20 outubro 2020

Lição 4: O drama de Jó

Créditos da foto: Sermão Online (sermao.com.br)

Data: 25 de Outubro de 2020

TEXTO ÁUREO:

“E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR” (Jó 2.21).

VERDADE PRÁTICA:

“A despeito das grandes provações que se abatem em nossa vida, à luz do exemplo de Jó, devemos permanecer fiéis ao Senhor.”

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jó 1.13-22; 2.6-8.

Jó 1

13 — E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão primogênito,

14 — que veio um mensageiro a Jó e lhe disse: Os bois lavravam, e as jumentas pasciam junto a eles;

15 — e eis que deram sobre eles os sabeus, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e eu somente escapei, para te trazer a nova.

16 — Estando este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu; e só eu escapei, para te trazer a nova.

17 — Estando ainda este falando, veio outro e disse: Ordenando os caldeus três bandos, deram sobre os camelos, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e só eu escapei, para te trazer a nova.

18 — Estando ainda este falando veio outro e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito,

19 — eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei, para te trazer a nova.

20 — Então, Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou,

21 — e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR.

22 — Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.

Jó 2

6 — E disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele está na tua mão; poupa, porém, a sua vida.

7 — Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto do cabeça.

8 — E Jó, tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza.

HINOS SUGERIDOS: 153, 342 e 440 da Harpa Cristã.

COMENTÁRIO

RELEMBRANDO A LIÇÃO ANTERIOR

Vimos na lição passada:

  • A existência e a realidade de Satanás como um ser espiritual, criado e dotado de personalidade;
  • Satanás não é autoexistente e as suas ações não são autônomas. Ele não é soberano e não conhece o futuro;
  • As obras de Satanás são representadas pela dor, sofrimento, acusação e tentação;
  • O “ocaso” ou a derrota do Diabo. A partir do capítulo 3 do Livro de Jó, Satanás não é mais mencionado. O Livro mostra indiretamente a derrota do Diabo, e, ao mesmo tempo diretamente, o testemunho de Deus a respeito de Jó. 


RESUMO DA LIÇÃO 04:

  • A tragédia de natureza econômica: Jó foi atingido tanto na esfera comercial quanto na esfera do campo;
  • A tragédia de natureza familiar: Jó perdeu dez filhos em um só dia e, para piorar, a sua esposa o aconselhou a abandonar a fé em Deus e morrer;
  • A tragédia de natureza física e psicológica: Além de perder bens e familiares, a tragédia atingiu a saúde física e mental de Jó.

I. TRAGÉDIA DE NATUREZA ECONÔMICA

Jó era considerado “o maior de todos do Oriente”, conforme vimos nas lições anteriores. Neste tópico, o comentarista apresenta as dimensões do patrimônio econômico de Jó e como Satanás o destruiu impiedosamente. 

1. O sucesso na esfera comercial. O Livro de Jó é considerado o mais antigo da Bíblia. Portanto, ao ler este livro e outros da Bíblia, precisamos levar em consideração o contexto da época, para entender. Jó possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas. No período patriarcal, época em que Jó viveu, a lã das ovelhas era muito usada na produção de tecidos. Os camelos, bois e jumentos eram usados no transporte de carga e de pessoas. Sendo assim, com esta quantidade de animais, podemos concluir que Jó era um grande empreendedor, que pode ser comparado aos grandes empresários da atualidade. 

2. O sucesso na esfera do campo. A economia daquela época era movimentada, na sua maior parte, pela agricultura e pecuária. Com esta quantidade de animais e com muitos empregados, Jó era um grande empreendedor da agropecuária, para os padrões da época. Hoje, com o agronegócio, o patrimônio de Jó parece pequeno. Mas, é preciso ler o texto com a visão daquela época. Para ter tantos animais e tanta gente a seu serviço, Jó necessitava de uma grande extensão de terra.

3. O ataque do Diabo na esfera comercial. O inimigo atingiu em um único dia, todas as fontes de renda de Jó. Através de um fogo que caiu do céu, as ovelhas foram queimadas; os bois e jumentas foram levadas pelos sabeus; e os camelos foram levados pelos caldeus. Sendo assim, de repente, todo o patrimônio de Jó na área comercial estava destruído: a produção de lã e o transporte de cargas e pessoas se tornara impossível, sem os animais e os empregados. 

4. O ataque do Diabo na esfera do campo. Com a destruição dos animais e dos empregados, a produção agropecuária de Jó  também foi inviabilizada. A falência econômica de Jó foi generalizada. Mas, mesmo assim, ele manteve a sua fidelidade a Deus. É preciso ter muito equilíbrio e fé em Deus para não sucumbir em uma situação dessa.

O comentarista faz uma ponderação neste ponto. O inimigo pode ser o responsável pela destruição do patrimônio de alguém, como foi o caso de Jó. Mas, não podemos atribuir todo tipo de problemas econômicos a ele. Existem crises econômicas globais e nacionais, que afetam a economia como um todo, ou apenas alguns setores. Há também os casos de má administração dos negócios. Tem pessoas que não sabem a administrar as suas finanças e, quando quebram, colocam a culpa no Diabo ou em Deus.

