08 janeiro 2022

Lição 03: A Inerrância da Bíblia


Data: 16 de Janeiro de 2022


TEXTO ÁUREO:

“Porque na verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem , nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.” (Mt 5.18)


VERDADE PRÁTICA:

“A doutrina segundo a qual a Bíblia não contém erro algum denomina-se “Inerrância das Escrituras”. Por isso podemos confiar em sua mensagem que é incorruptível.”


Hinos Sugeridos: 140, 173, 557 da Harpa Cristã


LEITURA DIÁRIA

Segunda – Jo 10.35: A Palavra de Deus não pode ser anulada

Terça – Sl 119.160:  As Escrituras Sagradas atestam a verdade divina

Quarta – Jo 14.17: O Espírito Santo manteve a revelação divina incorruptível

Quinta – Jo 17.17:  A Palavra de Deus é a verdade que santifica

Sexta – Mt 5.17,18:  A Palavra de Deus possui suprema autoridade na vida do cristão

Sábado – Sl 12.6: A Bíblia é divinamente infalível em toda a matéria que aborda


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Mateus 5.17-21; Hebreus 10.15-17

 

Mateus 5

17 – Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir.

18 – Porque na verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.

19 – Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus.

20 – Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.

21 – Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.


Hebreus 10

15 – E também o Espírito Santo no-lo testifica, porque depois de haver dito:

16 – Este é o concerto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seu coração e as escreverei em seus entendimentos; acrescenta:

17 – E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades


PLANO DE AULA


INTRODUÇÃO

A mensagem da Bíblia não contém erros. A Palavra de Deus é incorruptível e, por isso, plenamente confiável. Logo, nesta lição temos o objetivo de mostrar que a Bíblia é verdade em tudo o que diz. Quem põe seus ensinamentos em prática atesta a promessa da bem-aventurança, pois está em paz com Deus e consigo mesmo. A Bíblia, portanto, é toda a verdade de Deus de que o ser humano precisa.


APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO


A) Objetivos da Lição:

I) Informar que a Bíblia é isenta de qualquer tipo de erro;

II) Explicar que o Espírito Santo manteve a revelação divina incorruptível;

III) Constatar que a Bíblia é a verdade de Deus.


B) Motivação: A Bíblia é como uma bússola que nos aponta para o destino que almejamos chegar. Sem ela é possível tomar outro rumo, escolher falsos caminhos e pegar outra jornada. A Bíblia é a verdade para quem deseja chegar ao céu.


C) Sugestão de Método: Você pode introduzir a aula desta semana apresentando imagens de pessoas que fizeram trilhas e se perderam no caminho. Isso pode ser apresentado por meio de reportagens ou sites. A ideia é mostrar a consequência de usar uma fonte mentirosa que pode nos levar a um caminho perigoso. Nosso propósito é constatar que, diferentemente dos caminhos movediços, a Bíblia nos proporciona um caminho seguro.


CONCLUSÃO DA LIÇÃO


A) Aplicação: Aplique a lição desta semana conclamando aos alunos a viverem a verdade segura da Bíblia. A melhor maneira de experimentar a verdade da Bíblia é praticando-a. Daí vem a verdadeira felicidade do crente.


SUBSÍDIO AO PROFESSOR


A) Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.


B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula:

l) O texto “Significados dos Termos” aprofunda o primeiro tópico, a respeito do conceito de Inerrância da Bíblia;

2) O texto “Buscando pelo ouro das Escrituras” traz uma oportunidade de aplicação do terceiro tópico para o professor e a professora, mostrando o quanto vale a pena buscar o sublime valor da Bíblia, a inerrante e infalível Palavra de Deus.


INTRODUÇÃO


Infalibilidade e Inerrância são vocábulos que apontam a veracidade das Escrituras. Indicam que a Bíblia Sagrada não falha e não erra. Significa afirmar que ela é a verdade em tudo o que diz, tanto em questões espirituais quanto históricas e científicas (Mt 5.17,18; Jo 10.35). Nesta lição, veremos a Inerrância, a preservação e a verdade da Palavra de Deus.


