20 novembro 2020

Estudo da Lição 08 - A TEOLOGIA DE ZOFAR: O JUSTO NÃO PASSAM POR TRIBULAÇÃO?


Culto online de estudo bíblico com o Presbítero Weliano Pires e sua família. Estudamos a lição 08, da nossa Escola Bíblica Dominical, que tem como título: A TEOLOGIA DE ZOFAR: O JUSTO NÃO PASSAM POR TRIBULAÇÃO?

Vimos neste estudo os seguintes tópicos:
  • O discurso de Zofar, o último amigo de Jó a falar na série de debates (Jó 11; 20).
  • Zofar é mais duro e impiedoso nas acusações contra Jó. Diferente dos seus amigos, ele faz apenas dois discursos (nos capítulos 11 e 20 do livro de Jó), suficientes para derramar todo o seu ressentimento contra o patriarca.
  • Zofar insiste na tese de que o justo não passa por tribulação, à semelhança do que pensavam os seus amigos Elifaz e Bildade.
  • Zofar acusa Jó de se levantar contra sabedoria divina e o aconselha a voltar-se para Deus através de arrependimento e conversão baseada em rituais legalistas.

A soberania de Deus é um grande mistério. Nem sempre teremos explicações corretas para dar acerca das questões humanas. Muitas vezes, o crente fiel passa por muitas injustiças e provações, mas, contudo, ele não é desassistido por Deus. Jó, mesmo sendo justo, passou por sofrimentos terríveis. Porém, mesmo diante das acusações falsas dos seus amigos e do silêncio de Deus, Jó manteve as suas esperanças em Deus e não blasfemou.


Pb. Weliano Pires 
Igreja Evangélica Assembléia de Deus 
Ministério do Belém
São Carlos - SP
 

18 novembro 2020

LIÇÃO 08 - A TEOLOGIA DE ZOFAR: O JUSTO NÃO PASSAM POR TRIBULAÇÃO?




TEXTO ÁUREO

“E terás confiança, porque haverá esperança; olharás em volta e repousarás seguro” (Jó 11.18).


VERDADE PRÁTICA

“Segundo as Escrituras, até mesmo o justo passa por tribulação.”


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jó 11.1-10; 20.1-10.


Jó 11


1 — Então, respondeu Zofar, o naamatita, e disse:

2 — Porventura, não se dará resposta à multidão de palavras? E o homem falador será justificado?

3 — Às tuas mentiras se hão de calar os homens? E zombarás tu sem que ninguém te envergonhe?

4 — Pois tu disseste: A minha doutrina é pura; limpo sou aos teus olhos.

5 — Mas, na verdade, prouvera Deus que ele falasse e abrisse os seus lábios contra ti,

6 — e te fizesse saber os segredos da sabedoria, que é multíplice em eficácia; pelo que sabe que Deus exige de ti menos do que merece a tua iniquidade.

7 — Porventura, alcançarás os caminhos de Deus ou chegarás à perfeição do Todo-Poderoso?

8 — Como as alturas dos céus é a sua sabedoria; que poderás tu fazer? Mais profunda é ela do que o inferno; que poderás tu saber?

9 — Mais comprida é a sua medida do que a terra; e mais larga do que o mar.

10 — Se ele destruir, e encerrar, ou juntar, quem o impedirá?


Jó 20


1 — Então, respondeu Zofar, o naamatita, e disse:

2 — Visto que os meus pensamentos me fazem responder, eu me apresso.

3 — Eu ouvi a repreensão, que me envergonha, mas o espírito do meu entendimento responderá por mim.

4 — Porventura, não sabes tu que desde a antiguidade, desde que o homem foi posto sobre a terra,

5 — o júbilo dos ímpios é breve, e a alegria dos hipócritas, apenas de um momento?

6 — Ainda que a sua altura suba até ao céu, e a sua cabeça chegue até às nuvens,

7 — como o seu próprio esterco perecerá para sempre; e os que o viam dirão: Onde está?

8 — Como um sonho, voa, e não será achado, e será afugentado como uma visão da noite.

9 — O olho que o viu jamais o verá, nem olhará mais para ele o seu lugar.

10 — Os seus filhos procurarão agradar aos pobres, e as suas mãos restaurarão a sua fazenda.


HINOS SUGERIDOS: 524, 539 e 562 da Harpa Cristã.


COMENTÁRIO


Revisão da lição anterior


Na lição passada, estudamos os três discursos do segundo amigo de Jó, chamado Bildade, o suíta.


Vimos na lição passada os seguintes tópicos: 


  • Bildade faz um contraste entre um Deus justo e santo, e as imperfeições do ser humano. 

  • Bildade mostra o pecado como a quebra da moralidade tradicional, que ele acreditava ser correta e diz que os sofrimentos de Jó ocorreram, porque Jó e os seus filhos teriam atentado contra esta moralidade. 

  • Bildade faz um contraste entre o pecado e a Majestade de Deus, insinuando que Deus é onipotente, mas, ausente do mundo. 


