03 abril 2024

A CAMINHADA COM CRISTO

(Comentário do 1º tópico da Lição 01: O início da caminhada) 

Ev. WELIANO PIRES


No primeiro tópico, falaremos da nossa caminhada com Cristo. Veremos os dois caminhos da história da vida humana: o caminho natural e o caminho com Cristo. Em nossa caminhada com Cristo, teremos lutas e dificuldades, mas nunca estaremos sozinhos, pois temos três companheiros: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. 


1. Compreendendo os dois caminhos. No diálogo de Jesus com um dos principais rabinos daquela época, membro do grupo dos fariseus, chamado Nicodemos, Jesus deixou claro que existem dois tipos de vida: a vida biológica ou natural, que é comum a todos os seres humanos; e a nova vida com Cristo, que se dá a partir da fé em Cristo e, consequentemente, o novo nascimento. 

a) A vida natural. O que é a vida? Quando ela começa? O dicionário Michaelis da Língua Portuguesa traz vários significados para a palavra vida. Os quatro primeiros que dizem respeito ao nosso assunto aqui são: 

1. Atividade interna substancial por meio da qual atua o ser onde ela existe; estado de atividade imanente dos seres organizados. 

2. Duração das coisas; existência. 

3. União da alma com o corpo.

4. Espaço de tempo compreendido entre o nascimento e a morte do ser humano. 


Paula Gabriella Ribeiro Dorigatti de Alencar, em um artigo denominado "O direito à vida”, publicado no Portal Âmbito jurídico, dá a seguinte definição resumida para vida: 


É o processo pelo qual os seres vivos são com uma parte, ao lapso de tempo entre a concepção e a sua morte, é uma entidade que nasceu e ainda não morreu, e é isto que faz com que este ser esteja vivo." 


Do ponto de vista bíblico, que é o que nos interess, a vida humana é uma dádiva de Deus. Quando Deus criou o homem soprou em suas narinas e deu-lhe a vida. A vida, portanto, é propriedade de Deus e somente Ele tem o direito de tirá-la (Gn 2.7; 1 Sm 2.6). Há muitas discussões filosóficas, jurídicas, religiosas e biológicas sobre o início da vida humana. Alguns acham que o direito à vida deve ser concedido apenas após o nascimento e aos que podem ter uma vida digna. 


O começo da vida se dá na concepção. A Bíblia é clara quanto a isso (Sl 139.16; Jr 1.5). A biologia também mostra que a vida começa com a fecundação do óvulo pelo espermatozóide. Por isso, para o Cristianismo a vida é sagrada e inviolável desde a sua concepção. Rejeitamos, por conseguinte, toda ideologia que atenta contra a vida humana, em qualquer fase. 


Deus criou o ser humano para viver eternamente, mas deixou claro ao primeiro casal que, se comessem do fruto da árvore da ciência do bem e do mal, certamente morreriam. Eles, no entanto, se deixaram enganar pelo inimigo e desobedeceram a Deus. Por causa disso, a vida humana passou a ser finita. 


A partir da concepção, a vida tem o seu início e passa por várias fases: embrião, feto, nascimento, primeira infância, segunda infância, terceira infância, adolescência, juventude, maturidade e velhice, até chegar ao seu fim, com a extinção da atividade cerebral. Este seria o ciclo natural da vida, mas ela pode ter o seu fim em qualquer uma destas fases, por vários fatores. 


O ser humano é uma tricotomia, formada por espírito, alma e corpo. Os dois primeiros formam a parte imaterial e são imortais. O corpo, que é a parte material, formado por órgãos e tecidos, após a entrada do pecado no mundo, passou a ser mortal. Portanto, adoece, envelhece e morre. Com a morte, acontece a separação entre a parte imaterial e a parte material, que se decompõe.

b) A vida com Cristo. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. (Jo 4.16). Este é considerado o texto áureo da Bíblia, pois resume o plano divino de restauração do ser humano. 


Todos os seres humanos, sem exceção, pecaram e foram afastados da comunhão com Deus (Rm 3.23). Não tinham nenhuma possibilidade de mudar esta condição por si mesmos. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, enviou o Seu Filho Unigênito (Único do gênero), para tornar-se um ser humano e resgatar o ser humano da perdição eterna, mediante o seu sacrifício perfeito. 


