05 outubro 2021

SAULO DE TARSO, O PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL


A primeira vez que Saulo aparece no relato bíblico é no texto de Atos 7.58: “...e as testemunhas depuseram as suas vestes [de Estêvão]aos pés de um mancebo chamado Saulo". Em seguida, o texto diz que Saulo consentia na morte de Estêvão. O capítulo 8 de Atos descreve Saulo com um perseguidor implacável contra os cristãos. De forma brutal, ele arrastava homens e mulheres pelas ruas e os encerrava na prisão. (At 8.1-3). 


1. Saulo se descreve como “blasfemo”, “perseguidor” e “opressor” (1 Tm 1.13). O próprio Saulo, escrevendo a Timóteo, se descreve como “blasfemo, e perseguidor, e injurioso” no passado, antes de conhecer a Cristo. Conforme já vimos, Saulo era um fariseu, filho de fariseu e doutor da lei, formado aos pés do rabino Gamaliel. 

Os fariseus eram um grupo religioso de Israel, que surgiu provavelmente no período que antecedeu a guerra dos macabeus, com o objetivo de resistir e fazer oposição aos costumes helenísticos. Este nome aparece pela primeira vez durante a época do governo de João Hircano, que governou a Judéia entre 135 e 105 a.C. O próprio João Hircano, que era sumo sacerdote, era também um fariseu. Mas, depois passou para o partido dos saduceus. 

A palavra “fariseu” tem origem incerta. O sentido mais provável é “separado”. Eles eram muito rigorosos na observância não apenas da Lei escrita, mas também da tradição oral. Além dos mandamentos da Lei de Moisés, os fariseus criaram muitas regras preventivas, para “evitar que as pessoas pecassem”.  Em Mateus 23, Jesus teceu duras críticas aos fariseus, dizendo que eles criaram “fardos pesados e difíceis de suportar”,  que eram hipócritas e ficavam na porta dos céus. Não entravam e impediam os outros de entrarem. 

Os fariseus eram inimigos de Jesus e tiveram vários embates com Ele, buscando apanhá-lo em alguma falta, para o acusarem diante dos romanos e conseguirem a sua execução. Mas, Jesus sendo onisciente, conhecia as suas intenções e não caía em suas ciladas. 

Saulo seguiu uma linha de raciocínio, diferente do seu mestre, Gamaliel. O seu mestre recomendou que não agissem contra os cristãos, mas, esperassem, pois, se não fossem de Deus, não prosperariam. Saulo, ao contrário, resolveu agir para exterminá-los. 


2. As ameaças de Saulo de Tarso. O texto de Atos 9 diz que Saulo, "respirando ameaças e mortes" contra os discípulos, dirigiu-se a Damasco, em busca de cristãos para os conduzir à prisão. Em sentido figurado, o texto mostra Saulo como um animal selvagem perseguindo a sua presa. Era exatamente assim que Saulo se comportava. 

Tomado pela mistura de fanatismo e ódio, este fariseu não poupava ninguém e não tinha limites. O texto bíblico bíblico diz que ele assolava a Igreja, entrando nas casas, arrastando homens e mulheres pelas ruas e conduzindo-os à prisão. Posteriormente, o próprio Paulo diz que os torturava, forçando-os a blasfemar. Saulo ultrapassava os limites legais, agindo por sua própria conta, contra os discípulos do Senhor, como aliás, fizeram os escribas e fariseus na prisão, julgamento e crucificação de Jesus. 

O fanatismo religioso pode levar as pessoas a cometerem atrocidades e loucuras em nome do zelo e da fé. Da mesma forma, os islâmicos agem contra os cristãos na atualidade. O grupo Isis (Estado Islâmico) comete todo tipo de crueldade contra cristãos: estupro, espancamento, crucificação, decapitação, etc. 


3. Por que Saulo perseguia os cristãos? Por que Saulo tinha este ódio todo dos cristãos, se eles eram pacíficos e não lhe fizeram nenhum mal? Saulo foi educado dentro do radicalismo farisaico e não aceitava que Jesus fosse o Messias, principalmente, por Ele ter sido morto crucificado, o que era considerado pela Lei de Moisés como maldição (Gl 3.13). Depois da sua conversão, ele entendeu que Cristo se fez maldição por nós. 

Partindo do princípio de que os hereges e blasfemos deveriam ser exterminados, Saulo se empenhava em destruir o Cristianismo, achando que estava sendo zeloso pela Lei e prestando um serviço a Deus. Jesus já havia alertado aos discípulos de que eles "seriam odiados e perseguidos por todas as nações, por causa do Seu Nome". (Mt 24.9). Depois de convertido, o próprio Paulo disse que "todos os que querem viver piamente em Cristo Jesus, padecerão perseguições" (2 Tm 3.12).