INTRODUÇÃO À LIÇÃO 08:


Nesta lição veremos o discurso de Zofar, o último amigo de Jó a falar na série de debates (Jó 11; 20). Zofar insiste na tese de que o justo não passa por tribulação, à semelhança do que pensavam seus amigos Elifaz e Bildade. Todavia, Zofar é mais duro e impiedoso nas acusações contra Jó. Diferente dos seus amigos, ele faz apenas dois discursos (nos capítulos 11 e 20 do livro de Jó), suficientes para derramar todo o seu ressentimento contra o patriarca. Zofar acusa Jó de se levantar contra sabedoria divina e o aconselha a voltar-se para Deus através de arrependimento e conversão baseada em rituais legalistas.

A teologia de Zofar é chamada de deísmo. Esta teologia afirma a existência de Deus, porém, diz que Ele criou o mundo, se afastou dele, não interfere em seu funcionamento e não se interessa em se relacionar com o ser humano.


I. DEUS SE MOSTRA SÁBIO QUANDO AFLIGE O PECADOR


1. Deus grande e sábio. Segundo o pensamento de Zofar, os sofrimentos de Jó faziam parte de um sábio julgamento da parte de Deus. De forma agressiva e sem nenhuma compaixão, Zofar chama Jó de mentiroso e diz que ele se comporta como um “animal irracional” ou “um jumento”, pois, não estaria aceitando a sábia punição de de Deus. 

De fato, Deus é grande e sábio e nós muitas vezes não entendemos as suas ações. Mas, não era verdade que Jó estava sendo punido por Deus por causa dos seus pecados, pois, o próprio Deus havia dado testemunho da sua integridade.

2. Deus não é indiferente à ação do ímpio. Jó havia defendido a sua inocência diante dos seus amigos e desejava debater com Deus para que, se porventura, houvesse pecado, Deus os apontasse. Zofar entendeu que Jó estaria se declarando “puro e sem culpa” e que se Deus debatesse com Jó, revelaria os seus pecados e ele seria condenado.

3. Tolos se passando por sábios. Jó reagiu com ironia às declarações dos seus amigos, que de forma arrogante, se achavam os detentores do saber. Para Jó, não passava de charlatanismo: “Vós, porém, sois inventores de mentiras e vós todos, médicos que não valem nada” (Jó 13.4). Quando somos julgados pelos homens e acusados injustamente, devemos descansar no Senhor, pois, Ele é onisciente e sonda as mentes e os corações. Ele conhece o profundo e o escondido e fará justiça. 


II. A CONVERSÃO COMO RESPOSTA À AFLIÇÃO

Zofar insiste na idéia de que Jó está sofrendo punição de Deus pelos pecados cometidos. Como solução ele uma espécie de purificação moral de Jó e conclama ao arrependimento ritualístico.

1. Purificação moral. Nos versículos 13 a 20 do capítulo 11, Zofar sugere a Jó uma conversão e arrependimento baseados na conduta correta (v.13); na oração (v.13) e renúncia ao pecado (11.14). 

Deus realmente deseja que o ser humano se arrependa dos seus pecados e tenha uma conduta correta. Mas, Zofar está insinuando uma espécie de negociação com Deus, baseada no legalismo, ou seja alcançar o favor de Deus com base no cumprimento de regras e rituais. Nós devemos abandonar o pecado e obedecer a Deus por amor a Ele e não para receber algo em troca. 

2. É possível negociar com Deus? As sugestões de Zofar se encaixam perfeitamente nas acusações de Satanás, de que Jó possuía uma fidelidade interesseira. Ou seja, se Deus tirasse tudo, ele blasfemaria. Agora, Zofar sugere que Jó está em pecado e que se abandonasse o pecado, Deus daria tudo de volta. 

Essa teologia da barganha com Deus é o discurso da teologia prosperidade: Se você der tudo o que tem à Igreja, Deus lhe dará muito mais. Em várias religiões de matrizes africanas, também há esta prática. Oferecem sacrifícios e oferendas, para receber favores dos guias e orixás ou aplacar a sua ira. 


3. A angústia de Jó. Diante de tanto sofrimento, acusações falsas dos seus amigos e do silêncio de Deus, Jó dá sinais de cansaço. No capítulo 14, Jó usa a metáfora de uma árvore corda e diz que há esperança de que ela se restaure. Mas, morrendo o homem, diz ele, porventura, voltará a viver? (Jó 14.14). É importante destacar que a doutrina da ressurreição ainda não havia sido revelada. Então a esperança de Jó se resumia a esta vida. 


III. DEUS JULGA E CASTIGA OS PECADORES

Zofar diz que todos os maus são punidos, mas Jó apresenta um paradoxo: a experiência mostra que muitos deles são bem sucedidos.