A partir do momento em que o ser humano ouve a voz do Espírito Santo e crer em Jesus, inicia-se uma nova vida com Cristo, que é diferente da vida natural. A partir deste momento, o ser humano passa à condição de filho de Deus por adoção. Os seus pecados são perdoados, o seu nome é escrito no livro da vida e ele é gerado de novo, dá água do Espírito, como veremos no próximo tópico. Ao contrário da vida natural, a nova vida com Cristo tem início com o novo nascimento, mas não terá fim com a morte física, pois iremos ressuscitar e teremos um corpo glorificado e imortal. 


2. Os três companheiros da nossa caminhada. Em nossa nova vida com Cristo, temos a companhia incomparável da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Depois que cremos em Cristo e o recebemos como Senhor e Salvador, passamos a ser filhos de Deus, o Pai, e desfrutamos de todos os benefícios desta filiação. Contamos com o seu cuidado, proteção e provisão, e a viver segundo o propósito do Pai. 


Deus, o Filho, é o nosso Mediador e intercessor diante do Pai. Temos o privilégio de falar diretamente com o Pai em Seu Nome e o Pai nos ouve. O Senhor Jesus está à direita do Pai como co-regente e tem o controle de todas as coisas. Ele é o Sumo Sacerdote que foi tentado à nossa maneira, mas nunca pecou. Por isso, Ele conhece as nossas fraquezas e se compadece de nós. 


O Espírito Santo, por sua vez, passa a morar em nosso interior, transforma a nossa natureza e produz o Fruto do Espírito, que se divide em nove virtudes: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Ele também nos auxilia em nossas fraquezas e intercede por nós com gemidos inexprimíveis. 


A doutrina da Santíssima Trindade é um grande mistério, incompreensível ao intelecto humano, que é limitado. Entretanto é uma doutrina bíblica, que não pode ser negada. A Bíblia nos mostra claramente que Pai, Filho e Espírito Santo são três pessoas distintas, mas não são três deuses como ensina o triteísmo. Nem tampouco são uma única pessoa, como ensina o unicismo. Qualquer religião que nega a Doutrina da Trindade não pode ser considerada cristã. 


REFERÊNCIAS:

GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta: O caminho da Salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 97, pág. 36, 2º Trimestre de 2024.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1847.

TENNEY, Merril C. Tempos do Novo Testamento: Entendendo o mundo do Primeiro Século. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp.24,25

BATISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o império do mal: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD. págs. 60-71.

O direito à vida - Âmbito Jurídico - Educação jurídica gratuita e de qualidade (ambitojuridico.com.br

01 abril 2024

No dia 1° de Abril, bom seria...


Bom seria se fosse mentira:
A injustiça e a desigualdade
A corrupção, o roubo e a ira
A exploração e toda maldade.

Bom seria se fosse verdade:
A fé em Deus, o amor e a ternura
A liberdade, a paz e a equidade
O altruísmo, o respeito e a fartura.

 

Ev. Weliano Pires

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 01: O INÍCIO DA CAMINHADA

 


Ev. WELIANO PIRES

Graças a Deus iniciamos mais um trimestre de estudos em nossa Escola Bíblica Dominical. O nosso tema é: A Carreira que nos está proposta: O caminho da Salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. (veja a introdução ao trimestre e resumo das lições).O tema deste trimestre gira em torno da jornada do cristão neste mundo, rumo ao seu destino final, que é o Céu.


É um tema de suma importância para vida cristã, foi extraído do texto de Hebreus 12.1, que diz: “Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta.”


Neste trimestre, o pastor Osiel Gomes nos apresenta o início e fim da nossa corrida, mas não exclui os obstáculos da nossa trajetória até chegar ao alvo. Nesta primeira lição, teremos uma introdução ao tema do trimestre, falando sobre o ponto de largada da jornada do cristão neste mundo. 


No primeiro tópico, falaremos da nossa caminhada com Cristo, compreendendo o caminho da vida natural neste mundo e o caminho com Cristo. Em nossa caminhada com Cristo, teremos lutas e dificuldades, mas nunca estaremos sozinhos, pois temos três companheiros: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. 


