Sou evangelista da Assembléia de Deus, Ministério do Belém, em São Carlos-SP. Defendo o verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo. Este Evangelho mostra uma humanidade destituída da glória de Deus e um único salvador, capaz de restaurá-la: Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus.
30 abril 2025
JESUS, A VERDADE EM JERUSALÉM
29 abril 2025
INTRODUÇÃO À LIÇÃO 05: A VERDADE QUE LIBERTA
Ev. WELIANO PIRES
Na lição passada discorreremos sobre o capítulo 6, Evangelho segundo João e tratamos de dois temas registrados neste capítulo: a primeira multiplicação de pães e peixes e o discurso de Jesus apresentando-se como o Pão da Vida. Trouxemos os detalhes do milagre da multiplicação dos pães e peixes; vimos que Jesus desafiou a fé dos discípulos e deu uma lição de provisão; por último, do significado da metáfora do Pão que desceu do Céu, usada por Jesus.
O assunto da lição desta semana está contido nos capítulos 7 e 8 de João. Evidentemente, não estudaremos todo o conteúdo destes dois capítulos, mas apenas este tema específico, pois no discurso de Jesus há outros temas e aconteceram também outras coisas que estão relatadas nestes dois capítulos. A lição apresenta-nos Jesus, como a Verdade que liberta. Este é um dos principais temas do Evangelho segundo João.
Apesar de ser muito conhecido até por aqueles que não são cristãos, esta afirmação de Jesus tem sido contestada na sociedade pós-moderna, que nega a existência de uma verdade absoluta. Há ainda outra premissa equivocada que afirma que todos os caminhos conduzem a Deus, contrariando o ensino de Jesus, que afirmou que Ele é a Verdade (Jo 14.6) e que a Palavra de Deus é a Verdade (Jo 17.17). Na lição 9, estudaremos a afirmação de Jesus: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida e voltaremos a tratar deste tema.
No primeiro tópico, falaremos do tema: Jesus, a verdade em Jerusalém. Inicialmente, o comentarista apresenta-nos o contexto da ida de Jesus da ida de Jesus da Judéia para a Galiléia. Na sequência, falaremos do discurso de Jesus na festa dos tabernáculos. Por último, veremos que Jesus nos convoca não apenas para conhecer a verdade, mas a viver na verdade.
No segundo tópico, falaremos de Jesus como a Verdade diante dos escribas e fariseus. Falaremos da Verdade no episódio envolvendo a mulher adúltera, que os inimigos de Jesus trouxeram perante Ele para tentar apanhá-lo em alguma falha. Na sequência, falaremos da Verdade revelada, que foi resistida pelos mestres da Lei, mas ninguém pode obstruí-la. Por último, falaremos da Verdade que o mundo precisa conhecer e a procura em outros lugares, mas Jesus é a única Verdade.
No terceiro tópico, mostraremos Jesus como a verdade que liberta o pecador. Inicialmente, falaremos da verdade que liberta, com base no texto de João 8.31-38, que mostra que Jesus é o único que proporciona a verdadeira libertação ao pecador. Na sequência, veremos o que é a Verdade mencionada no Evangelho segundo João. Por fim, veremos que aqueles que são verdadeiramente livres, estão inclinados às coisas do Espírito.
CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez carne: Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2025.
Revista Ensinador Cristão. RIO DE JANEIRO: CPAD, Ed. 101, p.38
Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 1. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2024, p.528, 545.
Comentário Bíblico Beacon. Volume 7. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2006, p.86.
28 abril 2025
A VERDADE QUE LIBERTA
Subsídio da Revista Ensinador Cristão/CPAD
Nesta aula, veremos que o Senhor Jesus é a verdade de Deus encarnada que veio ao mundo para libertar a humanidade da escravidão do pecado. Essa libertação ocorre mediante o conhecimento da verdade. Quando o Evangelho menciona a verdade que liberta, não está falando a respeito de um conhecimento teórico que qualquer pessoa tem acesso por meio de pesquisa ou estudo formal. A verdade que liberta está atrelada à experiencia com o próprio Cristo, a verdade encarnada. Muitos religiosos pensam que conhecer o Jesus histórico ou mesma saber detalhes dos milagres operados por Ele durante os anos de seu ministério são suficientes para afirmar que conhecem a verdade. No entanto, não há liberdade, de fato, sem que se estabeleça um verdadeiro relacionamento com Jesus.