II. TRAGÉDIA DE NATUREZA FAMILIAR

Além de perder todo o seu patrimônio de forma rápida e inesperada, Jó também perdeu também a sua família. 

1. Filhos. Num único momento, todos os dez filhos de Jó foram mortos, em um desastre aparentemente natural. Estavam todos reunidos em um banquete, na casa do filho primogênito, quando de repente, veio um vento e derrubou a casa sobre eles e os matou, sobrando apenas um dos servos, para dar a notícia a Jó. (Jó 1.18.19). Se é uma tragédia para um pai sepultar um filho, imagine sepultar dez filhos de uma vez!  

2. Esposa. Em um momento de tragédia, o que se espera é receber o apoio emocional de familiares e amigos. Entretanto, o que Jó recebeu da sua esposa foi a sugestão infame para amaldiçoar a Deus e morrer. (Jó 2.9). 

Alguns tentam minimizar esta frase da mulher de Jó, insinuando que ela estaria sendo irônica, dizendo que Jó estava envolvido demais com a sua fé, enquanto as tragédias se abatiam ao seu redor e que ele deveria deixar de lutar e morrer em paz. 

Outros ainda dizem que ela estaria, na verdade, pedindo para Jó aceitar a morte com naturalidade. Mas, não é isso que o texto diz. 

Entretanto, a resposta enérgica de Jó mostra claramente, que ela estava pedindo para Jó blasfemar contra Deus e morrer. A reação da mulher de Jó às tragédias é a mesma dos adeptos da teologia da prosperidade, que acreditam que aqueles que servem a Deus não podem sofrer. 

3. O fato. O comentarista compara os ventos fortes que destruíram a família de Jó com os ventos que destroem as famílias da atualidade, através do divórcio, drogas, degradação familiar, etc. É verdade, que estas coisas vem destruindo as famílias, porém, os ventos que destruíram a família de Jó foi algo sobrenatural, permitido por Deus, para mostrar a fidelidade dele ao inimigo. Conforme vimos na lição 2, Jó era um um homem piedoso e dedicado à família.

III. TRAGÉDIA DE NATUREZA FÍSICA E PSICOLÓGICA

Após as perdas do patrimônio e da família, abateu-se sobre Jó uma tragédia que atingiu-lhe a saúde física e psicológica. 

1. O Diabo toca na saúde de Jó. Mesmo após destruir todo o patrimônio e a família de Jó, o inimigo viu o seu plano de fazê-lo blasfemar contra Deus, fracassar. Mas, ele não desistiu e insistiu na sua acusação inicial, de que Jó servia a Deus por interesse. Então, sugeriu a Deus, que se fosse permitido tocar na saúde de Jó, ele blasfemaria. Deus permitiu, advertindo-o de que apenas a vida deveria ser poupada. 

2. Saúde física. O texto de Jó 2.6,7 registra que "Satanás feriu a Jó com uma chaga maligna, desde a cabeça até a planta do pé". Eram feridas terríveis, acompanhadas de pus, que provocavam coceiras por todo o corpo, e fizeram Jó usar um caco de telha de barro para se coçar. 

O local para onde Jó foi, o monte de cinzas, também era deplorável. Segundo estudiosos, tratava-se de um depósito de lixo, onde doentes mentais e pessoas rejeitadas pela sociedade pediam esmolas aos que passavam. Havia também nesse local, cães e aves de rapina que disputavam comida. 

3. Saúde mental. Evidentemente, diante de tantas perdas, traumas e sofrimentos, a saúde mental de Jó também foi abalada. Qualquer pessoa, por muito menos, desenvolveria um estado de depressão profunda, síndrome do pânico e outras doenças psicológicas. No capítulo 3, ele faz um profundo lamento, amaldiçoando o dia do seu nascimento.

CONCLUSÃO

Com esta lição aprendemos que o cristão não está imune aos sofrimentos e às perdas de qualquer natureza nesta vida. Deus nunca prometeu ausência de sofrimentos nesta vida. Jesus disse que "no mundo teríamos aflições" (Jo 16.33). Mas, Ele prometeu-nos a sua companhia (MT 28.20). 

Jó, mesmo sendo fiel a Deus, perdeu o seu patrimônio, a sua família e foi submetido aos mais dolorosos sofrimentos físicos e psicológicos. Mas, ele manteve a sua integridade e fidelidade a Deus. Que possamos seguir o seu exemplo e nos mantermos fiéis a Deus em qualquer circunstância da nossa vida. 


Pb. Weliano Pires
Igreja Evangélica Assembleia de Deus
Ministério do Belém
São Carlos - SP. 


REFERÊNCIAS:

Revista LIÇÕES BÍBLICAS. RJ: CPAD, 4° Trimestre de 2020. 
Revista Ensinador Cristão.  RJ: CPAD, 4° Trimestre de 2020. 
ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.30 
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.10.
ANDRADE, Claudionor de. Jó: O problema do sofrimento do justo e o seu propósito. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.85.


