02 agosto 2024

A REMIÇÃO DA LINHAGEM DE DAVI ATRAVÉS DE RUTE E BOAZ

(Comentário do 3º tópico da Lição 05: O CASAMENTO DE RUTE E BOAZ: A REMIÇÃO DA FAMÍLIA)

Ev. WELIANO PIRES


No terceiro tópico falaremos da remição da linhagem de Davi. A palavra remição (com ç) vem do verbo remir, que significa “obter de novo, ou tornar isento”. Remissão (com ss), por sua vez, vem do verbo remitir que significa conceder perdão, indultar. É derivado do latim remissionis e, por isso, escreve-se com “ss”.. Remição traz a idéia de resgate ou perdão de uma dívida por meio de algum esforço, ou pagamento por parte do devedor ou de alguém que faz isso por ele. Na remissão, o perdão é obtido por liberalidade, perdão, compaixão e misericórdia por parte do credor. Veremos neste tópico que Rute e Boaz geraram a Obede, que foi o avô do rei Davi e permitiu a continuidade da descendência de Noemi e Elimeleque. Esta linda história de amor entre um israelita próspero e uma estrangeira pobre e viúva é também um tipo do relacionamento espiritual de Cristo com a Igreja. 


1- O nascimento de Obede. Além da bênção do casamento, após ter ficado viúva e ter passado por muitas dificuldades junto com a sua sogra, Rute recebeu também a benção da maternidade. No primeiro casamento, ela não teve filhos, provavelmente por esterilidade do marido. Agora, o Senhor lhe concedeu um filho logo no início do casamento, que recebeu o nome de Obede, que significa “servo”, por indicação das amigas de Noemi. 


O nascimento de Obede foi muito festejado pelas mulheres de Belém e não era para menos. Este menino representava muito para Noemi. Quando retornou de Moabe, ela trazia dentro de si a amargura por ter perdido o esposo e os dois filhos e sem ter nenhum neto que pudesse dar continuidade à sua descendência. Além disso, ela já era idosa e não tinha mais possibilidade de ser mãe. 


Noemi já havia recebido todo apoio e amor da sua nora Rute. Agora, com a remição da família por Boaz, o Senhor completou a sua alegria dando-lhe um menino, que seria considerado seu neto e poder cuidar dela na velhice e dar sequência à sua descendência. Os filhos são herança do Senhor (Sl 127.3) e os netos são a coroa dos avós na velhice (Pv 17.6). 


2- Boaz, um tipo de Cristo. A história de Rute e Boaz não é apenas a  história de um resgate das terras de uma família e o casamento de um parente próximo de um falecido para lhe suscitar descendência, como dizem, respectivamente, as leis do Resgatador e do Levirato. Esta bela história de amor é uma figura do relacionamento de Cristo com a Sua Igreja. A vida de renúncia, pureza, amor e submissão de Rute representa a Igreja de Cristo. Por outro lado, Boaz representa Cristo que é o nosso eterno Redentor. 


Quando falamos de tipo, nos referimos a pessoas, eventos, instituições e ofícios do Antigo Testamento, que apontavam para o Novo Testamento. A palavra tipo vem do grego typos, que significa golpe ou marca deixada por um golpe. Na tipologia bíblica, algo literal representa de forma intencional e planejada coisas espirituais. A Epístola aos Hebreus nos fornece abundantes exemplos de tipos do Antigo Pacto e os seus respectivos significados na Nova Aliança, apontando também a superioridade desta sobre aquela. Entretanto, é necessário ter cuidado para não inventar tipos e ir além daquilo que está escrito. 


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág.38.

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.360.

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em família: Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

Patterson, D. K, KELLEY, R. H. Comentário Bíblico da Mulher Antigo Testamento. Vol. I. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.486-82.

https://www.comoescreve.com/2014/03/remissao-ou-remicao.html


01 agosto 2024

O CASAMENTO ENTRE BOAZ E RUTE

(Comentário do 2º tópico da Lição 05: O CASAMENTO DE RUTE E BOAZ: A REMIÇÃO DA FAMÍLIA)


Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico veremos os detalhes do casamento de Boaz e Rute. Boaz estava decidido a se casar com Rute, mas havia um obstáculo, que era a preferência do parente mais próximo. Respeitando o processo de remição, Boaz foi falar com o titular. O casamento de Boaz com Rute ressalta o papel da liderança masculina que pressupõe atitude, amor responsável e honra à mulher.