À medida que o pecador toma conhecimento do Evangelho, seus olhos espirituais se abrem para o fato de que a humanidade está escravizada pelo pecado e separada de Deus (Rm 3.23). Uma vez que cremos no sacrifício vicário de Cristo sobre a cruz, alcançamos o perdão dos nossos pecados e o sangue de Jesus nos purifica de toda culpa (Rm 5.1; 1Jo 1.7). Trata-se de uma questão jurídica, pois a separação de Deus é a pena. Pela fé em Jesus, somos resgatados da nossa vã maneira de viver para nos reconciliarmos com Deus (1Pe 1.18,19).
Segundo o Comentário Bíblico Beacon (CPAD), “o que é que faz um homem escravo? Três coisas são evidentes: 1. Pecado — todo aquele que comete pecado é servo do pecado (lit., ‘é um escravo do pecado’); o artigo definido em grego sugere a personificação do pecado como um senhor (v.34); 2. A separação da única fonte verdadeira de liberdade — o servo não fica para sempre em casa (v.35); isto é, o servo do pecado (v.34), pela sua própria situação de servo, não tem direito a nenhum dos privilégios que pertencem a um filho, por exemplo, a herança, a permanência na residência, a liberdade; 3. Uma motivação completamente errada — contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não entra em vós (lit., ‘A minha palavra não obtém progresso entre vocês’, v.37). Aqui está a imagem dos homens que creem nele, que reconhecem o poder da personalidade e da mensagem, mas se ressentem enormemente quando descobrem que a defesa da moralidade convencional e tradicional que apresentam é inspirada por motivos pecaminosos. Eles são levados a pensar, de forma equivocada, que uma profunda preocupação pela elevada moralidade traz consigo a libertação do pecado” (Volume 7, 2006, p.86).
26 abril 2025
22 anos de casados: Bodas de Louça
Para nós, hoje é uma data festivaÉ o aniversário de casamentoData do nosso eterno juramentoDe nos unirmos nesta perspectivaDe fidelidade mútua e definitivaNisso o nosso amor se fundamentaCertamente, é Deus quem nos sustentaPois nossa vida a Ele entregamosQuanto mais tempo juntos passamosMais o meu amor por você aumenta
São vinte e dois anos de feliz uniãoBodas de Louça, que na fragilidadeRepresenta também a durabilidadeA simbologia desta comemoraçãoÉ que se for cuidada, terá duraçãoMesmo frágil, o seu valor ostentaA sua beleza, a nobreza representaNós também muito nos valorizamosQuanto mais tempo juntos passamosMais o meu amor por você aumenta.
Nosso amor passou por várias fasesPrimeiro, a etapa do conhecimentoDepois, adaptação e ajustamentoSempre fortalecendo a nossa baseQue a nossa vida no amor se embaseEm tudo que esta vida nos apresentaEm momentos bons e até na tormentaNosso amor e fidelidade reiteramosQuanto mais tempo juntos passamosMais o meu amor por você aumenta.
Eu amo amar vocêE serei sempre feliz ao seu lado.
Te amarei eternamente, meu amor!
Weliano Pires
25 abril 2025
JESUS — O PÃO QUE DESCEU DO CÉU
No terceiro tópico, falaremos de Jesus como o Pão que desceu do Céu. No primeiro subtópico, o comentarista repetiu o mesmo assunto tratado no terceiro subtópico do primeiro tópico, falando sobre o real interesse da multidão. Na sequência, falando sobre a expressão o Pão do Céu, falaremos da identidade divina de Jesus, quando diz: “Eu Sou”, que é uma característica exclusiva dos discursos de Jesus no Evangelho segundo João. Por último, falaremos do significado da expressão “comer o pão”.
1. Qual é o real interesse da multidão? Neste subtópico, a meu ver, o comentarista foi repetitivo, pois já havia abordado este tema no primeiro tópico, quando falou que a multidão seguia a Jesus devido aos milagres e curas que Ele realizava e não para escutar a sua mensagem. Portanto, não há necessidade de comentar a mesma coisa aqui e não há nada a acrescentar.