16 outubro 2020

Lição 3: Jó e a realidade de Satanás

    

Culto de ensino bíblico com o presbítero Weliano Pires e família.
Estudamos a lição 03, do 4º trimestre de 2020, cujo tema é: Jó e a realidade de Satanás.
Nesta lição vimos a existência e a realidade de Satanás como um ser espiritual criado e dotado de personalidade, mas, que não é auto existente e as suas ações não são autônomas. Satanás não é soberano e não conhece o futuro.
No Livro de Jó, as obras de Satanás são representadas pela dor, sofrimento, acusação e tentação. Porém, o Diabo não saiu vencedor nesta luta. O Livro de Jó mostra indiretamente a derrota do Diabo, e, ao mesmo tempo diretamente, o testemunho de Deus a respeito de Jó.

13 outubro 2020

Lição 3: Jó e a realidade de Satanás




Data: 18 de Outubro de 2020

TEXTO ÁUREO:


“E vindo um dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles” (Jó 1.6).


VERDADE PRÁTICA:


“Segundo as Escrituras, Satanás é um ser real, portador de personalidade e só o venceremos com as armas espirituais.”


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Jó 1.6-12; 2.4,5.

 

Jó 1

6 — E vindo um dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles.

7 — Então, o SENHOR disse a Satanás: De onde vens? E Satanás respondeu ao SENHOR e disse: De rodear a terra e passear por ela.

8 — E disse o SENHOR a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero, e reto, e temente a Deus, e desviando-se do mal.

9 — Então, respondeu Satanás ao SENHOR e disse: Porventura, teme Jó a Deus debalde?

10 — Porventura, não o cercaste tu de bens a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e o seu gado está aumentado na terra.

11 — Mas estende a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema de ti na tua face!

12 — E disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR.


Jó 2

4 — Então, Satanás respondeu ao SENHOR e disse: Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida.

5 — Estende, porém, a tua mão, e toca-lhe nos ossos e na carne, e verás se não blasfema de ti na tua face!


HINOS SUGERIDOS: 212, 224 e 225 da Harpa Cristã.


RECORDANDO A LIÇÃO ANTERIOR


Na lição passada estudamos:


  • Os aspectos do caráter irretocável de Jó: Jó era um homem íntegro, reto, temente a Deus e desviava-se do mal. Vimos o que significa cada uma destas virtudes.

  • A sabedoria e a prosperidade de Jó. Jó era um conselheiro sábio. Mas, a sua sabedoria consistia no “ser” e não no “ter”, apesar dele ser muito rico. Jó era não apenas rico, ele era também próspero. 

  • A vida piedosa de Jó. Jó era um homem que tinha um elevado padrão moral e uma vida dedicada à família e consagrada a Deus. 


Introdução à Lição 3


Estudaremos nesta lição, a existência e a realidade de Satanás como um ser espiritual, criado e dotado de personalidade, mas, que não é autoexistente. As suas ações não são autônomas. Satanás não é soberano e não conhece o futuro. 

No Livro de Jó, as obras de Satanás são representadas pela dor, sofrimento, acusação e tentação. Porém, o Diabo não saiu vencedor nesta luta. O Livro de Jó mostra indiretamente a derrota do Diabo, e, ao mesmo tempo diretamente, o testemunho de Deus a respeito de Jó.


I. O LIVRO DE JÓ E A NATUREZA DE SATANÁS


A palavra Satanás significa “adversário”. Segundo o teólogo Myer Pearlman, essa palavra descreve a intenção persistente do Diabo em obstruir os propósitos de Deus. No grego, foi usada a palavra “diabolos”, que significa “acusador”.


1. Um ser espiritual. O Livro de Jó nos traz muitas informações sobre a natureza de Satanás. A expressão “filhos de Deus” usada no versículo 6 do capítulo 1, refere-se aos anjos e diz que “Satanás veio também, entre eles.” Os anjos são seres espirituais, assexuados, criados por Deus, antes da criação do seres humanos. O Livro de Ezequiel capítulo 28, versículos 14 e 15, referindo-se a Satanás, antes da sua queda diz que ele “querubim ungido” perfeito em seus caminhos e que estava rodeado de pedras preciosas, até ao dia em que se achou iniquidade nele. O profeta Isaías, no capítulo 14, a partir do versículo 12 também fala de Satanás antes da queda e porque ele caiu. O  texto diz que ele quis ser semelhante ao Altíssimo e construir a sua morada acima das estrelas. Mas, foi expulso do céu. Então, Satanás é um ser angelical da classe dos querubins, que pecou e foi expulso do Céu. 


2. Um ser criado. Como todos os anjos, Satanás é um ser criado por Deus. Os anjos são seres poderosos, mas, não são autoexistentes, não possuem autonomia e não devem ser adorados. Infelizmente, no meio pentecostal e neopentecostal há pessoas que valorizam os anjos mais do que ao próprio Jesus. Se falamos que Jesus está conosco, a reação de alguns crentes é normal. Mas, quando alguém diz que tem um anjo na congregação, tem gente que falta ser arrebatado.

