21 novembro 2021

LIÇÃO 9: PAULO E A SUA DEDICAÇÃO AOS VOCACIONADOS

 



HINOS SUGERIDOS: 52, 126, 193 da Harpa Cristã.


TEXTO ÁUREO: 

“Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre o que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.” (At 20.28). 

VERDADE PRÁTICA:

“No Reino de Deus, a liderança mais antiga zela pelas lideranças mais novas. Os jovens vocacionados precisam de cuidado e zelo.”


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 20.17-34


17- De Mileto mandou a Éfeso, a chamar os anciãos da igreja.

18- E, logo que chegaram junto dele, disse-lhes: Vós bem sabeis, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, como em todo esse tempo me portei no meio de vós,

19- Servindo ao Senhor com toda a humildade, e com muitas lágrimas e tentações, que pelas ciladas dos judeus me sobrevieram;

20- Como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas,

21- Testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo.

22- E agora, eis que, ligado eu pelo espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que lá me há de acontecer,

23- Senão o que o Espírito Santo de cidade em cidade me revela, dizendo que me esperam prisões e tribulações.

24- Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.

25- E agora, na verdade, sei que todos vós, por quem passei pregando o reino de Deus, não vereis mais o meu rosto.

26- Portanto, no dia de hoje, vos protesto que estou limpo do sangue de todos.

27- Porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus.

28- Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.

29- Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho;

30- E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si.

31- Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós.

32- Agora, pois, irmãos, encomendo-vos a Deus e à palavra da sua graça; a ele que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os santificados.

33- De ninguém cobicei a prata, nem o ouro, nem a vestes.

34- Vós mesmos sabeis que, para o que me era necessário, a mim e aos que estão comigo, estas mãos me serviram.    


OBJETIVO GERAL: 

  • Afirmar o papel cuidador da liderança mais antiga acerca da mais jovem.  


OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

  • Apontar é fixo como ponto de partida do aprendizado dos vocacionados;  

  • Assinalar ou legado doutrinário de Paulo para os novos líderes;  

  • Enfatizar o apelo de Paulo aos líderes.    


INTERAGINDO COM O PROFESSOR


Uma das lições mais extraordinárias no ministério de Paulo é o seu investimento pessoal em formar novos obreiros. O apóstolo sabia que ele passaria brevemente, mas a Igreja permaneceria. Ele tinha uma consciência histórica a respeito da obra divina. Essa obra não terminaria nele, pelo contrário, avançaria até a volta de Jesus. É muito significativo conscientizar-se de que o Reino de Deus é muito maior do que qualquer interesse humano. A obra de evangelização e discipulado não pode parar por falta de novos obreiros. O Senhor chama as antigas lideranças para cuidar das mais novas, pois “grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara” (Lc 10.2).  


PONTO CENTRAL: A Liderança mais antiga deve cuidar das mais novas


INTRODUÇÃO


Nesta lição, vamos estudar sobre o grande legado do apóstolo Paulo para os obreiros da atualidade. Sua maneira de ensinar os novos vocacionados, seu legado doutrinário para novos obreiros e seus apelos aos líderes do rebanho de Deus. Temos muito o que aprender com a vida e o ministério do apóstolo dos gentios. Que o Espírito Santo fale aos nossos corações!    


I –  ÉFESO, O PONTO DE APRENDIZADO DO VOCACIONADOS


1. O ponto de partida. Em lição anterior, vimos que Antioquia foi o lugar de desenvolvimento vocacional do apóstolo Paulo (At 13.1). Em Éfeso, o apóstolo permaneceu mais tempo e, por isso, dali surgiu um local estratégico para formar novos discípulos. Assim, preparar seus colaboradores vocacionados para atuar nas igrejas da Ásia era uma tarefa importante, pois o ministério de Paulo já estava mais independente dos apóstolos de Jerusalém, embora não perdesse a comunhão com a igreja mãe. Logo, sem uma boa preparação dos novos líderes, a obra de Deus não pode ser feita com eficácia. É preciso cuidar das novas vocações.    


2. Paulo e o despertamento de novas vocações. O ministério de Paulo tomou uma proporção muito ampla Era um ministério internacional. Para levar as Boas Novas aos centros culturais do mundo, ele não podia atuar sozinho. Por isso, o apóstolo arregimentou e investiu em pessoas que o auxiliassem a levar o Evangelho. Podemos citar nomes como os de Timóteo, Sópatro, Segundo, Trófimo (At 20.4), Tiquico (Ef 6.21,22: Cl 4.7:2 Tm 4.12; Tt 3.12), Tito, Aristarco (CL 4.10), Filemom, Gaio e tantos outros Essas pessoas recebiam ensinos diretamente de Paulo, ou seja, o ministério do apóstolo despertava novas vocações.    


3. Paulo, um mestre inspirado. O apóstolo Paulo aproveitou a boa vontade de seus “filhos na fé” para aprendizado no Evangelho. Nesse sentido, ele tornou-se um mestre inspirado para os que o ouviam (2 Co 2.12.13.17; 1 Co 4.17: 7.40; Gl 1.8,9), pois o apóstolo recebera revelações do próprio Senhor (Gl 1.12). Assim, Paulo reunia vocacionados para dar-lhes instruções de como pastorear a igreja local. Não por acaso, temos três epístolas paulinas denominadas de “cartas pastorais” (1 e 2 Timóteo, Tito). Ali, há instruções sobre como pastorear uma igreja, falar com diversas pessoas da igreja local, segundo suas faixas etárias. A constituição e a preparação de novos líderes era um cuidado constante do apóstolo, Esse deve ser o nosso cuidado também, pois a estabilidade ministerial da igreja local depende disso.     


SÍNTESE DO TÓPICO I

Éfeso foi um ponto de partida para o despertamento de novos vocacionados.


SUBSÍDIO PEDAGÓGICO


Tenha um olhar atento para que tipo de atenção o aluno tem. Temos pelo menos três tipos: a espontânea, a passiva e a voluntária. A espontânea tem a ver com a reação natural em relação aos nossos sentidos como, por exemplo, um susto; a passiva, tem a ver com a reação diante de um objeto em direção ao indivíduo; a voluntária é a que o indivíduo executa por consciência e vontade própria. A classe da Escola Dominical pode ajudar o aluno a desenvolver essa atenção voluntária tão importante para qualquer área da vida. Para obedecer a Cristo é preciso estar voluntariamente atento aos seus ensinos. Pense em estratégias que resultem no maior envolvimento voluntário do aluno com o conteúdo da lição.     