1. O castigo dos maus. Em seu segundo discurso, no capítulo 20, Zofar afirma que a aparente prosperidade dos ímpios é passageira, ilusória e que estes serão punidos por Deus nesta vida. A realidade, no entanto, é outra. Há muitos ímpios que prospera financeiramente, são saudáveis e vivem muito tempo. Negar isso e negar a realidade dos fatos. Basta olhar para cantores, jogadores, artistas, empresários, etc. que nunca serviram a Deus e são milionários. Na história que Jesus contou do rico e Lázaro, o rico era o ímpio e Lázaro, o justo. Lázaro viveu a vida inteira na miséria e morreu cheio de chagas. O rico viveu a vida inteira em regalias e morreu por último. Asafe observou a prosperidade dos ímpios e quase se desviou.(Sl 73). 


2. Jó diante de um paradoxo. No capítulo 21, Jó contrasta os argumentos de Zofar, mostrando a realidade. Em sua resposta, Jó mostra que:

a) Não é verdade que os ímpios morrem na juventude. (Jó 21. 7-16

b) Não é verdade que os ímpios sempre sofrem calamidades (Jó 21. 17-22)

c) Não é verdade que a morte é mais severa com os ímpios. (Jó 21.23-26).

Estas três afirmações de Jó, com base e sua própria experiência de vida, desmontaram os argumentos de Zofar e dos outros dois amigos. 

3. A verdade vem à tona. Conforme já dissemos em lições anteriores, a lei da semeadura e da colheita não se aplica a todas as esferas da vida humana. É verdade que colhemos aquilo que plantamos, mas, não apenas isso. Colhemos aquilo que plantamos, mas colhemos, também, o que outros plantam; sofremos consequências das ações diabólicas; e somos agraciados com o favor de Deus. Deus é bom e não nega o sol e a chuva aos pecadores. Então, nem sempre os sofrimentos são punições ou a prosperidade material é bênção de Deus. 


CONCLUSÃO


A soberania de Deus é um grande mistério. Nem sempre teremos explicações corretas para dar acerca das questões humanas. Muitas vezes o crente fiel passa por muitas injustiças e provações, contudo, ele não é desassistido por Deus. Jó, mesmo sendo justo, passou por sofrimentos terríveis. Porém, mesmo diante das acusações falsas dos seus amigos e do silêncio de Deus, Jó manteve as suas esperanças em Deus e não blasfemou.


Pb. Weliano Pires
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério do Belém

São Carlos - SP.

REFERÊNCIAS:

Revista LIÇÕES BÍBLICAS. RJ: CPAD, 4° Trimestre de 2020. 
Revista Ensinador Cristão.  RJ: CPAD, 4° Trimestre de 2020.
CHAPMAN, Milo L.; PURKISER, W. T.; WOLF, Earl C. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, pp.50 e 64.




14 novembro 2020

O CLAMOR DA IGREJA

"E, respondendo ele, disse-lhes: Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão.” Lc. 19.40:


Ao longo da história da Igreja Cristã, sempre houve pessoas, instituições, governos e leis que tentaram intimidar e calar a Igreja. Os Judeus, o Império Romano, o Catolicismo, o comunismo, o islamismo, o movimento homossexual, etc, todos tentaram e tentam, sem sucesso, fazer com que a Igreja do Senhor se cale. Mas, a Igreja do Senhor não pode se intimidar diante das perseguições e não pode se calar.

O clamor da Igreja tem pelo menos três dimensões:

1. O LOUVOR A DEUS.
A Igreja é a única instituição na terra que tem a prerrogativa de louvar a Deus. Pode se levantar o inferno com todos os seus adeptos, que jamais haverão de impedir a Igreja de louvar e adorar a Deus.

2. O CLAMOR CONTRA O PECADO. 
A Igreja não pode aceitar o pecado sem condená-lo. O pecado afronta a Deus e a Igreja como Noiva do Cordeiro tem a obrigação de repudiá-lo. Uma das estratégias do inimigo é fazer com que a Igreja deixe de pregar contra o pecado, usando como justificativa o amor ao pecador. O fato de amar ao pecador, não pode impedir-nos de aborrecer o pecado e pregar publicamente contra ele.

3. A PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO.
A Igreja é a agência do Reino de Deus na terra e como tal, tem a obrigação de anunciar ao mundo as boas novas de Salvação. O mundo precisa saber que está condenado à morte eterna por causa do pecado, tratando-se de uma pessoa, ou de toda a raça humana e a única forma de serem salvos desta condenação é recebendo a Jesus Cristo como único Senhor e Salvador. A Igreja tem a obrigação de anunciar Cristo ao mundo. Ninguém pode nos impedir de fazer isso.

CONCLUSÃO

Mesmo que muitos de nós sejamos perseguidos, torturados, ou mortos, não podemos deixar de louvar a Deus, proclamar contra o pecado e anunciar a Salvação através de Jesus Cristo ao mundo.

Pb. Weliano Pires
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério do Belém
São Carlos - SP

13 novembro 2020

ESTUDO DA LIÇÃO 07 - A TEOLOGIA DE BILDADE: SE HÁ SOFRIMENTO, HÁ PECADO OCULTO?


