04 janeiro 2022

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 2: A INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA


REVISÃO DA LIÇÃO ANTERIOR


Na primeira lição deste trimestre falamos sobre a autoridade da Bíblia. Vimos que a autoridade da Bíblia fundamenta-se em Deus que é o seu autor. A Bíblia autentica-se a si mesma e a sua veracidade pode ser confirmada por evidências internas e externas. 


As evidências internas são percebidas através da sua unidade, consistência, ação do Espírito Santo na vida dos seus leitores e através das profecias que já se cumpriram. As evidências externas, por sua vez, são as confirmações das suas narrativas históricas, pelas descobertas arqueológicas.

Falamos também sobre a mensagem da Bíblia, enfatizando a Supremacia das Escrituras, o poder da Palavra de Deus e o propósito das Escrituras, que é levar-nos à redenção em Jesus Cristo.


INTRODUÇÃO À LIÇÃO 2


Nesta segunda lição, falaremos sobre a doutrina da inspiração divina da Bíblia. A Bíblia é diferente de todos os livros que já foram escritos, exatamente porque ela foi inspirada por Deus. Quando falamos de inspiração, no sentido físico, referimo-nos à introdução do oxigênio nos pulmões. Em relação à Bíblia, significa que Deus soprou nos escritores, para que eles escrevessem em seu próprio vocabulário a revelação de Deus. Entretanto, Deus supervisionou tanto as idéias quanto as palavras usadas.


O saudoso pastor Antonio Gilberto, em um estudo publicado no site CPADNEWS, explica que existem várias teorias equivocadas a respeito da inspiração divina da Bíblia. Transcrevo abaixo, um resumo destas teorias:


a) Teoria da inspiração natural. Esta teoria diz que os escritores da Bíblia eram pessoas dotadas de um capacidade extraordinária, como outros escritores geniais. 

b) Teoria da inspiração divina comum. Ensina que a inspiração dos escritores da Bíblia é a mesma que recebemos de Deus para pregar, cantar, orar, etc. 

c) Teoria da inspiração parcial. Ensina que algumas partes da Bíblia são inspiradas por Deus e outras não. 

d) Teoria do ditado verbal. Ensina que Deus ditou as palavras e os escritores escreveram como a fossem robôs. 

e) Teoria da inspiração das idéias. É o contrário da teoria do ditado verbal. Diz que Deus inspirou apenas as idéias, mas não guiou as palavras.


No primeiro tópico da lição falaremos sobre a doutrina da inspiração bíblica, explicando como se deu esta inspiração. Veremos que a inspiração bíblica é divina, verbal e plenária. Deus soprou nos autores o que eles deveriam escrever e como deveriam escrever. 


No segundo tópico, falaremos sobre a relação entre a inspiração divina e os escritores da Bíblia. Eles não eram perfeitos e tinham várias falhas como todo ser humano. Isso, porém, não interferiu no processo da escrita da Bíblia, que foi supervisionada pelo Espírito Santo, usando os gêneros literários, figuras de linguagem e linguagem comum do meio em que eles viviam, para se fazer compreender. Isso não anula, em hipótese alguma, a inspiração divina.


No terceiro e último tópico, falaremos sobre a ação do Espírito Santo na composição da Bíblia. Veremos que tanto o Antigo quanto o Novo Testamento possuem declarações internas de que foram inspirados por Deus. Por último, falaremos sobre a obra do Espírito Santo na iluminação da mente dos que ouvem a Palavra de Deus, para fazê-los entender, produzindo em seu interior a fé regeneradora. 


REFERÊNCIAS:


BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.    

ANDRADE, Claudionor de. Teologia Sistemática Pentecostal. Editora CPAD. 2 Ed. 2008. pag. 19. 

HUNT, Dave. Em defesa da fé. Editora CPAD. 1 edição/2006. pag. 62-63.  

http://www.cpadnews.com.br/blog/antoniogilberto/fe-e-razao/30/a-biblia-e-a-palavra-de-deus-(parte-i).html


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Pb. Weliano Pires

03 janeiro 2022

LIÇÃO 2: A INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA

TEXTO ÁUREO:

“Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.” (2 Tm 3.16)  

VERDADE PRÁTICA:

"A inspiração da Bíblia Sagrada é divina, verbal e plenária. Portanto, a Bíblia toda nos ensina, corrige e instrui."