II –  O LEGADO DOUTRINÁRIO DE PAULO PARA OS NOVOS LÍDERES 


1. A advertência de Paulo a respeito dos judaizantes e dos gnósticos. 

a. Quem eram os judaizantes? Durante o ministério de Paulo, muitos judeus acolheram a mensagem apostólica e tornaram-se cristãos, mas nem todos aceitavam a liberdade cristã dos gentios. Por isso, alguns deles torceram o ensino do apóstolo, afirmando que a salvação dos gentios dependia da observância da Lei Mosaica. Assim, exigiam que os gentios convertidos observassem a Lei, tais como alguns aspectos: a prática da circuncisão, a guarda do sábado judaico a observância dos ritos que envolviam datas e comidas. Parecia que a graça de Deus não era mais suficiente. Contra isso, Paulo se levantou corajosamente (Gl 1.6-9). E o legado que ele nos deixou foi a defesa intransigente quanto à natureza graciosa da salvação. Disso, nenhum líder cristão pode abrir mão: a Salvação é por graça e não por mérito humano.    

b. Quem eram os gnósticos? Havia cristãos adeptos do gnosticismo. Eles acrescentavam elementos filosóficos à fé cristã que corrompiam a sã doutrina. Era uma filosofia prejudicial ao evangelho que Paulo ensinou. Os gnósticos se consideravam mais espirituais que os demais. Para eles, o espírito era mais importante que o corpo, e ensinavam que o corpo é matéria imprestável. Da implicação desse ensino resultava a banalização da graça de Deus. Uma graça que não requer arrependimento, santidade e disciplinas espirituais não é graça verdadeira. O apóstolo Paulo refuta esse falso evangelho, dizendo: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.23). Seu legado para nós no século XXI: não banalize a maravilhosa graça de Deus. 

2. O compromisso de Paulo com o Senhor (At 20.19). O apóstolo não se preocupava apenas em lidar com os falsos ensinos que deturpavam a fé cristã. Ele preocupava-se em viver de maneira coerente com o que ensinava Por isso, sua vida era sem ostentação, pois desejava refletir a humildade de Cristo (At 20.18). Em sua despedida dos obreiros de Éfeso, o apóstolo procurou deixar um testemunho de amor ao Senhor e à sua Igreja. Nesse sentido, aprendemos com Paulo que não podemos pensar numa coisa, desejar e executar outra. Agir assim é viver numa profunda incoerência e confusão espiritual. É preciso pregar os ensinos de Cristo e refleti-los tanto na vida privada quanto na pública.    


SÍNTESE DO TÓPICO II

A advertência de Paulo a respeito dos judaizantes e dos gnósticos revela compromisso com o Senhor, maior legado do apóstolo às novas gerações.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO


Judaizantes 


Um termo extra bíblico designado aqueles que agiram como judeus e/ou buscavam assim influenciar outros baseado na acusação de Paulo de que a atitude de Pedro forçaria os gentios judaizarem-se (Gl 2:14). Os comentários referem-se a homens como judaizantes que buscavam impor a circuncisão judaica e outros legalismos sobre as gentios como, por exemplo, os falsos irmãos que queriam levar toda a igreja para a escravidão da lei (Gl 2.4), e aqueles que ensinavam: "Se vos não circuncidardes… não podeis salvar-vos". (At 15.1), Paulo atacou os Judaizantes na Galácia que obrigavam os homens a se circuncidar (Gl 6:17)  


Gnosticismo 


Atualmente se aceita que o movimento surgiu em um ambiente judaico-cristão. Isto não nega a presença de prováveis elementos pré-cristãos no gnosticismo. [É evidente que o movimento teve início em um ambiente hebraico-cristão [-] [Os gnósticos acreditavam em uma divindade transcendente indescritível que é puramente espírito. 

(Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD 2006, pp.871, 1103).  

   

III – PAULO APELA AOS LÍDERES


1. Sobre o desprendimento de obreiro para realizar a obra de Deus (At 20.24). O apóstolo fala sobre o desapego material na vida do obreiro O versículo 24 mostra que Paulo tinha o coração livre da avareza e da ganância. Sua vida mostra que, o desprendimento das coisas materiais e plena dependência em Deus são características inegociáveis na vida do obreiro cristão. Podemos nos perder ministerialmente por causa da avareza e da ganância. Lembremos do exemplo de Paulo, que procurava não ser “pesado” às igrejas que pastoreava e visitava (2 Ts 3.8).    

2. Sobre o cuidado pessoal do obreiro (At 20.28). Paulo tinha uma liderança exemplar diante das pessoas, mas ele sabia que isso não bastava. Por isso, no versículo 28, ele diz: “Olhai, pois, por vós mesmos”. Assim, aconselhou os obreiros que olhassem para si mesmos. Às vezes na caminhada ministerial, entretanto, a experiência nos ensina que não somos intocáveis pelas circunstâncias externas. É preciso cuidar do corpo, da alma e do espírito. Assim, antes de cuidar do rebanho de Deus, o obreiro deve zelar pela sua saúde física, emocional e espiritual. Portanto, devemos cuidar de nós mesmos para cuidar do povo de Deus.    

3. Sobre a ameaça de “lobos cruéis” no rebanho de Deus (At 20.29,30).  A metáfora dos “lobos cruéis” se refere aos falsos mestres que incutiam doutrinas estranhas na mente dos incautos. Esses lobos eram predadores espirituais do rebanho de Deus, destituídos de misericórdia e amor. Nesse sentido, o apóstolo convoca os obreiros a terem o compromisso de cuidar de cada ovelha do rebanho, ensinando-a e protegendo-a. Portanto, estejamos atentos contra os predadores que atacam o rebanho do Senhor. Precisamos desempenhar, com fidelidade, o nosso papel de guardiões e protetores do rebanho de Deus.     


SÍNTESE DO TÓPICO III

O apóstolo Paulo apela para que os obreiros tenham desprendimento material, cuidado espiritual e prudência para fazer a obra de Deus.    


SUBSÍDIO TEOLÓGICO 


Frequentemente, sentimos que a vida é um fracasso, a menos que estejamos alcançando o reconhecimento, a diversão, o dinheiro e o sucesso. Mas Paulo considerava que sua vida não teria valor se ele não usasse para a obra de Deus. O que ele acrescentou à vida era muito mais importante do que aquilo que havia ganho dela. O que é mais importante para você, o que ganha da vida ou o que você acrescenta a ela? Disposição é uma qualidade necessária a qualquer pessoa que deseja fazer a obra de Deus. Paulo era uma pessoa disposta e a meta mais importante de sua vida era falar aos outros a respeito de Cristo. Não é de admirar que Paulo tenha sido o maior missionário cristão. Deus procura outros homens e outras mulheres que priorizem a grande tarefa que Ele lhe deu para fazer” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1533).    


CONCLUSÃO


A vida do apóstolo Paulo deixa um grande legado para os obreiros da atualidade. Sua maneira de despertar novas vocações, sua herança doutrinária para a nova geração de trabalhadores e seu apelo aos obreiros para cuidar do rebanho de Deus são marcos importantes para nortear os ministérios dos vocacionados de Deus. É tempo de desenvolver novas vocações.    


Q U E S T I O N Á R I O  


1. Em que lugar Paulo permaneceu mais tempo em seu ministério?

Em Éfeso, o apóstolo permaneceu mais tempo.  

2. Quais são as epístolas destinadas ao pastoreio de igrejas?

Não por acaso, temos três epístolas paulinas denominadas de “cartas pastorais” (1 e 2 Timóteo, Tito).    