Culto online de estudo bíblico com o Presbítero Weliano Pires e sua família. Estudamos a lição 07 da nossa Escola Bíblica  Dominical, cujo tema é: A TEOLOGIA DE BILDADE: SE HÁ SOFRIMENTO, HÁ PECADO OCULTO?

LEITURA BÍBLICA: Jó 8.1-4; 18.1-4; 25.1-6.

ESBOÇO DO ESTUDO

I. O PECADO EM CONTRASTE COM O CARÁTER JUSTO E SANTO DE DEUS

1. Deus é justo e reto

2. Uma compreensão limitada da natureza de Deus. 

3. A imperfeição humana.

II. O PECADO VISTO COMO QUEBRA DA MORALIDADE TRADICIONAL

1. Moralismo por tradição.  

2. A subversão da ordem moral. 

3. Contemplando a cruz. 

III. O PECADO EM CONTRASTE COM A MAJESTADE DE DEUS

1. A grandeza de Deus. 

2. Onipotente, mas não ausente.

10 novembro 2020

LIÇÃO 7 - A TEOLOGIA DE BILDADE: SE HÁ SOFRIMENTO, HÁ PECADO OCULTO?

Data: 15 de Novembro de 2020

TEXTO ÁUREO

 “Se teus filhos pecaram contra ele, também ele os lançou na mão da sua transgressão” (Jó 8.4).


VERDADE PRÁTICA

“A existência do sofrimento não quer dizer que haja pecado oculto”.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jó 8.1-4; 18.1-4; 25.1-6.

 

Jó 8

1 — Então, respondeu Bildade, o suíta, e disse:

2 — Até quando falarás tais coisas, e as razões da tua boca serão qual vento impetuoso?

3 — Porventura, perverteria Deus o direito, e perverteria o Todo-Poderoso a justiça?

4 — Se teus filhos pecaram contra ele, também ele os lançou na mão da sua transgressão.

 

Jó 18

1 — Então, respondeu Bildade, o suíta, e disse:

2 — Até quando usareis artifícios em vez de palavras? Considerai bem, e, então, falaremos.

3 — Por que somos tratados como animais, e como imundos aos vossos olhos?

4 — Ó tu, que despedaças a tua alma na tua ira, será a terra deixada por tua causa? Remover-se-ão as rochas do seu lugar?


Jó 25

1 — Então, respondeu Bildade, o suíta, e disse:

2 — Com ele estão domínio e temor; ele faz paz nas suas alturas.

3 — Porventura, têm número os seus exércitos? E para quem não se levanta a sua luz?

4 — Como, pois, seria justo o homem perante Deus, e como seria puro aquele que nasce da mulher?

5 — Olha, até a lua não resplandece, e as estrelas não são puras aos seus olhos.

6 — E quanto menos o homem, que é um verme, e o filho do homem, que é um bicho!


ESBOÇO DA LIÇÃO 07


TEMA - A TEOLOGIA DE BILDADE: SE HÁ SOFRIMENTO, HÁ PECADO OCULTO?


I. O PECADO EM CONTRASTE COM O CARÁTER JUSTO E SANTO DE DEUS

1. Deus é justo e reto

2. Uma compreensão limitada da natureza de Deus. 

3. A imperfeição humana.


II. O PECADO VISTO COMO QUEBRA DA MORALIDADE TRADICIONAL

1. Moralismo por tradição.  

2. A subversão da ordem moral. 

3. Contemplando a cruz. 


III. O PECADO EM CONTRASTE COM A MAJESTADE DE DEUS

1. A grandeza de Deus. 

2. Onipotente, mas não ausente.


COMENTÁRIO


REVISÃO


Na lição passada estudamos o tema: A teologia de Elifaz: Só os pecadores sofrem?


  • Iniciamos o estudo das teorias que os amigos de Jó começaram a fazer acerca das calamidades que Jó estava sofrendo.

  • O eixo da teologia de Elifaz é a chamada justiça retributiva. 

  • No primeiro tópico vimos a lei da semeadura e colheita: o ser humano colhe o que planta. 

  • O segundo tópico vimos que a teoria de Elifaz representa a tradição religiosa da época e as palavras de Jó representavam a quebra dessa tradição. 

  • No terceiro tópico, um paralelo entre um Deus transcendente e o homem finito. Segundo a teologia de Elifaz, Deus não se importaria com as queixas humanas, pois Ele está muito acima do homem. 

 

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 7


Nesta lição estudaremos os três discursos de Bildade, o suíta, o segundo amigo de Jó, que falou logo após as réplicas de Jó aos discursos de Elifaz, o temanita. Segundo alguns estudiosos, a expressão “suíta” significa que Bildade era filho de Suá, filho de Abraão com a sua segunda esposa Quetura. (Gn 25.1). 


Nesta lição estudaremos três tópicos: 


  • No primeiro tópico, Bildade faz um contraste entre um Deus justo e santo, e as imperfeições do ser humano. 

