23 julho 2021

A ORAÇÃO DE ELIAS


1. Os preparativos de Elias. Após o fracasso dos profetas de Baal, Elias iniciou o seu sacrifício. Em primeiro lugar, ele consertou o altar do Senhor que estava em ruínas. Para isso, juntou doze pedras, representando as doze tribos de Israel. Colocou lenha sobre as pedras e partiu o bezerro em pedaços. Por último, mandou cavar um rego ao redor do altar e enchê-lo de água abundantemente. Elias tinha certeza de que Deus iria respondê-lo, pois ele havia feito tudo seguindo as orientações de Deus. Agora ele deixou o altar totalmente molhado, para não restar dúvidas de que realmente o fogo era sobrenatural, pois o fogo natural não queima coisas molhadas. O objetivo de Elias não era aparecer ou exaltar-se. Ele  desejava trazer o povo de volta à fé no Único e Verdadeiro Deus. 

2. Uma oração confiante. Elias fez uma oração simples, com poucas palavras, porém, foi uma oração de fé. Em sua oração, Elias falou para Deus que fizera tudo segundo a Palavra de Deus, para que o povo cresse que só o Senhor é Deus (1 Rs 18.37). Em momento algum, ele determinou, exigiu ou decretou alguma coisa. Quando falou de si mesmo para Deus, a única referência foi “eu sou teu servo”. 

A oração é um diálogo do crente com Deus. Neste diálogo deve haver sinceridade absoluta, pois Deus é onisciente e não se impressiona com falsos discursos. Toda oração deve ser dirigida única e exclusivamente a Deus. Não podemos fazer orações a anjos, santos, ou qualquer tipo de intermediário, pois, isso constitui-se em pecado de idolatria. Elias dirigiu a sua oração ao Deus dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó (1 Rs 18.36a). 

Na oração, devemos nos dirigir a Deus em adoração e humildade, reconhecendo a sua soberania, pois somos criaturas e servos e Ele é Deus e Senhor. (1 Rs 18.36b). Somos aceitos como filhos por adoção, mas isso não nos torna iguais a Ele. Toda oração deve ser feita de acordo com a vontade de Deus. Elias disse a Deus que fizera todas estas coisas “segundo a Tua Palavra” (1 Rs 18 36). Em nossas orações nunca devemos pedir coisas que não agradam a Deus ou que contrariam a Sua Palavra, pois, certamente não seremos ouvidos. (Tg 4.3; 1 Jo 5.14). 

As nossas orações devem ter objetivos nobres. Existem orações diferentes: súplicas, ações de graças, intercessão, clamor, conversa diária com Deus, adoração, etc. Podemos reunir tudo isso em uma única oração, mas, há casos em que oramos exclusivamente por uma causa. Entretanto, em toda oração o objetivo tem que ser glorificar a Deus e fazer o bem ao próximo. No caso de Elias, ele fez um clamor a Deus, por uma resposta com fogo, para tornar o coração do povo para Deus. Ele deixou claro em sua oração, que Deus estava usando-o para fazer aquilo (1 Rs 18.37). 

3. A misericórdia de Deus. Deus deseja que haja alguém intercedendo para que Ele execute a sua misericórdia. Em vários textos bíblicos encontramos que Deus é misericordioso e compassivo. Deus não tem prazer na morte do ímpio e deseja que pecadores se arrependam. Muitas pessoas dão ênfase apenas à santidade e à justiça de Deus e esquecem da sua misericórdia. O profeta Jeremias diz que “as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos” (Lm 3.22). Nesta resposta de Deus à oração de Elias, Deus oferece a Israel, mais uma oportunidade de reconhecer que somente Ele é Deus e abandonar a idolatria. Infelizmente, Israel não aproveitou esta oportunidade e continuou na idolatria até ser finalmente levado para o cativeiro da Assíria.


Pb. Weliano Pires


22 julho 2021

O DESAFIO NO MONTE CARMELO


Neste primeiro tópico, vamos estudar o desafio proposto pelo profeta Elias ao povo de Israel. Elias foi um profeta muito zeloso pelas coisas de Deus, que confrontou a idolatria e a maldade da família real do Reino do Norte nos governos de Acabe e Acazias, seu filho. Isso despertou a fúria de Acabe e sua esposa Jezabel contra ele. Elias teve que fugir da sua terra por três anos e meio, o tempo que durou a seca profetizada por ele. Acabe o procurou por todo o território de Israel, mas, não o encontrou. 


1. O zelo de Elias o pôs diante de um confronto. Após confrontar o rei Acabe, anunciando que não iria chover, Elias seguindo a orientação divina, saiu da terra de Israel e abrigou-se em Sarepta, na casa de uma viúva. Agora, foi orientado por Deus a retornar e encontrar-se com o rei Acabe, como vimos na lição passada. Elias falou para Acabe reunir o povo de Israel, os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas de Aserá, no Monte Carmelo. 