3. O que os judaizantes procuravam exigir dos cristãos gentios?

Eles exigiam que os gentios convertidos observassem a lei, tais como: a prática da circuncisão, a guarda do sábado judaico, a observância dos ritos que envolviam datas e comidas.    

4. Qual era a implicação do ensino dos gnósticos? 

A implicação desse ensino resultava na banalização da graça de Deus.

5. O que Atos 20.24 mostra?

Mostra que Paulo tinha o coração livre da avareza e da ganância.   

O DISCIPULADO COM PESSOAS DE OUTRAS CULTURAS


O discipulado envolvendo pessoas do nosso bairro, cidade ou mesmo do nosso país, normalmente não envolve muitos conflitos culturais, embora haja em parte o choque do Evangelho, com os costumes do mundo e de outras religiões. Entretanto, em se tratando de pessoas de culturas diferentes da nossa, esses choques tendem a aumentar. A Igreja de Cristo não é uma religião tribal, onde todos vieram de uma única etnia e tem a mesma cultura. Ela é formada por pessoas que vieram das mais diversas culturas e etnias. Nas questões religiosas, muitos vieram do politeísmo, do panteísmo, do ateísmo, etc. Tem também as questões culturais e de costumes, que precisam ser trabalhadas cuidadosamente, à luz da Palavra de Deus. 

1. A pregação para os seus irmãos. No início da Igreja, os apóstolos não compreenderam muito bem o caráter universal da Igreja e pregavam o Evangelho apenas para os judeus. Foi necessário o Senhor permitir uma grande perseguição, para que eles saíssem de Jerusalém e pregassem o Evangelho em outros locais. Mesmo assim, quando saíram, procuraram pregar apenas para os judeus. Antes de enviar Pedro à casa do centurião Cornélio, o Senhor lhe mostrou em uma visão, uma ilustração, para que ele não considerasse imundo aquilo que Deus havia purificado. Pedro foi e pregou aos gentios. O Espírito Santo desceu sobre eles e falaram em línguas e profetizaram. Depois teve que se explicar à Igreja, porque havia entrado na casa de gentios e comido com eles. 

2.  A expansão para os gentios.  O Senhor Jesus havia dito para os discípulos ficarem em Jerusalém, até que fossem revestidos de poder (Lc 24.49). Mas a promessa já havia se cumprido e eles continuaram ali, pregando somente para os judeus. Eles se esqueceram de o Senhor falou depois, que eles seriam testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra. Após a conversão de Saulo e a sua chamada na Igreja de Antioquia, onde o Espírito Santo falou claramente para aquela Igreja separar Saulo e Barnabé, para a obra que Ele havia chamado, iniciou-se então, as viagens missionárias pelo mundo.

3.  O discipulado numa cultura diferente. A partir das viagens missionárias de Paulo e Barnabé pelo mundo, pessoas das mais diversas culturas, que desconheciam a cultura judaica foram se convertendo. Muitas delas praticavam a feitiçaria, a poligamia, idolatria, prostituição, comiam coisas oferecidas aos ídolos, etc. Vindo para o Evangelho, era preciso confrontar estes estilos de vida com o padrão de Cristo. Na primeira Epístola aos Coríntios, vemos Paulo enfrentando vários problemas neste sentido. 

Em missões transculturais, é preciso conhecer a cultura dos povos que se pretende alcançar e analisar, com muito cuidado, à luz da Palavra de Deus, o que é compatível com o Evangelho e o que não é. Há costumes e práticas culturais como músicas, roupas e comidas que não tem nenhum problema. Cabe ao missionário discipulador, ensinar nos princípios bíblicos e recomendar que aquilo que for incompatível deve ser abandonado. 


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Pb. Weliano Pires

20 novembro 2021

O DISCIPULADO E A MISSÃO INTEGRAL DE PREGAR E ENSINAR


Infelizmente, nos dias atuais, muitos papéis estão invertidos e não há a preocupação de discipular os novos convertidos de forma eficaz. Vemos evangelistas dirigindo Igrejas e pastores e presbíteros fazendo trabalhos itinerantes. Pelos padrões bíblicos, presbíteros e pastores devem pastorear uma Igreja plantada por um missionário ou evangelista. Os bispos, ou pastores regionais devem supervisionar os trabalhos em uma determinada região. O discipulado foi reduzido a uma classe com poucas pessoas, com algumas aulas preparatórias para o batismo. Isso é importante, mas o discipulado vai muito além destas ações. É preciso haver um acompanhamento, orientação e integração dos novos crentes. 


1.   A pregação: o ponto de partida. Não existe outra maneira da Igreja se expandir, que não seja a proclamação do Evangelho de Cristo. Não podemos substituir a pregação do Evangelho por outros atrativos, para trazer as pessoas à Igreja. O Evangelho puro e bíblico, proclamado no poder do Espírito Santo, é poderoso para levar as pessoas ao arrependimento. O Evangelho consiste em mostrar a pecaminosidade do ser humano e o Único Salvador, capaz de resgatá-lo, que Jesus Cristo, o Filho de Deus. Não podemos chamar de Evangelho filosofias humanas, autoajuda, motivação, prosperidade, triunfalismo e outras coisas que se pregam na atualidade. Não podemos jamais modificar a mensagem do Evangelho para torná-la atrativa, pois isso seria falsificar a Palavra de Deus e pregar “outro evangelho”. Escrevendo aos Gálatas, Paulo disse que “ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” (Gl 1.8). Então, o ponto de partida para a Igreja buscar os perdidos é pregar o Evangelho de Cristo, sob a direção e poder do Espírito Santo. 


2. O Ensino: “fazer discípulos”.  Após a pregação do Evangelho, quando a pessoa se decide por Cristo, o passo seguinte é a integração dos novos crentes ao corpo de Cristo, mediante as primeiras instruções, acompanhamento, orientação, oração, comunhão e exemplo. Não pode existir discipulado sem o evangelismo e o evangelismo sem o discipulado fica incompleto. Seria como plantar uma semente e esperar que ela cresça sozinha, sem regar e sem cuidar dela. 

Logo após a descida do Espírito Santo, Pedro pregou uma mensagem poderosa e ao final, a multidão impactada com a mensagem que acabara de ouvir, chegou-se aos apóstolos e perguntou: 

- Que faremos, varões irmãos? (At 2.37).

Pedro, cheio do Espírito Santo, respondeu: 

- Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. (At 2.38).

Imagine agora, uma Igreja que contava com cento e vinte pessoas, receber três mil novos crentes em um único dia, saltando para quase cinco mil nos dias seguintes! Eram pessoas que desconheciam totalmente os ensinos de Jesus e imaginavam que a seita dos nazarenos ou o caminho, como eram conhecidos os discípulos, seria apenas mais uma vertente do Judaísmo. O desafio era enorme e os apóstolos começaram a ensinar diariamente ao povo, aquilo que aprenderam de Jesus. Posteriormente, Saulo se converteu e tornou-se o grande discipulador e doutrinador da Igreja Cristã, como vimos no tópico anterior. 