1- Concluindo o negócio. Rute foi informada por Noemi de que Boaz era o remidor da família e seguiu todas as orientações da sua sogra, como vimos no tópico anterior. É provável que Noemi não soubesse, ou não se lembrava de que havia um parente mais próximo, que era o remidor. Quando Rute comunicou a Boaz que ele era o remidor, ele respondeu que havia outro mais próximo. 


Tudo nos leva a crer que tanto Rute como Boaz estavam interessados em se casarem. Porém tinha um obstáculo para o casamento se concretizar, que era este parente mais próximo, que a Bíblia não cita o nome, nem o grau de parentesco dele com Elimeleque. Diante deste obstáculo, Boaz tomou a iniciativa de enfrentar o obstáculo e concluir  o processo do casamento. Como um homem responsável ele chamou para si a responsabilidade de enfrentar o obstáculo. 


Na sociedade pós-moderna, o papel do homem como líder da família e provedor do lar tem sido questionado e desconstruído. Por conta disso, muitos homens se tornam frágeis emocionalmente e não assumem as suas responsabilidades como esposo e pai de família. Deus criou o homem com características físicas e emocionais para liderar a família e prover-lhe sustento e segurança. Desde a criação, o homem sempre foi instruído desde cedo a se preparar para assumir as responsabilidades para com a família. A masculinidade é sinônimo de virilidade, segurança e defesa da mulher e dos filhos. Boaz é um exemplo de masculinidade, pois ele foi um modelo de generosidade e responsabilidade para com a família. 


2- Resgate e lei do levirato. Na lição passada falamos da Lei do resgatador (heb. Goel) e do casamento por Levirato (do latim Levir, que significa cunhado). A primeira visava o resgate das terras vendidas por causa de dívidas, pelo parente mais próximo para a família do falecido. A Lei do Levirato, por sua vez, previa que se um homem falecesse e não tivesse filho, o seu irmão solteiro deveria se casar com a viúva para suscitar descendência ao irmão falecido. O primeiro filho deste casamento seria considerado filho do falecido (Dt 25.5,6). 


Como vimos na lição passada, no tempo dos juízes, a aplicação da Lei do Levirato tinha sido ampliada e se aplicava não apenas ao irmão, mas também ao parente mais próximo, caso o falecido não tivesse irmão. Este era o caso de Malom, primeiro esposo de Rute. Ele faleceu sem deixar filhos e não tinha mais irmão, pois o seu irmão Quiliom também havia falecido em Moabe. Neste caso, para que a terra voltasse à família de Elimeleque, seria necessário que o resgatador além de comprar as terras, também se casasse com a viúva, que poderia ser Noemi ou Rute. Mas Noemi já era muito velha para ter filhos. 


Boaz, então, procurou o parente mais próximo e explicou-lhe que ele tinha o dever de resgatar as terras de Elimeleque. O homem se dispôs a resgatar a terra, mas quando ficou sabendo que fazia parte do pacote casar-se com a viúva, abriu mão da responsabilidade. Infelizmente, há pessoas que pensam apenas no lado econômico e, quando se trata de assumir responsabilidades, não querem saber. Muitos casamentos atualmente se acabam por este motivo. Outros nem acontecem, porque uma das partes não tem condições financeiras. As pessoas valorizam mais o “ter” do que o “ser”. 


3- O registro público. Com a desistência do seu primo, o caminho estava livre para Boaz se casar com Rute. Segundo a Lei do Levirato, se o cunhado não quisesse se casar com a viúva, ela deveria comunicar o fato aos anciãos da cidade. O homem deveria ser chamado à presença dos anciãos para explicar a recusa. Caso insistisse na recusa, a mulher se chegaria a ele, na presença dos anciãos, descalçaria o sapato dele e cuspiria no rosto dele, como sinal de protesto. O apelido do tal homem passaria a ser “a casa do descalçado”. (Dt 25.7-10).


Boaz era um homem correto e queria fazer tudo dentro da legalidade. Por isso, resolveu falar com o homem na porta da cidade. Ali era um local movimentado, por onde passavam todos os que entravam e saiam da cidade. Haviam ambulantes, várias atividades comerciais e discussões d questões de interesse público. Era uma espécie de câmara municipal. 