Diante do povo, Elias perguntou: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o” (1 Rs 18.21). Entretanto, o povo não respondeu nada. Esta palavra coxear vem de coxo e significa capengar, mancar, ou pender para um lado. Em sentido figurado significa hesitar ou vacilar. Era isso que Elias quis dizer sobre a situação espiritual do povo de Israel, que vivia um estado de completa cegueira espiritual, adorando às divindades fenícias, Baal e Aserá.


2. O problema de não saber a quem adorar. O primeiro dos mandamentos da Lei é "Não terás outros deuses diante de mim" (Ex 20.1). Em Deuteronômio 6, no texto conhecido como "Shemá", lemos: "Ouve ó Israel, o SENHOR vosso Deus é o Único Senhor" (Dt 6.4). Portanto, era inadmissível que o povo de Deus não soubesse a quem deveria adorar. 

A idolatria consiste na adoração ou culto a qualquer pessoa, objeto ou local. Qualquer coisa que se coloca no lugar de Deus, torna-se um ídolo. Existem várias formas de idolatria. Muitos idolatram a fama, o dinheiro, a beleza, etc. Se tiverem que escolher entre estas coisas e Deus, ficam com elas e rejeitam a Deus, como fez o jovem rico (Mt 19.16-30). Deus não aceita dividir a sua Glória com ninguém, pois Ele é o Único Deus (Is 42.8). Jesus disse que se alguém amar a qualquer pessoa mais do que a Ele, não é digno dele. (Mt 10.37). A Bíblia nos alerta que os idólatras não herdarão o reino de Deus. (1 Co 6.9; Gl 6.19-21; Ap 21.8; 22.15). 


3. O desafio do fogo. Diante do silêncio do povo à sua pergunta, Elias propôs um desafio ousado. Os profetas de Baal preparariam um altar e partiriam um bezerro em pedaços para o sacrifício, porém, não poderiam colocar fogo. Depois, Elias faria o mesmo com outro bezerro. Os profetas de Baal invocariam o seu deus e Elias invocaria ao Deus de Israel. A divindade que respondesse enviando fogo sobre o altar, seria considerada o Deus Verdadeiro. O povo, de imediato aceitou o desafio. 

Os profetas de Baal fizeram orações e rituais, desde a manhã até ao meio dia. Mas, não houve resposta alguma. Elias zombava deles, para que insistissem no clamor, com mais intensidade, pois Baal poderia estar viajando ou dormindo. Eles clamaram mais alto, dançaram e se retalharam com facas, mas não houve nenhum sinal. Chegando o horário do sacrifício da tarde, que acontecia às 15:00, Elias chamou o povo a si e iniciou os preparativos para o seu sacrifício, como veremos no próximo tópico.


Pb. Weliano Pires


20 julho 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 4: ELIAS E OS PROFETAS DE BAAL E ASERÁ



Na lição passada falamos sobre o confronto entre o casal Acabe e Jezabel e o profeta Elias. Nesta semana, teremos uma continuidade do assunto, falando sobre o confronto entre o profeta Elias e os profetas de Baal e Aserá, no Monte Carmelo.

Abaixo, algumas qualidades e Realizações do profeta Elias: 

• Era natural do povoado de Tisbe, na região de Gileade. Por isso é chamado de Elias, o tisbita. (1 Rs 17.1). 

• Era um homem sujeito às mesmas paixões que nós. (Tg 5.17,18)

• Foi o mais famoso e dramático profeta de Israel.

• Predisse o princípio e o fim de uma seca de três anos e meio. (17.1; 18.41-46). 

• Foi usado por Deus para ressuscitar um filho da viúva de Sarepta. (1 Rs 17.17-24). 

• Representou Deus em uma disputa com sacerdotes de Baal e Aserá. (1 Rs 18).

• Foi levado ao Céu num redemoinho (2 Rs 2.11). 

• Estava com Moisés no episódio da transfiguração de Jesus no Novo Testamento. (Mt 17.1-8). 

No primeiro tópico falaremos sobre o desafio de Elias aos profetas de Baal e Aserá, no Monte Carmelo. Devido à apostasia e idolatria generalizadas, o zelo de Elias o colocou em confronto com os falsos profetas. O povo de Israel "coxeava" entre dois pensamentos, sem saber a quem adorar. Elias lhes fez um desafio ousado: somente o Deus que respondesse com fogo deveria ser adorado.

No segundo tópico, falaremos sobre a oração de Elias. Antes de orar, Elias fez os preparativos para o milagre acontecer: consertou o altar, juntando doze pedras, representando as doze tribos de Israel; cavou um rego ao redor do altar e mandou enchê-lo de água. Em seguida, Elias fez uma oração curta e confiante. Em sua oração, Elias falou para Deus que fizera tudo segundo a Palavra de Deus, com o objetivo de fazer o povo crer que só o Senhor é Deus. A resposta de Deus com fogo, mostrou a sua misericórdia, dando a Israel mais uma oportunidade para reconhecer que só Ele é Deus e abandonar a idolatria.