No segundo tópico, falaremos do Novo Nascimento, que é condição indispensável para entrar no Reino de Deus (Jo 3.3-5). Todo ser humano, sem exceção, precisa nascer de novo, pois todos nascemos pecadores. Entretanto, a religiosidade humana não é capaz de fazer alguém nascer de novo. É um processo miraculoso realizado pelo Espírito Santo, através da Palavra de Deus. 


No terceiro tópico, falaremos do Novo Testamento e a caminhada de fé do cristão. Falaremos do conceito do Novo Testamento e do seu processo de formação na vida da Igreja. Depois falaremos do tema principal do Novo Testamento, que é Jesus Cristo, e da importância do Novo Testamento para a caminhada do cristão. 


REFERÊNCIAS:


GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta: O caminho da Salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 97, pág. 36, 2º Trimestre de 2024.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1847.

TENNEY, Merril C. Tempos do Novo Testamento: Entendendo o mundo do Primeiro Século. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp.24,25.

30 março 2024

O ESPÍRITO SANTO COMO FONTE GERADORA DE MISSÕES

(Comentário do 3º tópico da LIÇÃO 13: O PODER DE DEUS NA MISSÃO DA IGREJA)


Ev. WELIANO PIRES

No terceiro tópico, falaremos do Espírito como fonte geradora de missões. Primeiro veremos como o Espírito Santo chamou e ordenou que a Igreja de Antioquia enviasse os missionários Barnabé e Saulo para o campo missionário. Depois veremos o Espírito Santo dirigindo a obra missionária e concedendo as estratégias. Em alguns momentos, Paulo quis ir a alguns lugares e o Espírito Santo não permitiu. Em outros, Paulo não planejava ir, mas o Espírito Santo revelou que ele deveria ir. 

1. O envio missionário. O Evangelho chegou à cidade de Antioquia da Síria, na ocasião da grande perseguição contra a Igreja de Jerusalém, que se deu após a morte de Estêvão. Alguns cristãos foram dispersos por vários lugares e anunciavam o Evangelho por onde passavam. Alguns deles passaram pela Fenícia, Chipre e Antioquia da Síria e anunciavam o Evangelho, somente aos judeus (At 11.19-21). Mas alguns homens chíprios e de Cirene, anunciaram o Evangelho também aos gentios (At 11.20). A mão do Senhor era com eles e um grande número de pessoas se converteram em Antioquia. 
Esta notícia chegou à Igreja de Jerusalém e Barnabé, que era natural de Chipre, foi enviado a Antioquia. Chegando lá, Barnabé viu o crescimento do Evangelho na cidade e exortou os novos convertidos para que permanecessem na fé. Em seguida, partiu para Tarso, em busca de Saulo. Durante um ano, Barnabé e Saulo ensinaram a palavra de Deus nesta Igreja e ela se tornou uma Igreja rica em líderes, com vários profetas e doutores. 
Em uma reunião de oração e jejum, o Espírito Santo mandou que a Igreja separasse Barnabé e Saulo para a obra missionária. A partir daí. Antioquia tornou-se, então, a primeira Igreja a fazer missões transculturais, ou seja, em outras culturas totalmente diferentes da cultura dos missionários. 
Podemos ver neste episódio em Antioquia, a participação ativa do Espírito Santo no chamamento e no envio de missionários. Antioquia era uma Igreja bem instruída na Palavra, que tinha bons obreiros, que evangelizava e praticava oração.  Mas a escolha dos missionários é a ordem para enviá-los partiu do Espírito Santo. A obra missionária não é um trabalho humano, baseado em habilidades humanas. É o Espírito que dirige a missão, escolhe e envia missionários para o campo. 
2. A estratégia missionária. O Espírito Santo não apenas escolhe e envia missionários. A obra é dele e, portanto, é Ele quem a conduz e concede as estratégias adequadas. Por mais que a liderança de uma Igreja tenha conhecimento bíblico e experiência no trabalho missionário, jamais deve agir por conta própria. Deve sempre buscar a direção do Espírito Santo, pois Ele sabe o que fazer, quando fazer e como fazer. 
No Livro de Atos, vemos que Paulo e seus companheiros em sua segunda viagem missionária, pretendiam pregar o Evangelho na Bitínia e na Província da Ásia, mas o Espírito Santo não lhes permitiu (At 15.6,7). Por outro lado, estando em Trôade, Paulo não tinha a intenção de ir à Macedônia, mas o Espírito Santo lhe concedeu uma visão, na qual lhe apareceu um homem da Macedônia rogando-lhe que ele fosse para lá e os ajudasse. Paulo, então, concluiu que o Senhor estava direcionando-o para anunciar o Evangelho naquela região (At 16.9,10). 
Fazer missões vai muito além do amor pelas almas e desejo de ir ao campo missionário. Claro que todos nós devemos pregar o Evangelho e fazer missões. Entretanto, para ir ao campo missionário é preciso ser chamado pelo Espírito Santo e enviado por Ele ao campo que ele determinar. Um missionário que foi chamado por Deus não escolhe para onde quer ir, pois ele sabe para onde Deus o enviou e quais as estratégias deve usar. 