2. O Pão do Céu. No dia seguinte ao milagre da multiplicação dos pães e peixes, Jesus confrontou aquela multidão interesseira dizendo: “Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou.” (Jo 6.26,27). A expressão “Na verdade, na verdade" (Em aramaico: Amém, amém), significa algo que é verdadeiro e fiel. Era usada como uma introdução a uma declaração solene. A repetição servia para declarar que aquilo que seria dito a seguir era a mais absoluta verdade, ou com toda certeza.
Jesus fez um contraste entre a comida que alimenta o corpo, que é perecível, e a comida espiritual que permanece para a vida eterna. Entre algumas perguntas e respostas da multidão com Jesus, eles perguntaram que sinal Jesus faria para que eles pudessem crer nele e mencionaram o Maná que os seus antepassados comeram no deserto. Foi aí que Jesus lhes disse que Moisés não havia dado o pão do céu; mas o Pai sim, deu o verdadeiro pão do céu, que é aquele que desceu do céu e dá vida ao mundo. (Jo 6:32,33). Assim como aconteceu com a mulher samaritana, a multidão se interessou por este pão anunciado por Jesus, pois pensavam que seria algum alimento especial que Jesus lhes daria.
Jesus, então, lhes declarou abertamente: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.” (Jo 6.35). É importante esclarecer que este discurso de Jesus não aconteceu em Betsaida, onde aconteceu a multiplicação dos pães, mas no dia seguinte, em Cafarnaum, onde todos conheciam Jesus, pois ele morava lá com os seus pais e irmãos na idade adulta. Por causa disso, eles questionaram a declaração de Jesus, dizendo: “Não é este Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como, pois, diz ele: Desci do céu?” (Jo 6.42).
Com esta declaração: Eu sou o pão da vida, Jesus confirma a sua identidade divina através da expressão “EU SOU” (Gr. Ego eimi). Esta expressão aparece vinte e quatro vezes no Evangelho de João. Em dezessete vezes Ego Eimi aparece com um predicado a seguir, como é o caso aqui: Eu sou o Pão da vida. Há outras ocorrência do uso desta expressão por Jesus nesse sentido, como: Eu sou a luz do mundo (8.12; 9.5); Eu sou a porta das ovelhas (10.7,9); Eu sou o Bom Pastor (10.11,14); Eu sou a ressurreição e a vida (11.25); Eu sou o caminho, a verdade e a vida (14.6); e, Eu sou a videira verdadeira” (15.1,5). Todas estas declarações sobre si mesmo, só poderiam ser feitas por Deus, pois, nenhuma criatura poderia dizer de si mesmo: eu sou a verdade, a vida, o Bom Pastor, etc.
Em outras sete vezes, a expressão “EU SOU” aparece sem nenhum complemento, exatamente como Deus usou o “EU SOU” no Antigo Testamento: “Por isso vos disse que morrereis em vossos pecados, porque se não crerdes que Eu Sou, morrereis em vossos pecados” (Jo 8.24); “Quando levantardes o Filho do homem, então conhecereis quem Eu Sou, e que nada faço por mim mesmo; mas estas coisas falo como meu Pai me ensinou.” (Jo 8.28); e “Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, Eu Sou.” (Jo 8.58). Neste último exemplo, as pessoas entenderam como uma blasfêmia e tentaram apedrejá-lo.
3. O que é “comer o pão”? As pessoas já estavam sem entender o que Jesus quis dizer, quando Ele disse que era o pão que desceu do Céu, pois eles o conheciam em Cafarnaum e conheciam também os seus pais e irmãos. A declaração de Jesus no versículo 51, chocou até os seus discípulos e muitos o abandonaram: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo” (Jo 6.51). Diante desta declaração, os seus interlocutores indagaram: “Como nos pode dar este a sua carne a comer?” (Jo 6:52). Jesus foi mais além e acrescentou: “Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.” (Jo 6.53).
Esse tipo de declaração era chocante na cultura judaica, se entendida literalmente. Embora não houvesse uma proibição direta do canibalismo, a prática é mencionada na Bíblia como uma maldição terrível (Lv 26.29; Dt 29.53-57). Era, portanto, algo inimaginável para os israelitas. A ingestão de sangue e da carne com o sangue eram proibidos na Lei (Lv 17.10-11). Conforme o comentário da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, “Jesus não estava falando literalmente, de sangue. Ele estava dizendo que sua vida tinha que se tornar a vida deles; mas eles não conseguiam aceitar esse conceito”.