No terceiro e último tópico, falaremos sobre a ida de Elias ao Monte Horebe, após receber ameaças de morte, vindas de Jezabel. Os feitos e os confrontos de Elias com Acabe, Jezabel e os falsos profetas, o levaram à exaustão. Isso nos mostra que até mesmo os homens e mulheres de Deus muitas vezes se esgotam. O cansaço e esgotamento de Elias o levaram a pedir para morrer. Entretanto, ele não tentou suicídio. Pediu para Deus lhe tirar a vida. Diante do pedido para morrer, a resposta de Deus foi de cuidado e acolhimento. Deus lhe deu forças, encorajando-o para novas missões.

Pb. Weliano Pires

19 julho 2021

Lição 4 – Elias e os Profetas de Aserá e Baal


25 de Julho de 2021

TEXTO ÁUREO:

Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.” (1 Rs 18.38)

 

VERDADE PRÁTICA:

O Senhor sustenta com sua forte mão todos os que estão dispostos a proclamar a verdade de que Ele é o único Deus digno de adoração.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Sl 37.18,19 

Deus cuida de seus filhos e não os deixa desamparados

Terça – Sl 7.9 

Deus conhece a sinceridade do coração dos seus filhos

Quarta – Is 42.8 

O único digno de glória e honra é o Senhor Deus

Quinta – Êx 20.3,4 

O Senhor impõe como mandamento não ter outros deuses além dEle

Sexta – Sl 145.14-18 

Deus é aquEle que sustenta seus filhos, mesmo em tempo de dificuldades

Sábado – 1 Co 8.6 

Quem serve a Deus de coração compreende que há um só Deus e que tudo pertence a Ele

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:

1 Reis 18.22-24,26,29,30,38,39; 19.8-14


1 Reis 18

22 – Então, disse Elias ao povo: Só eu fiquei por profeta do Senhor, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta homens.

23 – Deem-se-nos, pois, dois bezerros, e eles escolham para si um dos bezerros, e o dividam em pedaços, e o ponham sobre a lenha, porém não lhe metam fogo, e eu prepararei o outro bezerro, e o porei sobre a lenha, e não lhe meterei fogo.

24 – Então, invocai o nome do vosso deus, e eu invocarei o nome do Senhor; e há de ser que o deus que responder por fogo esse será Deus. E todo o povo respondeu e disse: É boa esta palavra.

26 – E tomaram o bezerro que lhes dera e o prepararam; e invocaram o nome de Baal, desde a manhã até ao meio-dia, dizendo: Ah! Baal, responde-nos! Porém nem havia voz, nem quem respondesse; e saltavam sobre o altar que se tinha feito.

29 – E sucedeu que, passado o meio-dia, profetizaram eles, até que a oferta de manjares se oferecesse; porém não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma.

30 – Então, Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; e reparou o altar do SENHOR, que estava quebrado.

38- Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.

39 – O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o SENHOR é Deus! Só o SENHOR é Deus!

 

1 Reis 19

8 – Levantou-se, pois, e comeu, e bebeu, e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus.

9 – E ali entrou numa caverna e passou ali a noite; e eis que a palavra do SENHOR veio a ele e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?

10 – E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e buscam a minha vida para ma tirarem.

11 – E ele lhe disse: Sai para fora e põe-te neste monte perante a face do SENHOR. E eis que passava o SENHOR, como também um grande e forte vento, que fendia os montes e quebrava as penhas diante da face do SENHOR; porém o SENHOR não estava no vento; e, depois do vento, um terremoto; também o SENHOR não estava no terremoto;

12 – e, depois do terremoto, um fogo; porém também o SENHOR não estava no fogo; e, depois do fogo, uma voz mansa e delicada.

13 – E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; e eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias?

14 – E ele disse: Eu tenho sido em extremo zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e buscam a minha vida para ma tirarem.

 

HINOS SUGERIDOS: 45, 377, 459

 

OBJETIVO GERAL:

Revelar que Deus opera milagres através de seus filhos.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

  • Salientar que é necessário e urgente enfrentar o pecado;

  • Relatar que Deus responde às nossas súplicas;

  • Expor as fragilidades do ser humano.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR


Antes de convocar os profetas de Baal para o grande desafio, Elias indagou ao povo: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o” (1 Rs 18.21). Comece a aula perguntando o significado de “pensar”, “coxear”, e “coxear entre dois pensamentos”.

Pensar para decidir ou escolher algo é como pôr as coisas numa balança para se avaliar o peso de cada uma. Ora a balança pende para um lado, ora pende para o outro. Coxear significa mancar como um coxo, capengar, claudicar, pender de um lado para o outro. Quem coxeia dá um passo e se inclina para a direita e no próximo passo se inclina para a esquerda. É por isso que “coxear entre dois pensamentos” tem o sentido figurado de hesitar, vacilar. Isso era o que Elias quis dizer sobre a situação espiritual do povo de Israel.

 

INTRODUÇÃO


O profeta Elias é um dos mais relevantes personagens da Bíblia. Foi ele que apareceu com Moisés no Monte da Transfiguração conversando com Jesus.

Este destacado profeta é, sem dúvida, um modelo de servo perseverante e fiel para todo cristão. Nesta lição, veremos como Elias desafiou corajosamente a idolatria em Israel; como orava de modo simples, mas cheio de confiança; e como, apesar de tudo o que fez, expôs sua humanidade ao cair em desânimo.