HINOS SUGERIDOS: 252, 456, 558 da Harpa Cristã.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – 2 Pe 1.21

Os autores bíblicos escreveram inspirados pelo Espírito Santo  

Terça – Rm 15.4

Tudo o que está escrito serve para o nosso ensino  

Quarta – 2 Co 4.7

As Escrituras não estão condicionadas às limitações de seus autores humanos  

Quinta – 1 Co 14.9-11

A linguagem bíblica busca alcançar a compreensão de todos  

Sexta – Lc 24.44

Cristo reconheceu a inspiração divina do Antigo Testamento  

Sábado – 1 Pe 1.23

A Palavra inspirada pelo Espírito Santo opera na regeneração dos pecadores    

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 2 Timóteo 3.14-17; 2 Pedro 1.19-2 1

2 Timóteo 3

14 – Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido,

15 – E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.

16 – Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça;

17 – Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.

2 Pedro 1

19 – E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem faz eis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração.

20 – Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.

21 – Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.  

PLANO DE AULA

INTRODUÇÃO

Cremos que a Bíblia é inspirada divina, verbal e plenariamente, ou seja, a Bíblia é a Palavra de Deus revelada aos nossos corações. Nesse sentido, trazer luz a respeito da importante doutrina da Inspiração das Escrituras é o objetivo maior desta lição. Todo trabalho pedagógico deve concorrer para isso. Nossos alunos, ao final desta lição, devem aprofundar as raízes de sua fé na inspiração divina da Bíblia.

APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Refletir que a própria Bíblia reivindica sua inspiração divina;

II) Evidenciar que as limitações humanas não anulam a inspiração divina da Bíblia;

III) Explicitar que o Espírito Santo atua na regeneração e iluminação do pecador e, por isso, nos ajuda a compreender as Escrituras.

B) Motivação:

O que faz a Bíblia ser diferente de todos os outros livros? Por que a Bíblia está acima da literatura de William Shakespeare, dos romances de Machado de Assis ou de outras obras clássicas? A resposta para essas perguntas está na transformação que o leitor sofre dentro de si enquanto lê a Bíblia com o auxílio do Espírito Santo.

C) Sugestão de Método: Apresente relatos que mostram o quanto as pessoas que leram a Bíblia foram impactadas; e quantas vidas foram transformadas a partir do contato com as Escrituras. Você pode fazer pesquisas em sites especializados ou em obras de história da Igreja. 

CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Conclame os alunos, a toda vez que se prepararem para ler a Bíblia, a pedir o auxílio do Espírito Santo. A Bíblia é um livro divino, por isso, precisamos do divino auxílio para lê-la e compreendê-la.    

SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula:

1) O texto “A Inspiração Divina da Bíblia” aprofunda o conceito de Inspiração Divina apresentado no primeiro tópico;

2) O texto “Fundamentos bíblicos para uma filosofia de ensino” traz uma reflexão a respeito da Bíblia como fundamento inspirador para o ensino, conforme o segundo tópico.    

PALAVRA-CHAVE: INSPIRAÇÃO

INTRODUÇÃO 

A inspiração divina das Escrituras foi operada sobrenaturalmente pelo Espírito Santo, que nos deu a Bíblia, a única revelação escrita de Deus para a humanidade. Nesta lição, veremos que a inspiração da Bíblia é divina, verbal e plenária. Nesse sentido, a Bíblia Sagrada é para o crente salvo a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus.    

I – A DOUTRINA DA INSPIRAÇÃO BÍBLICA

1. A inspiração bíblica é divina. Nas páginas do Antigo Testamento, a expressão “Assim diz o Senhor” e similares são usadas mais de 3.800 vezes. Ao receber a revelação no Monte Sinai, Moisés “escreveu todas as palavras do Senhor” (Êx 24.4). Jeremias foi advertido: “não esqueças nem uma palavra ” (Jr 26.2). No texto do Novo Testamento, Paulo disse que usava as palavras “ que o Espírito Santo ensina” (1 Co 2.13). João assegura que o Senhor lhe revelou “coisas que brevemente devem acontecer” (Ap 1.1). E o Senhor Jesus asseverou que até os sinais diacríticos do texto hebraico eram inspirados: “nem um jota ou um til se omitirá da lei” (Mt 5.18). Assim sendo, as Escrituras reivindicam que a mensagem bíblica veio da parte de Deus.

2. A inspiração bíblica é verbal. Ratificamos que a Bíblia é “divinamente inspirada” (2 Tm 3.16). Essa tradução vem do termo grego "theopneustos", que significa literalmente “ soprada por Deus”. Desse modo, a inspiração é chamada de verbal porque Deus soprou nos escritores sagrados aquilo que deveria ser escrito (Ap 19.9; 1 Co 14.37). Porém, os autores bíblicos não foram usados automaticamente como se escrevessem um ditado; eles foram instrumentos de Deus e, cada qual com sua própria personalidade e talento, escreveram “ inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21). Essa ação divina foi tão intensa que todas as palavras registradas na Bíblia eram exatamente as que Deus queria ver empregadas nas Escrituras. 