  • No segundo tópico, Bildade mostra o pecado como a quebra da moralidade tradicional, que ele acreditava ser correta e diz que os sofrimentos de Jó ocorreram, porque Jó e os seus filhos teriam atentado contra esta moralidade. 

  • No terceiro tópico, Bildade faz um contraste entre o pecado e a Majestade de Deus, insinuando que Deus é onipotente, mas, ausente do mundo. 


I. O PECADO EM CONTRASTE COM O CARÁTER JUSTO E SANTO DE DEUS


1. Deus é justo e reto (Jó 8.1-22). Assim como Elifaz, Bildade insiste no discurso de que todos os sofrimentos são punições de pecados cometidos. Sendo assim, ele argumenta que sendo Deus justo e reto, se Jó está sofrendo é porque cometera pecados e deve confessá-los. Bildade chega ao absurdo de dizer que os filhos de Jó foram mortos por Deus, como punição pelos pecados cometidos. Imaginem a tortura psicológica que isso foi para Jó! Mesmo tendo perdido todos os seus filhos em um dia, perdeu os seus bens e a sua saúde e ainda ter que ouvir esse tipo de acusação!

2. Uma compreensão limitada da natureza de Deus. Bildade, com o seu discurso, demonstra uma compreensão equivocada sobre o caráter e a natureza de Deus. Ele dá enfoque à meritocracia humana, para se justificar diante de Deus. A teologia de Bildade  é parecida com o pelagianismo que nega os efeitos do pecado original na raça humana e defende que o homem por seus próprios esforços e obras pode ser salvo. Infelizmente, muitas religiões e até pessoas que se dizem evangélicas adotam este discurso de se obter o favor de Deus pelas obras e esforços humanos. Na opinião de Bildade, Jó estava sendo punido por seus pecados e se houvesse esforço e boas obras da parte dele seria restaurado. (Jó 8.5,6).

3. A imperfeição humana. De fato, Deus é absolutamente reto, justo e santo. Deus é santo e não pode conviver com o pecado. Em contrapartida, o ser humano após a entrada do pecado no mundo, teve a sua natureza corrompida e tornou-se inimigo de Deus. Diante desta defesa que Bildade fizera da santidade de Deus, Jó pergunta: “Como se justificaria o homem para com Deus?” (Jó 9.2). Nenhum ser humano na face da terra tem condições de se autojustificar-se diante de Deus. Se não fosse as misericórdias do Senhor, todos nós seríamos consumidos (Lm 3.22). A única forma de humano ser aceito por Deus é através dos méritos de Cristo, o Único mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5). A Graça de Deus revelada em Cristo Jesus, o nosso Senhor, é oferecida ao mundo perdido, como um favor não merecido, única e exclusivamente pela bondade de Deus. (Hino 205, Harpa Cristã). 


II. O PECADO VISTO COMO QUEBRA DA MORALIDADE TRADICIONAL

1. Moralismo por tradição. Assim como Elifaz, Bildade também defende a tradição religiosa herdada dos seus antepassados. Ele defende o moralismo. Não há nada de errado em defender princípios morais. Entretanto, o moralismo apenas por tradição se torna legalismo. Esta era a conduta dos fariseus. Eles se apegavam tanto à tradição, que em nome dela desprezavam o principal da Lei que era o amor, a justiça e a misericórdia. Eles criavam duras regras que tornavam a lei muito mais rigorosa. Infelizmente, em nossos dias também há Igrejas ditas evangélicas, com esse tipo de comportamento, criando regras e impondo ao povo, sem nenhum fundamento bíblico. 

2. A subversão da ordem moral. Bildade entendia que o Universo foi criado por Deus, com leis morais inflexíveis para regê-lo assim como há as leis da física. Os que quebrarem estas leis seriam severamente punidos por Deus. Nesta perspectiva, ele enxerga que se Jó estava sofrendo é porque havia subvetido a ordem moral estabelecida por Deus. 

3. Contemplando a cruz. No capítulo 19, Jó decide abandonar as tentativas de se auto justificar e apelar para um mediador divino, que possa dedendê-lo diante de Deus. No versículo 25, ele diz: "Eu sei que o meu Redentor vive e que por fim se levantará sobre a terra.". A palavra traduzida por "redentor" é "goel", que significa alguém que defende um familiar em um tribunal, quando este não pode se defender. De forma profética, Jó prediz a ressurreição de Cristo, quando Ele se levanta do túmulo, sobe aos Céus e assenta-se à destra do pai para interceder por nós. A melhor defesa de um crente, que está sendo acusado injustamente, é apelar para o seu Redentor. 


III. O PECADO EM CONTRASTE COM A MAJESTADE DE DEUS


1. A grandeza de Deus. Bildade defende a majestade de Deus, contrapondo-a com a pequenez humana e reforçando a idéia de um suposto distanciamento entre Deus e o ser humano. Esta é a concepção sobre Deus que tinham os deístas, no final do século XVIII. Segundo este pensamento, Deus criou o Universo, com leis inflexíveis para regê-lo e se ausentou dele. 