 

PONTO CENTRAL

O Senhor sempre intervém a nosso favor diante das adversidades.

 

I – O DESAFIO NO MONTE CARMELO

1. O zelo de Elias o pôs diante de um confronto. Devido à apostasia do povo e à falta de liderança espiritual do rei Acabe, e de outros que lhe antecederam, Elias, como alguém que conhece muito bem o Deus que serve, viu-se na condição de lançar um grande desafio diante de todos. Mandou chamar os profetas de Baal e lhes incitou dizendo: “o deus que responder por fogo esse será Deus” (1 Rs 18.24).  O profeta foi levado a fazer isso em função da pergunta, sem resposta, que lançou antes do confronto: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o” (1 Rs 18.21). O povo não tinha resposta para esta pergunta porque estava em dúvida sobre quem, de fato, era o verdadeiro Deus.

2. O problema de não saber a quem adorar. Este triste dilema espiritual se faz presente todas as vezes que o povo de Deus se envolve com a idolatria, pois os que adoram ídolos não conseguem enxergar o verdadeiro amor e cuidado divinos, uma vez que, a despeito de terem todas as características de divindade, esses pretensos deuses não passam de ilusão inventada pelo homem. Entretanto, mesmo sendo falsos, esses ídolos exercem muita força e influência sobre o coração do homem, tornando-o tão ignorante quanto eles próprios (Sl 135.18).

Vale destacar que os ídolos não precisam necessariamente ser físicos, pois podem estar camuflados no coração humano a fim de controlarem as decisões e toda a vida de uma pessoa. Jesus nos alertou sobre isso (Mt 6.24).

3. O desafio do fogo. Elias tinha certeza de que Deus era com ele e, por isso, propôs o desafio: o Deus que respondesse com fogo deveria ser adorado. Os que andam com Deus não precisam desafiá-lo para testarem sua lealdade e seu amor. Tais pessoas são tão íntimas de Deus que são impelidas, guiadas, conduzidas em seu coração para aquilo que o Senhor quer fazer. Portanto, não foi a vontade de Elias lançar o desafio, mas a do próprio Deus para, mais uma vez, mostrar ao povo de Israel que Ele era, sempre foi e sempre será o único Deus verdadeiro, a quem deveria servir.

 

SÍNTESE DO TÓPICO I

Assim como Elias confrontou os profetas de Baal diante da idolatria, os servos do Senhor devem estar dispostos a confrontar todo tipo de pecado.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO


Em sentido amplo a idolatria pode indicar a veneração ou adoração a qualquer objeto, pessoa, instituição ou ambição que tome o lugar de Deus, ou que diminua a honra que lhe devemos. Deus nunca admitiu outro além dEle. O Todo-Poderoso não divide seu louvor com quem quer que seja: Ele é o único. O Senhor é Deus zeloso e requer exclusividade. Jamais repartiria seu povo com um suposto rival. Por esta razão assevera enfaticamente: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.3).

Promova um pequeno debate em sua turma fazendo uma simples pergunta: “O que é idolatria hoje?”

 

Todas as imagens, esculturas ou quaisquer outras inovações com o objetivo de tornar o culto mais atraente pelo seu visual divergem do sincero propósito de cultuar a Deus em espírito e verdade e, por isso, constituem um tropeço para uma verdadeira adoração.

 

II. A ORAÇÃO DE ELIAS

1. Os preparativos de Elias. Diante da impossibilidade de resposta de Baal aos apelos de seus adoradores, Elias começou os preparativos para a operação do milagre (1 Rs 18.23). A primeira coisa que fez foi reparar o altar do Senhor, que estava quebrado; consequência imediata da idolatria (1 Rs18.30). A seguir,  juntou doze pedras que simbolizavam as doze tribos de Israel, cavou um rego em volta do altar, colocou a lenha, dividiu o bezerro em pedaços sobre a lenha e pediu para que se derramasse doze cântaros de água sobre o altar, de tal modo que ficasse totalmente encharcado; o que estava nele, e o rego em sua volta (1 Rs 18.31-35).

2. Uma oração confiante. A oração de Elias foi simples e curta, contrastando com as súplicas dos profetas de Baal (1 Rs 18.36,37).  Elias queria mostrar que, para Deus responder, não são necessárias cerimônias especiais, sacrifícios ou mutilações. Basta o exercício da fé no verdadeiro Deus.

É relevante ressaltar que o profeta Elias, em sua oração, declarou, diante do povo, que o Deus a quem ele orava era o mesmo Deus dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, e que, pelo fato de também ser um servo de Deus e estar cumprindo a vontade dEle, tinha direito à manifestação divina como resposta.

Nesta oração, o profeta expõe o verdadeiro motivo de ter erigido aquele altar, e da necessidade de Deus responder com fogo: “para que este povo conheça que tu, Senhor, és Deus e que tu fizeste tornar o seu coração para trás” (1 Rs 18.37).