Palavra-Chave: Inerrância.


I – O QUE É INERRÂNCIA DA BÍBLIA


l. O conceito de Inerrância bíblica. A Inerrância é a doutrina segundo a qual a Bíblia não contém erro algum. Significa que ela é verdadeira em tudo o que afirma. Desse modo, a Escritura é isenta de erros nos aspectos doutrinários, espirituais, históricos, culturais, científicos e em todos os demais temas. O argumento é irrefutável: Deus não pode errar, e, como a Bíblia é divinamente inspirada, ela não pode conter erros. Assim sendo, a Inerrância, a infalibilidade e a inspiração estão entrelaçadas. Nesse sentido, nossa declaração de Fé professa que “a Bíblia é a nossa única fonte de autoridade, a inerrante, infalível, completa e inspirada Palavra de Deus.” (SI 19.7; Jo 10.35).

2. A Bíblia reivindica a sua inerrância. O termo inerrância não aparece na Bíblia, mas a ideia está presente nas páginas do texto sagrado. No livro de Provérbios está escrito que “toda palavra de Deus é pura” (Pv 30.5); O salmista afirma que “a palavra do Senhor é provada” (SI 18.30); Samuel assegura que “o caminho de Deus é perfeito e a palavra do Senhor, refinada” (2 Sm 22.31). Cristo atestou a inerrância ao afirmar que “nem um jota ou um til se omitirá da lei.” (Mt 5.18); o Senhor igualmente ratificou que “a Escritura não pode ser anulada.” (Jo 10.35); e que a “Palavra é a verdade” (Jo 17.17) – Essas declarações indicam que a Bíblia é plenamente confiável, sem nenhuma falsidade ou equívoco.

3. A infalibilidade e a inerrância da Bíblia. O vocábulo “infalível” indica o “que não pode, nem consegue falhar”. Em relação à Bíblia, significa que as suas palavras hão de se cumprir cabalmente (Is 55.11). Por causa da etimologia, os termos “inerrância” e “ infalibilidade” são por vezes confundidos como sinônimos. Não obstante, outros afirmam que a Bíblia é somente infalível quanto à sua mensagem salvífica, e não a consideram como inerrante. Por isso, preferimos o uso de ambos os termos, isto é, cremos e ensinamos que a Bíblia é infalível (incapaz de falhar), e é igualmente inerrante (livre de erro). Negar essas verdades é desacreditar de sua autoridade e inspiração divina (Jd 1.3 ,4). 


SINOPSE I

A Bíblia é totalmente inspirada por Deus e está isenta de qualquer erro e, por isso, é a nossa autoridade final de fé e prática.


AUXÍLIO TEOLÓGICO


Significados dos Termos […] 

Inerrância: Trata-se de um conceito estreitamente relacionado, mas é um termo mais recente […]. Traz a conotação de que a Bíblia não contém nenhum erro de ação (erros materiais), nem contradições internas (erros formais). […]. O conceito de infalibilidade volta-se ao conhecimento pessoal que alguém tenha de Deus […]. A inerrância ocupa-se mais especificamente com a transmissão precisa dos detalhes da revelação.

Embora em muitas composições teológicas os dois termos sejam usados intercambiavelmente, infalibilidade é o termo mais abrangente. Quem crê na Bíblia inerrante também crê na Bíblia infalível. […] Jesus, como os judeus da época do Antigo Testamento, creem que a fidedignidade das Escrituras não abrangia apenas seus ensinamentos mais importantes, mas também detalhes mais insignificantes […] (Mt 5.18). Essa perspectiva foi reiterada pelo apóstolo Paulo (At 24.14; 2 Tm 3.16). Desse modo, a autoridade de Jesus e de Paulo apoia a crença em tudo o que a Escritura assevera. Espera-se daqueles que chamam Jesus de Senhor aceitarem seus ensinamentos, que tenham as Escrituras em alta conta, como Jesus as tinha. 

(COMFORT, Philip Wesley. A Origem da Bíblia. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995 , pp.63,67-68).