3. A inspiração bíblica é plenária. A inspiração da Bíblia também é plenária, isto é, a inspiração é total e completa, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento. Paulo afirma que “toda” a Escritura é inspirada (2 Tm 3.16). Nossa Declaração de Fé professa que a “inspiração da Bíblia é especial e única, não existindo um livro mais inspirado e outro menos inspirado, tendo todos o mesmo grau de inspiração e autoridade”. Significa que nenhum texto deve ser desprezado. Aos Romanos, lemos que “tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito ” (Rm 15.4). Nesse aspecto, ratificam os que a Bíblia não apenas “ contém” ou “torna-se” a Palavra de Deus, mas sobretudo ela é a inspirada Palavra de Deus – plena, sem erros e sem falha alguma.    

SINOPSE I

A Bíblia é a inspirada Palavra de Deus. Seus autores a escreveram inspirados pelo Espírito Santo e os seus livros têm o mesmo grau de autoridade.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

A Inspiração Divina da Bíblia 

O que diferencia a Bíblia de todos os demais livros do mundo é a sua inspiração divina (Jó 32.8; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21). É devido à inspiração divina que ela é chamada a Palavra de Deus […] Que vem a ser inspiração divina ? Para melhor compreensão, vejamos primeiro o que é inspiração. No sentido fisiológico, é a inspiração do ar para dentro dos pulmões. É pela inspiração do ar que tem o fôlego para falar. Daí o ditado ‘Falar é fôlego’. Quando estamos falando, o ar é expelido dos pulmões: é o que chamamos de expiração.

Pois bem, Deus, para falar a sua Palavra através dos escritores da Bíblia, inspirou neles o seu Espírito! Portanto, inspiração divina é a influência sobrenatural do Espírito Santo como um sopro, sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina sem mistura de erro. A própria Bíblia reivindica para si a inspiração de Deus, pois a expressão ‘Assim diz o Senhor’, como carimbo de autenticidade divina, ocorre mais de 2.600 vezes nos seus 66 livros; isso além de outras expressões equivalentes.

GILBERTO, Antonio. A Bíblia através dos Séculos: A história e formação do Livro dos livros. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p.41. 

II – INSPIRAÇÃO DIVINA E OS AUTORES DA BÍBLIA

1. A Inspiração dos autores. O Espírito Santo garantiu a liberdade dos escritores bíblicos conforme a capacitação de cada um. Portanto, a Bíblia possui particularidades quanto ao gênero literário, gramática, vocabulários e outros. Apesar disso, os autores não se tornaram intérpretes do divino. Isso porque Deus não inspirou aos escritores apenas os pensamentos ou as ideias. O Espírito Santo também inspirou cada uma das palavras que expressam com exatidão a mensagem divina (l Co 2.10,11).

2. As limitações dos autores. Os escolhidos por Deus para escreverem a Bíblia eram pessoas assim como nós, inclinadas às mesmas paixões e falhas (Tg 5.17). Moisés, por exemplo, mesmo sendo o autor do Pentateuco, foi impedido de entrar na Terra Prometida porquanto transgredira contra o Senhor no deserto de Zim (Dt 32.51,52). Entretanto, nenhum texto das Escrituras, quanto à sua inspiração e veracidade, está condicionado às limitações de seus autores humanos (2 Co 4.7).  

3. Os diferentes gêneros literários e figuras de linguagem. Cada autor fez uso de gêneros literários distintos, tais como: narrativa (1 e 2 Samuel), poesia (Salmos), provérbios (livro de Provérbios) etc. Os autores sagrados também fizeram uso de figuras de linguagem, tais com o: o emprego de parábolas e enigmas (Jz 14.14; Ez 17.2); de alegorias (Gl 4-22-24; Hb 9.9); de hipérboles (Jo 21.25; Cl 1.23); de metáforas e símiles (Zc 2.8; Tg 3 3 – 5); de vocabulário simples ou rebuscado, a depender do grau de instrução do autor (2 Pe 3.15,16). O emprego dos recursos literários evidencia a cultura do escritor, mas em hipótese alguma invalida a inspiração da Palavra de Deus (Pv 2.6; Tg 1.17).    

4. A linguagem do senso comum. Na descrição de fenômenos científicos, por exemplo, os autores sagrados usaram a fraseologia comum e popular. Para citar um dos casos, ao descrever a herança dos rubenitas, também dos gaditas e à meia tribo de Manassés, Josué fez alusão aos“ nascer do sol” (Js 1.15); e, na batalha contra os amorreus, ele registrou que o “sol parou” (Js 10.13). Essa linguagem não ignora os fundamentos científicos, nem desacredita a inspiração da Palavra de Deus, apenas busca alcançar a compreensão de todos (1 Co 14.9-11).  