Satanás como ser criado não pode lutar contra Deus, como se fosse igual a Ele. Há pessoas que pregam um dualismo entre o bem e o mal, como se houvesse uma luta entre dois reinos. Ora, Deus é soberano e tem o controle de tudo. O inimigo só pode agir até onde Deus permitir.


3. Um ser dotado de personalidade. Para ser considerado pessoa é preciso que haja três características: sentimento, vontade e intelecto. Satanás possui estas três e, por isso, ele é um ser espiritual dotado de personalidade. Ele possui conhecimento e capacidade de argumentar. Além disso, ele é perspicaz e ardiloso, com grande capacidade para enganar e iludir os incautos. Não devemos temer ao Diabo, mas, não podemos brincar com ele. 


II. O LIVRO DE JÓ E AS OBRAS DE SATANÁS


1. Dor e sofrimento. No prólogo do Livro de Jó, podemos ver que Satanás é capaz de provocar dor e sofrimento no ser humano, sem nenhuma razão, única e exclusivamente, para atingir os seus intentos malignos. (Jó 1.12; 2.6). Ele destruiu impiedosamente, o patrimônio, os filhos e a saúde de Jó, causando-lhe profunda dor emocional e física. 

As maldades que acontecem no mundo tem origem nele. Jesus disse que ele foi homicida desde o princípio e que é mentiroso e pai da mentira. (Jo 8.44). O apóstolo Pedro disse que “o diabo anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar.” (1 Pe 5.8).


2. Acusar. Como mostramos no tópico 1, Satanás é o adversário. Mas, além de ser adversário e causador de grandes desgraças e sofrimentos, ele é também o acusador dos santos. Ele acusou a Jó diante de Deus de praticar uma religiosidade interesseira (Jó 1.10,11); Acusou o sumo sacerdote Josué (Zc 31); Quis cirandar com Pedro (Lc 10.31,32); e em Ap 12.10 a Bíblia mostra o Diabo acusando os santos de dia e de noite.  


3. Tentar. Outro  aspecto da ação do Diabo é tentar os servos de Deus. É preciso destacar que há uma diferença entre tentação e provação. A tentação é a ação do inimigo para fazer com que as pessoas pequem. Tiago diz que Deus não pode ser tentado e a ninguém tenta. (Tg 1.13). A provação, por sua vez, é quando Deus permite que passemos por algum sofrimento ou dificuldade para nos ensinar algo, para nos fazer crescer espiritualmente e nos aproximar dele. 

Nós estamos sendo constantemente observados pelo Diabo e seus anjos. Por isso, ele sabe das nossas fragilidades e nos tenta exatamente onde somos fracos. Por isso, precisamos vigiar e nos fortalecer no Senhor e na força do Seu poder. (Ef. 6.10)


III. O LIVRO DE JÓ E O OCASO DE SATANÁS


1. Queda e ruína de Satanás. Literalmente, a palavra ocaso refere-se ao pôr do sol, ou ao momento do dia em que o sol não mais aparece no horizonte. Em sentido figurado, o ocaso é a decadência, perda de poder e de influência de alguém. 

O Diabo tentou levar Jó a blasfemar contra Deus. Para isso, causou-lhe os mais dolorosos sofrimentos. Mas, ele não conseguiu o seu intento. O seu plano maligno falhou e a partir do capítulo três de Jó até o final do livro, ele não é mais citado. Não devemos subestimar a ação do Diabo, mas, também não devemos superestimá-lo e colocá-lo como protagonista, pois, maior é Aquele que está em nós. 


2. Jó e o testemunho de Deus. O Livro de Jó tem início com a fidelidade de Jó. Depois, retrata todas agruras que ele sofreu. Mas, termina com a sua vitória avassaladora. Deus deu testemunho da fidelidade de Jó, tanto antes da sua aflição, quando disse ao inimigo que Jó era sincero reto, temente a Deus e se desviava do mal (Jó 1.8; 2.6); quanto no final da sua aflição, quando Deus deu testemunho de Jó aos seus amigos (Jó 42.7,8).

Em todos os momentos, Deus estava com Jó, embora não falasse. Deus trabalha também no silêncio. Ele não promete nos livrar de todas as aflições, mas, promete estar conosco em todos os momentos.


CONCLUSÃO


Não podemos ignorar ou subestimar a realidade das forças do mal no mundo espiritual (Ef 6.10-20). O Diabo e os seus demônios existem e tem grande fúria, sabendo que pouco tempo lhe resta. Ele anda em derredor, bramando como leão buscando a quem possa tragar. Jesus nos alertou para vigiarmos, pois, o espírito está pronto mas, a carne é fraca. Até Jesus foi tentado pelo inimigo.

Por outro lado, não podemos superestimar o poder de Satanás, achando que ele tem um poder equivalente ao de Deus. Deus é criador, soberano, onipotente, eterno, onipresente e autoexistente. O Diabo é criatura, limitado  e não pode fazer o que quiser. Ele só pode agir até onde Deus permite. 


Pb. Weliano Pires

Igreja Evangélica Assembléia de Deus

Ministério do Belém

São Carlos -SP.