II – O ESPÍRITO SANTO PRESERVOU AS ESCRITURAS


1. Os manuscritos autógrafos. Os manuscritos originais são chamados de autógrafos. São os textos com a grafia de próprio punho do autor bíblico ou de seu escrevente (Fm 1.19; Rm 16.22). Neles foram primeiramente registradas as palavras inspiradas pelo Espírito Santo (2 Pe 1.21). Cremos que a inerrância das Escrituras pertence a esses documentos, e que as cópias fiéis desses manuscritos preservaram a exatidão dos originais. O Espírito Santo providencialmente manteve a revelação divina incorruptível (Jo 14.17; 16.13,14). Fora dessa compreensão, a Bíblia não seria fonte de autoridade (Jo 5 -3 9 ; G1 3.8-22).

2. Os manuscritos apógrafos. As cópias dos manuscritos originais são chamadas de apógrafos. Atualmente, existem cerca de 25.000 cópias dos manuscritos bíblicos, a maioria deles em hebraico, grego e latim. Os escribas judeus transcreveram os originais do Antigo Testamento com precisão milimétrica. E as inúmeras cópias dos manuscritos do Novo Testamento também afiançam a credibilidade desses escritos. Nessa perspectiva, cremos que o ato da inspiração aconteceu uma só vez na redação primária da Palavra de Deus (os autógrafos), mas a qualidade dessa inspiração foi preservada pelo Espírito Santo nas cópias dos originais (os apógrafos). Assim sendo, a versão da Bíblia fidedigna aos originais, não deixou de manter a exatidão do real significado das palavras inspiradas por Deus (Mt 5.18; 2 4 .35).

3. Os apócrifos e pseudepígrafos. Nossa Declaração de Fé assegura que os manuscritos apócrifos (“escondidos”), tais com o, Tobias, Judite, Macabeus, Baruque, e outros, apresentam meros anacronismos, doutrinas falsas e práticas divergentes das Escrituras, a exemplo da oração pelos mortos. Os pseudepígrafos “falsos escritos", dentre eles, a Assunção de Moisés e o Apocalipse de Pedro, foram produzidos por autores anônimos e espúrios, que atribuíram indevidamente sua autoria a profetas e apóstolos. Na Bíblia dos judeus, atestada por Jesus como a “Lei, Profetas e Escritos” (Lc 24 .4 4 ) não faziam parte os livros apócrifos, nem os pseudepígrafos. Por essa razão eles não integram o cânon bíblico protestante. Dessa forma, não reconhecemos a autoridade desses livros por não serem inspirados pelo Espírito Santo.


SINOPSE II

O Espírito Santo manteve a revelação divina incorruptível, bem como a exatidão das palavras originalmente inspiradas por Deus.


III – A VERDADE NAS ESCRITURAS

1. A Bíblia é a verdade plena. O termo “verdade”, do hebraico ‘emeth’, significa o que é “confiável” e “correto”. O vocábulo grego ‘aletheia’ tem o sentido de “real” e “fidedigno”. Nas Escrituras corresponde à realidade exata dos fatos em concordância com o pensamento de Deus. A Bíblia ensina que Deus é a verdade (Jo 14.6; Rm 3.4) e a sua Palavra também é a verdade (Jo 17.17) – O escritor aos Hebreus declara que “é impossível que Deus minta” (Hb 6.18). Paulo ratifica que Deus “não pode mentir” (Tt 1.2). Em vista disso, cremos que a Palavra de Deus possui autoridade (Mt 5.17,18); e deve ser obedecida acima de qualquer autoridade humana (Mt 15.3-6). Assim, esses textos servem de base para a afirmação: “o que a Bíblia diz é o que Deus diz”.

2. A verdade espiritual e moral. Nossa Declaração de Fé afirma que a Bíblia nos revela o conhecimento completo de Deus, não sendo necessário nenhuma nova revelação para a nossa salvação e cresceu em tempo espiritual (Dt 4.2; Pv 30.5,6). Antônio Gilberto ensinou que tudo o que Deus requer do homem, e tudo o que o homem precisa saber, quanto à sua redenção, está revelado na Bíblia. Igualmente, a ética oral se fundamenta na revelação divina. Os padrões bíblicos para o nosso viver não podem sofrer mudanças. Aquilo que a Palavra de Deus diz ser pecado, permanece sendo pecado. Por isso, os valores cristãos são permanentes, pois a fonte de autoridade é permanente (Mt 24.35). Assim, enfatizamos que a Bíblia é a inerrante verdade tanto espiritual quanto moral.

