias, mandou matar os descendentes da casa de Davi e usurpou o trono. 

Deus mandou que Elias ungisse a Jeú como rei de Israel, para que ele exterminasse a casa de Acabe. Jeú matou Jezabel, todos os seus filhos e também a Acazias, rei de Judá, que era neto de Acabe. Jeú também não serviu a Deus e continuou com os cultos aos bezerros de ouro criados por Jeroboão. “Assim, Jeú exterminou de Israel a Baal. Porém não se apartou Jeú de seguir os pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel, a saber, dos bezerros de ouro que estavam em Betel e em Dã” (2 Reis 10:28).

Por ter cumprido o mandamento de Deus para exterminar a dinastia de Acabe, Deus prometeu que Jeú e os seus descendentes reinariam até a quarta geração. Então, reinaram Jeú, Jeoacaz, Jeoás e Jeroboão II. Depois de Jeroboão II, houve vários reinados de pouco tempo e conspirações: 

  • Zacarias: reinou por 6 meses em 753 a.C. (2Rs 15:8-12).

  • Salum: reinou por apenas 1 mês em 752 a.C. (2Rs 15:13-15).

  • Menaém: reinou por 10 anos entre 752 e 742 a.C. (2Rs 25:16-22).

  • Pecaías: reinou por 2 anos entre 742 e 740 a.C. (2Rs 15:23-26).

  • Peca: reinou por 20 anos entre 752 e 732 a.C. (2Rs 15:27-31).

  • Oseias: reinou por 9 anos entre 732 e 722 a.C. Foi o último rei de Israel (2Rs 15:30; 17).


No primeiro tópico, falaremos sobre o cerco de Samaria pelos assírios, a prosperidade de Israel sob o reinado de Jeroboão II, a prisão de Oséias e as advertências dos profetas Oséias e Amós, contras as injustiças e a idolatria durante este período. O rei Oséias já havia sido dominado pela Assíria e resolveu buscar a ajuda do Egito para interromper os pagamentos dos tributos. Então, os assírios prenderam Oséias, invadiram Samaria e levaram o povo prisioneiro para a Assíria. 

No segundo tópico, falaremos a respeito dos principais pecados do povo, que causaram o cativeiro, que foram a idolatria e as injustiças praticadas contra os pobres. A situação estava tão crítica que até os sacerdotes, em conluio com governantes ímpios, extorquiam o povo. 

No terceiro e último tópico, falaremos sobre as ocupações de estrangeiros no território de Samaria, por ordem do rei da Assíria. Houve uma miscigenação geral e sincretismo religioso. A partir daí, os samaritanos eram considerados gentios e os judeus não mais se comunicavam com eles. Jesus, no entanto, veio quebrar esta barreira, quando conversou com a mulher samaritana, no Poço de Jacó.


Siga o nosso blog, deixe o seu comentário e compartilhe os nossos textos com outras pessoas.

Pb. Weliano Pires

A RESSURREIÇÃO DE JESUS

(Comentário do 3° tópico da Lição 12: Do julgamento à ressurreição) Ev. WELIANO PIRES O terceiro tópico nos fala da Ressurreição de Jesus, q...