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Pb. Weliano Pires

04 outubro 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 02: SAULO DE TARSO, O PERSEGUIDOR


Na lição passada falamos sobre os três mundos do apóstolo Paulo: o romano, o grego e o judeu. Vimos o mundo em que Paulo viveu, sob três aspectos: as características do império romano, a bagagem cultural grega de Paulo e as suas raízes e ligações com o povo de Israel. Estes fatores foram usados pelo Espírito Santo para a expansão do Cristianismo por todo o império romano. 


Na lição desta semana, vamos estudar sobre a vida de Saulo antes da sua conversão, como opositor e perseguidor implacável do Cristianismo. 

Desde os primórdios da Igreja em Jerusalém, os discípulos do Senhor encontraram resistência por parte das autoridades religiosas judaicas. No capítulo três de Atos, lemos o relato da cura de um coxo de nascença na porta do Templo, por Pedro e João. A repercussão deste milagre foi enorme. Os sacerdotes, o capitão do templo e os saduceus, se irritaram porque Pedro ensinava ao povo a ressurreição de Cristo, e os encerraram na prisão, até o dia seguinte, pois já era tarde. 

No dia seguinte, se reuniram os anciãos, os escribas e os sacerdotes para interrogá-los. Pedro e João, com muita autoridade falaram de Jesus, diante das autoridades. Vendo a ousadia de Pedro e João e, sabendo que eram iletrados, as autoridades se maravilharam, concluindo que eles foram seguidores de Jesus durante o seu ministério terreno.

Vendo ali, o homem que havia sido curado e a multidão de pessoas, os anciãos, escribas e sacerdotes ficaram sem saber o que fazer. Então, chamaram os apóstolos em particular e ameaçaram açoitá-los, caso continuassem ensinando no Nome de Jesus. Pedro, no entanto, respondeu que obedeceria a Deus e não aos homens, pois, não poderia deixar de falar daquilo que tinham visto e ouvido. 

O capítulo 5 de Atos registra que os apóstolos pregavam ousadamente a Palavra de Deus, muitos enfermos foram curados e endemoninhados libertos. O sumo sacerdote, que pertencia ao partido dos saduceus, encheu-se de inveja e mandou prender os apóstolos novamente. Porém, o anjo do Senhor abriu as portas da prisão, libertou os apóstolos e eles voltaram a pregar publicamente. Quando descobriram, que os apóstolos não estavam mais na prisão e que estavam pregando no Templo, mandaram buscá-los, mas, sem violência, pois, tiveram medo de ser apedrejados pelo povo. 

Os apóstolos foram questionados, por que estavam pregando, se haviam sido advertidos severamente, para não fazerem isso. Pedro respondeu com a mesma ousadia de antes, que iria obedecer a Deus e não aos homens. Enfurecidos, eles formaram conselho e decidiram matá-los. Mas, um certo doutor da Lei, muito respeitado, chamado Gamaliel, que era a segunda maior autoridade no Sinédrio, depois do Sumo Sacerdote, mandou retirar os apóstolos da sala e deu o seguinte conselho:

“Dai de mão a estes homens, e deixai-os, porque, se este conselho ou esta obra é de homens, se desfará, mas, se é de Deus, não podereis desfazê-la, para que não aconteça serdes também achados combatendo contra Deus.” (At 5.38,39). 

Todos concordaram com ele. Em seguida, mandaram açoitar os apóstolos, ameaçaram-os novamente, advertindo-os para que não mais falassem no Nome de Jesus e os liberaram. Este Gamaliel foi o professor de Saulo. 

No capítulo 6 de Atos, houve a instituição dos diáconos, para resolver o problema da assistência social às viúvas. Estêvão, um dos sete diáconos escolhidos, era cheio do Espírito Santo e fazia grandes sinais entre o povo. Alguns membros da chamada Sinagoga dos Libertos, resolveram debater com ele os assuntos da Lei, mas, não conseguiram resistir à sabedoria com que ele falava. Irritados, eles resolveram subornar alguns homens para acusarem falsamente a Estêvão, de blasfêmia diante do Sumo sacerdote. 

Estêvão foi chamado ao Sinédrio para dar explicações e proferiu um longo discurso sobre as Escrituras, desde Abraão até Cristo, acusando-os de serem traidores e assassinos de Jesus. Enfurecidos, eles rangiam os dentes contra Estêvão. 

Estêvão olhou para o Céu e disse que via os céus abertos e Jesus, em pé à direita de Deus. Tomados pelo ódio,  aqueles homens tiraram Estevão para fora da cidade e o apedrejaram até à morte. Nesta execução de Estevão, Saulo aparece pela primeira vez na Bíblia, como um jovem que aprovou o apedrejamento de Estevão. 