SINOPSE II

As limitações humanas, o uso de diferentes gêneros literários e o emprego de linguagem comum não anulam a inspiração divina dos autores da Bíblia.

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

A Inspiração 

“As Escrituras eram sopradas por Deus à medida que o Espírito Santo inspirava seus autores a escrever em prol de Deus. Por causa de sua incitação e superintendência, as palavras dos escritores eram verdadeiramente a Palavra de Deus. Pelo menos em alguns casos, os escritores bíblicos tinham consciência de que a sua mensagem não era meramente sabedoria humana, mas ‘as palavras que o Espírito Santo ensina’ (1 Co 2.13)”. Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, CPAD, p.115.    

AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTà

Fundamentos bíblicos para uma filosofia de ensino 

Uma filosofia cristã de ensino começa na Bíblia e faz parte do conceito maior de educação cristã. A Palavra de Deus oferece mais do que o conteúdo do ensino cristão; fornece também a estrutura filosófica essencial. Questões fundamentais, como: ‘Por que ensinar?’; ‘Que resultados devem os esperar?’; ‘Quem é o mediador do ensino cristão?’; ‘Como devemos ensinar?’; e ‘A quem devemos ensinar?’ encontram respostas provocativas na Bíblia. Um mandato e uma meta claramente definidos emaranham-se de forma precisa com os notáveis discernimentos das Escrituras sobre o professor, o aluno e Deus para, com isso, formar um a superestrutura estável. Cada ensinador cristão constrói uma filosofia pessoal de ensino ao entender, correta ou incorretamente, a estrutura bíblica. Portanto, o desafio de construir uma filosofia verdadeiramente cristã começa de maneira correta examinando cada parte do componente fornecido pela Bíblia” 

GANGEL, Kenneth O.; HENDRICKS, Howard G (Eds.). Manual de Ensino para o Educador Cristão: Compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão. 4 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.66.

III – O ESPÍRITO SANTO E A BÍBLIA

1. A inspiração do Antigo Testamento. A Bíblia é categórica em reiterar sua inspiração divina. O registro de Juízes ensina que os livros de Moisés são mandamentos do Senhor (Jz 3.4). Esdras reconhece como inspirados os livros de Jeremias, Ageu e Zacarias (Ed 1.1; 5.1). A respeito da inspiração da Lei de Moisés e dos profetas, Zacarias ensinou que os seus escritos eram “as palavras que o Senhor dos Exércitos enviara pelo seu Espírito, mediante os profetas precedentes” (Zc 7.12). O próprio Cristo mencionou a Lei de Moisés, os Profetas e os Escritos como livros inspirados (Lc 24.44). Essas declarações atestam o Espírito Santo como a fonte originária de inspiração do Antigo Testamento.    

2. A inspiração do Novo Testamento. O Novo Testamento possui dois pressupostos básicos de sua inspiração: a) a promessa de Cristo de enviar o Espírito Santo para guiar os discípulos (Jo 14.26); b) os escrito s bíblicos que vindicam esse cumprimento (At 2.4; 1 Co 2.10; Ef 3.5). Nesse aspecto, Paulo declara que escreve sob orientação do Espírito, e que suas epístolas são a Palavra de Deus (Rm 15.15,16; 1 Co 14.37; G1 1.12; 1 Ts 2.13). Pedro reconhece essa verdade e classifica os livros de Paulo como Escrituras (2 Pe 3.16). Nessa direção, vários outros textos apontam para a ação do Espírito Santo nos escritos da Nova Aliança (Jo 16.13).    

3. A obra da regeneração e a iluminação. A Bíblia ensina que o Espírito Santo testifica de Cristo e convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 15.26; 16.8-11). Desse modo, o Espírito Santo atua no processo da salvação e produz a fé regeneradora (Ef 2.8) que vem pelo ouvir a Palavra (Rm 10.17). Nesse aspecto, o Espírito Santo não apenas inspirou as palavras da salvação, mas também as aplica ao coração humano a fim de regenerar os pecadores (1 Pe 1.23). Sem esse mover do Espírito não é possível nem aceitar e nem entender a Palavra de Deus (Mt 13.15; 1 Co 2.14). Essa ação em conduzir o pecador a compreender as verdades bíblicas chama-se iluminação (Ef 1.18). Porém, ressalta-se que o Espírito Santo ilumina o que Ele já tem inspirado, não se trata de nenhuma nova revelação (Gl 1.8,9).    