REFERÊNCIAS: 

REVISTA LIÇÕES BÍBLICAS. Rio de Janeiro: CPAD, 4º Trimestre de 2020. Comentarista: Pr. José Gonçalves. 

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. Rio de Janeiro: CPAD, 4º Trimestre de 2020.Comentarista: Pr. José Gonçalves. 

BÍBLIA SAGRADA. Versão Almeida Revista e Corrigida. Sociedade Bíblica do Brasil: Barueri, 2009.

CHAPMAN, Milo L.; PURKISER, W. T.; WOLF, Earl C. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2014. pp.27-28



12 outubro 2020

REVERÊNCIA NA CASA DO SENHOR.

“Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus; porque chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal.”  (Eclesiastes 5:1)

O templo é considerado a Casa do Senhor ou casa de oração (Mt 21.13). Claro, que no contexto do Cristianismo, o templo do Espírito Santo é o crente. É nele que o Espírito de Deus habita e não no templo. Porém, isso não significa que não devemos ter reverência quando estivermos no templo. 

1. O SIGNIFICADO DO TEMPLO PARA ISRAEL.
  • Significava a proteção de Deus, pois, Ele prometeu por ali o Seu Nome;
  • Representava a redenção de Deus, pois, ali eram oferecidos os sacrifícios e Deus perdoava os pecados;
  • Significava a Presença e a Glória de Deus. Ali a Glória de Deus se manifestou, quando Salomão orou e o consagrou a Deus.
2. O SIGNIFICADO DO TEMPLO PARA OS CRISTÃOS.
  • É lugar de oração (At 2.46; 3.1);
  • É lugar de Ensino da Palavra de Deus; 
  • É lugar de manifestação dos Dons do Espírito Santo;
  • É lugar de Louvor a Deus;
  • É lugar de se depositar os dízimos e ofertas ao Senhor.

3. O TEMPLO É LUGAR DE ADORAÇÃO A DEUS.
  • A adoração consiste em atitudes que reverenciam e honram a Deus;
  • O adorador reconhece a sua insignificância e a Grandeza e Senhorio de Deus.

4. O QUE NÃO SE DEVE FAZER NO TEMPLO.
  • Comércio. (Compra, venda, troca, propagandas e promoções)
  • Conversar assuntos alheios ao culto e que podem ser adiados;
  • Brincadeiras, risadas, piadas, zombarias, etc;
  • Campanha política. Além de ser um assunto alheio às atividades do culto, é crime eleitoral.
  • Manusear aparelhos eletrônicos, livros, revistas, com exceção da Bíblia, harpa ou apostilas relacionadas ao culto;
  • Maquiar-se, pentear cabelos, lixar a unha, etc.
 CONCLUSÃO

Quando estamos no templo, estamos em um período que dedicamos ao Senhor. Separamos aquele pequeno espaço de tempo, para adorar ao nosso Deus. Portanto, deixemos de lado as preocupações, comércios, brincadeiras, etc.,  para outra hora e vamos adorar, honrar e reverenciar ao Senhor, que a Glória dele se manifestará.

Weliano Pires
Presbítero da Assembléia de Deus, Ministério do Belém em São Carlos-SP.

11 outubro 2020

A sublimidade da Ceia do Senhor

A Ceia do Senhor é uma ordenança de Cristo à sua Igreja, assim como o batismo nas águas. É um memorial da morte do Senhor Jesus na Cruz, para salvar-nos do pecado e da condenação eterna. 

A Ceia do Senhor é também um antecipação da alegria que teremos no Céu, quando cearemos com Cristo e os salvos de todas as épocas. 

Os dois elementos da Ceia, o pão e o vinho, simbolizam, respectivamente, o corpo e o sangue do Senhor que se deu em sacrifício vicário (substitutivo) por nós. 

A Ceia do Senhor é a maior festa da Igreja Cristã aqui na terra. Esta celebração é uma combinação de comunhão, santidade, reverência, adoração e louvor a Deus. No ato da Ceia do Senhor, relembramos o sacrifício de Cristo por nós e nós alegramos, pois, Ele prometeu que em breve iremos cear com Ele na glória. 

Diante do exposto, é abominável, um pastor usa esta celebração sagrada para fazer campanha política, violando a legislação eleitoral e profanando a Ceia do Senhor. Uma pessoa como esta, que não tem reverência nem pela Ceia de Senhor, deveria renunciar imediatamente o seu ministério e fazer outra coisa. 

(Pb. Weliano Pires)

06 outubro 2020

LIÇÃO 2: QUEM ERA JÓ

Data: 11 de Outubro de 2020

 

TEXTO ÁUREO:

“Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a Deus; e desviava-se do mal” (Jó 1.1).

 

VERDADE PRÁTICA

“Quem zela por um caráter irrepreensível obtém testemunho acerca de sua integridade.”

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Jó 1.1-5.

 

1 — Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a Deus; e desviava-se do mal.

2 — E nasceram-lhe sete filhos e três filhas.

3 — E era o seu gado sete mil ovelhas, e três mil camelos, e quinhentas juntas de bois, e quinhentas jumentas; era também muitíssima a gente ao seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do Oriente.