No primeiro tópico, falaremos de Saulo como o implacável perseguidor da Igreja. O próprio Saulo, alguns anos após a sua conversão, se descreve como blasfemo, perseguidor e opressor. O texto de Atos 9, usa de forma forma figurada a expressão "respirando ameaças e mortes", para se referir à perseguição violenta de Saulo aos cristãos. Falaremos também sobre os motivos que levaram Saulo a perseguir e tentar exterminar os cristãos. 


No segundo tópico, falaremos sobre a perseguição de Saulo contra a Igreja de Jesus, com o objetivo de exterminá-la. Esta perseguição aos representantes de Jesus era, nas palavras do próprio Jesus, uma perseguição a Ele. Traçaremos neste tópico, um paralelo entre Saulo, erudito na cultura judaica e também na cultura greco-romana, e Estevão, um erudito nas Escrituras judaicas, que era também cheio do Espírito Santo. Por último, falaremos um pouco da intolerância religiosa e perseguição que a Igreja sofre nos dias atuais 


No terceiro e último tópico, falaremos sobre a perseguição sistêmica contra a Igreja nos dias de Saulo, mediante tortura física e psicológica, com o objetivo de forçá-los a blasfemar contra Cristo. Por último falaremos sobre as muitas perseguições sofridas pelo pentecostais no Brasil, no início das Assembléias de Deus. 


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Pb. Weliano Pires


Lição 02: Saulo de Tarso, o Perseguidor


Texto Áureo:

"E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote.” (At 9.1)


Verdade Prática:

"A Igreja é uma instituição divina que perdurará na Terra até o arrebatamento, pois do contrário, já teria acabado ao longo da história."


HINOS SUGERIDOS: 126, 377, 608 da Harpa Cristã


LEITURA DIÁRIA

Segunda – 1 Tm 1.13 

Saulo: blasfemo, perseguidor e opressor

Terça – At 9.1,2 

Saulo “respirava ameaças e morte”

Quarta – Dt 21.23 

Para ele, quem fosse para o madeiro “não podia ser o Messias”

Quinta – Gl 3.13 

Saulo descobriu que Jesus se fez maldição por nós

Sexta – At 6.8-10; 7.51-53 

Estevão: Um discurso que se deparou com o de Saulo

Sábado – At 26.10,11 

O método de perseguição


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Atos 8.1-3; 22.4-5; 26.9-11


Atos 8


1- E também Saulo consentiu na morte dele [Estevão]. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judeia e da Samaria, exceto os apóstolos.

2- E uns varões piedosos foram enterrar Estevão e fizeram sobre ele grande pranto.

3- E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão.


Atos 22


4- Perseguiu este Caminho até a morte, prendendo e metendo em prisões, tanto homens como mulheres,

5- como também o sumo sacerdote é testemunha, e todo o conselho dos anciãos; e, recebendo destes cartas para os irmãos, fui a Damasco, para trazer manietados para Jerusalém aqueles que ali estivessem, a fim de que fossem castigados.


Atos 26


9- Bem tinha eu imaginado que contra o nome de Jesus, o Nazareno, devia eu praticar muitos atos,

10- o que também fiz em Jerusalém. E, e havendo recebido poder dos principais dos sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e, quando os matavam, eu dava o meu voto contra eles.

11 – E, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, os obriguei a blasfemar. E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades estranhas os persegui.


OBJETIVO GERAL:

  • Conscientizar a respeito do problema da perseguição aos cristãos no mundo.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS:


  • Elencar as características persecutórias de Saulo;

  • Expor a respeito da perseguição contra a igreja em Atos:

  • Esclarecer a respeito de um sistema contra a Igreja.


INTERAGINDO COM O PROFESSOR


Com o objetivo de preparar os alunos para a aplicação do conteúdo desta lição, inicie falando a respeito da perseguição dos cristãos no mundo. Se possível, informe-se a respeito desse tema em sites especializados de notícias que abordam o terrível quadro de perseguição cristã no mundo. Proponha um momento de oração, mostrando a relevância de rogar a Deus por livramento de irmãos que hoje estão debaixo de perseguição mundial. Não podemos fechar os olhos para esse quadro. Às vezes, porque vivemos em um ambiente de aparente tolerância religiosa, corremos o risco de pensar que é assim em outros lugares da Terra. Portanto, aproveite essa oportunidade para conscientizar a sua classe acerca dessa terrível realidade.


INTRODUÇÃO


A história da expansão da Igreja no livro de Atos mostra um fariseu zeloso: Saulo de Tarso. Este tinha prestígio religioso e cultural entre os judeus. Por isso, ele ganhou “carta branca” das autoridades religiosas para perseguir os seguidores de Jesus e, assim, tornar-se um implacável perseguidor da Igreja de Cristo do primeiro século. É o que estudaremos nesta lição.