SINOPSE III

A Bíblia reivindica a inspiração do Espírito Santo em todas as palavras das Escrituras.

CONCLUSÃO

A Bíblia é a Palavra de Deus escrita. Ela foi inspirada verbalmente, e seus autores a escreveram inspirados pelo Espírito Santo. A inspiração da Bíblia é plena, todos os livros e palavras da Bíblia têm total e completa autoridade. Esse ensino concorda com a nossa Declaração de Fé que professa crer “na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter cristão.   

VOCABULÁRIO:

Alegoria: Modo de expressão que procura representar pensamentos e ideias sob forma figurada. Hipérbole: Figura de linguagem que consiste no exagero de uma expressão ou ideia. Exemplos: “Morrer de rir”, “chorar rios de lágrimas”. 

Símile: Figura de linguagem que denota o que é semelhante, análogo. Exemplos: “Sedes prudentes como a serpente”. 

Sinal diacrítico: Sinal gráfico que junto à letra altera sua fonologia. Exemplos: acento agudo, cedilha, til etc. 

Q U E S T I O N Á R I O

1) O que as Escrituras reivindicam? 

As Escrituras reivindicam que a mensagem bíblica veio da parte de Deus.  

2) O que é Inspiração Plenária? 

A inspiração plenária da Bíblia é a inspiração total e completa, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento.  

3) Cite um gênero literário e três figuras de linguagens. 

Narrativa; parábola, hipérbole e metáforas.  

4) Quais os dois pressupostos básicos de inspiração divina do Novo Testamento? 

O Novo Testamento possui dois pressupostos básicos de sua inspiração: 

a) a promessa de Cristo de enviar o Espírito Santo para guiar os discípulos (Jo 14.26); 

b) os escritos bíblicos que vindicam esse cumprimento (At 2.4; l Co 2.10; Ef 35).  

5) O que não é possível acontecer sem que haja o mover do Espírito Santo? 

Sem o mover do Espírito não é possível nem aceitar e nem entender a Palavra de Deus (Mt 13.15; 1 Co 2.14


02 janeiro 2022

A MENSAGEM DA BÍBLIA


LIÇÃO 1: A AUTORIDADE DA BÍBLIA

(Comentário do 3º tópico: A MENSAGEM DA BÍBLIA


Neste terceiro e último tópico, falaremos sobre a mensagem da Bíblia. Discorreremos sobre a  Supremacia das Escrituras, o poder da Bíblia e o seu propósito. Sendo a Palavra de Deus, a Bíblia tem autoridade final e é poderosa para penetrar no íntimo do ser humano e produzir transformação. O objetivo principal da Bíblia é nos revelar o Senhor Jesus Cristo, como o único que pode nos salvar da condenação eterna. O próprio Jesus disse; “...São elas [as Escrituras] que de mim testificam.” (Jo 5.39)

1. A Supremacia da Bíblia. Segundo o dicionário de língua portuguesa, a palavra supremacia significa “superioridade completa e que não se pode contestar; hegemonia”. Esta definição se aplica perfeitamente à Palavra de Deus, pois ela é a revelação escrita de Deus à humanidade e não pode jamais ser contestada. Tudo aquilo que precisamos saber sobre Deus, o pecado, a salvação, o nosso crescimento espiritual e a vida futura, já está revelado na Palavra de Deus. Não se pode retirar ou acrescentar nada dela (Ap 22.18,19). 

No Século XVI, os reformadores reafirmaram a supremacia das Escrituras, utilizando a expressão latina “Sola Scriptura", que significa “somente a Escritura” tem autoridade em questões doutrinárias para a Igreja. Nessa época, a Igreja havia mergulhado no paganismo e na idolatria. Criavam doutrinas e dogmas segundo as suas conveniências, como as indulgências, que eram as absolvições do tempo de pena no purgatório pelos papas. Inicialmente, uma das formas de penitência era a prática de esmolas. Depois passaram a vender as indulgências. Vendiam também relíquias, que eram objetos sagrados, que supostamente haviam pertencido aos apóstolos. 

Estas e outras práticas abusivas adotadas pela Igreja Romana, não encontrava nenhum amparo nas Escrituras. Mas, esta Igreja adota um tripé como fonte de suas doutrinas: as Escrituras, a tradição e o magistério da Igreja. O magistério é a central de ensinamento oficial da Igreja, incluindo o papa e os bispos em união com ele. Os católicos acreditam que a tradição da Igreja tem o mesmo valor das Escrituras e o magistério tem a prerrogativa de interpretá-la. Na prática, o que eles fazem é criar dogmas e doutrinas que contrariam as Escrituras. 