A porta da cidade era o lugar ideal para Boaz encontrar testemunhas e fazer o registro público da desistência do seu primo de casar-se com Rute, perante os anciãos da cidade. Ao mesmo tempo, ele anunciaria o seu casamento com Rute e ela seria recebida pelos anciãos do povo, como membro da comunidade de Israel. Tanto os anciãos como o povo em geral, se colocaram como testemunhas e proferiram palavras de bênçãos sobre o casal (Rt 4.9-11). 


Infelizmente, em nossos dias, muitas pessoas querem apenas se amasiar ou manter um relacionamento sem nenhum compromisso oficial, alegando que o casamento é apenas um papel. Ora, mesmo antes de haver o casamento civil, já havia os procedimentos, onde as autoridades e testemunhas confirmavam o casamento. Deus nunca aprovou nenhuma forma de clandestinidade. O interessante é que estas mesmas pessoas quando compram ou vendem imóveis e veículos não dizem que o documento é só um papel. Um homem de verdade quando assume publicamente o seu casamento, até mesmo para dar dignidade e proteger a sua esposa. 


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág.38.

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.360.

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em família: Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

Patterson, D. K, KELLEY, R. H. Comentário Bíblico da Mulher Antigo Testamento. Vol. I. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.486-82.

31 julho 2024

O COMPROMISSO DE BOAZ COM RUTE

(Comentário do 1º tópico da Lição 05: O CASAMENTO DE RUTE E BOAZ: A REMIÇÃO DA FAMÍLIA) 


Ev. WELIANO PIRES


No primeiro tópico, falaremos do compromisso de Boaz para com Rute de casar com ela. Rute era uma mulher bela e virtuosa, que certamente teria outras oportunidades fora de casa, mas preferiu ficar no lugar da bênção, sob a liderança de sua sogra Noemi, que elaborou um plano para aproximar Rute e Boaz. O caráter santo e justo de Rute e Boaz, levou-os a respeitar o processo e esperar o momento certo para terem qualquer intimidade. 


1- No lugar da bênção. Antes de falarmos do compromisso de Boaz para com Rute, é importante destacar as qualidades dela. Rute é um exemplo de mulher virtuosa em todos os aspectos, desde que se apegou à sua sogra em Moabe e se converteu ao Deus de Israel. Não restam dúvidas de que ela era uma mulher jovem e atraente, mas não foi apenas isso que encantou Boaz. 


Estando ainda em Moabe, quando Noemi decidiu voltar à sua terra e recomendou às suas noras que voltassem ao seu povo, Rute jurou fidelidade a ela e a Deus, e disse-lhe que nada além da morte iria separá-las. A partir deste momento, Rute acompanhou a sua sogra e seguiu integralmente as suas orientações. 


Chegando a Belém, Noemi enfrentava uma crise existencial, por conta de tudo o que havia acontecido à sua família em Moabe, onde perdera o esposo e os dois filhos. Idosa e sem perspectivas, Noemi encontrou em Rute a força e o amparo necessário para recomeçar a vida. Rute, por sua vez, contou com a experiência e orientação de Noemi, pois não conhecia as leis, os costumes e o Deus de Israel. 


Rute permaneceu sob a liderança da sua sogra. Até para  trabalhar e buscar a sobrevivência de ambas, Rute pediu a autorização da sua sogra. Quando retornava, contava à sogra, em detalhes, tudo o que havia acontecido. Rute jamais se enveredou pelos ideais feministas, que propõem a autonomia das mulheres e a guerra destas contra os homens. 


Toda esta lealdade, obediência e permanência no lugar da bênção foram recompensados por Deus, que providenciou-lhe um homem trabalhador, próspero, temente a Deus, respeitador e honrado. Jamais devemos sair do lugar da benção, sem a direção de Deus em busca de aventuras. Muitos jovens saem do seu lugar e perdem a bênção de um casamento abençoado e aprovado por Deus. 


2- A iniciativa de Noemi. Noemi, certamente, tinha profunda gratidão por tudo o que Rute lhe fizera e a considerava como se fosse sua filha. Sendo assim, era do seu interesse que Rute encontrasse um bom esposo e recomecasse a vida. Com base nas informações que Rute lhe forneceu em relação a Boaz, Noemi com toda a sua experiência de vida, sabia que Boaz era o homem ideal para ela e concluiu que precisava dar uma força para aproximar os dois. 


A experiente Noemi conhecia profundamente a rotina do plantio de trigo e cevada. Conhecia também os costumes de Israel. Ela sabia que as espigas colhidas eram levadas para o local da debulha e que nesta ocasião, certamente Boaz passaria a noite ali, para evitar eventuais furtos. Era uma excelente oportunidade para Rute se apresentar a ele e demonstrar o seu interesse. 