2. Onipotente, mas não ausente. Evidentemente, a Bíblia destaca a transcendência de Deus, ou seja, a sua infinita superioridade em relação às suas criaturas. Mas, revela também o seu amor, compaixão, bondade, misericórdia e cuidado para com o ser humano. Precisamos tomar cuidado para não enfatizar demasiadamente alguns atributos de Deus em detrimento de outros. Deus é onipotente, onipresente, onisciente, soberano e imutável. Mas, Ele é também amoroso, bondoso, compassivo, piedoso e justo.


CONCLUSÃO


Assim o Elifaz, Bildade também tinha uma concepção errada sobre Deus. Em sua opinião, Deus é santo, reto, justo e grande. Neste ponto ele está certo. Porém, ele seguia a tradição religiosa daquela época, que afirmava que Deus pune todos os pecadores com o sofrimento nesta vida. Logo, se alguém está sofrendo é porque está sendo punido por Deus. Partindo deste argumento, Bildade afirmava que a razão do sofrimento de Jó eram pecados que ele cometera em oculto. Chegou ao cúmulo de afirmar que os filhos de Jó foram mortos por causa dos seus pecados. 

Este não é o Deus da Bíblia. Embora seja, de fato, santo, justo, reto e todo poderoso, o nosso Deus não tem prazer na morte do ímpio. (Ez 33.11). Ele deseja que todos se arrependam e cheguem ao conhecimento da verdade. (1 Tm 2.4). Se pecarmos, temos um advogado perante Deus, Jesus Cristo, o justo. (1 Jo 2.1).


REFERÊNCIAS:

Revista LIÇÕES BÍBLICAS. RJ: CPAD, 4° Trimestre de 2020. 
Revista Ensinador Cristão.  RJ: CPAD, 4° Trimestre de 2020.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.92

06 novembro 2020

Estudo da lição 06: A teologia de Elifaz: Só os pecadores sofrem?


Culto online de estudo bíblico com o Presbítero Weliano Pires e sua família. Estudamos a lição 06, da nossa Escola Bíblica Dominical, com o tema: A teologia de Elifaz: Só os pecadores sofrem? 

Estudamos nesta lição os seguintes pontos: 

  • O eixo da teologia de Elifaz é a chamada justiça retributiva. 
  • No primeiro tópico temos a lei da semeadura e colheita: o ser humano colhe o que planta. 
  • O segundo tópico apresenta que a teoria de Elifaz representa a tradição religiosa da época e as palavras de Jó representavam a quebra dessa tradição. 
  • O terceiro tópico faz um paralelo entre um Deus transcendente e o homem finito. Segundo a teologia de Elifaz, Deus não se importaria com as queixas humanas, pois Ele está muito acima do homem.

05 novembro 2020

Lição 6: A teologia de Elifaz: Só os pecadores sofrem?


Data: 08 de Novembro de 2020.

TEXTO ÁUREO

 

“Lembra-te, agora: qual é o inocente que jamais pereceu? E onde foram os sinceros destruídos? Segundo eu tenho visto, os que lavram iniquidade e semeiam o mal segam isso mesmo” (Jó 4.7,8). (ARC).


Nota sobre o texto áureo:

A palavra "jamais" usada neste texto pela versão Almeida Revista e Corrigida traz certa confusão, pois, está em desacordo com o contexto dos discursos de Elifaz. Veja a tradução da Nova Versão Internacional, que me parece mais adequada:

“Lembra-te: acaso, já pereceu algum inocente? E onde foram os retos destruídos?

Segundo eu tenho visto, os que lavram a iniquidade e semeiam o mal, isso mesmo eles segam.” (Jó 4.7,8 NVI).



VERDADE PRÁTICA


“Embora transcendente, Deus tem prazer em se relacionar com o homem terreno.” [imanência]


[A transcendência de Deus é um atributo que o torna infinitamente superior a todos os seres que Ele criou e a imanência significa que Ele está acessível e se relaciona com os seres criados]. 


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Jó 4.1-8; 15.1-4; 22.1-5.


Jó 4


1 — Então, respondeu Elifaz, o temanita, e disse:

2 — Se intentarmos falar-te, enfadar-te-ás? Mas quem poderá conter as palavras?

3 — Eis que ensinaste a muitos e esforçaste as mãos fracas.

4 — As tuas palavras levantaram os que tropeçavam, e os joelhos desfalecentes fortificaste.

5 — Mas agora a ti te vem, e te enfadas; e, tocando-te a ti, te perturbas.

6 — Porventura, não era o teu temor de Deus a tua confiança, e a tua esperança, a sinceridade dos teus caminhos?

7 — Lembra-te, agora: qual é o inocente que jamais pereceu? E onde foram os sinceros destruídos?

8 — Segundo eu tenho visto, os que lavram iniquidade e semeiam o mal segam isso mesmo.

 

Jó 15

1 — Então, respondeu Elifaz, o temanita, e disse:

2 — Porventura, dará o sábio, em resposta, ciência de vento? E encherá o seu ventre de vento oriental,

3 — arguindo com palavras que de nada servem e com razões que de nada aproveitam?