O que significa, então, comer o pão que desceu do Céu? Alguns argumentam que é uma referência à Ceia do Senhor, principalmente os teólogos católicos, que defendem a doutrina da transubstanciação, que é o ensino de que os elementos da Ceia se transformam literalmente no corpo e no sangue de Cristo. Por isso, segundo os católicos, ao ingerir a hóstia sagrada, o fiel come literalmente o corpo de Cristo. Lutero defendeu a consubstanciação, que seria a união espiritual de Cristo aos elementos da Ceia, que transmite graça aos que os ingerirem. Os luteranos atuais rejeitam a doutrina da consubstanciação.
Embora a Ceia do Senhor seja uma representação da morte de Cristo, na qual o pão simboliza o seu corpo e o vinho o seu sangue, Jesus não está falando da Ceia neste texto. Há dois sentidos para comer o pão neste ensino de Jesus: Receber a salvação (Jo 6.50-56) e manter a comunhão com Ele (Jo 6.54-56). Portanto, comer a carne de Jesus e beber o seu sangue é uma linguagem figurada que significa recebê-lo como Senhor e Salvador e ter comunhão com Ele.
REFERÊNCIAS:
CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez carne: Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2025.
Revista Ensinador Cristão. RIO DE JANEIRO: CPAD, Ed. 101, p.38
Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2022, p.1857
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, RIO DE JANEIRO: CPAD, p.1427.
24 abril 2025
JESUS DESAFIA A FÉ DOS DISCÍPULOS
(Comentário do 2º tópico da Lição 04: Jesus , o Pão da Vida).
Ev. WELIANO PIRES
No segundo tópico, veremos que Jesus desafiou a fé dos discípulos. Inicialmente falaremos a respeito da expressão “E subiu Jesus ao monte”, que era um local adequado para Jesus se dirigir aos discípulos e à multidão. Na sequência, falaremos do desafio de Jesus aos discípulos, que escancarou a limitação deles para resolver problemas insolúveis, do ponto de vista humano. Por último, veremos a lição que Jesus nos ensina a respeito do moço que trazia consigo cinco pães e dois peixes.
1. “E Jesus subiu ao monte”. Era comum Jesus subir aos montes para proferir ensinos às multidões, provavelmente, porque facilitava a audição dos seus ouvintes, visto que não existia a tecnologia de amplificação do som. Conforme explicou o comentarista, não sabemos em qual monte Ele subiu, pois o texto bíblico não diz. Sabemos pelo relato de Lucas que era um lugar deserto, que ficava em Betsaida, cidade de André e Pedro (Lc 9.10).
Olhando do alto deste monte, Jesus teve uma visão ampla da multidão e compadeceu-se deles, pois sabia que estavam famintos. Sabendo de antemão o que estava prestes a fazer, Jesus resolveu testar a fé dos discípulos e perguntou a Filipe, que era daquela cidade, onde poderiam comprar pão para aquelas pessoas comerem (Jo 6.5). A resposta de Filipe comprova que não havia a menor possibilidade de resolver a situação por meios humanos: “Duzentos dinheiros [denários] de pão não lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco. (Jo 6.7).
Jesus costumava usar situações do cotidiano com os seus discípulos para transmitir-lhes os seus ensinamentos. Ele valeu-se de muitas coisas que faziam parte do cotidiano dos discípulos para ensinar a respeito do Reino de Deus. Em suas parábolas, ele usou o semeador, o grão de mostarda, o fermento, o joio e o trigo, etc., para ensinar lições importantes. Mesmo sem compreender direito, eles estavam em um processo de treinamento com o Mestre para exercerem o ministério após a sua ascensão aos Céus.
2. O desafio para os discípulos. O Mestre propôs uma solução humana, mesmo sabendo que ela não seria possível, a fim de testar a fé dos discípulos. O objetivo era mostrar o seu poder em situações adversas, onde os esforços humanos são insuficientes. Na vida cristã não existem super homens, ou super mulheres. Somos pessoas limitadas e totalmente dependentes de Deus. Quando as nossas forças forem insuficientes, tudo o que precisamos fazer é confiar no Senhor e colocar diante dele os nossos problemas.
Jesus usou a necessidade da multidão para ensinar aos discípulos que no exercício do ministério cristão, quando não houver solução humana possível, Deus entra com providência e faz o impossível acontecer. Entretanto, mesmo estando no controle de todas as coisas e sabendo de antemão o que vai fazer, Deus prova a nossa fé. Jesus colocou a fé de Filipe à prova, perguntando onde comprariam pães para tantas pessoas. Ele sabia que não seria possível e sabia o que iria fazer, mas resolveu colocar o desafio diante deles.