PONTO CENTRAL: No mundo de hoje há perseguição contra os cristãos


I – SAULO DE TARSO, O PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL

1. Saulo se descreve como “blasfemo”, “perseguidor” e “opressor” (1 Tm 1.13). Como um fariseu fanático, Saulo tinha a convicção de que seu papel era destruir a fé cristã, matando e prendendo os seguidores de Jesus. Sua postura arrogante o fazia ser truculento, usando grande violência contra pessoas simples, homens e mulheres, sem qualquer compaixão. Ele acreditava piamente que, com esse comportamento, estava agradando a Deus. Apoiado pela casta sacerdotal que odiava o nome de Jesus, Saulo usava dos meios legais para atacar os cristãos. Por causa de sua truculência, os seguidores de Jesus tiveram que fugir para outras cidades. O perseguidor “respirava ameaças e morte” contra os discípulos de Jesus (At 9.1) e, por isso, não via problemas em prender e arrastar presos para Jerusalém, os que professavam o contra nome do Nazareno (At 9.2).


2. As ameaças de Saulo de Tarso. A expressão “respirando ameaças e morte” (At 9.1) descreve Saulo, de maneira figurada, como uma fera selvagem que ameaça sua presa. No texto de Atos 9.21, o perseguidor era visto como um exterminador, pois conduzia os cristãos às prisões, além de permitir que fossem açoitados. Ele não poupava ninguém que seguisse a doutrina de Cristo.


3. Por que Saulo perseguia os cristãos? Os motivos que levaram Saulo a se tornar um perseguidor inclemente contra os seguidores de Cristo, eram o zelo destrutivo pela Torah e o suposto fato religioso de que Jesus talvez fosse um “blasfemo”. Para Saulo, o anúncio de que um crucificado pudesse ser o Messias prometido pelos profetas do AT era um escândalo. Ora, quem fosse suspenso no madeiro (cruz), de acordo com a Lei, estava sob a maldição divina (Dt 21.23). Por isso, nosso Senhor não passava de um blasfemo para Saulo. Mais tarde, por ocasião de sua conversão, ele descobre que Cristo assumiu a maldição da Lei e, por isso, nos livrou dessa maldição (Gl 3.13).


SÍNTESE DO TÓPICO I

Saulo ameaçava a igreja, não por acaso, ele se descreve como blasfemo, perseguidor e opressor.


SUBSÍDIO PEDAGÓGICO


Antes de iniciar a aula desta semana, faça uma pequena recapitulação da aula passada. É muito importante que os alunos tenham uma percepção da concatenação dos assuntos. Jamais deixe que o conteúdo fique solto na imaginação dos alunos. O trabalho do professor é trazer unidade ao tema e aplicá-la à realidade dos alunos. Outrossim, procure aplicar esse método de recapitulação ao longo de todo o trimestre. Portanto, cuide da concatenar as ideias e, ao mesmo tempo, expressar a unidade da revista.


II- A PERSEGUIÇÃO CONTRA A IGREJA DE CRISTO


1. Contra os seguidores de Jesus. A perseguição de Saulo contra Jesus era uma perseguição contra a Igreja, o Corpo de Cristo, uma instituição divina. Ao passo que ele “respirava ameaças e morte” (At 9.1) contra os seguidores de Cristo, sua intenção era acabar de vez com “a Igreja”. Ao atacá-la, atingiu as pessoas que representavam Cristo, dentre as quais havia um homem arguto, defensor do nome de Jesus e cheio do Espírito Santo, cujo nome era Estevão.


2. Saulo de Tarso e Estevão. Se por um lado Saulo era um erudito que chamava atenção, devido à sua cultura judaica, greco-romana e autoridade na Torah, Estevão era um erudito do Judaísmo com uma grande capacidade do Espírito para confrontar ideias contrárias aos ensinos de Jesus (At 6.9.10; 7.2-53). O primeiro mártir da Igreja era um homem cheio do Espírito Santo, conhecedor profundo da história de seu povo e da teologia judaica. Por isso, quando apontava para Jesus Cristo como clímax da revelação redentora para o mundo, o fazia com autoridade.


O discurso inflamado de Saulo, e respaldado pelos oponentes dos seguidores de Jesus, deparou-se com outro discurso, mas este proveniente da sabedoria do Espírito (At 6.10). Essa autoridade espiritual de Estevão atraiu a ira dos inimigos de Cristo (At 6.5.11; 7.55). Por isso, com o pleno consentimento de Saulo (At 8.1), eles o apedrejaram até a morte (At 7.59,60). Mas se por um lado eles mataram Estevão, por outro, potencializaram a mensagem do primeiro mártir da Igreja.