Rute foi orientada por sua sogra a tomar banho, perfumar-se, vestir uma bela roupa e deitar-se aos pés de Boaz, sem que ele notasse. Quando ele acordasse, entenderia tudo e diria a ela o que deveria fazer. Seguindo todas as orientações da sogra, Rute foi aonde Boaz estava e deitou-se aos seus pés sem que ele percebesse. 


3- Respeitando o processo. Quando acordou, Boaz percebeu que havia uma mulher aos seus pés, estremeceu e perguntou quem era. Rute se identificou, pediu-lhe que estendesse a capa e disse que ele era o remidor. O gesto de estender a capa era um costume da época que indicava um compromisso. Então, Rute praticamente pediu Boaz em casamento, de forma pura e legal, e obteve dele o compromisso de se casar com ela, se não houvesse impedimento. 


Rute seguiu a orientação de Noemi e foi ao encontro de Boaz, limpa, perfumada e bem vestida. Evidentemente, ela não foi lá se insinuar sensualmente para ele, até porque ele estava dormindo. Mas uma mulher limpa, perfumada e bem vestida chama a atenção de um homem decente. Limpeza, perfume e boa apresentação não tiram a santidade de ninguém. Estamos falando de mulher, mas isso vale para o homem também. O homem pode até ser uma boa pessoa, trabalhador e temente a Deus, mas se não cuidar da própria higiene, não se perfumar e não se vestir bem, dificilmente irá se casar. Limpeza, perfume e boa apresentação não tiram a santidade de ninguém. 


Boaz já havia se encantado pelas virtudes de Rute, quando foi informado do que ela havia feito em prol da sua sogra. Agora, a sua beleza, perfume e o belo vestido, completariam o encanto. Quando recebeu o pedido de casamento, ele não resistiu e prometeu que se casaria com ela, mas informou que havia outro remidor mais próximo, e que ele precisava respeitar o processo. Entretanto, garantiu-lhe que, se o homem recusasse, ele assumiria a responsabilidade e se casaria com ela. Além de estar no lugar da benção, devemos também aguardar o momento certo e fazer tudo dentro da lei. Coisas ilegais e no momento errado não são bençãos, são maldições. 


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág.38.

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.360.

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em família: Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

Patterson, D. K, KELLEY, R. H. Comentário Bíblico da Mulher Antigo Testamento. Vol. I. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.486-82.

30 julho 2024

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 05: O CASAMENTO DE RUTE E BOAZ: A REMIÇÃO DA FAMÍLIA

 

Ev. WELIANO PIRES

REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA

Na lição passada, vimos o início da bela história de amor entre Rute e Boaz. Por providência de Deus,  Rute foi trabalhar exatamente nos campos de Boaz, um parente do esposo de Noemi, que era um homem próspero e era o remidor da família. Além de ser um grande produtor rural, Boaz era um homem honrado, respeitador e temente a Deus.

TÓPICOS DA LIÇÃO

No primeiro tópico,
falamos Boaz como o remidor da família de Noemi. Boaz era um homem próspero, que tinha muitos trabalhadores em seu plantio de trigo e cevada. Falamos também das prescrições da Lei Mosaica sobre o “Goel” e “Levir”, respectivamente, a Lei do Resgatador e a do Levirato. Por último, falamos do temor a Deus e do respeito ao próximo, demonstrados nas palavras de Boaz.

No segundo tópico, falamos do carinho de Boaz para com a Rute. Boaz era um homem temente a Deus, que tratava a todos com ternura e respeito. Deus estava agindo e fez com que Boaz desse um tratamento diferenciado àquela jovem estrangeira. O proceder de Rute foi determinante para as portas se abrirem para ela.  Boaz tinha sensibilidade e espiritualidade e compreendeu que a ação de Deus não se limitava às fronteiras de Israel ou às barreiras étnicas. Ele era um cavalheiro, educado e que respeitava as pessoas de condição inferior.

No terceiro tópico, falamos da colheita de Rute e sua sobrevivência na terra de Israel. Rute semeou amor e lealdade à sua sogra, e fidelidade a Deus. Por causa disso, experimentou a mão invisível do Deus da providência agindo em seu favor. Falamos também sobre os “acasos” de Deus. Rute foi trabalhar, aparentemente, por acaso, nos campos de Boaz, que era o remidor da família. Entretanto, isso foi providência de Deus, que é soberano e está no controle de todas as coisas. Rute colheu não apenas cereais em abundância, mas também encontrou o remidor da família e entrou para a genealogia do Redentor da humanidade.