A fé em Deus é provada nas adversidades e confirmada através da fidelidade a Deus. Quem realmente tem fé em Deus, precisa está disposto a morrer pela sua fé e abrir mão de tudo por amor à Deus. Nem sempre teremos explicações corretas para oferecer diante das provações. Muitas vezes, o crente fiel passa por injustiças e provações, mas, ele não é desassistido por Deus. Jó, mesmo sendo justo, passou por sofrimentos terríveis, porém, mesmo diante das acusações falsas dos seus amigos e do silêncio de Deus, Jó manteve as suas esperanças em Deus e não blasfemou, como o inimigo havia sugerido.
3. Uma lição de provisão. Deus não é apenas o Criador do Universo, Ele é também o sustentador e provedor de todas as coisas. Tudo vem dele, pois é Ele que dá nos a vida e todos os recursos naturais indispensáveis à nossa sobrevivência. No episódio em que Deus mandou Abraão sacrificar o seu filho Isaque, quando chegou o momento exato de Abraão sacrificar o seu filho, Deus interveio e impediu que Abraão concluísse aquele ato. Em seguida, Deus mostrou a Abraão um carneiro preso a um arbusto pelos chifres, que seria sacrificado no lugar de Isaque. Depois desta provisão divina, Abraão chamou o nome daquele lugar: Yahweh Yireh, que significa “o Senhor proverá”. (Gn 22.14).
Na jornada dos filhos de Israel, desde a chamada no Egito, passando quarenta anos no deserto e na posse da terra prometida, a provisão de Deus está presente por toda parte. A primeira provisão foi a imunidade a todas as pragas que vinham sobre os egípcios e não atingia o povo de Deus. No deserto, Deus lhes providenciou água, codornizes, maná, nuvem para proteger dos sol e um coluna de fogo para protegê-los do frio.
No conhecido Sermão do Monte, Jesus ensinou aos seus discípulos que não andassem ansiosos, por causa das suas necessidades básicas, como a comida e as vestes, pois o Pai Celestial sabe que precisamos delas e provê o nosso sustento. Para exemplificar esta provisão divina, Jesus se valeu do exemplo das aves do céu que não plantam, não colhem alimentos e não os ajuntam em celeiros, mas Deus as alimenta, dando também a chuva e o sol para os vegetais se manterem vivos. Se Deus alimenta os animais, disse Jesus, quanto mais os seres humanos, que têm muito mais valor do que eles!
É importante esclarecer que a provisão de Deus não se restringe às necessidades materiais. O próprio Jesus disse ao inimigo que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus (Mt 4.4). Somos seres tricotômicos, formados por espírito, alma e corpo. Assim como o corpo tem as suas necessidades, a alma e o espírito também tem necessidades que somente Deus pode supri-las.
A alma humana é a sede das emoções e possui inúmeros problemas e necessidades. Um dos mais graves problemas da alma, que está relacionado ao tema da provisão e afeta milhões de pessoas em todo o mundo é a ansiedade. Toda ansiedade é fruto de inquietação com alguma coisa. Sobre isso, o apóstolo Paulo disse: “Não vos inquieteis por coisa alguma. Antes, as vossas petições sejam conhecidas diante de Deus, pela oração, súplicas e ações de graças”. (Fp 4.7).
O espírito é a parte do ser humano que é capaz de responder a Deus. Sem Deus, o espírito humano está morto. Com o advento do pecado, o espírito humano também foi corrompido e precisa ser regenerado, conforme vimos na Lição 2. Toda a humanidade, sem exceção, necessita de Salvação, pois todos pecaram. Necessitamos também da presença e direção de Deus, para nos mostrar a direção correta neste mundo. Somos como um deficiente visual que necessita de alguém para guiá-lo, ou de sinais palpáveis para não cair em precipícios e se ferir.
REFERÊNCIAS:
CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez carne: Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2025.
Revista Ensinador Cristão. RIO DE JANEIRO: CPAD, Ed. 101, p.38
Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2022, p.1857
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, RIO DE JANEIRO: CPAD, p.1427.