3. A verdade histórica e científica. Cremos que a Bíblia é divinamente infalível em toda a matéria que aborda (Sl 12.6; 19.8). John Wesley escreveu que “se houver um erro, pode haver mil. E, se existir alguma falsidade, então a Bíblia não é o livro da verdade de Deus.” Por conseguinte, a Escritura não se equivoca quando descreve a criação, os eventos da história e os fenômenos da ciência. Significa que Deus guiou os autores bíblicos e os preservou do registro de inverdades de qualquer natureza (2 Pe 1.21). Assim sendo, endossam os que a Bíblia Sagrada é a verdade inspirada de Deus, inerrante em sua totalidade, isenta de toda a falsidade, fraude ou engano.


SINOPSE III

Deus é a verdade e, sua Palavra, é a sua extensão. Tudo o que a Bíblia ensina tanto na teologia, história ou ciência é a verdade.


AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ


Buscando pelo ouro das Escrituras


Nenhuma meta seria mais elevada do que ir pelo ‘ouro’ das Escrituras. A Bíblia muitas vezes se refere a si como ouro ou pedras preciosas, como o rubi, a fim de frisar o sublime valor do seu conteúdo. Por exemplo, Davi escreveu: “Os juízes do SENHOR são verdadeiros e justos juntamente. Mais desejáveis são do que o ouro, sim , do que muito ouro fino” (Sl 19.9,10). O Salmos 119, aquele que exalta a Palavra de Deus em quase todos os seus 176 versículos, inclui esta declaração pelo salmista: “Melhor é para mim a lei da tua boca do que inúmeras riquezas em ouro ou prata” (Sl 119.72). No mesmo […] [texto], o salmista escreveu que “ele ama os mandamentos de Deus ‘mais do que o ouro, e ainda mais do que o ouro fino”. Como estudante da Palavra, os professores cristãos devem garimpar o ouro da Escritura, cavando ‘filões’ nas profundezas da Bíblia e peneirando as verdades das Escrituras para si mesmos. Exploração diária das riquezas da Palavra enriquece a vida dando mais capacidade para os professores cristãos guiarem outros nas mesmas explorações. 

(GANGEL, Kenneth O; HENDRICKS, Howard G (Eds.). Manual de Ensino para o Educador Cristão: Compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.307).


CONCLUSÃO


Apesar de alguns considerarem redundante o uso dos termos inspiração, inerrância e infalibilidade para legitimar a autoridade das Escrituras Sagradas, nossa ortodoxia professa e ensina que a Bíblia é a inspirada Palavra de Deus, inerrante e infalível com plena autoridade em tudo o que diz.


VOCABULÁRIO

Anacronismo: Erro de cronologia (ou datas) relativo a fatos ou pessoas.

Espúrios: Não genuíno, hipotético, simulado.


Q U E S T I O N Á R I O 

1. O que é inerrância? 

A inerrância é a doutrina segundo a qual a Bíblia não contém erro algum. Significa que ela é verdadeira em tudo o que afirma.


2. Mencione textos bíblicos em que a ideia de inerrância esteja presente.

Jo 10.35; Jo 17.17.


3. O que são os manuscritos autógrafos? 

Os manuscritos originais são chamados de autógrafos. São os textos com a grafia de próprio punho do autor bíblico ou de seu escrevente (Fm 1.19; Rm 16.22).


4. O que são os manuscritos apógrafos? 

As cópias dos manuscritos originais são chamadas de apógrafos.


5, Por que a Bíblia não se equivoca quando descreve a criação, os eventos da história e os fenômenos da ciência? 

Porque Deus guiou os autores bíblicos e os preservou do registro de inverdades de qualquer natureza (2 Pe 1.21).