É importante destacar que o discipulado é trabalho de todos os crentes e não apenas dos pastores e professores da Classe de Discipulado. Todos os cristãos têm a obrigação de recepcionar os novos crentes e instruí-los na fé cristã, principalmente com o seu exemplo de fé e conduta.  Segundo David Cornfield: “Discipulado é uma relação comprometida pessoal onde um discípulo mais maduro ajuda outros discípulos de Jesus Cristo a aproximarem-se dEle e assim, reproduzirem o caráter cristão.” 


 3.   Pregação e ensino. O discipulado, como vimos, consiste nas primeiras instruções e acompanhamento aos novos convertidos. Entretanto, o novo crente não pode permanecer nesta condição a vida inteira. Precisa aprender, crescer e amadurecer, para também ensinar a outras pessoas. Por isso há a necessidade do ensino sistemático da Palavra de Deus na Igreja. Os locais mais adequados para se fazer isso é nos cultos de ensino, na Escola Dominical e nas escolas teológicas. É indispensável ao crente, frequentar os cultos de ensino, onde o pastor da Igreja faz a exposição da Palavra de Deus, com um tempo maior e após um período de oração. Igualmente, é imprescindível que toda a Igreja frequente a Escola Dominical, onde é ensinado sistematicamente a Palavra de Deus, com uma excelente metodologia, com tema, atividades, dinâmicas em classes e perguntas e respostas, em um ambiente propício para o ensino. Eu sou apaixonado pela Escola Dominical e a frequento desde a minha infância. Há 21 anos ininterruptos, sou professor e aprendo a cada aula que preparo, lendo comentários, pesquisando e assistindo vídeo- aulas. Aprendo também  com outros colegas, quando não sou o professor titular. 

No caso dos obreiros, principalmente os pastores e professores, é muito importante que façam cursos teológicos para aprimorar o seu conhecimento. Também é fundamental ler bons livros, sendo criterioso quanto à editora, o autor e  assunto. Quem não senta para aprender não pode se levantar para ensinar.


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Pb. Weliano Pires


PAULO E O DISCIPULADO BÍBLICO


O evangelismo praticado por Paulo não se resumia a anunciar o Evangelho aos perdidos e seguir em frente para outros campos. Incluía também as primeiras instruções aos novos convertidos. Quando estabelecia uma Igreja, Paulo gastava um tempo doutrinando-a e em seguida, deixava-a aos cuidados de um presbítero.


1.  O discipulado bíblico. Antes de subir ao Céu, o Senhor Jesus reuniu os seus discípulos para dar-lhes algumas instruções, sobre a obra que eles deveriam realizar. A primeira instrução foi que eles não saíssem de Jerusalém, antes de serem revestidos pelo poder do Espírito Santo. Depois o Senhor os incumbiu da Grande comissão: "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!" (Mt 28.19,20). A tradução da Nova Almeida Atualizada traduziu este texto de Mateus 28.19, assim: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações”. A palavra usada neste texto, traduzida por "ensinai" na versão Revista e Corrigida é “matheteo”, que significa "fazer discípulos". O discípulo é alguém que se dispõe a seguir o seu mestre aonde quer que ele vá, imitar o que ele faz e praticar o que ele ensina. Portanto, Jesus nos comissionou a fazer com que pessoas se disponham a serem discípulos dele. Naturalmente, isso só será possível, mediante a ação poderosa do Espírito Santo. 


 2.   Paulo, o discipulador. Paulo, desde o seu encontro com Cristo no caminho de Damasco, entendeu a sua vocação para levar o Evangelho aos gentios. Entretanto, ele sabia que seria um grande desafio para ele, falar de Jesus os judeus, principalmente, aos fariseus e doutores da lei, dos quais ele fez parte. Por isso, movido pelo Espírito Santo, ele foi para o deserto da Arábia, a fim de depir-se de si mesmo e conhecer de perto a Cristo. 

Ao voltar do deserto, onde recebeu o Evangelho diretamente do Senhor Jesus, através de visões e inspiração, Paulo trouxe consigo o ardor missionário, que o impulsionava a pregar incansavelmente o Evangelho. Paulo não via separação entre anunciar o Evangelho e discipular. Ele anunciava o Evangelho de cidade em cidade e "sofria as dores de parto, até que Cristo fosse gerado nas pessoas" (Gl 4.19) e "criava-os com leite, pois ainda não podiam suportar uma alimentação mais forte." (1 Co 3.2). Discipular, portanto, é cuidar, proteger e alimentar o recém nascido cristão, até que ele cresça e se torne também um discipulador. 


3.   A metodologia de Paulo para o discipulado. Paulo desenvolveu um método muito eficiente para o discipulado, que a Igreja deve continuar praticando. Nesse método, o passo iniciar é a evangelização daqueles que ainda não conhecem a Cristo, no poder Espírito Santo. Após a conversão de algumas pessoas, Paulo iniciava uma Igreja local, para discipular os novos convertidos, dando--lhes as primeiras instruções. É como se fosse uma alfabetização, onde ensinamos as primeiras letras a crianças que não sabem ler, nem escrever. 

Quando a Igreja se firmava um pouco, Paulo deixava ali um obreiro experiente para dar continuidade ao trabalho e ele partia para a abertura de novos trabalhos. Depois, ele voltava por estas Igrejas, para doutrinar e encorajar os irmãos. Escrevia também cartas com respostas a algumas perguntas e orientações sobre alguns problemas específicos. 



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Pb . Weliano Pires

16 novembro 2021

Lição 8: Paulo, o discipulador de vidas


Data: 21 de Novembro de 2021

TEXTO ÁUREO

“E, Paulo tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado pelos irmãos à graça de Deus. E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas.” (At 15.40,41).

VERDADE PRÁTICA

"O discipulado cristão forma discípulos de Cristo para que o imitem de forma que Deus seja glorificado na sociedade."

HINOS SUGERIDOS: 15, 391 e 465 da Harpa Cristã.

LEITURA DIÁRIA

Segunda — Mt 28.19,20

O discipulado é uma ordem do Senhor

Terça — At 2.14-41

A pregação como ponto de partida

Quarta — At 2.42-47

O discipulado como formação na Igreja Primitiva

Quinta — Fp 4.8,9

O discipulado nos faz pensar nas coisas mais elevadas

Sexta — Cl 3.21

O discipulado nos faz buscar as coisas que são de cima

Sábado — 1Co 10.31

Discipulados a fim de viver para glória de Deus


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 2.42-47; 20.1-4.

Atos 2

42 — E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.

43 — Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.

44 — Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.

45 — Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.

46 — E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,

47 — louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.

Atos 20

1 — Depois que cessou o alvoroço, Paulo chamou a si os discípulos e, abraçando-os, saiu para a Macedônia.

2 — E, havendo andado por aquelas terras e exortando-os com muitas palavras, veio à Grécia.