3. A misericórdia de Deus. Na oração de Elias está claro que o desejo de Deus era que seu povo se voltasse para Ele através daquela demonstração de poder. A descida do fogo que consumiu o holocausto, a lenha, as pedras, o pó e ainda secou toda a água que estava ao redor do altar (1 Rs 18.38) é uma exata comprovação, não apenas de que Ele é Deus e está acima de tudo e de todos, mas de que Ele estava dando a Israel uma nova oportunidade de comunhão. A reação do povo foi unânime em reconhecer que o Eterno é o Deus verdadeiro (1 Rs 18.39). Com isso, a seca que já durava três anos e meio terminou (1 Rs 18.41,44). Elias subiu ao cume do monte Carmelo, orou a Deus e caiu uma abundante chuva (1 Rs 18.45).

 

CONHEÇA MAIS…


Os profetas de Baal foram ao duelo com o profeta Elias, os 400 profetas de Aserá não aceitaram o desafio de Elias.

Elias disse a Acabe para levar não apenas os 450 profetas de Baal, mas também os 400 profetas de Aserá, a “esposa” de Baal (1Rs 18.19). Ao que parece, somente os profetas de Baal aceitaram o desafio (1Rs 18. 22, 26). Tanto é que somente os profetas de Baal, foram mortos depois do duelo com Elias (1Rs 18.19, 40; 1 Rs 19.1), se os profetas de Aserá estivessem juntos com os profetas de Baal, eles também seriam mortos.

(Fonte: Revista Digital Cristão Alerta)

 

SÍNTESE DO TÓPICO II

Quando exercitamos a nossa fé e confiança no Senhor, Ele responde nossas orações e nos livra de qualquer adversidade.

 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO


“Elias rapidamente obtém do seu Deus uma resposta por fogo. Os profetas de Baal são forçados a desistir de sua causa e, agora, é a vez de Elias apresentar a sua. Vejamos se ele se dá bem:

Ele reparou o altar.

Ele jamais usaria o deles, que tinha sido contaminado com as orações a Baal, mas, encontrando em ruínas um altar ali, que anteriormente tinha sido usado no culto ao Senhor, ele escolheu reparar aquele (v.30) para insinuar a eles que ele não estava ali para introduzir nenhuma nova religião, mas reviver a fé e a adoração ao Deus de seus pais e convertê-los ao primeiro amor que tiveram e às primeiras obras que praticaram. Ele não podia levá-los ao altar em Jerusalém a menos que pudesse unir dos dois reinos novamente (o que, para a correção de ambos, Deus determinou que agora isso não devia ser feito), por isso, pela sua autoridade profética, ele constrói um altar no monte Carmelo e assim reconhece aquele que anteriormente tinha sido edificado ali. […]

Então ele solenemente dirigiu-se a Deus em oração diante do seu altar, suplicando-lhe humildemente: lembre-se de todas as suas ofertas e aceite os teus holocaustos (Sl 20.3) para comprovar a sua aceitação dela. A sua oração não foi longa, pois ele não usou vãs repetições nem pensou que por muito falar seria ouvido; mas ela foi muito séria e serena, e mostrou que a sua mente estava calma e tranquila, e longe do ardor e das desordens em que se encontravam os profetas de Baal (vv. 36,37). Embora ele não estivesse no lugar designado, escolheu a hora prescrita da oferta de manjares, para testificar com isso sua comunhão com o altar em Jerusalém. Embora ele esperasse uma resposta por fogo, ainda assim aproximou-se do altar com coragem, e não temeu aquele fogo”.

(HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.519,20).

 

III. ELIAS EM HOREBE

1. Os feitos e a exaustão do profeta. Elias chegou à exaustão diante de tantos embates que enfrentou para fazer o povo de Deus retornar ao caminho (1 Rs 19.5). Isso mostra que até mesmo os crentes mais fiéis podem vir a sofrer depressão e desânimo na sua caminhada, mesmo depois de serem usados pelo Senhor de forma extraordinária, como foi Elias.

Isso significa que aqueles que ascendem em posição na obra de Deus também podem descer em proporções iguais. Vejamos os grandes feitos de Elias em sequência: conseguiu reunir o povo no Carmelo através de Acabe, seu inimigo; fez descer fogo do céu no altar molhado; fez o povo, mesmo em rebeldia, se dobrar diante do Senhor; eliminou cerca de 850 profetas de Baal e Aserá, que recebiam apoio do rei; fez chover após grande período de seca; correu mais depressa que a carruagem de Acabe; e foi sustentado por um anjo.

2. O pedido para morrer. A despeito das portentosas obras que fez, Elias foi terrivelmente perseguido e ameaçado por Jezabel, a rainha. A opressão foi tanta que o profeta, tomado de um sentimento de autopiedade, mesmo fugindo para não morrer, desejou a morte em seu íntimo (1 Rs 19.4). Por isso, a Bíblia afirma que “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós” (Tg 5.17).