23 abril 2025
JESUS, A MULTIDÃO E O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO
(Comentário do primeiro tópico da Lição 04: Jesus - o Pão da Vida).
Ev. WELIANO PIRES
No primeiro tópico, falaremos dos detalhes do milagre da multiplicação dos pães. Inicialmente falaremos do contexto do relato joanino sobre a multiplicação dos pães e peixes. Na sequência, falaremos do milagre em si, que é diferente de outros milagres, pois mostra o poder ilimitado de Jesus ao trazer à existência algo que não existia. Por último, falaremos do interesse da multidão ao procurar Jesus no dia seguinte à multiplicação dos pães.
1. A multiplicação de pães e peixes. João iniciou a narrativa do capítulo 6, com a expressão “depois disso”, em referência aos acontecimentos narrados no capítulo 5. Após a cura do paralítico de Betesda, Jesus entrou em discussão com os judeus e fez um discurso, no qual Ele se declarou abertamente como Filho de Deus e igual ao Pai. Após proferir este discurso, Jesus navegou com os discípulos para o outro lado do Mar da Galiléia, também conhecido como Lago de Genesaré e Mar de Tiberíades, em referência à cidade de mesmo nome, construída por Herodes Antipas, que recebeu este nome em homenagem ao imperador Tibério.
A multidão foi atrás deles, por causa dos milagres que viam Jesus realizar. Foi neste contexto que Jesus realizou o milagre da multiplicação dos pães e peixes e alimentou cinco mil pessoas, contando apenas os homens. Incluindo as mulheres e crianças, podemos deduzir que o número de pessoas seria, no mínimo, umas dez mil pessoas, considerando que nem todos eram casados e nem todos tinham crianças. Este é o único milagre de Jesus que está registrado nos quatro Evangelhos (Mt 14.13-21; Mc 6.30-44; Lc 9.10-17; Jo 6.1-14). Os outros evangelistas relataram que esta multiplicação de pães aconteceu logo após o assassinato de João Batista por Herodes (Mt 14.12,13; Mc 6.27-30; Lc 9.10). João não mencionou este fato.
É importante esclarecer também que Jesus realizou duas multiplicações de pães e peixes. Na primeira ocasião, Ele multiplicou cinco pães e dois peixes, alimentou cinco mil homens e sobraram doze cestos. Na segunda multiplicação, foram sete pães e alguns peixinhos. O número de pessoas era de quatro mil homens e o número de cestos que sobraram eram sete. Diferente de Mateus e Marcos, que registraram as duas multiplicações, João e Lucas registraram apenas a primeira.
2. O milagre. Jesus subiu a um monte e vendo que a multidão o seguia, perguntou a Filipe, a fim de experimentá-lo, pois sabia o que iria fazer: Onde compraremos pão, para estes comerem? Admirado com a pergunta de Jesus, Filipe respondeu que “duzentos dinheiros de pão não lhes bastariam, para que cada um deles pegasse um pequeno pedaço de pão”. Ou seja, duzentas diárias de um trabalhador comum seriam insuficientes para que cada pessoa recebesse apenas um pedacinho de pão. Além disso, dificilmente, algum fabricante de pão daria conta de tal demanda, sem que houvesse uma encomenda prévia.
Ouvindo aquela conversa, André disse que havia um rapaz entre eles que tinha cinco pães de cevada e dois peixes, mas também argumentou que aquilo não seria nada diante de uma multidão de cinco mil pessoas, contando apenas os homens. Jesus mandou-os que os fizessem assentar. Em seguida, deu graças ao Pai e repartiu os pães e os peixes aos discípulos para que os distribuíssem à multidão. Todos comeram e se fartaram.
Jesus ordenou também que recolhessem os pedaços de pão que caíram e deu um total de doze cestos cheios. Após ver aquele milagre, a multidão exclamou: “Este é o profeta que havia de vir ao mundo”. Jesus percebendo que eles queriam arrebatá-lo para proclamá-lo rei, retirou-se do meio deles e foi sozinho para o monte. No final da tarde, Ele foi ao encontro dos discípulos, andando sobre o mar.
O comentarista destacou que este milagre revela o poder criador e divino de Jesus, que é capaz de trazer à existência aquilo que anteriormente não existia (Jo 6.11-13). Neste milagre Jesus não fez uma transformação de alguma matéria prima, mas fez surgir do nada, pães que não existiam, assim como aconteceu na criação, quando Deus ordenava e as coisas passavam a existir.