07 janeiro 2022

O ESPÍRITO SANTO E A BÍBLIA


(Comentário do 3º tópico da lição 2: A inspiração divina da Bíblia).


Neste tópico falaremos a respeito da ação do Espírito Santo na Bíblia. Tanto no Antigo como no Novo Testamento, encontramos textos que mostram claramente a inspiração divina da Bíblia. Conforme já falamos, o Espírito Santo guiou os escritores em todo o processo de escrita da Bíblia. Tantos as palavras, como todo o conteúdo das Escrituras. Inspiração verbal plenária, como vimos no tópico 1.  Mas a ação do Espírito Santo não se limitou à produção dos textos bíblicos. Ele testifica de Cristo e atua também na aplicação da Palavra de Deus, no coração daqueles que a lêem e ouvem, convencendo-os do pecado, da justiça e do juízo.  (Jo 15.26; 16.8-11).


1. A inspiração do Antigo Testamento. Em vários textos da Bíblia é afirmado que aquelas palavras são Palavras do Senhor, mandamentos do Senhor, ou são usadas as expressões “assim diz o Senhor”, “veio a Palavra do Senhor” e outras similares. Quando são citados textos bíblicos de outros escritores, são mencionados em várias ocasiões como palavras que o Senhor falou por intermédio dos profetas ou de outros escritores sagrados. Vários textos do Antigo Testamento chamam a Lei de Moisés e a Palavra dos profetas como a Lei do Senhor ou Palavra de Deus: 1 Rs 22.8-16; Ne 8; SI 119; Jr 25.1-13. 

No Antigo Testamento, quando um profeta falava em Nome de Deus, a sua palavra era considerada como a Palavra de Deus. Quem não o obedecesse estava se rebelando contra o próprio Deus e seria punido. “Então, disse Samuel a Saul: Agiste nesciamente e não guardaste o mandamento que o Senhor , teu Deus, te ordenou; porque, agora, o Senhor teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre. Porém, agora, não subsistirá o teu reino; já tem buscado o Senhor para si um homem segundo o seu coração e já lhe tem ordenado o Senhor que seja chefe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o Senhor te ordenou.” (1 Sm 13.13,14). 


No Novo Testamento também, Jesus e os apóstolos, quando se referiam às Escrituras usavam os seguintes termos: 

a. Mandamento de Deus: “E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus.” (Mt 15.6). Aqui Jesus se refere à Lei mosaica como “mandamento de Deus”, fazendo um contraste com a tradição dos fariseus.

b. Palavra de Deus: “Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz…”. (Hb 4.12)

c. Oráculos de Deus: “Se alguém falar, fale de acordo com os oráculos de Deus” (1 Pe 4.11). A palavra “oráculo” (Gr. logion) era uma referência às declarações sobrenaturais reais dadas por um espírito através de um meio humano. Então, em relação ao Antigo Testamento  significa que ele foi inspirado por Deus.

d. Palavras que Deus ou o Espírito Santo falou. Mesmo em casos em que no texto do Antigo Testamento, as referidas palavras não tenham sido ditas diretamente por Deus, é dito que o Espírito Santo falou: “Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais os vossos corações, como na provocação, no dia da tentação no deserto.” (Hb 3:7,8). Este texto é uma citação do Salmo 95.7,8: “Porque ele é o nosso Deus, e nós, povo do seu pasto e ovelhas da sua mão. Se hoje ouvirdes a sua voz, não endureçais o coração, como em Meribá e como no dia da tentação no deserto.” Observe que o texto do Salmo 95 não é uma fala direta de Deus. O salmista está falando na terceira pessoa “a sua voz” e não “a minha voz”