4 — E iam seus filhos e faziam banquetes em casa de cada um no seu dia; e enviavam e convidavam as suas três irmãs a comerem e beberem com eles.

5 — Sucedia, pois, que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura, pecaram meus filhos e blasfemaram de Deus no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.

 

HINOS SUGERIDOS: 61, 133 e 236 da Harpa Cristã.


INTRODUÇÃO


Relembrando a lição anterior


Na semana passada estudamos a primeira lição deste trimestre, com o tema: O Livro de Jó. Tivemos uma aula introdutória sobre o Livro de Jó, falando sobre as questões da autoria, data provável da composição do livro, características literárias, propósito do livro, personagens, os discursos dos amigos de Jó e as respectivas réplicas do patriarca, os discursos de Jó e as perguntas e respostas de Deus, para as principais questões existenciais. 


Lição 02


Nesta lição estudaremos três tópicos tópicos sobre as características de Jó No primeiro tópico, estudaremos os aspectos do caráter irretocável de Jó: Jó era um homem íntegro, reto, temente a Deus e desviava-se do mal. Veremos neste tópico o que significa cada uma destas virtudes.


No segundo tópico, destacaremos a sabedoria e a prosperidade de Jó. Jó, a exemplo de muitas pessoas do Oriente antigo, era um conselheiro sábio. Mas, a sua sabedoria consistia no “ser” e não no “ter”, apesar dele ser muito rico. Jó era não apenas rico, ele era também próspero. 


O terceiro tópico trata da vida piedosa de Jó. Jó era um homem que tinha um elevado padrão moral e uma vida dedicada à família e consagrada a Deus. 


I. JÓ, UM HOMEM DE CARÁTER IRRETOCÁVEL


O texto bíblico afirma que Jó era um homem sincero, reto, temente a Deus e desviava-se do mal (Jó 1.1). O próprio Deus, no diálogo com o diabo deu testemunho destas qualidades de Jó (Jó 1.8).


1. Íntegro (sincero) (v.1). A versão Almeida Revista e Corrigida traz a palavra “sincero” neste texto. Já as versões Almeida Revista e Atualizada, Nova Versão Internacional e outras de linguagem mais atualizadas, trazem a palavra “integro”. A palavra traduzida por íntegro neste texto, em hebraico é tam”. Tem o sentido de íntegro; inocente, ingênuo, simples; perfeito, que não tem defeito, completo. Na versão grega do Antigo Testamento, a Septuaginta, a palavra usada é “alethinós”, que significa “verdadeiro”, derivada de “Aletheia” (verdade). Isto não significa que Jó não tivesse pecado, mas, que ele era verdadeiro e autêntico, sem falsidade. 

Existe diferença entre caráter e reputação. O caráter é aquilo que Deus sabe que nós somos e a reputação é o que as pessoas pensam que nós somos.


2. Reto (v.1). A palavra reto, no hebraico é “yasar” e tem o sentido de “justo”, “imparcial” e “direito”. Na Septuaginta, foi usado o termo grego “amemptos”, que significa “irrepreensível”. Então, Jó além de verdadeiro era um homem que se comportava de forma irrepreensível. Esta sempre foi uma característica dos crentes de antigamente, que hoje em dia, infelizmente, está cada vez mais rara. Antigamente, ser crente era sinônimo alguém que era bom pagador, bom pai/mãe de família, pessoa que não falava palavrão, que não revidava  as ofensas, que não traía a esposa, etc. Hoje, tem pessoas que tomam um susto quando alguém diz que é crente, porque não parece.


3. Temente a Deus e desviava-se do mal (v.1). Estas duas palavras “temente” e “desviava-se” no hebraico são sur e yare. Significavam respectivamente, “alguém que prestava reverência a Deus e evitava o mal.’ A Septuaginta, usa os termos gregos, theosebés e apecho”, que também trazem a idéia de alguém que é devoto a Deus e se afasta do mal. 

Temer a Deus não significa “ter medo” ou “ter pavor” de Deus. Significa reverenciá-lo e respeitá-lo profundamente, a ponto de obedecê-lo. A expressão “o temor do Senhor” ocorre com bastante frequência nos livros poéticos de Salmos, Provérbios e no Livro de Jó. Tanto em Salmos, quanto em Provérbios, está escrito que “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Sl 111.10; Pv. 1.7)

É Interessante destacar que Jó viveu em uma época em que as Lei de Deus ainda não havia sido escrita. Também não haviam escribas e sacerdotes que lhe ensinassem a Lei. Mesmo assim, ele era temente a Deus e se afastava da maldade. Muitos problemas acontecem em nosso meio atualmente, porque as pessoas estão perdendo o temor a Deus.


II. JÓ, UM HOMEM SÁBIO E PRÓSPERO

Jó foi um homem muito rico, antes de passar pelas aflições que o seu Livro nos relata. O texto bíblico diz que ele possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas parelhas de bois, quinhentos jumentos e muita gente a seu serviço. Era considerado o maior entre todos do Oriente. Para os padrões da época, que não existia carros, nem máquinas, isso era uma verdadeira fortuna. Porém, Jó não era apenas rico em posses. Ele era sábio e próspero.