Em 31 de Outubro de 1517, houve a Reforma Protestante. Martinho Lutero, que era um monge agostiniano e professor de teologia, se revoltou contra estas práticas antibíblicas, escreveu 95 teses contestando-as e fixou-as na porta da Igreja de Wittenberg, na Alemanha. Ele foi intimado a comparecer em Roma para dar explicações ao Papa e renegar o que havia escrito nas teses e nos livros. Cheio da ousadia do Espírito Santo, Lutero reafirmou a sua posição em Roma:


“Contendemos pela firmeza e pureza da fé e das Escrituras […]. Devemos estabelecer a distinção mais nítida possível entre o que nos foi entregue por Deus nos textos sagrados e o que foi inventado na Igreja pelos homens, não importa a eminência da santidade ou da erudição deles.”

Insistiram para que ele se retratasse e renegasse o que disse, mas ele manteve-se firme: 


“A menos que me convençam, pela Escritura ou por razões claras, de que estou errado, eu permaneço constrangido pelas Escrituras. Não posso nem quero me retratar, de vez que não é seguro nem correto agir contra a consciência. Deus me ajude. Amém.”

Lutero foi excomungado (excluído da comunhão) pela Igreja. Escapou da morte, porque autoridades alemãs, que eram simpatizantes às suas idéias o raptaram e o colocaram em segurança. A partir da Reforma Protestante, ficou estabelecido o princípio bíblico de que somente a Escritura pode ser normativa em questões doutrinárias para a Igreja. O maior dos Salmos, o 119, foi dedicado exclusivamente à Palavra de Deus. Este Salmo é um acróstico, contendo 22 estrofes, cada uma delas começa com uma palavra cuja inicial é uma letra sequencial do alfabeto hebraico. Em cada um dos versos há uma referência à Palavra de Deus, com palavras sinônimas: Lei do Senhor, Testemunhos, Mandamentos, Estatutos, etc. No verso 105, está escrito: "Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra e luz para o meu caminho”.

2. O poder da Palavra de Deus. A Palavra de Deus é mencionada pelo apóstolo Paulo, quando falou da armadura de Deus, como “a espada do Espírito” (Ef 6.17). A espada é uma arma de ataque e defesa. Com a espada do Espírito podemos atacar o inimigo e nos defendermos dos seus dardos inflamados. O Senhor Jesus venceu o inimigo usando a Palavra de Deus (Mt 4-4,7,10). É necessário, no entanto, saber usar esta espada. Um soldado que não tem habilidade para manejar uma espada, pode ser ferido com ela pelo inimigo. O profeta Jeremias também usou a metáfora de um martelo que despedaça uma penha, referindo-se à Palavra de Deus (Jr 23.19). De fato, muitos corações de pedra tem sido quebrantados pelo poder da Palavra de Deus. Nenhum outro livro tem este poder de transformar milhões de pessoas, mudando comportamentos e tradições milenares. 

3.   O propósito da Bíblia. A Bíblia foi escrita para revelar ao mundo quem é Deus, os seus valores morais. O Antigo Testamento inicia com a revelação de como Deus criou todas as coisas, inclusive o ser humano. Depois, relata a queda do ser humano. A partir daí, Deus coloca em prática o plano que Ele tinha antes da fundação do mundo, de salvar o homem. A Bíblia traz os relatos de como Deus formou a nação de Israel, a partir da chamada de Abrão. Relata também a Lei de Deus para esta nação e como eles deveriam se comportar na terra prometida, sendo o povo escolhido de Deus. Todo o restante do Antigo Testamento conta as histórias desta nação, as poesias e as profecias relacionadas ao futuro desta nação e à vinda do Messias, o salvador do mundo. 

O Novo testamento conta a história do Salvador, desde o seu nascimento, a sua apresentação e circuncisão, o seu batismo, os seus discursos, os milagres realizados, a sua morte, a sua ressurreição e assunção aos Céus. Depois, os seus apóstolos deram continuidade ao seu ministério terreno “ensinando a guardar tudo aquilo que Ele havia mandado”. (Mt 28.19). Portanto, o propósito das Escrituras é revelar o próprio Deus e o seu plano de salvação para o mundo perdido. (1 Tm 1.15).  


REFERÊNCIAS:

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras - A inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.

CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 1. pag. 400-401.

COMFORT, Philip Wesley. A Origem da Bíblia. Editora CPAD. pag. 67-68.

SOARES, Esequias. Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Editora CPAD. pag. 27-28.

MAC ARTHUR, John. Por que crer na Bíblia. Editora Thomas Nelson. 2. ed. 2017.

LEBAR, Lois E. Educação que é Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.55.