3 — Passando ali três meses e sendo-lhe pelos judeus postas ciladas, como tivesse de navegar para a Síria, determinou voltar pela Macedônia.

4 — E acompanhou-o, até à Asia, Sópatro, de Bereia, e, dos de Tessalônica, Aristarco e Segundo, e Gaio, de Derbe, e Timóteo, e, dos da Ásia, Tíquico e Trófimo.

OBJETIVO GERAL:

Revelar a missão integral da Igreja no Discipulado: pregar e ensinar.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

I. Relacionar o apóstolo Paulo com o discipulado bíblico;

II. Salientar a integralidade da missão no Discipulado: pregar e ensinar;

III. Ponderar o discipulado com pessoas de outras culturas.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Esta lição revela a importância de a igreja conjugar com equilíbrio a pregação evangelística com o ensino cristão. Este forma enquanto aquela chama. O pastor Antônio Gilberto, saudoso mestre das Assembleias de Deus no Brasil, sempre ponderou a respeito de ensinar sistematicamente a Bíblia para a igreja local e o melhor espaço para isso é a Escola Dominical. Nesse espaço, ensinamos os que foram chamados pela pregação do Evangelho.

O ministério do apóstolo Paulo revela essa integralidade da missão: pregação da Palavra e ensino formativo. O apóstolo pregava o Evangelho e, também, discipulava, ensinava o povo de Deus a guardar os mandamentos do Senhor.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos os aspectos gerais do discipulado, com destaque para o papel de Paulo no processo do discipulado nas igrejas que plantou. Perceberemos que esse foi o meio pelo qual nosso Senhor nos concedeu para que os recém-nascidos na fé fossem formados segundo o caráter de Cristo.

PONTO CENTRAL: A missão da igreja é pregar e ensinar.

I. PAULO E O DISCIPULADO BÍBLICO

1. O discipulado bíblico. O princípio do discipulado na Igreja Primitiva baseava-se na ordem da Grande Comissão que Jesus deu aos discípulos por ocasião de seu aparecimento e despedida (Mt 28.19,20). Após o Pentecostes, quando a Igreja nasceu historicamente, o cuidado com os recém-nascidos na fé precisava ser bem estruturado. Em Atos 2.42-47, vemos claramente que as Escrituras (doutrina), a oração, a prática da comunhão e do serviço faziam parte do programa de discipulado da Igreja. Assim, o apóstolo Paulo onde fazia discípulos, não somente convencia-os a respeito de Cristo, mas mostrava-lhes como imitá-lo (At 17.1-9; 1Ts 1.2-10).

2. Paulo, o discipulador. O apóstolo dos gentios foi um discipulador distinto. Após a sua conversão, ele sentiu a necessidade de conhecer a Cristo mais profundamente (Gl 1.15-17). Paulo sabia do desafio ao defender o nome de Jesus diante dos judeus. Ao longo de suas cartas, vemos um compromisso profundo com a doutrina exposta e a sua aplicabilidade na vida do discípulo. Há doutrina no discipulado, mas há também prática coerente com a doutrina. Isso faz com que o discípulo cresça e chegue à maturidade. Conhecer de maneira teórica apenas, não basta. Para isso, a formação cristã deve apresentar uma integração entre doutrina e prática.

3. A metodologia de Paulo para o discipulado. O primeiro passo para o discipulado de Paulo era pregar o Evangelho e, pelo poder do Espírito Santo, convencer as pessoas acerca de Cristo. Então, a partir dos primeiros convertidos, ele plantava uma igreja na cidade. Ao plantá-la, o apóstolo ficava ali o tempo suficiente para firmar os passos dos novos convertidos. Como seu ministério envolvia itinerância, ele não ficava muito tempo no mesmo lugar e, logo, deixava ou enviava alguém experimentado na fé para dar continuidade ao discipulado dos novos convertidos (At 13.1-4; 15.39,40). Em seu ministério, vemos discípulos especiais que ajudaram muito o trabalho de Paulo: Timóteo, Tito, Silas, Lídia, Áquila e Priscila e outros mais (At 15.40; 16.1). Além de fortalecer a fé dos novos convertidos, o apóstolo mantinha uma relação de comunhão e amizade com eles e seus cooperadores. Uma lição importante, aqui, é destacar que a obra do discipulado envolve pessoas que sejam crentes de verdade, idôneas, que amem o Senhor e sua Igreja, ao ponto de se doar inteiramente em favor de um novo convertido.

SÍNTESE DO TÓPICO (I)

O apóstolo Paulo foi discipulador com um método de, primeiramente, pregar e, em seguida, ensinar de maneira mais sistematizada.

SUBSÍDIO PEDAGÓGICO

A aula sempre é um ponto de encontro entre o professor e o aluno. Ou melhor, deve ser entre mestre e discípulo. Segundo a Bíblia, vemos claramente que a relação entre Jesus e os discípulos, bem como dos apóstolos com os discípulos, era de mestre e discípulo. O mestre aplica o que ensina na própria vida, ou seja, ele ensina pelo exemplo. Já o discípulo deseja imitar o que aprendeu, aplicando o ensino na vida concreta. Não esqueça de que o objetivo da Escola Dominical é gerar imitadores de Cristo. Conscientize a classe a respeito disso.

II. O DISCIPULADO E A MISSÃO INTEGRAL DE PREGAR E ENSINAR

1. A pregação: o ponto de partida. Pregar o Evangelho é o meio que o Espírito Santo leva pessoas à salvação. É preciso pregá-lo com seriedade, intensidade e ousadia. A Igreja de Cristo se expandiu assim. Ela tinha como ponto de partida a tarefa que Jesus deixou aos seus discípulos, como vimos anteriormente. Nada pode substituir a dimensão proclamatória da Igreja. Para isso, ela foi revestida do poder do Espírito Santo para cumprir a missão (At 1.4-8). Quando os discípulos foram cheios do Espírito Santo no cenáculo em Jerusalém, a igreja se espalhou por todo o mundo. Assim, os discípulos de Cristo plantaram igrejas nas casas, nas aldeias, nas cidades. E a Igreja se multiplicava dia após dia (At 2.47).

2. O Ensino: “fazer discípulos”. O discipulado começa quando pessoas aceitam a Jesus como Salvador de suas vidas. Logo, a conversão a Cristo é a semente da Igreja. Quando cuidada pelos discipuladores, essa semente germina e dá frutos. Não foi assim que aconteceu no dia de Pentecostes? Pedro se levantou dentre as 120 pessoas cheias do Espírito Santo e começou a pregar com autoridade sobre quem era Jesus (At 2.14-35). Resultado: quase três mil pessoas se converteram (At 2.41). E agora? O que fazer? Ensinar, ensinar e ensinar. Os apóstolos entenderam que deviam discipular esses recém-convertidos com a doutrina que receberam de Cristo (At 2.42-47). Ao longo do seu ministério, o apóstolo observou rigorosamente esse princípio e o aplicava nas vidas das pessoas que ele alcançava.