1. Um conselheiro sábio. A referência de que Jó era maior que todos os do Oriente, segundo os estudiosos, não se refere apenas à fortuna de Jó. Significa que ele era o maior também em prosperidade e piedade. Há pessoas que são extremamente ricas e cultas, mas, não são sábias. 

A sabedoria está relacionada ao modo de viver e não necessariamente ao conhecimento que se tem. Uma pessoa pode ser analfabeta e mesmo assim ser sábia. A verdadeira sabedoria provém de Deus. Conforme dito no tópico anterior, o temor do Senhor é o princípio da sabedoria. “Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria.” (Tiago 3.13)



2. Um homem próspero. Hoje fala-se muito em prosperidade, no sentido de possuir bens materiais. Mas, a verdadeira prosperidade está relacionada à aprovação de Deus, mesmo que não tenhamos recursos financeiros. Próspero é alguém que está em paz com Deus, mesmo que não tenha mais nada, pois, Deus lhe é suficiente. Jó era próspero, porque Deus se agradava do seu estilo de vida e deu testemunho dele.

Segundo o pastor Geremias do Couto, no seu comentário da Revista Lições Bíblicas, do 4º Trimestre de 2007, “a verdadeira prosperidade é uma conseqüência da obediência do homem a Deus. O crente próspero, segundo o salmista, é alguém que não se compraz com a companhia dos ímpios, mas tem satisfação em obedecer a Escritura.” 

Há muito milionários que não são prósperos. Não conseguem dormir e não tem paz consigo, com o próximo e, muito menos com Deus. Tais pessoas não são prósperas.


3. Uma prosperidade baseada no “ser”. Conforme já foi dito, Jó possuía uma fortuna. A sua família era constituída de sete filhos e três filhas. No contexto da época, ter muitos animais terras e muitos filhos era riqueza. Mas, a prosperidade de Jó não consistia naquilo que ele possuía e sim naquilo que ele era. Jó era respeitado por seu caráter irretocável, conforme dito no tópico 1 e por sua vida piedosa, conforme veremos no tópico seguinte. Infelizmente, nos dias atuais, as pessoas são vistas pelo que elas possuem, seja riqueza, poder ou fama. Há uma revista chamada Forbes que exige os nomes dos milionários e muita gente sonha em ter o seu nome lá. A revista Caras, exibe os famosos e muito fazem qualquer coisa para aparecer lá. Nas redes sociais, as pessoas fazem de tudo para obterem muitos acessos e curtidas e ficarem famosos. Mas, isso não é prosperidade.


III. JÓ, UM HOMEM DE PROFUNDA PIEDADE PESSOAL


1. Um homem dedicado à família. Os filhos de Jó faziam confraternizações nas casas uns dos outros, vivendo um clima de harmonia. Jó, como sacerdote familiar, preocupado com eventuais pecados cometidos por seus filhos, oferecia sacrifícios a Deus e intercedia por sua família. Este deve ser o comportamento de todo pai de família que serve a Deus. 

Infelizmente, muitos em nome do trabalho, da busca por riquezas e até por envolvimento demasiado com o ministério, negligenciam a sua família. Mas, Deus não se agrada disso. O apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo disse que “se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.” (I Timóteo 5.8). Como pais, temos a obrigação de ensinar aos nossos filhos a Palavra de Deus, com palavras e com o próprio exemplo. (Provérbios 22.5). Devemos também impor limites e não fechar os olhos para o mau comportamento dos nossos filhos como fez o Sumo Sacerdote Eli, Samuel e Davi.


2. Um homem de moral e piedade. Jó era um homem de caráter e moral ilibados e também de uma vida piedosa de oração e comunhão com Deus, em todas as circunstâncias. Jó orava pelos seus filhos e oferecia sacrifícios, nos tempos de riqueza e bonança. Mas, também orou pelos seus “amigos”, no auge da sua amargura, mesmo sendo injustamente acusado por eles de ter cometido pecados. 

3. Um homem de vida consagrada. Jó tinha o hábito de levantar de madrugada para orar e buscar a Deus por sua família e oferecer sacrifícios pelos seus filhos. Ter uma vida consagrada a Deus é pertencer exclusivamente a Ele com todo o nosso ser. É confiar em Deus e descansar nEle em qualquer circunstância. É servi-lo e adorá-lo, não apenas pelo que Ele pode fazer, mas, pelo que Ele é. 


CONCLUSÃO


Estudamos nesta lição três aspectos da vida do patriarca Jó: O seu caráter, a sua prosperidade e a sua piedade.  Vimos nesta lição, que é possível haver reputação e mau caráter em uma pessoa. Isto porque, a reputação é aquilo que fazemos quando estamos sendo vistos. O caráter é aquilo que fazemos quando ninguém está nos vendo. 

Também é possível ter conhecimento e não ser sábio, pois, a sabedoria consiste no modo de viver e não no conhecimento teórico que possuímos. 