3. Uma intolerância religiosa e política contra a igreja atual. A igreja atual continua a despertar fúrias de certas autoridades políticas e religiosas que não aceitam a mensagem de liberdade e vida que o Evangelho proporciona. Nossos irmãos, que servem a Deus em países políticos e religiosamente fechados para o Evangelho, continuam a pagar, com a própria vida, a fidelidade à mensagem de Cristo. Oremos pela igreja perseguida!


SÍNTESE DO TÓPICO II

A perseguição de Saulo contra Jesus era uma perseguição contra a Igreja de Cristo.


SUBSÍDIO APOLOGÉTICO


Além da perseguição tradicional aos cristãos, há a perseguição mais sofisticada, que se dá no campo cultural. Por exemplo, quando tentam reduzir a vivência da fé à vida privada dos cristãos, trata-se de uma perseguição cultural e ideológica. Ora, do ponto de vista filosófico, o ser humano é um ser religioso. Do ponto de vista antropológico-teológico, o ser humano é imagem de Deus e, por isso, tem uma centelha divina dentro dele que o impulsiona à busca por Deus, embora, como afirma a nossa Declaração de Fé, essa imagem divina esteja distorcida e corrompida. A necessidade de buscar a Deus é própria do ser humano. Impedir essa iniciativa livre e pública é impedir a livre manifestação da condição de ser humano. Por isso que, ao longo da história, a perseguição aos cristãos viola os direitos humanos.


Ou seja, a partir do momento que autoridades, intelectuais, jornalistas, artistas, exigem que os cristãos não tenham o direito de expressar os seus valores, princípios e doutrinas que perpassam a dinâmica da vida e fazê-lo em qualquer espaço da sociedade, há sim uma violação aos direitos mais nobres do ser humano. Não é possível exigir dos cristãos que escondam a sua fé, isto é, que deixem de falar o que eles têm visto e ouvido. Tentaram fazer isso com os apóstolos Pedro e João: “E, chamando-os, disseram-lhes que absolutamente não falassem, nem ensinassem, no nome de Jesus.” (At 4.18); mas suas respostas foram taxativas: “Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus; porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.” (At 4.19,20).


III- QUANDO UM SISTEMA SE VOLTA CONTRA A IGREJA


1. Como era a perseguição contra os primeiros discípulos? Saulo de Tarso liderou uma perseguição continua e violenta. Ele prendia os primeiros cristãos, mandava açoitá-los e não havia escrúpulos mesmo com mulheres e crianças (At 9.21; 22.5): “sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a devastava” (Gl 1.13). Saulo entendia que praticar essas barbáries era defender a fé judaica, livrando os judeus dos "hereges", exatamente nos moldes de que Jesus havia alertado os discípulos: “Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus” (Jo 16.2).


2. Perseguição, tortura e método. Parece exagero afirmar que Saulo de Tarso torturava os primeiros cristãos, mas é o que ele mesmo declara em seu testemunho pós-conversão. Além de castigá-los fisicamente, ele empregava a tortura psicológica para induzi-los a blasfemarem (At 26.10.11). Entretanto, apesar da violência empregada com açoites, prisões, tortura psicológica, apedrejamento e mortes, muitos dos discípulos fiéis a Cristo não negaram o nome de Jesus.


3. Perseguição aos pentecostais. No início do Movimento Pentecostal no Brasil, nossos pioneiros sofreram toda sorte de perseguição e violência. Muitos deles sofreram agressões físicas e psicológicas. Tudo isso porque pregavam uma doutrina que a religião oficial não aceitava. O que dizer de Daniel Berg e Gunnar Vingren, os primeiros pastores dos primórdios das Assembleias de Deus no Brasil? E tantos outros irmãos perseguidos nesses rincões brasileiros? Ao olhar para o passado, devemos enxergar o presente e conscientizar-se de que a obra pentecostal custou alto preço.


SÍNTESE DO TÓPICO III

A perseguição contra os primeiros cristãos envolvia açoites, prisões e constrangimentos.


SUBSÍDIO MISSIOLÓGICO


Há obras e sites especializados que se dedicam em retratar o fenômeno contemporâneo da perseguição aos cristãos. Muitos são os relatos das grandes dificuldades que nossos irmãos passam em países por causa de sua fé. Além do tema da perseguição aos cristãos nos países mulçumanos, há análises abundantes a respeito da igreja nos países sob “os poderes comunistas remanescentes”, esses países são a China, o Vietnã, Laos, Cuba e Coreia do Norte. Em épocas passadas, esses países cometeram crimes bárbaros contra todas as religiões, incluindo os cristãos. Isso se dava porque esses regimes, sob óculos ideológicos, viam nas religiões, como o Cristianismo, um obstáculo para o progresso do regime de poder.