REFERÊNCIAS: 
GONÇALVES, José: O Corpo de Cristo: Origem, Natureza e a Vocação da Igreja no Mundo. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2023.
GABY, Wagner. Até os confins da terra: Pregando o Evangelho a todos os povos, até a volta de Cristo. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2023, págs. 119-133.
RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra: O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.
ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 96, pág. 46, 1º Trimestre de 2024.
SIQUEIRA, Gutierres Fernandes. Revestidos de Poder: Uma Introdução à Teologia Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, págs 28,29, 83. 

28 março 2024

O ESPÍRITO SANTO CAPACITANDO AS TESTEMUNHAS

(Comentário do 2º tópico da LIÇÃO 13: O PODER DE DEUS NA MISSÃO DA IGREJA) 

Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico, falaremos da capacitação do Espírito na vida das testemunhas de Cristo. Vemos no Livro de Atos, o Espírito Santo capacitando líderes da Igreja como Pedro e Paulo, para confrontar com autoridade, os inimigos da Obra de Deus. Mas esta capacitação não se limitou aos apóstolos. Vemos também pessoas simples como o desconhecido Ananias, que orou pelo temido Saulo e ele foi restaurado. Os diáconos Estêvão e Filipe também foram cheios do Espírito Santo e proclamaram ousadamente a Palavra, realizando muitos milagres entre o povo. De modo geral, toda a Igreja Primitiva era cheia do Espírito Santo. 


1. Capacitando as testemunhas. Durante a prisão e morte de Jesus, os discípulos fugiram e o abandonaram, com medo de também serem mortos. Alguns o acompanharam de longe, como Pedro e João, mas não se apresentaram como discípulos. Pedro, quando foi reconhecido e indagado se era um dos discípulos de Jesus, negou por três vezes, chegando a praguejar. Após o sepultamento, eles se trancaram, com medo dos judeus. 


Jesus ressuscitou e apareceu a eles, mais de uma vez. Depois, permaneceu com eles por um período de quarenta dias antes de subir ao Céu, sendo visto por mais de quinhentas pessoas. Antes de subir ao Céu, o Mestre ordenou que eles ficassem em Jerusalém e aguardassem o revestimento do Poder do Espírito Santo. Eles permaneceram em oração e aguardaram a promessa por mais dez dias, até que chegou o Dia de Pentecostes e todos foram cheios do Espírito Santo. Nesta ocasião só restavam cento e vinte pessoas, das quinhentas que o viram ressuscitado. 


O resultado desse derramamento do Espírito foi extraordinário! Os discípulos nunca mais foram os mesmos, depois deste revestimento de poder. O apóstolo Pedro, que há menos de dois meses havia negado a Cristo, pregou um sermão bíblico, ousado e fervoroso, levando quase três mil almas à conversão. 


Poucos dias depois, ele e João ordenaram a cura de um coxo, em Nome do Senhor Jesus, e o milagre aconteceu. Após esta cura, Pedro fez outro discurso e o número de conversões chegou a 5 mil pessoas. Muitas outras maravilhas também foram feitas pelos apóstolos após a descida do Espírito Santo. 


Diante dos sacerdotes e autoridades do templo, Pedro discursou novamente, reafirmando que Jesus é o Messias prometido a Israel e que, em nome dele, o coxo fora curado. Sem saber o que fazer, pois, o milagre era incontestável diante da multidão, resolveram soltar os apóstolos, alertando-os de que não mais falassem, nem ensinassem em nome de Jesus. Com a autoridade do Espírito Santo, Pedro respondeu a eles, que era mais importante obedecer a Deus do que aos homens, pois não poderiam deixar de falar daquilo que viram e ouviram (At 4.20; 5.29).