2. A inspiração do Novo Testamento. Os judeus crêem na inspiração divina do Antigo Testamento e o consideram como a Palavra de Deus. Entretanto, rejeitam os escritos do Novo Testamento. Mas, encontramos as mesmas reivindicações de inspiração divina no Novo Testamento. O próprio Jesus prometeu aos discípulos que enviaria o Espírito Santo, para os fazer lembrar de tudo o que Ele lhes havia ensinado: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” (Jo 14.26). No Livro de Atos, vemos o cumprimento desta promessa no dia de Pentecostes. Além de guiar os apóstolos, o Espírito Santo lhes revelou os mistérios de Deus e os inspirou para que escrevessem o Novo Testamento. (1 Co 2.10). Em outros textos, o apóstolo Paulo diz que recebeu o Evangelho do Senhor Jesus e entregou às Igrejas (1 Co 11.23; Gl 1.12). Escrevendo aos romanos, Paulo afirma que aquilo que ele escreve é o “Evangelho de Deus”: “Mas, irmãos, em parte vos escrevi mais ousadamente, como para vos trazer outra vez isto à memória, pela graça que por Deus me foi dada; Que seja ministro de Jesus Cristo para os gentios, ministrando o evangelho de Deus, para que seja agradável a oferta dos gentios, santificada pelo Espírito Santo.” (Rm 15.15,16). Depois, escrevendo aos Coríntios, Paulo afirma aquilo que ele escreveu era “mandamento do Senhor": “Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor.” (1 Co 14.37). O apóstolo Pedro falou sobre as epístolas Paulinas e as considerou igual às “outras Escrituras” (as do Antigo Testamento): “E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição.” (2 Pe 3.16,17). 

3. A obra da regeneração e a iluminação. Conforme já vimos até aqui, o Espírito Santo é o autor da Bíblia. Foi Ele quem escolheu, inspirou e guiou os escritores para escreverem a Palavra de Deus. Mas a ação do Espírito Santo na Bíblia não se limita à revelação e à inspiração. Ele atua também no processo da Salvação. O Espírito Santo capacita os seus servos para proclamarem a Palavra de Deus com sabedoria e poder. Por outro lado, Ele age no interior dos ouvintes e leitores da Bíblia, iluminando-os para que compreendam o que ouvem e produz neles a fé regeneradora. O apóstolo Paulo escreveu aos romanos, falando sobre os que são enviados para pregar o Evangelho e sobre os que ouvem, declarou: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” (Rm 10.17). A Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil, no capítulo que fala do Espírito Santo, declara que Ele “possui o papel de regenerar, purificar e santificar o homem e a mulher”. Em seguida, define a regeneração como “a transformação do pecador numa nova criatura pelo poder de Deus, como resultado do sacrifício de Jesus na cruz do Calvário” 

A regeneração na Bíblia é chamada também de Novo Nascimento (Jo 3.3-6; 1 Pe 1.23). Falando sobre este processo, o apóstolo Paulo diz: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (2 Co 5.17-19). É importante destacar que os três aspectos da salvação (justificação, regeneração e santificação) são obras realizadas por Deus, mediante a fé em Cristo. Nenhum ser humano tem qualquer mérito diante Deus, que possa lhe proporcionar a justificação (cancelamento da sentença de condenação pelo pecado). Igualmente, nenhum ser humano consegue, sem ação do Espírito Santo, regenerar-se ou nascer de novo. Da mesma sorte, o ser humano não é capaz de operar a santificação. À medida que nos entregamos a Deus, o Espírito Santo nos santifica, afastando-nos do pecado e nos aproximando de Deus. 

REFERÊNCIAS: 

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.    

HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Editora CPAD.    

GILBERTO, Antonio. Teologia Sistemática Pentecostal. Editora CPAD. 2 Ed. 2008. págs. 186-187.    

COMFORT, Philip Wesley. A Origem da Bíblia. Editora CPAD. pág. 54.    

SOARES, Esequias. Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Editora CPAD. pág. 64. 


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Pb. Weliano Pires


06 janeiro 2022

INSPIRAÇÃO DIVINA E OS AUTORES DA BÍBLIA

(Comentário do 2º tópico da lição 2: A inspiração divina da Bíblia).