Milagres não são ocorrências corriqueiras como muitas pessoas imaginam na atualidade. Vemos em nossos dias pessoas contando alguns “tristemunhos”, como se fossem milagres, que dá até vergonha de ouvir. Eu já vi pessoas falando de calotes que eles deram em lojas e depois de cinco anos o nome saiu do SPC, como sendo um milagre. Ora, isso não é milagre, pois é uma prática comum que acontece com todas as pessoas que deixam de pagar as suas contas e depois de cinco anos, volta a ter o nome limpo. Há ainda os que simulam milagres e forçam a barra, a fim de atrair as pessoas para o seu grupo religioso.
A Bíblia de Estudo Pentecostal define milagre como “obras de origem e poder sobrenaturais (gr. dynamis), que funcionam como um sinal ou uma marca (gr. sōmeion) da autoridade de Deus”. Milagres, portanto, são fatos sobrenaturais, que fogem da compreensão humana e só podem ser realizados por uma intervenção divina, que altera as leis naturais. Existem também manifestações sobrenaturais de origem diabólica, para confundir as pessoas. Somente com o dom de discernimento de espíritos é possível descobrir a origem.
Entretanto, existem sinais que somente Deus pode fazer, como por exemplo, ressuscitar mortos, ou criar alguma coisa do nada. É importante tomar cuidado para não atribuir ao inimigo milagres que Deus operou, pois isso constitui-se em blasfêmia contra o Espírito Santo e é um pecado imperdoável. Os fariseus cometeram este pecado, quando viram Jesus expulsar um espírito maligno de uma pessoa e disseram que Ele fazia aquilo através de Belzebu, príncipe dos demônios. (Mt 12.24-32).
3. Qual era o interesse da multidão? No dia seguinte ao milagre, a multidão seguiu para Cafarnaum em barcos, em busca de Jesus. Quando o encontraram, Jesus sabendo que estavam interessados apenas nos milagres, disse: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes.” (Jo 6.26). Em seguida iniciou um discurso, no qual apresentou-se como o Pão da vida e disse que aqueles que comessem a sua carne e bebessem o seu sangue teriam a vida eterna.
Este discurso soou tão forte, que até os seus discípulos se escandalizaram e muitos o abandonaram (Jo 6.60-66). Aquelas pessoas não creram, de fato, que Jesus é o Filho de Deus e não estavam dispostas a seguir os seus ensinamentos. Estavam interessados apenas em satisfazer as suas necessidades materiais. Quando Jesus falou do Pão da Vida que supriria as necessidades espirituais, não se interessaram.
Havia vários tipos de pessoas entre as multidões que seguiam a Jesus: Os que queriam apenas se beneficiar dos milagres, mas, não queriam segui-lo; os curiosos, que queriam apenas ver se o que Ele fazia era verdade; e os inimigos dele, que procuravam apanhá-lo em alguma falha para o condenarem à morte. Os que seguiam a Jesus porque realmente creram nele, eram poucos. Até entre os doze apóstolos havia um traidor, que se vendeu para entregá-lo.
Na atualidade também há muitas pessoas correndo em busca de sinais sobrenaturais e de benefícios de Deus para as suas vidas. Quando se fala em campanha da prosperidade e dos milagres, quem não chegar cedo não encontra lugar. Mas quando falamos da Palavra de Deus, mostrando a necessidade de arrependimento dos pecados, de renunciar a si mesmo, tomar a sua cruz e seguir a Cristo para ter um tesouro no Céu, retiram-se tristes como o jovem rico.
Existem também as falsas teologias, como a Teologia da Libertação, de alguns católicos, e a Teologia da Missão integral, no meio evangélico, que reduzem a mensagem de Cristo ao socorro dos necessitados. Estes teólogos costumam dizer que Jesus era socialista e que veio libertar os pobres da opressão dos ricos. Por outro lado, há a famigerada Teologia da prosperidade, no meio neopentecostal, que associa os milagres de Deus à prosperidade financeira, ao bem estar físico e ao sucesso pessoal e familiar neste mundo.
REFERÊNCIAS:
CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez carne: Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2025.
Revista Ensinador Cristão. RIO DE JANEIRO: CPAD, Ed. 101, p.38
Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2022, p.1857
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, RIO DE JANEIRO: CPAD, p.1427..
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