No capítulo 5 temos o episódio envolvendo Ananias e sua esposa Safira, que mentiram aos apóstolos, escondendo parte do valor da venda de uma propriedade, para parecer que estavam entregando todo o dinheiro, quando na verdade era só uma parte. O Espírito Santo revelou tudo a Pedro e a farsa foi desmontada. Ambos foram mortos, um após o outro. Este acontecimento trouxe grande temor a todos. 


Da mesma forma, o apóstolo Paulo foi cheio do Espírito Santo e investido de autoridade para realizar a Obra de Deus.  Desde o seu encontro com Jesus no caminho de Damasco, Paulo entregou-se totalmente ao Se passou a ser dirigido pelo Espírito Santo. Ele perguntou ao Senhor Jesus o que Ele queria que fizesse. O Senhor mandou que ele fosse à cidade e aguardasse lá. Paulo ficou três dias em jejum, aguardando as orientações do Senhor. 


Depois que foi batizado, Paulo ficou alguns dias em Damasco e ali pregava ousadamente nas sinagogas, mostrando aos judeus, pelas Escrituras, que Jesus era o Messias. Esta ousadia e intrepidez para pregar, em ambientes hostis ao Evangelho, evidentemente, vinha do Espírito Santo. Enquanto ele pregava, o Senhor operava maravilhas. 


2. Pessoas simples capacitadas pelo Espírito. Conforme mostramos acima, o Espírito Santo capacitou os apóstolos Pedro e Paulo para proclamarem ousadamente o Evangelho, mesmo diante de muitas ameaças e perseguições. Mas esta capacitação do Espírito não se restringiu aos apóstolos. Cristãos comuns, que não eram líderes da Igreja, também foram cheios do Espírito Santo. O comentarista citou os casos de Ananias, Estêvão e Filipe, que também foram capacitados pelo Espírito Santo. 


Este Ananias não era o marido de Safira que foi morto após mentir ao Espírito Santo. Ananias era um discípulo de Jesus que morava em Damasco, sobre o qual nada sabemos. O texto bíblico se refere a ele como “um certo discípulo chamado Ananias” (At 9.27). Saulo teve um encontro com o Senhor no caminho de Damasco e o Senhor o enviou a Damasco, para aguardar as instruções sobre o que deveria fazer. Simultaneamente, o Senhor falou em visão a Ananias e o enviou ao local onde Saulo estava. Ananias relutou, mas obedeceu. Chegando lá, impôs as mãos sobre Saulo e ele recuperou a visão e foi cheio do Espírito Santo.


Os diáconos Estêvão e Filipe, conforme falamos no tópico anterior, também foram cheios do Espírito Santo e capacitados por Ele para fazer a Obra de Deus. Nenhum dos dois era líder da Igreja de Jerusalém. Não temos maiores informações sobre a pessoa e a origem de Estêvão e Filipe. Sabemos apenas que faziam parte dos sete diáconos que foram escolhidos para cuidar da assistência aos necessitados e que eram cheios do Espírito Santo. 


O nome Estêvão em grego é "Stéphanos" e significa “coroa”. Ele falava fluentemente o grego e era um judeu dos chamados "helenistas", ou seja judeus que viviam fora da terra de Israel e falavam grego. Nada sabemos também sobre a sua conversão ao Cristianismo. Mas sabemos que foi um homem de Deus, cheio do Espírito Santo e de sabedoria, que proclamou com ousadia o Evangelho perante as autoridades religiosas de Israel e foi assassinado mediante falsos testemunhos. Mas, enquanto ele era apedrejado, viu os Céus abertos e o Senhor Jesus em pé, à direita do Pai. 


Da mesma forma, não temos informações sobre a origem do diácono Filipe. Não deve ser confundido com o apóstolo Filipe, que era de Betsaida e foi um dos doze apóstolos de Jesus (Jo 1.44). Filipe, o diácono, após a morte de Estêvão, fugiu de Jerusalém por causa da perseguição e pregou em Samaria, realizando também muitos milagres ali e uma multidão se converteu. Filipe foi enviado também pelo Espírito Santo ao caminho de Gaza, onde alcançou o mordomo da rainha dos etíopes para Cristo. Posteriormente, ele se estabeleceu em Cesaréia e hospedou em casa o apóstolo Paulo e Lucas (At 8:40; 21:8). Ele ficou conhecido como Filipe, o evangelista, provavelmente para distingui-lo do apóstolo Filipe. 