3. A resposta de Deus. Deus interveio de forma miraculosa, enviando até Elias um anjo que lhe trouxe pão e água, tirando-o daquela situação de intenso desânimo (1 Rs 19.5-7). Nisto depreendemos que a comunhão e a palavra estavam à disposição do profeta. A partir de então, ele se deixou levar pelo mover de Deus através do vento, do terremoto, do fogo, da voz mansa e delicada (1 Rs 19.11,12). Elias teve oportunidade de confessar seu estado de desespero, e Deus lhe deu novos sentidos para continuar seu ministério: ungir Hazael como rei da Síria, Jeú como rei de Israel e Eliseu para lhe suceder como profeta (1 Rs 19.15,16).

 

SÍNTESE DO TÓPICO III

Deus compreende nossos momentos de desânimo e fadiga, pois eles fazem parte da nossa humanidade.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO


“O compromisso sincero de Elias com Deus nos choca e nos incentiva. Ele foi enviado para confrontar — não consolar — e Elias pronunciou as palavras de Deus a um rei que, muitas vezes, rejeitava a mensagem simplesmente porque Elias a trazia. Elias decidiu exercer seu ministério apenas para Deus e pagou por essa decisão, sendo isolado de outras pessoas que também eram fiéis a Deus.”

Para que seus alunos reflitam melhor sobre quem foi Elias e como desenvolveu seu ministério profético, peça a eles que relacionem no quadro as “Qualidades e Realizações” do profeta Elias, conforme o modelo abaixo. Atenção! Somente mostre o resultado depois que eles cumprirem a tarefa.

 

QUALIDADES E REALIZAÇÕES: 

• Foi o mais famoso e dramático profeta de Israel.

• Predisse o princípio e o fim de uma seca de três anos.

• Foi usado por Deus para ressuscitar um filho morto e devolvê-lo à sua mãe.

• Representou Deus em uma disputa com sacerdotes de Baal e Aserá.

• Estava com Moisés no episódio da transfiguração de Jesus no Novo Testamento.

(Extraído e adaptado da Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p.733).

 

CONCLUSÃO


A vida de Elias é um grande exemplo para todo crente que fielmente serve ao Senhor. Ainda que à sua volta quase todos estejam contaminados pela idolatria e toda forma de injustiça, o cristão não pode perder o ânimo e a vontade de lutar pela causa do Senhor. Elias é exemplo do cuidado e da fidelidade de Deus quando o crente fiel decide seguir o que a Palavra de Deus ensina e não aquilo que a maioria acha que está certo.

 

QUESTIONÁRIO


1. Qual foi o desafio lançado por Elias aos profetas de Baal?

“O deus que responder por fogo esse será Deus” (1 Rs 18.24b).

 

2. O que motivou Elias a desafiar os profetas de Baal? 

Mostrar ao povo de Israel que Ele era, sempre foi, e sempre será o único Deus verdadeiro, a quem deveria servir.

 

3. Qual foi a primeira providência de Elias nos preparativos para a descida do fogo divino?

A primeira coisa que Elias fez foi reparar o altar do Senhor, que estava quebrado.

 

4. Qual foi o desejo de Deus para o seu povo?

O desejo de Deus era que seu povo se voltasse para Ele através daquela demonstração de poder.

 

5. Que exemplo a vida de Elias nos deixou?

A vida de Elias é um exemplo do cuidado e da fidelidade de Deus quando o crente fiel decide seguir o que a Palavra de Deus ensina e não o que a maioria acha que está certo.

 

17 julho 2021

O ENCONTRO DE ELIAS COM ACABE

No primeiro encontro do profeta Elias com o rei Acabe, Elias profetizou que não haveria chuvas naquela região, a não ser quando ele profetizasse. Provavelmente, Acabe não deve ter levado a sério, pois era um seguidor de Baal e, como tal, acreditava que está divindade era responsável pelas chuvas e pela boa colheita. 

Entretanto, passaram-se três anos e meio sem chuvas e a crise econômica havia se instalado no país. Agora, Deus manda Elias ao encontro de Acabe. Elias mandou avisar ao rei, por meio do seu mordomo Obadias. Porém, Obadias sabendo que Acabe havia procurado Elias por toda parte, temeu dar este aviso ao rei e Elias decidiu encontrar-se com Acabe, mesmo sem aviso prévio. 

1. Um coração endurecido. Quando Acabe viu Elias, em vez de fazer uma autocrítica e confessar o seu erro, acusou o profeta de ser "o perturbador de Israel" (1 Rs 18.17). Uma das principais características de um apóstata é que ele se irrita com aqueles que confrontam o seu pecado, em vez de se arrepender. Nos dias atuais, muitos não aceitam a repreensão e ameaçam processar quem denuncia os seus pecados. Continuam na prática do pecado e culpam sempre os outros pelas consequências dos próprios erros. Adão culpou Eva; Eva culpou a serpente; etc. A Palavra de Deus nos diz: "Portanto, se hoje ouvirdes a minha voz, não endureçais o vosso coração". (Hb 3.7,8). Deus repreende àquele a quem ama e corrige àquele que tem por filho. 

2. A sequidão espiritual do rei. O endurecimento do coração e a recusa em ouvir a repreensão leva inevitável à sequidão espiritual e à apostasia. Chega a um ponto de cauterização da própria consciência. A pessoa que chega a esse ponto, perde completamente os valores morais e o senso de certo e errado. Torna-se egoísta ao extremo e se importa apenas consigo mesmo. Mas, isso traz trágicas consequências não apenas para a pessoa, mas para todos os que lhe cercam. Acabe com a sua idolatria e apostasia atraiu males não apenas para si, mas também para a sua descendência, que foi totalmente destruída, e para o povo de Israel. 