Por esse motivo, cristãos foram martirizados, igrejas foram devastadas, missionários forçados aos trabalhos forçados. Os países desse regime, bem como os de regimes religiosos, de religião islâmica e outras, injustiçaram muitos de nossos irmãos. Hoje, alguns desses países usam uma tática diferente. Há países que, devido aos seus maiores envolvimentos com a economia global, não executam a matança em massas de cristãos, mas colocam a vida deles sob rígida vigilância. Entretanto, o regime considera ilegal, trata os cristãos supostamente fora da lei com prisão e brutalidade. Há outros regimes que nem aparência de civilidade há. Por isso, oremos pela igreja perseguida!


CONCLUSÃO


Se a Igreja fosse uma mera organização humana, já teria acabado. Mas é uma instituição divina, edificada pelo próprio Cristo e, por isso, a Igreja subsiste ao longo dos séculos e continuará a subsistir até a vinda gloriosa de Jesus


QUESTIONÁRIO


1. Como Saulo se descreve? 

Saulo se descreve como “blasfemo”, “perseguidor” e “opressor”.


2. O que a expressão “respirando ameaças e morte” descreve? 

A expressão “respirando ameaças e morte” (At 9.1) descreve, de maneira figurada, Saulo como uma fera selvagem que ameaça sua presa.


3. Segundo a lição, quem era um homem arguto, defensor do nome de Jesus e cheio do Espírito Santo? Estevão.


4. Como se dava a perseguição contra a Igreja? 

Paulo prendia os primeiros cristãos, mandava açoitá-los e não havia escrúpulos mesmo com mulheres e crianças.


5. Você acha que a igreja de hoje passa por algum tipo de perseguição? Justifique a sua resposta. Resposta livre


02 outubro 2021

O MUNDO RELIGIOSO DE PAULO


Neste terceiro tópico falaremos sobre o aspecto religioso e a ligação de Saulo com a descendência e religião judaica. Saulo era descendente da tribo de Benjamim, a mesma de Saul. O seu nome Saulo é uma variação hebraica do nome de Saul, primeiro rei de Israel. Paulo era o seu nome romano. (O seu nome não foi mudado)

Saulo estudou com o rabino Gamaliel, aprofundou-se na teologia judaica e tornou-se fariseu. Esta ligação com o Judaísmo e o seu vasto conhecimento da Lei, também contribuiu para que ele mostrasse pelas Escrituras que Jesus é o Messias prometido a Israel. 


1. Paulo se identifica como judeu. Paulo, em seus discursos e epístolas, sempre se identificava como um judeu, da tribo de benjamim e doutor da lei (Fariseu). Em seu discurso em sua defesa, em Atos 22, ele falou em hebraico para uma plateia lotada de judeus que o acusavam de ser inimigo da lei. Quando o ouviram falar em hebraico, fizeram silêncio absoluto.

Na Epístola aos romanos também Paulo se identifica com o povo Judeu, desejando a salvação do seu povo: “Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo): Que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração. Porque eu mesmo poderia desejar ser anátema de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne.” (Rm 9.1-3).

Depois, na segunda Epístola aos Coríntios, Paulo falando contra os falsos apóstolos, que questionavam a sua autoridade, disse: “São hebreus? também eu. São israelitas? também eu. São descendentes de Abraão? também eu.” (2 Co 11,22).


2. Paulo foi criado dentro da fé judaica. Os judeus valorizavam muito as genealogias e não se misturavam com outros povos. Mesmo os nascidos fora de Israel, na época da diáspora mantinham as suas ligações com a descendência de Abraão. Eles aguardavam o Messias e sabiam que ele seria das descendências de Abraão e de Davi. O evangelista Mateus traçou toda a descendência de Jesus, desde Abraão, pois o seu livro foi destinado aos judeus.

Havia também várias regras que todos os judeus seguiam, como a circuncisão no oitavo dia de nascido. Este ritual simbolizava a aliança que Deus fez com Abraão (Gn 17.9-14). Todos os pais judeus, tinham a obrigação de circuncidar os seus filhos ao oitavo dia. Havia outras regras previstas na lei, como a abstinência de vários tipos de alimentos, rituais de purificação, a guarda do sábado, etc. 

Os Fariseus eram um partido religioso de Israel, que se notabilizavam pela observância rigorosa da Lei, não apenas da lei escrita, mas, também da tradição oral dos anciãos de Israel. Eram extremamente rigorosos quanto ao dízimo, a guarda do sábado e a separação dos gentios. Por isso, se tornaram adversários ferrenhos de Jesus, que os chamou de hipócritas, pois, observam muito exterior para serem vistos pelos homens e ignoravam os princípios fundamentais da lei, como o amor, a misericórdia e a justiça.  