Os casos de Ananias, Estêvão e Filipe comprovam que Deus não tem uma categoria de cristãos especiais para fazer a sua obra, como ensina a Igreja Católica, fazendo separação entre o clero e os leigos. Com esta divisão, a Igreja Católica colocou os seus ministros como mediadores entre o povo e Deus, e os chama de sacerdotes. No Novo Testamento não existe esse tipo de separação. O Espírito Santo foi enviado a todos e Deus capacita a quem Ele quer, para a obra que Ele quer, independente da função ministerial.


3. Capacitando a igreja. A capacitação do Espírito Santo na Igreja Primitiva, além de não se restringir apenas aos líderes da Igreja, como vimos acima, ela não é apenas individual, mas coletiva. A prova disso é a profecia de Joel, citada por Pedro em seu discurso, que diz: “E nos últimos dias, diz Deus, derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos sonharão sonhos” (At 2.17). Mais à frente, neste discurso, Pedro diz: “a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.” (At 2.39).


O testemunho era de toda a Igreja e não apenas da liderança. Em toda alma havia temor (At 2.47) e perseveravam unânimes todos os dias no templo (At 2.46). Mais à frente, após a conversão de Saulo, Lucas diz que “as igrejas em toda a Judéia, Galiléia e Samaria tinham paz e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo.” (At 9.31). Portanto, a ação do Espírito Santo estava sobre toda a Igreja.  Claro que nem todos eram usados da mesma forma, pois o Espírito Santo distribui os dons conforme Ele quer, mas a capacitação do Espírito Santo estava sobre toda a Igreja. 


REFERÊNCIAS:

GONÇALVES, José: O Corpo de Cristo: Origem, Natureza e a Vocação da Igreja no Mundo. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2023.

GABY, Wagner. Até os confins da terra: Pregando o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Ed. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023. págs. 51-63.

RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra: O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

ZIBORDI, Ciro Sanches. Estêvão, o primeiro apologista do Evangelho. Editora CPAD. 1 Ed. 2018.

ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 96, pág. 46, 1º Trimestre de 2024.SIQUEIRA, Gutierres Fernandes. Revestidos de Poder: Uma Introdução à Teologia Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, págs 28,29, 83. 


27 março 2024

A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO SEGUNDO O EVANGELISTA LUCAS

(Comentário do 1º tópico da LIÇÃO 13: O PODER DE DEUS NA MISSÃO DA IGREJA). 

Ev. WELIANO PIRES


No primeiro tópico, falaremos da Doutrina do Espírito Santo segundo o evangelista Lucas. Lucas mostra que o enchimento do poder do Espírito é uma experiência necessária. Tanto o Senhor Jesus, quando Igreja Primitiva só iniciaram o seu ministério após serem cheios do Espírito Santo. O Livro de Atos mostra-nos também a ação do Espírito Santo como algo concreto, que podia ser visto e ouvido. A Doutrina Pentecostal Clássica ensina que a evidência inicial do batismo no Espírito Santo é o falar em línguas e isso fica claro em pelo menos três ocasiões no Livro de Atos.


1. Um ensino revelado nos escritos de Lucas. Lucas é o único escritor gentio do Novo Testamento. Ele escreveu o Evangelho segundo Lucas e o Livro de Atos dos Apóstolos. A principal característica do Evangelho de Lucas que o diferencia dos outros dois sinóticos, Mateus e Marcos, é a ênfase dada à ação do Espírito Santo. Esta característica prossegue no Livro de Atos dos Apóstolos. Só nos primeiros dois capítulos, Lucas faz sete referências ao Espírito Santo: Lc 1.15, 16, 35, 41, 67; Lc 2.25, 26, 27). 