3. Pregação e ensino. A igreja local é um lugar onde a Palavra de Deus deve ser proclamada com autoridade, em que pessoas sejam atraídas pelo Espírito Santo a Cristo. Mas a igreja também é um local de formação por meio do ensino da Bíblia. Por isso que as reuniões de Escola Dominical e os cultos de ensino da Palavra são instrumentos importantes para forjar o caráter cristão e formar pessoas (crianças, adolescentes, jovens e adultos) que imitem a Cristo em suas vidas. Essa é uma das nobres missões da Igreja de Cristo.

SÍNTESE DO TÓPICO (II)

O discipulado compreende a missão de pregar o Evangelho e ensiná-lo como caráter formativo.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“O ministério da Igreja inclui equipar um grupo de pessoas que vivem em mútua comunhão, capacitando-as a crescer até formarem uma entidade amorosa, equilibrada e madura. Paulo diz claramente em Efésios 4.11-16 que a equipagem dos santos para o serviço compassivo em nome de Cristo deve acontecer numa comunidade. O crescimento espiritual e o contexto em que ele ocorre de modo mais eficaz não surgem por mera coincidência. O amadurecer do crente não poderá acontecer fora da comunidade da fé. O discipulado não possui nenhum outro contexto que não seja a igreja de Jesus Cristo, porque não se pode seguir fielmente a Jesus à parte de uma participação cada vez mais madura com outros crentes na vida e no ministério de Cristo” (KLAUS, Byron D. A Missão da Igreja. 19ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.603).


III. O DISCIPULADO COM PESSOAS DE OUTRAS CULTURAS

1. A pregação para os seus irmãos. No livro de Atos, percebemos que a pregação dos apóstolos era primeiramente direcionada aos judeus. Eles pregavam no Templo, nas sinagogas e os judeus recebiam a Palavra, outros, porém, a rejeitavam (3.1-10; 6.9; 7.51-53). Os apóstolos desejavam que seus irmãos recebessem a Palavra da Verdade. Entretanto, o desafio diante da Lei de Moisés com o fenômeno da conversão entre os gentios se revelaria complexo, conforme nos mostra a questão cultural entre os judeus hebreus e helênicos (At 6.1-6), o derramamento do Espírito na casa de Cornélio (At 10.44-48) e o concílio de Jerusalém (At 15). O Evangelho entre os gentios trouxe um grande desafio para a igreja que crescia.

2. A expansão para os gentios. A Igreja não poderia fugir dos gentios, pois alcançá-los era promessa de Cristo registrada em Atos 1.8. Os apóstolos seriam testemunhas de Cristo não só em Jerusalém, mas passariam por Judeia e Samaria para chegar aos confins da terra. Por isso, nosso Senhor levantou um homem tenaz e valente, separado para ser “apóstolo dos gentios” (At 9.1-9; 26.14-18). O apóstolo Paulo discipulou pessoas oriundas de diversas culturas e costumes religiosos.

3. O discipulado numa cultura diferente. O ministério do apóstolo Paulo nos mostra que o discipulado é o melhor método para ensinar o Evangelho às pessoas que vêm de culturas diferentes, religiões diversas e costumes, na maioria das vezes, incompatíveis com o Evangelho. Com Paulo, aprendemos que à proporção que absorvemos o Evangelho, nossa forma de pensar é alterada para desejar as coisas mais nobres e fazer o que glorifica a Deus (Fp 4.8,9; Cl 3.2; 1Co 10.31). Portanto, “não é por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4.6).

SÍNTESE DO TÓPICO (III)

O discipulado de Paulo se deu entre seus irmãos, judeus, bem como entre os gentios.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“O discipulado é mais que uma aula ou um conjunto de lições que transmitem conteúdo doutrinário. Discipulado é um trabalho árduo, longo e, às vezes, até sacrificial. É um trabalho de acolhimento, integração, acompanhamento, aconselhamento e orientação espiritual.

Nesse importante ministério, temos Jesus como nosso principal modelo. Além do conteúdo ético e doutrinário acerca do Reino de Deus transmitido por Jesus, que certamente nos serve de norte nesta questão, Ele destacou que o discipulado precisa enfocar os relacionamentos.

Nos evangelhos, aprendemos que Jesus mantinha uma excelente organização em seus níveis de relacionamento: em primeiro lugar a multidão (Lc 5.1; 6.17; 7.12); em segundo lugar, os discípulos (Lc 6.1,17); e, terceiro lugar, os apóstolos (Lc 6.13); e, por último, os três mais próximos dentre os apóstolos (Mc 14.32; 33; Lc 9.28).

Os apóstolos de Jesus também foram discípulos, pois eles aprendiam vendo, ouvindo e imitando o Mestre. É preciso lembrar que todos os apóstolos eram discípulos, mas nem todos os discípulos eram apóstolos” (SILVA, Rayfran Batista da. O Discipulado Eficaz e o Crescimento da Igreja. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p.27).

CONHEÇA MAIS

Sobre o discipulado

“Na maioria das igrejas evangélicas, o discipulado é uma prática de acompanhamento e treinamento bíblico que se resume aos novos na fé. Porém, o discipulado, como processo de educação cristã, não deve ser resumido a este grupo de novos cristãos.” Para ler mais, consulte a obra O Discipulado Eficaz e o Crescimento da Igreja, editada pela CPAD, p.31.

CONCLUSÃO

O discipulado leva em conta a pregação e o ensinamento. Ele nos apresenta um desafio grande para interagir com pessoas oriundas de culturas completamente opostas às nossas. Aqui, temos a promessa do Espírito Santo para apresentar o Evangelho com sabedoria e poder. Ele nos usa como instrumento e convence o ser humano de seu real estado.

QUESTIONÁRIO

1. Em que se baseava o princípio do discipulado na Igreja Primitiva?

O princípio do discipulado na igreja primitiva baseava-se na ordem da Grande Comissão que Jesus deu aos discípulos por ocasião de seu aparecimento e despedida (Mt 28.19,20).

2. O que vemos ao longo das cartas de Paulo?

Ao longo das cartas de Paulo, vemos um compromisso profundo com a doutrina exposta e a sua aplicabilidade na vida do discípulo.

3. Qual é o meio que o Espírito Santo leva pessoas à salvação?

Pregar o Evangelho.

4. Quando o discipulado começa?

O discipulado começa quando pessoas aceitam a Jesus como Salvador de suas vidas.

5. O que o ministério do apóstolo Paulo nos mostra acerca do discipulado?

O ministério do apóstolo Paulo nos mostra que o discipulado é o melhor método para ensinar o Evangelho às pessoas que vêm de culturas diferentes, religiões diversas e costumes na maioria das vezes incompatíveis com o Evangelho.


SUBSÍDIOS DA REVISTA ENSINADOR CRISTÃO /CPAD

PAULO, O DISCIPULADOR DE VIDAS

Pregar e ensinar são uma missão integral da Igreja de Cristo. É necessário pregar o Evangelho, mas também é preciso formar pessoas segundo o Evangelho de nosso Senhor. Para isso existe o discipulado cristão. O ministério de Paulo nos ensina que, ao plantar igrejas, o apóstolo procurava sempre as confirmar, ou seja, averiguar conforme elas estavam progredindo na fé em Cristo.