CONCLUSÃO DA LIÇÃO

Acabe foi um péssimo rei para Israel. Tudo começou com o casamento dele com uma mulher estrangeira que era idólatra e maligna. Mesmo sendo confrontado pelo profeta Elias, não se arrependeu dos seus pecados e perseguiu o profeta do Senhor. O final dele e da sua descendência, como era de se esperar, foram trágicos. 

Pb. Weliano Pires


15 julho 2021

ELIAS PREVÊ A GRANDE SECA


Neste segundo tópico vamos falar sobre o surgimento de um profeta chamado Elias, na história de Acabe. Elias apareceu na história do reino do Norte, em um período de apostasia e idolatria generalizada. O casal Acabe e Jezabel buscava a todo custo, eliminar definitivamente a adoração a Yahweh. Mas, o próprio Deus entra no confronto, levantando o profeta Elias. Não temos maiores informações sobre a origem deste profeta. Sabemos apenas que ele era do povoado de Tisbe, na região de Gileade. 


1. A intervenção divina. Elias confrontou, corajosamente, a idolatria do rei Acabe, profetizando que haveria uma grande seca no país e que, só voltaria a chover, quando ele profetizasse de novo (1 Rs 17.1). As principais atividades econômicas de Israel eram a agricultura e a pecuária, que eram executadas de forma primitiva, sem irrigação, e dependiam exclusivamente da chuva. Com três anos e meio sem chuvas, inevitavelmente veio a fome e a escassez generalizada. 

Esta sentença divina humilhava o baalismo, pois, os seus adeptos criam que ele era o responsável pelas chuvas. Agora, estavam diante de uma seca terrível, determinada por Deus, que os levou à fome e Baal não podia fazer nada. O mesmo aconteceu com as pragas no Egito. Cada uma delas humilhava uma divindade egípcia, que era considerada responsável por proteger naquela área.


2. O preço da obediência a Deus. Nunca foi fácil posicionar-se a favor da Verdade em tempos de apostasia. Ser profeta de Deus em reinados como os de Davi, Josafá, Ezequias e outros homens de Deus não é muito difícil. Em muitos casos há até honrarias. Mas, ser profeta em reinados como os de Jeroboão, Acabe, Manassés, Amon, Jeoaquim, Zedequias, Herodes e outros, representa uma atividade de alto risco. Muitas vezes, paga-se com a própria vida, o preço por obedecer a Deus. 

Elias enfrentou muitas dificuldades com a falta d'água e de alimentos e com a perseguição de Acabe e Jezabel. Ele teve que fugir para Sarepta, uma cidade de Sidom, ao Norte de Israel. Mas, em todo o tempo, o Senhor cuidou dele. Primeiro ordenou aos corvos que o sustentassem (1 Rs 17.6). e, por último, uma viúva de Sarepta, que não tinha mais nada. Elias, a viúva e o seu filho passaram a depender exclusivamente de Deus.


3. Deus sempre cuida dos seus filhos. Quando Elias fugiu da terra de Israel, orientado por Deus, encontrou-se com uma viúva de Sarepta e pediu um pouco de água e um pedaço de pão. A viúva não tinha mais nada em casa, senão um pouco de farinha e um pouco de azeite, que segundo disse, usaria para fazer a última refeição para ela e para o seu filho. Depois, morreriam de fome. Elias falou que ela preparasse aquele pão e trouxesse primeiro para ele, pois,os ingredientes não iriam acabar até que Deus mandasse chuva novamente. A viúva creu e fez conforme a palavra do homem de Deus. Depois de alguns dias, o filho desta viúva morreu e Deus o ressuscitou após a oração do profeta Elias.

Esta história nos mostra que Deus cuida de nós quando somos fiéis a Ele e priorizamos a sua obra. Não importa a quantidade que temos para oferecer. Deus se compraz quando cremos e obedecemos à Sua Palavra. A viúva creu na Palavra proferida por Elias e obedeceu à sua orientação. O milagre aconteceu e ela e o seu filho foram salvos da fome. 

Este episódio, no entanto, não pode servir de justificativa para obreiros inescrupulosos da atualidade, que não querem trabalhar e exploram a boa fé das pessoas. Elias não fez isso por conta própria. Foi Deus quem ordenou que ele fizesse assim. 


Pb. Weliano Pires



13 julho 2021

O CASAMENTO DE ACABE COM JEZABEL

A nossa vida consiste em escolhas. Deus criou o ser humano e dotou-o com o livre arbítrio. Muitas pessoas pensam que Deus vai decidir por elas ou forçá-las a alguma coisa. Mas não é bem assim. Deus nos dá discernimento e nos mostra o caminho. Mas, a escolha é nossa. É preciso pensar antes de escolher, porque a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória. 