Nos dois primeiros capítulos de Lucas, ao narrar os nascimentos de João Batista e Jesus, Lucas mostra a ação do Espírito Santo desde a concepção de ambos. No caso de João Batista, os seus pais eram idosos e a sua mãe era estéril. Zacarias, pai de João Batista, recebeu a visita de um anjo que lhe anunciou que ele seria pai e que o menino seria cheio do Espírito Santo. Tanto Isabel, quanto Zacarias, foram usados pelo Espírito Santo. Ela, para engravidar, sendo estéril e idosa; e ele, para profetizar e compor o seu cântico, que é chamado em latim de “Benedictus”. (Lc 1.67-79). 


No nascimento de Jesus, a ação do Espírito Santo também aconteceu desde a sua concepção, de forma sobrenatural. Maria era uma virgem, desposada (prometida em casamento) com José. Antes de haver qualquer ajuntamento carnal entre eles, o anjo Gabriel anunciou a Maria o nascimento de Jesus, como uma obra do Espírito Santo (Lc 1.35). 


Lucas descreve ainda, a ação do Espírito Santo na vida de Simeão, um servo de Deus, que o Espírito Santo estava com ele. Em idade avançada, Simeão havia recebido uma revelação do Espírito Santo, de que não morreria sem antes conhecer o Messias (Lc. 2.67). O Espírito Santo conduziu Simeão ao templo, para que conhecesse o menino Jesus (Lc 2.27). 


Temos relatos da ação do Espírito Santo no Evangelho segundo Lucas, na mensagem de João Batista, a menção de que Jesus batizaria com o Espírito Santo e com fogo (Lc 3.16); no episódio da tentação de Jesus (Lc 4.1);  no batismo de Jesus (Lc 3.21,22) e durante todo o seu ministério, em várias ocasiões. 


Lucas inicia o Livro de Atos com as últimas palavras de Jesus aos seus discípulos, após a ressurreição e antes da sua ascensão aos Céus. Entre estas palavras do Mestre, está a promessa da descida do Espírito Santo "não muito depois daqueles dias". (At 1.5,8).


Depois, temos o cumprimento dessa promessa, no dia de Pentecostes, quando os discípulos estavam reunidos em oração. De repente, veio do Céu, um som como de um vento forte e impetuoso e encheu o cenáculo. Todos foram cheios do Espírito Santo e falaram em outras línguas e profetizaram, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem (At 2.1-4).


O livro de Atos prossegue falando sobre a ação do Espírito Santo na expansão da Igreja. O Espírito Santo concedeu-lhes ousadia para proclamar o Evangelho diante das autoridades judaicas, em meio à perseguição e oposição ferrenha. Também lhes concedeu poder para operar sinais e maravilhas e dirigiu a obra missionária. 


2. O enchimento do Espírito como experiência necessária. No final do Evangelho segundo Lucas e no início de Atos dos Apóstolos, podemos perceber que o revestimento do poder do Espírito Santo é uma necessidade e não uma opção: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.” (Lc 24.49). “E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que, disse ele, de mim ouvistes.” (At 1.4).


Nestes dois textos o Senhor Jesus deixou claro para os seus discípulos que eles precisavam ser revestidos de poder, antes de iniciar a missão da Igreja em Jerusalém. Os discípulos ficaram em oração, aguardando o cumprimento da promessa, da descida do Espírito Santo. No Dia de Pentecostes, estando eles reunidos no cenáculo, em oração, todos foram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas e profetizar. A partir daquele momento, eles nunca mais foram os mesmos. Passaram a pregar ousadamente o Evangelho, sem nenhum temor. 


Ao longo da história da Igreja também não foi diferente. As missões da Igreja sempre foram mais eficientes e significativas, no meio pentecostal, pois, os pentecostais ficam na total dependência do Espírito Santo, que confirma a pregação com os sinais e maravilhas. O Movimento Pentecostal já passa dos cem anos no mundo e a sua contribuição para a obra missionária é notável em vários países, principalmente os mais difíceis. 


3. O enchimento do Espírito como uma experiência concreta. No final do Evangelho segundo Lucas e no início de Atos dos Apóstolos, podemos perceber que o revestimento do poder do Espírito Santo é uma necessidade e não uma opção: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.” (Lc 24.49). “E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que, disse ele, de mim ouvistes.” (At 1.4).