Resumo da lição

O objetivo geral da lição é revelar a missão integral da igreja no discipulado: pregar e ensinar. Para isso, o primeiro tópico relaciona o ministério do apóstolo Paulo com o discipulado cristão. Nele, o discipulado aparece como ordem do Senhor Jesus na Grande Comissão (Mt 28.19,20). Assim, o apóstolo observou essa ordenança com fidelidade à medida que pregava o Evangelho e discipulava os nascidos de novo. Seu método era simples: pregação, plantação de igrejas e formação dos novos crentes.

O segundo tópico salienta a integralidade da missão da Igreja: pregar e ensinar. Em Paulo, vemos que a pregação é o ponto de partida. Já o discipulado é o processo formativo a partir das minúcias do Evangelho. Assim, a Palavra de Deus deixa claro que a igreja local deve ser um local de pregação com autoridade do Evangelho e, ao mesmo tempo, uma agência que ensina a Bíblia de maneira sistemática e didática a todo crente. Pregar e ensinar: eis a nobre e integral missão da Igreja de Cristo.

O terceiro tópico pondera a respeito do discipulado com pessoas de culturas diferentes. O ministério de Paulo enfrentou o desafio de ensinar pessoas de diferentes culturas. Por exemplo, a Carta aos Romanos mostra que o público-alvo era constituído de judeus e gentios cristãos. Por isso, no capítulo 14 da carta, o apóstolo trabalha a ideia da tolerância em que esses grupos devem praticar entre eles. O desafio era cuidar da unidade no que era essencial. O processo do discipulado nos traz desafios em que o choque de culturas aparecerá inevitavelmente. Isso aconteceu em Romanos, aos coríntios, aos tessalonicenses. O discipulado cristão traz desafios culturais.

Aplicação

É necessário capacitar pessoas para exercer com zelo e piedade o discipulado cristão. Enfrentemos o desafio de chamar os pecadores e, posteriormente, formá-los segundo o Evangelho que apresentamos. Estejamos prontos para o desafio de comunicar o Evangelho aos outros.


Introdução à Lição 8: Paulo, o discipulador de vidas


Na lição passada estudamos o tema: PAULO, O PLANTADOR DE IGREJAS. Vimos que Paulo foi um dos maiores, ou talvez o maior desbravador de campos missionários da história da Igreja. Paulo percorria o mundo, sob intensa perseguição, fundando Igrejas. Quando o trabalho se estabilizava, ele deixava aos cuidados de um presbítero e seguia em frente. 

Falamos sobre o espírito desbravador do apóstolo Paulo, percorrendo muitos lugares, em pouco tempo e com poucos recursos. Ele via a pregação do Evangelho como uma obrigação e sentia-se devedor tanto a judeus, como aos gentios, de lhes anunciar a Cristo.

Falamos também sobre a Igreja de Antioquia, como uma base missionária de Paulo e Barnabé, que deu origem a várias Igrejas pelo mundo. Antioquia era uma Igreja que tinha uma excelente estrutura, do ponto de vista espiritual. Nela havia vários profetas e doutores, entre eles Barnabé e Paulo. Falamos também sobre as viagens missionárias de Paulo, partindo de Antioquia da Síria. 

Por último falamos a respeito das características de um plantador de Igrejas, que são a chamada de Deus; o preparo espiritual e o caráter forjado na escola de Deus; e por último, sobre o modelo de Igreja baseado nas Escrituras Sagradas. 


Na lição desta semana, estudaremos o tema: PAULO, O DISCIPULADOR DE VIDAS. A Missão da Igreja neste mundo envolve dois aspectos: pregar o Evangelho aos perdidos e após a conversão, ensinar-lhes a Palavra de Deus. Usando a simbologia da agricultura, a conversão seria o plantio e o discipulado seria o cuidado para que a planta nasça, cresça e dê frutos. 


No primeiro tópico, falaremos sobre o modelo de discipulado bíblico utilizado por Paulo, que trouxe grandes resultados, no início da Igreja Cristã. A base para o discipulado na Igreja Primitiva era a chamada “Grande Comissão”, que foi a ordem dada por Jesus, para que os seus discípulos saíssem pelo mundo, ensinando as nações a guardarem todas as coisas que Ele havia mandado e batizando os que cressem (Mt 28.19,20). Falaremos ainda neste tópico sobre o sobre Paulo, como um discipulador distinto e sobre o método que eficaz que ele utilizou na evangelização: pregar o Evangelho, plantar uma Igreja, ficar um tempo ali e depois deixar alguém experiente para cuidar. 


No segundo tópico, falaremos sobre o discipulado e a missão integral de pregar e ensinar. Não resta dúvidas de que a pregação do Evangelho é o ponto de partida para a salvação dos perdidos. Jesus ordenou aos seus discípulos que pregassem o Evangelho a toda criatura (Mc 16.15). Entretanto, o trabalho de evangelização não se encerra com a conversão. É preciso ensinar as verdades bíblicas aos novos crentes para que eles se tornem, de fato, discípulos de Jesus. Veremos neste tópico que a Escola Bíblica Dominical é o melhor local para se ensinar sistematicamente a Palavra de Deus, em linguagem adequada para todas as faixas etárias. 


No terceiro e último tópico, falaremos a respeito do discipulado com pessoas de culturas diferentes. A Igreja é formada por pessoas que vieram das mais diversas culturas e etnias. Logo, o choque cultural é inevitável. Os apóstolos, inicialmente, desejavam pregar o Evangelho visando apenas a salvação dos seus irmãos judeus. Mas a Igreja não poderia fugir da ordem de Jesus para levar o Evangelho a toda criatura. Por isso, o Senhor Jesus levantou Paulo, como o “Apóstolo dos gentios”, para levar o Evangelho aos gentios, nas mais diferentes culturas. Paulo enfrentou grandes desafios no processo de evangelismo e discipulado, principalmente os confrontos entre os legalistas judeus e os gentios. 


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11 novembro 2021

PAULO, O DESBRAVADOR SOB UMA GLORIOSA OBRIGAÇÃO


(Comentário do 1⁰ tópico da lição 7: Paulo, o plantador de Igrejas).

O apóstolo Paulo foi um gigante na pregação do Evangelho em vários aspectos. Nesta lição veremos como Paulo foi um plantador de Igrejas em várias partes do mundo do seu tempo. Um missionário é antes de tudo, um plantador de Igrejas. Existem vários tipos de missões: transculturais, nacionais, urbanas, capelanias, etc. Mas, quando falamos do início de um trabalho missionário, tem que haver o plantador de Igreja, que é alguém que inicia a pregação do Evangelho, onde não há Igreja formada e nenhuma estrutura. 