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Pb. Weliano Pires


31 dezembro 2021

EVIDÊNCIAS DA AUTENTICIDADE DA BÍBLIA


LIÇÃO 1: A AUTORIDADE DA BÍBLIA  (Comentário do 2º tópico)

A maioria dos críticos da Bíblia e até alguns crentes desconhecem completamente a origem da Bíblia. Não sabem como a Bíblia foi escrita e criticam aquilo que não sabem. Uns pensam que os escritores se reuniram e começaram a escrever o livro de Gênesis e seguiram até Apocalipse, como numa edição normal de um livro. Mas, não foi assim. A Bíblia não foi escrita de uma só vez, num único volume, como conhecemos hoje. 


A Bíblia é autêntica por si mesma. Ela é inerrante, ou seja, completamente isenta de erros. Estudaremos mais sobre isso na lição 3. Quando falamos de autenticidade, nos referimos àquilo que é verdadeiro. Em referência às Escrituras, conforme bem pontuou o nosso comentarista, refere-se à sua autoridade. Por ser inspirada ou soprada por Deus, a Bíblia se distingue de qualquer outro livro, pois, Deus é a Verdade e não pode mentir ou falhar. Há dois tipos de evidências, que comprovam a autenticidade das Escrituras: evidências internas e evidências externas. 


1. Evidências Internas. São aquelas que provêm do próprio texto bíblico e das suas particularidades. Há três fatores na Bíblia que são evidências internas de que ela é autêntica e verdadeira. Nenhum outro livro possui estas características.


a) Unidade e consistência. A Bíblia foi escrita num período de aproximadamente mil e seiscentos anos, por cerca de quarenta escritores diferentes, que viveram em épocas muito diferentes, que tinham culturas diferentes. A maioria deles não se conheceram e não sabiam o que os outros haviam escrito. Outros foram contemporâneos, mas viveram em locais diferentes e não tiveram acesso ao que os outros escreveram. Eles também não sabiam que, aquilo estavam escrevendo, por inspiração do Espírito Santo, seria juntado a outros livros, que juntos formariam a revelação escrita de Deus. Um livro escrito nestas circunstâncias, é de se esperar que seja totalmente desconexo, inconsistente e contraditório. Entretanto, ao ler a Bíblia, podemos perceber que há uma unidade incrível e coerência entre os seus livros. Só há uma explicação para isso: Deus é o seu autor. 


b) Ação do Espírito Santo. Em toda a Bíblia, podemos perceber a ação do Espírito Santo no interior das pessoas que liam ou ouviam a Palavra de Deus. No Antigo Testamento temos o caso de Moisés e Arão, que transmitiram as Palavras do Senhor ao povo e eles creram: “E Arão falou todas as palavras que o Senhor falara a Moisés e fez os sinais perante os olhos do povo. E o povo creu; e quando ouviram que o Senhor visitava aos filhos de Israel, e que via a sua aflição, inclinaram-se, e adoraram.” (Êx 4.30,31). 


Temos ainda o caso de Esdras, sacerdote e escriba, que leu o Livro da Lei, diante de todo o povo, explicando o seu significado e o povo chorou: “E leram no livro, na lei de Deus; e declarando, e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse. E Neemias, que era o governador, e o sacerdote Esdras, o escriba, e os levitas que ensinavam ao povo, disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao Senhor vosso Deus, então não vos lamenteis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei.” (Ne 8.8,9). 


No Novo Testamento, temos o caso dos discípulos no caminho de Emaús, que após a ressurreição de Jesus, não o reconheceram e andaram com Ele pelo caminho, ouvindo dele a exposição das Escrituras. Quando o mestre partiu o pão diante deles, eles o reconheceram e Ele desapareceu. Aqueles discípulos, então se lembraram do momento em que ouviam a Palavra de Deus e exclamaram: 

- Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras? (Lc 24.32). 

Pedro também, no Dia de Pentecostes, pregou um longo discurso, expondo as Escrituras para o povo. O Espírito Santo atuou no coração dos ouvintes e uma multidão de três mil pessoas chegou aos pés dos apóstolos e exclamou: 

- Que faremos, varões irmãos? (At 2.37).