1. Consequências de escolhas erradas. Acabe seguiu os caminhos de Jeroboão, que havia levado Israel à idolatria. O texto bíblico diz que Acabe "serviu a Baal e o adorou." Além de adorar a Baal, Acabe construiu um templo para Baal e um poste da deusa Aserá em Samaria (1 Rs 16.31,32). Esta idolatria toda foi consequência do seu casamento com Jezabel, que era filha de Etbaal, rei dos sidônios. 

Este casamento trágico de Acabe serve de alerta aos crentes que ainda não casaram. O casamento com ímpios nunca acaba bem. A Bíblia diz para não nos prendermos a um jugo desigual com infiéis, pois, não deve haver comunhão entre a luz e as trevas (2 Co 6.14-16). Na Lei, Deus já havia acertado para os israelitas não se casarem com mulheres estrangeiras, porque elas iriam lhes perverter o coração (Dt 7.1-4). Salomão ignorou este alerta e as mulheres estrangeiras o levaram à idolatria. Acabe seguiu o mesmo caminho. 

2. A rainha perversa. Além de ser idólatra e instituir o culto a Baal em Samaria, Jezabel era perversa e cometeu muitas atrocidades. Uma das suas primeiras maldades foi mandar matar os profetas do Senhor. Só não morreram todos, porque um mordomo do rei Acabe chamado Obadias, que temia ao Senhor, escondeu alguns profetas em covas e os sustentou com pão e água (1 Rs 18.4). 

Jezabel também ameaçou a vida do profeta Elias, após o confronto com os profetas de Baal no Monte Carmelo, quando Elias mandou matar os profetas de Baal e os de Aserá (1 Rs 19.1,2). Elias fugiu e, desiludido, pediu a Deus a morte (1 Rs 19.4). Mas, o Anjo do Senhor o amparou, deu-lhe comida, fortaleceu-o e deu-lhe novas missões. 

Acabe tentou comprar a vinha de Nabote o jezreelita. Esta propriedade de Nabote era herança dos seus pais e a lei proibia a venda. Por temer a Deus, Nabote recusou-se a vender a propriedade. Jezabel quando soube, tramou covardemente a morte de Nabote. Contratou uns homens ímpios para acusarem Nabote de blasfêmia e o povo o apedrejou. Depois da morte de Nabote, Acabe se apropriou indevidamente da vinha. (1 Rs 21).

Entre tantas maldades cometidas por Jezabel estão a prostituição sagrada e a feitiçaria (2 Rs 9.22). Depois da morte de Nabote, Deus usou a boca do profeta Elias para repreender Acabe e pronunciar o extermínio da sua descendência, que foi executada anos depois pelo rei Jeú. Elias falou que os cães lamberam o sangue de Acabe e comeriam a carne de Jezabel. (1 Rs 21.23-27). Deus é misericordioso, mas julga com rigor àqueles que insistem em permanecer na prática do mal.

Pb. Weliano Pires


12 julho 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 03: ACABE E O PROFETA ELIAS

 Conforme falamos na introdução ao trimestre, não seria possível estudar todos os reinados de Israel e Judá em apenas treze lições. Na primeira lição, iniciamos falando do reinado de Salomão, que foi o último a governar todo o Israel. Na lição passada falamos sobre a divisão do reino e sobre os erros de Roboão e Jeroboão. 

A partir desta lição, até à lição 8, daremos ênfase aos ministérios proféticos de Elias Eliseu, estudando também sobre os reis desse período. 

Nesta lição estudaremos o reinado perverso de Acabe, o pior dos reis de Israel. Acabe era filho do rei Onri, fundador da cidade de Samaria. Era um rei ímpio e, para piorar, casou-se com Jezabel, princesa dos sidônios, devota das divindades pagãs, Baal e Aserá. 

No primeiro tópico da lição falaremos sobre o casamento de Acabe com Jezabel. Falaremos também sobre as consequências de uma má escolha. A exemplo de Salomão, o casamento de Acabe com uma estrangeira, que não servia a Deus, foi trágico. Ainda no primeiro tópico, falaremos sobre algumas atrocidades cometidas pelo casal Acabe e Jezabel. 

No segundo tópico falaremos sobre o surgimento do profeta Elias, um profeta do povoado de Tisbe, na região de Gileade. Em obediência a Deus, Elias confrontou, corajosamente, o rei Acabe, profetizando que haveria uma grande seca no país e que, só voltaria a chover, quando ele profetizasse de novo. Falaremos sobre as consequências, muitas vezes dolorosas, de se obedecer a Deus no meio dos ímpios. Por último falaremos sobre o cuidado de Deus para com aqueles que defendem incondicionalmente a verdade e para com aqueles que crêem na provisão divina. Deus cuidou de Elias e cuidou também da viúva de Sarepta, que pensava que seria a sua última refeição, mas, com um ato de fé diante da Palavra de Deus, viu o milagre acontecer.

Pb. Weliano Pires


A PAZ QUE JESUS PROMETEU

(Comentário do 3º tópico da Lição 08: A promessa de paz) .  Ev. WELIANO PIRES  No terceiro tópico, falaremos da Paz prometida por Jesus. Ver...