Quando falamos da inspiração divina da Bíblia, de um lado há o Espírito Santo que é infalível, verdadeiro e onisciente, por consequentemente, isento da possibilidade de erros e falhas de qualquer espécie. Por outro lado, temos as pessoas que escreveram a Bíblia, que são seres humanos, pecadores, falhos e limitados. Precisamos entender que o conteúdo das Escrituras foi revelado e produzido por Deus, que usou seres humanos falhos e limitados, para registrar a sua revelação escrita à humanidade. Entretanto, o caráter, as limitações e falhas pessoais dos escritores não interferiram em nada na produção dos textos bíblicos, pois, o processo foi totalmente dirigido por Deus. 

1. A Inspiração dos autores. Deus usou as características de cada escritor, para transmitir a sua mensagem, de acordo com a cultura, vocabulário, gênero literário e gramática de cada um deles. O Espírito Santo penetra todas as coisas, inclusive as profundezas e mistérios de Deus, como escreveu o apóstolo Paulo aos Coríntios: “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.” (1 Co 2.10,11). Então, o Espírito de Deus tem acesso tanto ao íntimo de Deus, pois, Ele é Deus, quanto ao íntimo dos escritores da Bíblia e os influenciou a escreverem conforme os desígnios divinos. A ideia aqui não é como na falsa teoria do ditado, que afirma que Deus ditou cada palavra e os escritores escreveram como se fossem máquinas nas mãos de Deus. Também não foi como acontece na psicografia, onde um espírito se apodera de um corpo e domina os seus sentidos e escreve por ele. Na inspiração dos escritores bíblicos, segundo Stanley Horton, “o Espírito Santo não ditava as palavras, mas guiava o escritor para que este, livremente, escolhesse as palavras que realmente expressavam a mensagem de Deus. Por exemplo, o escritor poderia ter escolhido “casa” ou “construção”, segundo a sua preferência, mas não poderia ter escolhido “campo”, pois isso teria mudado o conteúdo da mensagem.”

2. As limitações dos autores. Quando lemos os relatos bíblicos, temos a impressão de que aquelas pessoas eram infalíveis ou sobrenaturais. Mas, não é bem assim. Os escritores da Bíblia eram pessoas normais como nós, cheias de falhas e limitações. O profeta Elias foi muito usado por Deus, tanto em profecias, como em milagres. Mas, Tiago disse que ele era sujeito às mesmas paixões que nós (Tg 5.17). 

Moisés foi o grande libertador de Israel e o legislador que recebeu a Lei do próprio Deus e entregou ao povo. Foi um homem que falava com Deus diariamente e era completamente dirigido por Deus. O próprio Deus deu testemunho dele, dizendo que falava com Moisés face a face: “Não é assim com o meu servo Moisés que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois ele vê a semelhança do Senhor; por que, pois, não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés?” (Nm 12.7,8). Entretanto, Moisés também teve suas falhas. O texto bíblico diz que ele foi impedido de entrar na terra prometida, porque desobedeceu ao mandamento de Deus (Nm 20.11,12). 

Temos na Bíblia o caso de Davi, que era um homem segundo o coração de Deus e escreveu 74 Salmos. Mas a própria Bíblia registra que ele cometeu adultério com Batseba, esposa do seu soldado Urias e ainda tramou, de forma covarde, a morte de Urias e mandou executá-la indiretamente, através de Joabe, para que parecesse que ele havia morrido na guerra. (2 Sm 11.3-15). Estes dois pecados gravíssimos, segundo a lei, deveriam ser punidos com a morte. 

No Novo Testamento, temos o caso de Pedro, que era precipitado e inconsequente. A Bíblia registra que ele foi usado por satanás para desencorajar Jesus de ir à cruz (Mt 16.23); cortou a orelha do servo do sumo sacerdote (Mt 26.51) e negou a Jesus por três vezes (Mc 14.60,70,71). Pedro também não era culto e tinha limitações para escrever ( (At 4.13). Ele precisou do auxílio de Silas para escrever a sua primeira epístola (1 Pe 5.12).

3. Os diferentes gêneros literários e figuras de linguagem. O conteúdo da Bíblia não está relacionado à qualidade dos seus escritores, pois é de origem divina. Paulo disse que temos um tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não nossa (2 Co 4.7). Então os escritores bíblicos foram usados por Deus, na sua linguagem, cultura e características em geral. Mas, não lhes foi permitido errar ou interferir no conteúdo escrito. Em tudo eles foram movidos pelo Espírito Santo. 