4 — E tu tens feito vão o temor e diminuis os rogos diante de Deus.


Jó 22

1 — Então, respondeu Elifaz, o temanita, e disse:

2 — Porventura, o homem será de algum proveito a Deus? Antes, a si mesmo o prudente será proveitoso.

3 — Ou tem o Todo-Poderoso prazer em que tu sejas justo, ou lucro algum em que tu faças perfeitos os teus caminhos?

4 — Ou te repreende pelo temor que tem de ti, ou entra contigo em juízo?

5 — Porventura, não é grande a tua malícia; e sem termo, as tuas iniquidades?

 

HINOS SUGERIDOS: 31, 75 e 105 da Harpa Cristã.


INTRODUÇÃO


Relembrando a Lição anterior:


Estudamos na lição passada, O lamento de Jó e discorremos sobre os seguintes pontos: 


  • O início da parte poética do Livro de Jó, que começa no capítulo 3 e vai até ao capítulo 42 e versículo 6. 

  • No auge do seu sofrimento, Jó exprime de forma poética um profundo lamento, extravasando os seus sentimentos;

  • Jó, em profunda angústia, desejou a morte como uma forma de escapar dos sofrimentos terríveis a que foi submetido. Porém, jamais falou em suicídio, ou tentou fazê-lo. Ele desejou que Deus, o autor da vida tivesse evitado o seu nascimento.

  • As três perguntas do lamento de Jó: Por que nasci? Por que não nasci morto? Por que continuo vivo? 

  • O lamento de Jó representa as pessoas que estão em situações de desespero e  não veem nenhuma saída.


Lição 06: A teologia de Elifaz: só os pecadores sofrem? 


Resumo da lição:


  • A partir desta lição, veremos as teorias que os amigos de Jó começam a fazer acerca das calamidades que Jó estava sofrendo.

  • O eixo da teologia de Elifaz é a chamada justiça retributiva. 

  • No primeiro tópico temos a lei da semeadura e colheita: o ser humano colhe o que planta. 

  • O segundo tópico apresenta que a teoria de Elifaz representa a tradição religiosa da época e as palavras de Jó representavam a quebra dessa tradição. 

  • O terceiro tópico faz um paralelo entre um Deus transcendente e o homem finito. Segundo a teologia de Elifaz, Deus não se importaria com as queixas humanas, pois Ele está muito acima do homem. 


I. OS PECADORES NO CONTEXTO DA TEOLOGIA RETRIBUTIVA


1. Quem foi Elifaz. A Bíblia fala de duas pessoas com o nome de Elifaz, cujo nome significa “Deus é forte” ou “Deus é a sua força”. A primeira citação do nome Elifaz, refere-se ao filho de Esaú com Ada, uma de suas mulheres (Gn 36.4,10, 11-16). Este foi o pai dos edomitas. O segundo personagem chamado Elifaz é o amigo de Jó, que é chamado de “o temanita”. Não se trata da mesma pessoa, pois, como já vimos em lições anteriores, Jó viveu na época dos patriarcas, próximo à época de Abraão, que era o avô de Esaú. Logo, não deve ter sido contemporâneo  de um filho de Esaú, que era bisneto de Abraão. 

Temã, a terra de Elifaz, pertencia ao território tribal dos edomitas. Temã era um neto de Esaú, que dera o seu nome a uma região da Iduméia do Sul, que era famosa pela sabedoria. 


2. A teologia de Elifaz. Em seu primeiro discurso, nos capítulos 4 e 5, Elifaz defende a chamada teologia retributiva, segundo a qual, todo sofrimento é uma punição ao pecador e, portanto, os justos não sofrem. É a chamada lei da causa e do efeito. Embora a lei da semeadura e da colheita esteja na Bíblia, isso não é uma regra geral. O apóstolo Paulo disse que “Tudo o que homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). O ser humano, realmente, colhe aqui que planta, mas, não apenas isso. Nós colhemos também o que outras pessoas plantam. Sofremos as consequências das ações de outras pessoas e do Diabo. Além disso, somos submetidos às provações de Deus. Então, Elifaz tem razão quando diz que “...os que lavram iniquidade e semeiam o mal colhem isso mesmo”. (Jó 4.7b). Porém, ele erra quando diz que somente os pecadores sofrem ou que todos os que sofrem é porque pecaram.


3. A queixa de Jó. Evidentemente, Jó se contrapôs às afirmações de Elifaz. O caso de Jó não se enquadrava  na teoria de Elifaz, pois, Jó era um homem justo e, mesmo assim, estava em profundo sofrimento. Jó apelou para Deus, desejando abrir um canal de diálogo com o Todo Poderoso, para que Ele ouvisse as suas queixas. Esta é, sem dúvidas, a melhor atitude a  ser tomada, quando somos incompreendidos e acusados injustamente. Deus é o nosso juiz. 