LIÇÃO 05: O CASAMENTO DE RUTE E BOAZ: A REMIÇÃO DA FAMÍLIA

INTRODUÇÃO


Esta é a última lição do primeiro bloco deste trimestre, que fala a respeito de Rute. A partir da próxima lição passaremos a estudar a história de Ester.  Nesta lição temos a continuação da lição passada. É o desfecho final da história de Rute e a conclusão da remição da família de Noemi. A conclusão desta emocionante história bíblica, que começa com a fome em Israel e todo o sofrimento da família de Elimeleque por causa da sua morte e dos seus dois filhos em Moabe, termina de forma brilhante com dois eventos marcantes: o casamento de Rute e Boaz, e o nascimento de Obede, avô do rei Davi. Esta história de amor entre Rute e Boaz é um tipo do relacionamento da Igreja com Cristo.

TÓPICOS DA LIÇÃO

No primeiro tópico, falaremos do compromisso de Boaz para com Rute de casar com ela. Rute era uma mulher bela e virtuosa, que certamente teria outras oportunidades fora de casa, mas preferiu ficar no lugar da bênção, sob a liderança de sua sogra Noemi, que elaborou um plano para aproximar Rute e Boaz.Entretanto, o caráter santo e justo de Rute e Boaz, levou-os a respeitar o processo e esperar o momento certo para terem qualquer intimidade.

No segundo tópico, veremos os detalhes do casamento de Boaz e Rute. Havia um obstáculo, que era a preferência do parente mais próximo. Mas, Boaz respeitou o processo de remição e foi falar com o titular. O casamento de Boaz com Rute ressalta o papel da liderança masculina que pressupõe atitude, amor responsável e honra à mulher.

No terceiro tópico, falaremos da remição da linhagem de Davi. Rute e Boaz gerou a Obede, que foi o avô do rei Davi. Esta linda história de amor entre um israelita próspero e uma estrangeira pobre e viúva, tornou-se um tipo do relacionamento espiritual de Cristo com a Igreja. A vida de renúncia, pureza, amor e submissão de Rute representa a Igreja de Cristo. Por outro lado, Boaz representa Cristo que é o nosso eterno Redentor.


REFERÊNCIAS:  

QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.
REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág.38. 
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.360.
CABRAL, Elienai. Relacionamentos em família: Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.
Patterson, D. K, KELLEY, R. H. Comentário Bíblico da Mulher Antigo Testamento. Vol. I. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.486-82.

27 julho 2024

A COLHEITA DE RUTE E A SUA SOBREVIVÊNCIA

(Comentário do 3º tópico da Lição 04: O ENCONTRO DE RUTE COM BOAZ) 


Ev. WELIANO PIRES


No terceiro tópico, falaremos da colheita de Rute e sua sobrevivência na terra de Israel. Falaremos inicialmente da lei da semeadura. Rute semeou amor e lealdade à sua sogra, e fidelidade a Deus. Por causa disso, experimentou a mão invisível do Deus da providência agindo em seu favor. Na sequência, falaremos dos “acasos” de Deus. Rute foi trabalhar, aparentemente, por acaso, nos campos de Boaz, que era o remidor da família. Entretanto, isso foi providência de Deus, que é soberano e está no controle de todas as coisas. Por último, falaremos do resultado da colheita de Rute. Ela colheu não apenas cereais em abundância, mas também encontrou o remidor da família e entrou para a genealogia do Redentor da humanidade. 


1- A lei da semeadura. Aqui o autor se refere ao Deísmo, que afirma que Deus criou o universo, mas não interfere nele. O Deus da Bíblia é transcendente, ou seja, Ele é infinitamente superior a tudo e a todos e está muito acima da nossa compreensão. Mas Ele é também imanente, pois Ele se interessa e se envolve nos problemas da humanidade. 


A lei da semeadura é uma realidade. O apóstolo Paulo ensinou que tudo o que o ser humano semear, isso também colherá. A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória. Rute, depois que entrou para a família de Noemi, creu no Deus de Israel e abandonou as suas antigas crenças e práticas. A partir daí, começou a plantar coisas boas, como a amizade, a lealdade e a bondade. Quando veio para a terra de Israel, passou a colher o que plantou. 