1. Paulo, o desbravador. Paulo foi chamado por Deus para levar o Evangelho para fora do território de Israel. Era uma mensagem totalmente desconhecida para os seus ouvintes. Como se diz na linguagem popular era "começar do zero". A palavra desbravador aqui é usada em referência a um agricultor primitivo, que chegava a um terreno para iniciar o seu plantio e precisava desmatá-lo manualmente e prepará-lo para a agricultura. Eu já trabalhei nesse tipo de serviço e não é nada fácil. 

Um desbravador, no caso do Evangelho, é um missionário que começa um trabalho evangelístico pregando nas praças ou em uma casa, com toda persistência, até que a semente nasça nos corações. Eu me lembro da minha infância, quando a Assembleia de Deus chegou à minha cidade natal. Era algo totalmente desconhecido. O Presbítero Isaías Soares da Silva foi o desbravador. Ele começou cantando hinos e pregando na praça, com a sua esposa e mais alguns irmãos. Aos poucos, algumas pessoas foram ouvindo a mensagem do Evangelho e se entregando a Cristo. O meu pai foi uma destas pessoas. No ano de 1978, ele entregou a sua vida a Cristo e é hoje, o crente mais antigo da cidade. 

No início da Assembleia de Deus no Brasil, foi assim que ela cresceu. Muitos crentes que se convertiam em um local, iam para outras cidades e abriam pontos de pregação. Quando o trabalho crescia um pouco, era enviado um pastor para pastorear aquele rebanho. Assim a Assembleia de Deus chegou as vilas, comunidades, fazendas e locais mais distantes dos grandes centros urbanos. Mas, tudo começava com um desbravador como Paulo. Muitos deles eram pessoas simples e desconhecidas nas convenções. 


2. Uma gloriosa obrigação. Paulo via a evangelização dos gentios como uma obrigacão que o Senhor lhe havia confiado: “Pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho”. (1 Co 9.16). Ele também se considerava "devedor" tanto aos judeus como aos gentios, de lhes anunciar a mensagem do Evangelho (Rm 1.14). De fato, é assim que a Igreja do Senhor deve se considerar. A pregação do Evangelho aos pedidos não é uma opção, que podemos adotar ou não. É uma ordem do Senhor Jesus e uma obrigação que Ele, como Senhor dá Igreja, nos incumbiu. (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; At 1.8). Eu tive um pastor que costumava dizer que "uma Igreja que não evangeliza não pode ser chamada de Igreja". 


3. Plantação de igreja, uma parceria. O processo de plantação de Igrejas envolve uma parceria, entre o evangelista, que planta a semente, e Deus que a faz brotar e crescer. Paulo deixa isso bem claro, quando escreveu aos Coríntios: "Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento". (1 Co 3.6,7). 

Neste contexto, estava acontecendo partidarismo entre os cristãos de Corinto. Um grupo dizia que era de Paulo; outro, de Apolo; outro de Pedro; e outro dizia que era de Cristo. Paulo os chamou de carnais e explicou que os obreiros são apenas trabalhadores da lavoura de Deus. Um planta, outro rega, mas o crescimento é dado por Deus. É assim na agricultura. Preparamos a terra, lançamos a semente, adubamos a terra e aguardamos o crescimento e os frutos. 

Infelizmente, há obreiros que pensam que a obra cresce por causa dele. Imaginam que são insubstituíveis. Mas, estão enganados. Se o Espírito Santo não agir nos corações, nada acontece. A nossa parte é plantar, regar e proteger a planta durante o seu crescimento, para que os predadores não a matem. Mas o crescimento e os frutos são obras de Deus. 


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Pb. Weliano Pires


09 novembro 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 07: PAULO, O PLANTADOR DE IGREJAS.

REVISÃO DA LIÇÃO 06: PAULO NO PODER DO ESPÍRITO


Na lição passada, falamos sobre o poder do Espírito Santo no ministério de Paulo. Vimos como o Espírito Santo dirigiu os caminhos da pregação de Paulo, orientando aonde deveria ir e confirmando a Palavra com sinais e maravilhas. 


Depois falamos sobre a argumentação de Paulo sobre a plenitude do Espírito Santo. Falamos sobre os casos de Apolo e de doze cristãos de Éfeso, que havia crido apenas na  mensagem pregada por João Batista, mas desconheciam completamente a mensagem pentecostal. Os missionários Priscila e Áquila orientaram a Apolo e ele tornou-se também um missionário da Igreja Cristã. Paulo, por sua vez, ensinou aos cristãos de Éfeso sobre a doutrina do Espírito Santo. Em seguida, impôs-lhe as mãos e eles foram todos batizados no Espírito Santo. 


Por último falamos sobre as fontes do ensino de Paulo sobre a doutrina do Espírito Santo, que são as Escrituras do Antigo Testamento e a experiência vivida pela Igreja Primitiva no Dia de Pentecostes. 


LIÇÃO 07: PAULO, O PLANTADOR DE IGREJAS


O apóstolo Paulo foi um dos maiores, ou talvez o maior desbravador de campos missionários, fora do território de Israel, da história da Igreja. A principal tarefa de Paulo era plantar Igrejas por onde passava e seguir em frente, para levar a mensagem de Cristo, onde ainda não havia sido pregada. 


Paulo percorria o mundo, sob intensa perseguição, fundando Igrejas. Quando o trabalho se estabilizava, ele deixava aos cuidados de um presbítero e seguia em frente. O ponto de partida das suas viagens missionárias foi a Igreja de Antioquia, onde ele recebeu expressamente o chamado do Espírito Santo para fazer missões. O seu companheiro inicial era Barnabé. Depois, por causa de uma diferença de pensamento, Paulo seguiu com Silas e Barnabé com o seu primo João Marcos. Depois, o jovem Timóteo foi incorporado à equipe missionária de Paulo. 


No primeiro tópico, falaremos sobre o espírito desbravador do apóstolo Paulo. Não houve na história da Igreja, alguém que percorresse tantos lugares, em tão pouco tempo, com poucos recursos, como Paulo. Ele via a pregação do Evangelho como uma obrigação e sentir-se devedor tanto a judeus, como aos gentios, de lhes anunciar a Cristo.


No segundo tópico, falaremos sobre a Igreja de Antioquia, como uma base missionária de Paulo e Barnabé, que deu origem a várias Igrejas pelo mundo. Antioquia era uma Igreja que tinha uma excelente estrutura, do ponto de vista espiritual. Nela havia vários profetas e doutores, entre eles Barnabé e Paulo. Falaremos também neste tópico sobre as viagens missionárias de Paulo, partindo de Antioquia da Síria. 


No terceiro e último tópico, falaremos a respeito das características de um plantador de Igrejas, que são a chamada de Deus; o preparo espiritual e o caráter forjado na escola de Deus; e por último, o modelo de Igreja baseado nas Escrituras Sagradas. 


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Pb. Weliano Pires



A PAZ QUE JESUS PROMETEU

(Comentário do 3º tópico da Lição 08: A promessa de paz) .  Ev. WELIANO PIRES  No terceiro tópico, falaremos da Paz prometida por Jesus. Ver...