4. A teoria do carma. A teoria de Elifaz se assemelha ao carma das religiões orientais, presente também no Espiritismo. Segundo estas religiões, o ser humano sofre, para pagar os seus erros em “vidas passadas”. Nessa teologia, não há espaço para Graça de Deus, pois, entendem que todos devem pagar pelos próprios erros, inevitavelmente. Ora, se o sofrimento fosse punição por pecados cometidos, Jesus teria sido o pior dos pecadores.

Infelizmente, esse tipo de discurso tem sido pregado até em Igrejas evangélicas, por pessoas que desconhecem a Palavra de Deus. Há pessoas que pregam que se alguém está sofrendo é porque está em pecado e Deus “está pesando a mão”. 


II. OS PECADORES NO CONTEXTO DA TRADIÇÃO RELIGIOSA


1. Uma teologia engessada pela tradição. O segundo do discurso de Elifaz se apóia na tradição religiosa (Jó 15.1-35). Elifaz acusa Jó de atentar contra a tradição religiosa vigente naquela época, que afirmava que os bons prosperam e os maus sofrem. 

Infelizmente, em nossos dias também, muitas pessoas se apegam cegamente aos dogmas de uma religião, negando a realidade ou acusando pessoas de não terem fé ou de estarem em pecado, por estarem sofrendo. Em vez de avaliarem os seus dogmas à luz da Palavra de Deus, tiram textos bíblicos do contexto, para tentarem justificar as suas teorias. Precisamos ler a Bíblia sem as lentes da nossa denominação. 

2. Jó representava uma ameaça à tradição. Em vez de questionar a falácia dos seus dogmas, Elifaz questiona a sabedoria e o conhecimento de Jó. Elifaz responde à pergunta que ele mesmo levantou, concluindo que, na verdade, Jó não é mais sábio do que eles: “Que sabes tu, que nós não saibamos? Que entendes, que não haja em nós? Também há entre nós encanecidos e idosos, muito mais idosos do que teu pai”. (Jó 15.10).

Sempre que houver confronto entre a Palavra de Deus e a tradição religiosa, devemos ficar com a Palavra de Deus. Ela é o único manual de fé e prática do cristão. (Sola Scriptura!). Não é porque a maioria defende uma teoria que ela está correta.  


3. A defesa de Jó. Jó chama os seus amigos de “consoladores molestos” (Jó 16.2). De fato, eles eram péssimos consoladores. Em vez de consolar, acusavam e torturavam psicologicamente àquele que já estava sofrendo horrores. Jó reclamou, mas, não blasfemou contra Deus. As suas palavras devem ser lidas de forma poética e não literal. Jó não estava, de forma alguma, desprezando as coisas sagradas. Ele apelava para um defensor celeste: “O meu intercessor é meu amigo, quando diante de Deus correm lágrimas dos meus olhos.” (Jó 16:20). Assim, de forma profética, Jó prenuncia a vinda de um advogado justo, que é Jesus Cristo. (1 Jo 2.1).


III. OS PECADORES DIANTE DE UM DEUS INFINITO

Em seu terceiro discurso, no capítulo 22, Elifaz apela a transcendência de Deus para atacar Jó. 

1. A transcendência de Deus. A transcendência é o conjunto de atributos de Deus, que o torna infinitamente superior a tudo o que Ele criou. A transcendência de Deus é bíblica. De fato, Deus está infinitamente acima de nós, em todos os aspectos. Ele é Onipotente, Onipresente, Onisciente, Eterno, e Autoexistente. Nós sequer conseguimos compreender a dimensão destes atributos. Elifaz não estava errado ao defender a transcendência de Deus. Ele errou ao ignorar  a imanência de Deus. (Is 57.15)

2. A imanência de Deus. Quando falamos da imanência de Deus, estamos afirmando que Ele está acessível às suas criaturas e se interessa por seus problemas. Deus jamais abandonou a criação à própria sorte. 


CONCLUSÃO


Não há dúvidas, de que há a lei da semeadura e colheita. A Bíblia mostra que aquilo que o homem semear, irá colher. Porém, não podemos nos esquecer da Graça de Deus, que é o favor imerecido, que nos dá aquilo que não merecemos. 

Em meio às lutas, sofrimentos e dificuldades, Deus está conosco. Ele não nos trata segundo os nossos pecados, pois, conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó. Deus é longânimo, misericordioso, compassivo e bom. 

Precisamos tomar cuidado ao avaliarmos as causas dos sofrimentos. 

Nem sempre o sofrimento na vida de uma pessoa é uma punição ou consequência de pecado. Pode ser uma provação para nos ensinar e nos fazer amadurecer espiritualmente.


Pb. Weliano Pires
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério do Belém

São Carlos - SP.

REFERÊNCIAS:
Revista LIÇÕES BÍBLICAS. RJ: CPAD, 4° Trimestre de 2020. 
Revista Ensinador Cristão.  RJ: CPAD, 4° Trimestre de 2020.
CHAPMAN, Milo L.; PURKISER, W. T.; WOLF, Earl C. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.55

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