Desde a sua infância, Saulo foi criado no Judaísmo, seguindo rigorosamente todos os seus preceitos (Gl 1.14). Na sua adolescência, o seu pai que era um judeu fervoroso o levou a jerusalém para estudar profundamente a Lei, com o renomado rabino Gamaliel “Quanto a mim, sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, e nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zelador de Deus, como todos vós hoje sois.” (At 22.3). 

As origens judaicas de Paulo e o seu conhecimento da Lei, portanto, eram incontestáveis. Ele era profundamente gabaritado para conversar com os mestres da Lei e mostrar pelas Escrituras, que Jesus é o Messias prometido a Israel. 


3. O mundo: palco da mensagem de Paulo ao povo gentílico. Apesar de todo o conhecimento e cultura judaica que Paulo possuía, o Senhor o chamou para levar o Evangelho aos gentios, nos lugares mais distantes, onde o Evangelho ainda não havia sido pregado. Os demais apóstolos, inicialmente, tinham uma visão limitada do Evangelho, pregando-o apenas nas comunidades judaicas (At 11.19). Mas, Jesus levantou este gigante e o preparou pessoalmente para plantar Igrejas em todo o mundo. Paulo cumpriu cabalmente, a missão que  o Senhor lhe confiou. Viajou pelo mundo, fazendo missões, pregando nas praças, sinagogas, areópago, etc. No final do seu ministério, prevendo que a morte se aproximava, ele assim escreveu a Timóteo, seu filho na fé: “Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé.” (2 Tm 4.7).

O mundo de houve também representa um grande desafio para a Igreja. Bilhões de pessoas em todo o mundo, caminham a passos largos para o abismo, necessitando ouvir a pregação do Evangelho. Oremos para que o Senhor levante mais obreiros como Paulo.

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Pb. Weliano Pires

01 outubro 2021

O MUNDO CULTURAL DE PAULO


Alexandre Magno ou Alexandre, o grande, era um grande estrategista militar e derrotou o império Persa, em 334 a C. Depois conquistou os territórios da Síria e Egito e foi o fundador da cidade de Alexandria. Alexandre foi influenciado pelo grande filósofo grego, Aristóteles. Por isso, os seus ideais eram não apenas dominar os povos pela guerra, mas também espalhar as ideias e a cultura grega por toda parte. Após a morte de Alexandre, em 323 a.C. o seu império foi dividido em três grandes reinos: o Egito, a Síria e a Macedônia. Os seus generais: Selêuco, Lisímaco, Ptolomeu e Cassandro, dividiram o império grego entre si:

Ptolomeu: Governou o Egito, incluindo o Nordeste da África, a Palestina e Arábia.

Cassandro: Governou a Macedônia e toda a Grécia;

Lisímaco: governou parte da Península da Anatólia e da Trácia;

Selêuco: Governou os territórios da Mesopotâmia e Império Persa.

Estas divisões do império enfraqueceram o império grego e possibilitaram o domínio romano. Entretanto, a influência grega foi tão forte e estava tão arraigada pelo mundo, que os romanos a mantiveram. 

Neste contexto, três fatores gregos foram muito importantes na vida do apóstolo Paulo, para a divulgação do Evangelho e expansão do Cristianismo: o idioma universal, a diversidade religiosa e a filosofia grega. 


1. A língua mundial daqueles dias era o grego. Quando nos referimos ao idioma grego, é preciso ter em mente que ele se divide em cinco períodos:

a. Período formativo. Período entre 1500 a.C. até 900 a.C., quando se originaram também os três principais dialetos da língua: o dórico, o eólico e o jônico-ático.

b. Período clássico. De 900 a 330 a.C. Neste período foram escritas as famosas obras literárias, como a Ilíada e a Odisséia, atribuídas a Homero e, mais tarde, as obras de Hesíodo, Heródoto e Platão, entre outros. Nesse período iniciou-se o dialeto ático. 

c. Período koinê. Começou a ser usado a partir das conquistas de Alexandre, o grande. A palavra grega koiné vem de Koinonia que significa “comunhão”. Portanto, o grego koiné era a língua comum da população. A versão grega do Antigo Testamento, a Septuaginta (LXX), foi traduzida do hebraico para o grego em 250 a. C., no grego koiné. Os escritos do Novo Testamento também foram escritos neste idioma, com exceção do Evangelho de Mateus que foi escrito em aramaico. 

d. Período bizantino. Com a divisão do Império Romano a língua grega foi preservada principalmente em Bizâncio e na Ásia Menor. Nesse período a língua comum passou a ser conhecida como grego bizantino, que é uma continuação do koinê. 

e. Período moderno. A partir da queda do Império Romano oriental, a língua de uso comum nesse período ficou conhecida pelo nome de grego moderno. É o grego falado hoje nas ruas de Atenas. 