Vimos também, que é possível ter riquezas e não ser próspero, pois, a verdadeira prosperidade está relacionada à aprovação de Deus. 

“O temor a Deus deve ser o esteio de nossa vida. Devemos amar ao Senhor, buscá-Lo de todo coração. À medida que vivemos essa devoção, amaremos e cuidaremos de nossa família e viveremos uma vida moral e piedosa que dê testemunho aos outros.”

(Revista Ensinador Cristão, CPAD)

 

Pb. Weliano Pires

Assembléia de Deus, Ministério do Belém

São Carlos - SP


REFERÊNCIAS:

Revista Lições Bíblicas, Adultos. Rio de Janeiro: CPAD, 4º Trimestre de 2020.

Bíblia de Estudo Palavra Chave. RJ: CPAD, 2015.

ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.287

Comentário Bíblico Beacon: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.25).

ANDRADE, Claudionor de. Jó: O Problema do Sofrimento do Justo e o seu Propósito. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.37

Revista Ensinador Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 4º trimestre 2020.

 


04 outubro 2020

A mensagem de Deus na porta do templo

Texto Bíblico: Jeremias 7.1-16


INTRODUÇÃO

O profeta Jeremias era sacerdote de Anatote e filho de Hilquias. Foi chamado por Deus, ainda muito jovem, para ser profeta. Profetizou no Reino do Sul, nos dias que antecederam o cativeiro babilônico e durante o cativeiro. É conhecido como o "profeta das lágrimas", devido às suas lamentações pela dor do seu povo. Jeremias teve poucos amigos e enfrentou muitas lutas com falsos profetas, que entregavam mensagens de prosperidade, quando Deus falava de julgamento.

No capítulo sete, Deus mandou Jeremias proferir uma mensagem na porta do templo, denunciando o padrão de vida de pessoas ímpias e corruptas, que afirmavam que Jerusalém era inviolável, baseando-se em uma profecia de Isaías contra Senaqueribe (Is.37.6,7,29). Porém, nos dias de Jeremias o contexto era outro.


Vejamos alguns tópicos dessa mensagem de Deus proferida por Jeremias, que é muito atual:


1. Melhorem a conduta. Sejam justos nas atitudes para com o próximo. (vs.2 e 5). Isso envolve o desrespeito aos excluídos e maginalizados; o ‘não matarás’ e a idolatria. 


2. Não se enganem com palavras vãs e mentirosas. (Vs. 4 e 8). Não é porque alguém está em Jerusalém, ou no Templo, que Deus o protegerá, sendo um ímpio.


3. Não venham adorar a Deus, sem abandonar as abominações. Vs. 9 e 10). Deus não tolera cultos oferecidos por ímpios. Antes de oferecer cultos ao Senhor, é preciso haver conversão. Antes de Deus receber a adoração de alguém, Ele recebe o adorador. Foi assim com Caim e Abel. Deus atentou para Abel e para a sua oferta e rejeitou Caim e a sua oferta. (Gênesis 4.4,5)


4. Respeitem a casa de Deus. (V.11; Mateus 21.13). O templo é chamado de casa de oração. Não é uma caverna de ladrões. Não pode ser usado para ganhar dinheiro, fazer política, exaltar o homem, etc. Se Jesus entrasse pessoalmente em alguns templos, expulsaria muitos profanos e vendilhões, que usam o templo para enriquecer e promover outras atividades.


5. Ouçam a voz de Deus. (V. 12). Deus fala, repreende e exorta ao arrependimento. Mas, a sua paciência tem limites. Aqui, Deus orienta o povo, que vá a Siló, local onde estava a Arca da Aliança, quando foi levada pelos Filisteus, nos dias  do sumo sacerdote Eli. “Assim, pois, como diz o Espírito Santo: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como foi na provocação.” (Hebreus 3.7,8)


6. Líderes, não adianta orar, por quem não quer deixar o pecado. (V.16). Se orarmos e a pessoa não quiser saber de Deus, Ele não vai nos responder. Está cheio de obreiros profetizando bênçãos para ímpios. A mensagem do Evangelho começa com "Arrependei-vos" e não com "prosperai".  


CONCLUSÃO


Deus nos ama e, por isso, nos repreende e nos disciplina, para não sermos condenados com o mundo. Esta mensagem de Jeremias continua muito atual. Vamos meditar em cada tópico e que isso sirva de alerta para  a Igreja do século XXI.


Pb. Weliano Pires
Assembléia de Deus, Ministério do Belém
São Carlos - SP

02 outubro 2020

Estudo da Lição 01: O Livro de Jó



Culto online de ensino bíblico, com o Pb. Weliano Pires e família.

Estudamos nesta lição sobre as questões de autoria, data provável da composição do livro de Jó; as características literárias, propósito e personagens do Livro de Jó; os discursos dos amigos de Jó, os discursos de Jó e as perguntas e respostas de Deus, para as principais questões existenciais. . 

AS TRÊS ARMAS ESPIRITUAIS DO CRISTÃO

(Comentário do 2º tópico da Lição 06: As nossas armas espirituais)  Ev. WELIANO PIRES No segundo tópico, descreveremos as três princip...