A lei da semeadura, no entanto, é diferente da lei do carma, ensinada por várias religiões. Na lei do carma, as pessoas nascem com um destino traçado, como consequência de supostas vidas anteriores. A lei da semeadura é bíblica e, segundo ela, nós obtemos resultados das nossas ações boas ou más. Entretanto, há o arrependimento que pode mudar o rumo. 


2- Os “acasos” de Deus. Rute veio com a sua sogra de Moabe para Belém. A sua Sogra Noemi já era idosa e não tinha mais condições de enfrentar o trabalho na lavoura. Para a sobrevivência de ambas, Rute saiu ao campo para colher espigas de trigo, sem conhecer ninguém e foi parar exatamente no campo de Boaz. Para ela, isso seria uma mera casualidade, pois ela não tinha nenhuma informação sobre Boaz e a Lei do Levirato. 


O que ela não imaginava é que aquilo era providência de Deus que, em sua onisciência, conhece todas as coisas e está no controle de tudo. Escrevendo aos Romanos, o apóstolo Paulo disse que “todas as coisas cooperam juntas para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados segundo o seu propósito.” (Rm 8.28). Evidentemente, Deus respeita o livre arbítrio que Ele mesmo concedeu ao ser humano e não decide por nós. Mas Ele governa o Universo e age em favor daqueles que o temem. Noemi quando soube das boas notícias de Rute, imediatamente identificou a providência de Deus em seu favor.


3- O resultado da colheita. Muitas pessoas reclamam por não estarem colhendo e param de plantar. Mas isso é um equívoco. Nem sempre a colheita será imediata. Há plantio que demoram para aparecer os frutos e outros só darão frutos na eternidade. O fato é que haverá colheita daquilo que plantamos, pois Deus não é injusto e recompensará as nossas obras. 


Rute se converteu ao Deus de Noemi e plantou coisas boas para com a sua sogra. Certamente, ela não imaginava quais seriam os resultados deste plantio. Mas, chegando a Belém, ela saiu para a colheita de cereais, buscando a sua sobrevivência e a da sua sogra. Os resultados começaram a aparecer. Deus a guiou aos campos de Boaz, que foi generoso com ela, permitindo que ela colhesse mais em sua lavoura, dando-lhe proteção e alimento.


A colheita final seria ainda maior. Rute casou-se com Boaz, um fazendeiro rico, um cavalheiro muito educado e temente a Deus. Para completar a benção, aquela pobre viúva moabita entrou para a genealogia do rei Davi e do Messias. Vale a pena semear no Reino de Deus e estar no centro da Sua vontade. 


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág.38.

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.358

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em família: Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

O CARINHO DE BOAZ PARA COM RUTE

(Comentário do 2º tópico da Lição 04: O ENCONTRO DE RUTE COM BOAZ) 

Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico, falaremos do carinho de Boaz para com a moabita Rute. Veremos que a pureza não exclui a ternura. Boaz era um homem temente a Deus, que tratava a todos com ternura e respeito. Veremos também que Deus estava agindo e fez com que Boaz desse um tratamento diferenciado àquela jovem estrangeira. O proceder de Rute foi determinante para as portas se abrirem para ela. Por último, falaremos da sensibilidade e espiritualidade de Boaz. Ele compreendeu que a ação de Deus não se limitava às fronteiras de Israel ou às barreiras étnicas. Boaz era um cavalheiro, educado e que respeitava as pessoas de condição inferior. 


1- A pureza não exclui a ternura. Boaz era um homem temente a Deus e, como tal, era um homem puro e terno. Ele tratava bem a todos, independente da condição social. Conhecendo bem os seus trabalhadores, Boaz notou a presença de Rute, uma mulher estrangeira, bem mais jovem do que ele e bela. Depois de perguntar ao encarregado dos seus empregados, foi informado de que era a moabita que viera com Noemi. Ele já tinha ouvido falar das virtudes de Rute, e como ela havia feito bem à sua sogra. 


Em momento algum, Boaz se aproveitou da situação desfavorável de Rute, para assediá-la. Ao contrário, ele foi generoso para com ela, pedindo para que ela não saísse para outros campos, mas permanecesse em seus campos. Ele deu ordem também aos trabalhadores para que deixassem cair um pouco mais de espigas para que Rute as colhesse. Boaz se preocupou também com a integridade física de Rute e deu ordem aos seus servos para que ninguém tocasse nela. 