Nestes dois textos o Senhor Jesus deixou claro para os seus discípulos que eles precisavam ser revestidos de poder, antes de iniciar a missão da Igreja em Jerusalém. Os discípulos ficaram em oração, aguardando o cumprimento da promessa, da descida do Espírito Santo. No Dia de Pentecostes, estando eles reunidos no cenáculo, em oração, todos foram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas e profetizar. A partir daquele momento, eles nunca mais foram os mesmos. Passaram a pregar ousadamente o Evangelho, sem nenhum temor. 


Ao longo da história da Igreja também não foi diferente. As missões da Igreja sempre foram mais eficientes e significativas, no meio pentecostal, pois, os pentecostais ficam na total dependência do Espírito Santo, que confirma a pregação com os sinais e maravilhas. O Movimento Pentecostal já passa dos cem anos no mundo e a sua contribuição para a obra missionária é notável em vários países, principalmente os mais difíceis. 


3. O enchimento do Espírito como uma experiência concreta. Conforme apresenta-nos o comentarista, a Doutrina Pentecostal clássica ensina desde os primórdios, que a evidência inicial do batismo no Espírito Santo é o falar em línguas desconhecidas. Este também é o posicionamento das Assembléias de Deus, desde a sua fundação. Vejamos o que diz a Declaração de Fé das Assembleias de Deus de 1916: 

“O batismo dos crentes no Espírito Santo é testemunhado pelo sinal físico inicial de falar em outras línguas conforme o Espírito de Deus lhes dá capacidade de falar.'' (At 2.4). 


Há duas palavras gregas, traduzidas por “falar em línguas”. A primeira é “xenolalia” de “xeno” (estrangeiro) e “laleo” (falar), que significa falar em uma língua estrangeira, desconhecida de quem fala, mas conhecida de quem a ouve. A segunda palavra é “Glossolalia”, de “glossa” (língua) e “laleo” (falar), que significa falar em uma língua desconhecida para quem fala e para quem a ouve.


No dia de Pentecostes, os discípulos foram cheios do Espírito Santo e falaram em “outras línguas”. O termo grego usado em Atos 2.4 é "héteros glossais”, que significa outras línguas, que eram desconhecidas dos que estavam falando. Logo em seguida, o texto diz que algumas pessoas ouviram estas línguas e as entenderam, pois eram as suas próprias línguas. Em Cesaréia, na casa do Centurião Cornélio, as pessoas que ouviram a mensagem pregada por Pedro também foram batizadas no Espírito Santo e também falaram em línguas. Mas o texto não diz que as pessoas que as ouviram entenderam (At 10.46). 


Depois, em Atos 19, o apóstolo Paulo encontrou um grupo de 12 discípulos em Éfeso, que desconheciam a Doutrina do Espírito Santo. Depois de explicar sobre o Espírito Santo, Paulo impôs-lhes as mãos e eles também falaram em línguas (At 19.1-6). Em Samaria, após a pregação de Filipe, com a chegada de Pedro e João, foram impostas as mãos sobre os que que creram e eles também foram batizados no Espírito Santo. Nesse caso, o texto não diz explicitamente que eles falaram em línguas. Porém, houve um sinal visível de que foram batizados, pois até o mágico Simão percebeu e ofereceu dinheiro para conseguir este dom (At 8.17,18). 


Comparando com os outros relatos, que dizem que as pessoas que foram batizadas no Espírito Santo falaram em línguas, fica implícito, portanto, que este foi o sinal. O mesmo aconteceu com Saulo, quando Ananias lhe impôs as mãos para que ele fosse cheio do Espírito Santo (At 9.17). Se ele não tivesse falado em línguas, Ananias não saberia que ele foi batizado Espírito Santo. Concluímos, portanto, que  “falar em línguas” é a evidência ou o sinal visível de que alguém recebeu o Batismo no Espírito Santo.


REFERÊNCIAS:

GONÇALVES, José: O Corpo de Cristo: Origem, Natureza e a Vocação da Igreja no Mundo. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2023.

GONÇALVES, José. Os ataques contra a Igreja de Cristo. As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022.

GABY, Wagner. Até os confins da terra: Pregando o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Ed. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023. págs. 51-63.

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.    

ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 96, pág. 46, 1º Trimestre de 2024.

SIQUEIRA, Gutierres Fernandes. Revestidos de Poder: Uma Introdução à Teologia Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, págs 28,29, 83. 

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