Depois, na casa de Cornélio, o mesmo Pedro, pregou a Palavra de Deus e enquanto ele pregava, o Espírito Santo desceu e encheu a todos os que o ouviam: 

“E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra.” (At 10.44). Há muitos outros casos na Bíblia, em que o Espírito Santo agiu, enquanto a Palavra de Deus era pregada. Ainda hoje, há inúmeros testemunhos de pessoas que ouvem a ministração da Palavra de Deus e são tocadas pelo Espírito Santo, que as leva ao arrependimento. Paulo disse que “a fé vem pelo ouvir e o ouvir, pela palavra de Deus.” (Rm 10.17). 


c) Profecias de Eventos Futuros. Certamente, uma das maiores evidências da veracidade da Bíblia é o cumprimento fidedigno de suas profecias. Inúmeras profecias bíblicas, escritas muitos séculos antes do seu cumprimento, se cumpriram com riqueza de detalhes. Há vários exemplos registrados na Bíblia. Entre eles estão os impérios mundiais, citados nominalmente, muitos anos antes deles surgirem. Daniel profetizou durante o reinado de Nabucodonosor na Babilônia, fazendo menção aos impérios medo-persa, grego e romano que viriam depois dele. 


Isaías profetizou que Deus iria usar o imperador Ciro para libertar Judá do cativeiro, muito antes do Reino do Sul ir para o cativeiro e cem e cinquenta anos antes de Ciro nascer (Is 45.1). O profeta Jeremias profetizou que o povo iria para o cativeiro na Babilônia e que o exílio duraria setenta anos e assim foi. Isaías também proferiu várias profecias sobre o Messias, indicando o seu nascimento virginal Is 7.14; Mt 1.23); os seus sofrimentos (Is 53) e o local da sua sepultura (Is 53.9; Mt 27.57-60). O profeta Miquéias predisse o lugar onde o Messias iria nascer (Mq 5.2-4; MT 2.6). Nos Salmos também foi predito em detalhes, a morte na cruz e a ressurreição de Jesus (Sl 22.16; Jo 19.36) e a sua ressurreição (Sl 16.10; Mt 28.6).


Os críticos insinuam que Jesus, conhecendo de antemão as profecias teria agido intencionalmente, para forçar o seu cumprimento. Mas, é uma tese absurda, pois, os acontecimentos da vida terrena de Jesus, desde o seu nascimento até à sua ressurreição não envolveram apenas Ele. Como ele poderia determinar o local do seu nascimento? Como Ele poderia fazer para nascer de uma virgem? Como Ele poderia determinar que ele seria descendente de Davi? Como poderia determinar de que forma iria morrer, as palavras que seriam ditas no momento da sua morte e o local da sua sepultura? Isso seria humanamente impossível! Somente um coração duro e incrédulo se recusa a crer que a Bíblia é a Verdade.


2. Evidências externas. Evidências externas são comprovações dos relatos bíblicos por outras fontes como a história, a arqueologia e os pressupostos científicos. Os lugares, povos e acontecimentos citados na Bíblia são confirmados por escavações e pela história das nações. Já houve casos de povos e cidades antigas que desapareceram como os Hititas. Os céticos chegaram a duvidar do relato bíblico, que dava conta de que os Hititas foram um povo poderoso no passado. Mas, depois as descobertas arqueológicas confirmaram o relato bíblico. 


Sem sombra de dúvidas, o maior achado arqueológico do século XX foi a descoberta dos “rolos do mar Morto”. Estes rolos foram encontrados ao longo de quase uma década (de 1947 até 1956), na região conhecida como deserto da Judeia, nas imediações do mar Morto, em Israel. Primeiro, foi encontrada uma uma cópia completa do texto de Isaías, escrito no segundo século a. C. Ao lado de outro rolo de Isaías, foi encontrado também um comentário sobre Habacuque e  muitos fragmentos de outros livros do Antigo Testamento. 


Antes destas descobertas do Mar Morto, os manuscritos hebraicos mais antigos que se tinha do Antigo Testamento, datavam de mais ou menos 850 d.C. Isso fazia os céticos insinuarem que os textos poderiam ter sido adulterados. Estes manuscritos encontrados foram comparados com o texto atual do Antigo Testamento e eram iguais ao texto dos massoretas, contendo apenas diferenças insignificantes de ortografia e gramática, que é comum em textos copiados à mão. O único livro não encontrado foi o de Ester. Provavelmente, estivesse oculto em alguma caverna ou em outro lugar isolado.


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Pb. Weliano Pires

REFERÊNCIAS:


BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras - A inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.

BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática Introdução à Teologia Sistemática. Editora CPAD. 1. ed.

GEISLER, Norman. Teologia Sistemática. INTRODUÇÃO À TEOLOGIA: A Bíblia, Deus e a Criação. Editora CPAD. pag. 214.

COMFORT, Philip Wesley. A Origem da Bíblia. Editora CPAD. pag. 62-63.

SOARES, Esequias. Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Editora CPAD. pag. 25-26

Sociedade Bíblica do Brasil (https://biblia.sbb.org.br/descobertas-arqueologicas). Acesso em 31/12/2021. 



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