Sendo criado e educado em Tarso da Cilícia, Saulo falava e escrevia fluentemente o grego koiné. Como ele era judeu de nascimento, falava também o hebraico e o aramaico, que eram as línguas nativas de Israel, após o cativeiro babilônico. Por ser um cidadão romano, filho de uma família judaica influente, Saulo certamente falava o latim, que era o idioma falado pelos governantes romanos. 

Toda esta variedade de idiomas e fluência do apóstolo Paulo neles, contribuíram significativamente, não apenas na pregação do Evangelho onde ele chegava, mas também para escrever as suas 13 epístolas, que foram escritas no grego koiné. Na atualidade também há uma variedade de línguas e dialetos, que representam um desafio para os missionários e tradutores da Bíblia. 


2. O mundo cultural do apóstolo Paulo. A cultura grega era aberta ao diálogo e à diversidade de ideias. Aliás, a democracia surgiu com os gregos, através do legislador Clístenes.  Antes deles, os reis eram considerados deuses ou representantes deles. Os gregos criaram as cidades-estados, chamadas de "polis". Esta palavra deu origem  à palavra política. 

No campo religioso, havia diversidade religiosa e politeísmo. Os gregos tinham uma infinidade de divindades, uma para cada área: fertilidade, prosperidade, beleza, sabedoria, guerra, etc. Eles acreditavam que no Olimpo, o monte mais alto da Grécia, habitavam vários deuses. Zeus era o líder desses deuses do Olimpo e responsável pelos céus e pela terra. Hera, sua mulher, era a deusa da maternidade. 

Diferente do monoteísmo judaico, onde não se tolerava outros deuses, no politeísmo grego havia a abertura para novas religiões. No Areópago de Atenas, por exemplo, Paulo ficou impressionado com a variedade de altares e deuses pagãos, inclusive, havia um que era dedicado ao "deus desconhecido''.

Essa diversidade religiosa dos gregos, tolerada pelo império romano, facilitou de certa forma, a introdução do Cristianismo por todo o império. Paulo pregava o Evangelho por toda parte aos gentios. A grande perseguição vinha por parte dos Judeus, que viam no Cristianismo, uma seita que ameaçava o Judaísmo. A perseguição e crueldade dos romanos contra os cristãos começou a partir do imperador Nero, que incendiou Roma e colocou a culpa nos cristãos. A partir daí, os cristãos passaram a ser odiados, perseguidos e, brutalmente, torturados e mortos pelo Império romano.

Na atualidade também, embora haja muitas perseguições ao Cristianismo, ainda há liberdade religiosa e diversidade cultural, que favorecem a pregação do Evangelho, principalmente no Brasil. Com sabedoria e estratégias, podemos proclamar o Evangelho aos perdidos. 


3. A influência da filosofia grega. Esta influência politeísta e filosófica greco-romana, no entanto, acabou influenciando o pensamento de muitos cristãos, levando-os a heresias e falsos evangelhos. O gnosticismo, por exemplo, trouxe muitos problemas para as Igrejas, nos dias de Paulo. Este movimento é uma fusão de várias crenças antigas e teve início antes do advento do Cristianismo. A palavra grega “gnosis” significa “conhecimento”. É dela que vem as palavras diagnóstico, prognóstico e outras. O gnosticismo considera o conhecimento como algo necessário para a salvação. São dualistas, pois acreditam que o espírito é essencialmente bom e a matéria essencialmente má. Por esta razão, negavam a humanidade de Cristo. 

Outro movimento que trouxe problemas ao Cristianismo nos dias de Paulo foram os chamados judaizantes, que diziam que os convertidos ao Cristianismo deveriam também guardar a lei e os costumes judaicos para serem salvos. Paulo e Barnabé eram acusados por eles de pregarem contra a Lei. Por isso, foi convocado o primeiro concílio da  Igreja em Jerusalém, para discutir a questão. Ficou decidido pelos apóstolos e anciãos que os Cristão deveriam abster-se de comer sangue, carne sufocada (com o sangue), da prostituição (pecados sexuais) e dos alimentos oferecidos aos ídolos. (Atos 15).

Vemos aqui a necessidade da apologética cristã. Além de pregar o Evangelho aos perdidos  e ensinar as doutrinas bíblicas, a Igreja tem a obrigação de conhecer e lutar contra os falsos ensinos, combatendo-os à luz da palavra de Deus.


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Pb. Weliano Pires


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