O fato de ser um homem puro, não impediu que Boaz fosse também um homem carinhoso, terno e amável. O Senhor Jesus também conviveu com várias classes de pessoas que eram desprezadas pela sociedade da época, como os samaritanos, os publicanos, as mulheres adúlteras, os leprosos, etc. Mas Ele jamais maltratou ou desprezou quem quer que seja. Ao contrário, muitas vezes, o Mestre contrastou as discriminações dos escribas e fariseus. A vida cristã é absolutamente incompatível com qualquer tipo de assédio e discriminação. 


2- Deus estava agindo. Não era apenas Boaz que era um homem cheio de qualidades. Rute também era uma mulher virtuosa. A sua amizade, lealdade e bondade para com a sua sogra comprovam isso. As virtudes de Rute se tornaram conhecidas em Belém e, mesmo antes de conhecê-la pessoalmente, Boaz já sabia das suas virtudes. 


As nossas atitudes falam mais alto do que as nossas palavras. Se tivermos um mau testemunho, as pessoas irão notar e a notícia se espalhará. Mas o oposto também é verdadeiro. A nossa generosidade, ternura e respeito para com as pessoas que nos cercam também são vistos. Não precisamos falar das nossas qualidades pois somos observados o tempo todo. 


Deus agiu para aproximar Boaz e Rute, duas pessoas virtuosas que se completavam. Este encontro não foi fruto do acaso, como veremos no próximo tópico. Foi a providência de Deus. Existem pessoas que buscam uma pessoa virtuosa para casar. Mas são uma tribulação na vida dos seus pais, irmãos e de todos os que o cercam. Ora, Deus não vai preparar uma pessoa assim para casar com os seus servos. Quer se casar com um moço temente a Deus, trabalhador, respeitador e amável? Seja uma moça virtuosa e busque a Deus, que Ele aproximará você de alguém assim. Quer se casar com uma moça virtuosa? Ore a Deus e seja também um homem como Boaz.


3- Sensível e espiritual. Boaz era um homem sensível às necessidades humanas. Tratava bem os empregados, os pobres, as mulheres e estrangeiros como Rute. Mas ele também tinha também uma sensação espiritual aguçada e reconhecia que Deus não pertencia apenas a Israel, pois o Deus da Bíblia governa todo o Universo. 


Deus formou a nação de Israel e a preservou, não para ser exclusivamente deles, mas para através desta nação enviar o Salvador do mundo, em benefício de todas as nações. Quando Deus chamou Abrão, em Ur dos Caldeus, prometeu-lhe: “Em ti, serão benditas todas as famílias da terra.” 


O próprio Boaz, já havia testemunhado a Graça de Deus para com estrangeiros em sua família. A sua mãe Raabe era uma prostituta de Jericó. Ao conhecer o Deus de Israel, ela acolheu os espias e foi alvo da Graça de Deus. Certamente, ela abandonou a vida de prostituição, casou-se com Salmom, um homem da tribo de Judá, e entrou para a genealogia do Messias. Por isso, ele não teve dificuldade em aceitar uma moabita que se converteu ao Deus de Israel, como sua esposa. 


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág.38.

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.358

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em família: Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

26 julho 2024

BOAZ, O REMIDOR

(Comentário do 1º tópico da Lição 04: O ENCONTRO DE RUTE COM BOAZ).

Ev. WELIANO PIRES


No primeiro tópico, falaremos de Boaz como o remidor da família de Elimeleque. Veremos que Boaz era um homem próspero, que tinha muitos trabalhadores em seu plantio de trigo e cevada. Falaremos também das prescrições da Lei Mosaica sobre “Goel” e “Levir”, respectivamente, a Lei do Resgatador e a Lei do Levirato. Por último, falaremos do temor a Deus e do respeito ao próximo, demonstrados nas palavras de Boaz. 


1- Um homem próspero. Aqui temos um resumo biográfico de Boaz. O nome Boaz significa “rapidez” ou “força”. O texto de Rute 2.1 nos dá a informação de que ele era um homem “valente e poderoso, da família de Elemeleque”. A Nova Versão Internacional (NVI) traduziu a expressão “valente e poderoso” por “rico e influente”. De fato, era isso que Boaz era. 


Boaz era natural de Belém, da tribo de Judá. Era filho de Salmom e Raabe, descendente de Perez, filho de Judá e Tamá (Rt 4.21; Mt 1.5). Era parente próximo de Elimeleque. Segundo a tradição judaica, ele era sobrinho de Elimeleque. Não há confirmação bíblica desta informação, mas faz sentido, pois ele era o segundo parente mais próximo de Malom, que já havia falecido e não tinha mais irmãos, nem sobrinhos. 


Era também um rico agricultor, que possuía muitas terras, plantava trigo e cevada e tinha muitos trabalhadores a seu serviço (Rt 2.5,6,23). O texto bíblico nos informa que ele tinha uma equipe de trabalhadores na colheita e tinha um encarregado dessa equipe. No contexto atual, Boaz seria um grande empreendedor do ramo do agronegócio. 


2- “Goel” e “Levir”. Neste subtópico, o comentarista usou duas palavras praticamente desconhecidas, “Goel” e “Levir”, para explicar, respectivamente, a posição de Boaz como o resgatador das terras de Elimeleque, e também como aquele que deveria casar-se com a viúva, para suscitar descendência ao parente falecido. 


A substantivo hebraico goel, deriva do verbo gaal, que significa redimir ou resgatar. Na Lei Mosaica, a terra não podia ser vendida a estranhos. Quando o proprietário falecesse, a terra deveria continuar com os descendentes. Isso explica a relutância de Nabote, o jezreelita, em vender a sua vinha ao rei Acabe (1 Rs 21.1-3). Se um israelita empobrecesse, a ponto de perder a sua terra, o seu parente mais próximo era obrigado por lei a comprar a terra e devolvê-la à família (Lv 25.25-29). O mesmo acontecia no caso de um israelita ser escravizado por causa de dívidas (Lv 47-49). Se não houvesse quem resgatasse, a terra seria devolvida e o escravo seria liberto, sete anos depois, no ano do jubileu.


A palavra Levir não aparece na Bíblia. É uma palavra latina e significa literalmente “cunhado”. Não tem nada a ver com a tribo de Levi, ou com os levitas. O Levirato era uma prática do tempo dos patriarcas (Gn 38.6-11), que foi incorporada à Lei Mosaica. Segundo esta lei, se um israelita morresse e não tivesse filhos, o seu irmão solteiro casaria com a viúva e o primeiro filho seria considerado filho do falecido (Dt 25.5-10). 


Aqui, há um equívoco do comentarista, quando disse que esta lei previa que “o irmão do cunhado se casasse com a viúva”. Na verdade era o cunhado que deveria se casar com a viúva e não o irmão do cunhado. Na Lei Mosaica, esta regra se aplicava apenas ao irmão do falecido. Parece que no tempo dos juízes ela foi ampliada e abrangia o parente mais próximo e não apenas o irmão. Boaz não era o parente mais próximo, pois havia outro mais chegado. Porém, este se recusou a casar-se com Rute, a moabita, e o direito passou a ser de Boaz (Rt 3.12; 4.6).


3- Temor e respeito. Boaz não era apenas um homem rico e influente, ele era temente a Deus e respeitador. Mesmo vivendo em um contexto de anarquia e apostasia, Boaz demonstrou em suas palavras e atitudes, que temia a Deus e tinha respeito pelo ser humano, inclusive pelos de condição inferior à dele. 


Boaz se dirigiu aos seus empregados dizendo: “O Senhor seja convosco!” (Rt 2.4). Isso nos mostra que ele tinha um bom relacionamento com Deus e com os seus subordinados. Lamentavelmente, muitas pessoas, inclusive as que se dizem cristãs, são arrogantes e maltratam os seus funcionários ou subordinados, tratando-os com desdém e indelicadeza. Acham que, pelo fato de estarem pagando, podem fazer e exigir o que quiserem. Por causa desse tipo de postura, perdem bons profissionais, são processados e obrigados a pagarem indenização por assédio e por danos morais. 


Há o outro lado também. Muitos empregados não respeitam o patrão e não cumprem as suas obrigações, para as quais foram contratados. Depois são demitidos ou perdem a ascensão profissional e reclamam que são perseguidos. Dificilmente, um empresário ou administrador quer perder um bom profissional, exceto se ele for um mau caráter e tiver interesses escusos. O apóstolo Paulo prescreveu as orientações para patrões e empregados cristãos (Ef 6.5-9). Tanto um como o outro deve respeitar os direitos do outro e cumprir os seus deveres legais. 


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág.38.

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.358

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em família: Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

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