Cada escritor bíblico foi usado por Deus em seu próprio idioma, com diferentes gêneros literários, figuras de linguagem e outros aspectos da sua cultura. Na Bíblia temos narrativas (Livros históricos); poesias e provérbios (Livros poéticos);  figuras de linguagem como a alegoria (Gl 4.22-24; Hb 9.9); enigmas (Jz 14.14); parábolas (Ez 17; Mt 13, etc); hipérboles (Jo 21.25; Cl 1.23); metáforas (2.8). Temos linguagens cultas, como as de Paulo e Lucas e de pessoas com pouca instrução como Pedro. Isso, no entanto, não interfere, nem invalida a inspiração divina da Palavra de Deus. 

4. A linguagem do senso comum. Para tentar desacreditar a Bíblia, uma das principais acusações dos céticos é de que ela usa afirmações que ‘contrariam’ a ciência moderna. Como exemplo, colocam o relato de Josué 10.12-15, onde está escrito que Josué mandou o sol parar. Entretanto, a Bíblia não é um tratado científico. O que o texto bíblico mostra é a linguagem do senso comum, ou seja aquilo que a população em geral usa no dia a dia. Até hoje, mesmo pessoas cultas usam as expressões pôr do sol, nascer do sol e outras. A intenção do texto bíblico aqui é apenas fazer as pessoas compreenderem o que aconteceu e não dar aula de astronomia. É uma figura de linguagem chamada prosopopeia, que consiste  em atribuir a seres inanimados, características de seres animados ou atribuir características humanas a seres irracionais, para tornar mais dramática a comunicação. 


REFERÊNCIAS: 


BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.    

CONFORT, Philip Wesley. A Origem da Bíblia. Editora CPAD. pag. 49.    

HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Editora CPAD.    

CHAFER, Lewwis Sperry. Teologia Sistemática. Vol I e II. Editora Hagnos. 1 Ed. 2003. pag. 110.    

GEISLER, Norman William. Introdução Bíblica: como a Bíblia chegou até nós. Editora Vida. 5 Ed. 2012. pag. 22-24. 

GEISLER, Norman William. Enciclopédia De Apologética, respostas aos críticos da fé cristã. Editora Vida. 1 Ed. 2002. pág. 120-121.  

HUNT, Dave. Em defesa da fé. Editora CPAD. 1 edição/2006. pág. 92-93.    

A Bíblia Responde. Editora CPAD. 2 Ed. pág. 18-19.    



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Pb. Weliano Pires


05 janeiro 2022

A DOUTRINA DA INSPIRAÇÃO BÍBLICA


(Comentário do 1º tópico da lição 2: A inspiração divina da Bíblia).


Toda a Bíblia foi inspirada por Deus e não apenas algumas partes, como prega a teologia liberal. Não há um livro ou texto mais inspirado do que outros. O apóstolo Paulo diz que “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2 Tm 3.16 NAA). A palavra grega usada por Paulo, traduzida por “inspirada por Deus” é “theopneustos”. É a junção dos termos “Theos” (Deus) e “pneõ” (soprada), significando literalmente “soprada por Deus”.


1. A inspiração bíblica é divina. A inspiração bíblica é um trabalho divino. Deus escolheu e usou os escritores para escrever a Sua Palavra. O conteúdo da Bíblia não é de origem humana, como vimos na lição passada. Em várias partes da Bíblia, encontramos os escritores dizendo que, aquilo que eles escreviam ou citavam, era a Palavra de Deus. A expressão “Assim diz o Senhor” e outras semelhantes aparecem cerca de 3.800 vezes nos textos do Antigo Testamento. Depois que recebeu a Lei de Deus, Moisés transmitiu oralmente o que recebeu do Senhor ao povo e também escreveu. O texto bíblico diz que eram “Palavras do Senhor”: “Moisés foi e transmitiu ao povo todas as palavras do Senhor e todos os estatutos. Então todo o povo respondeu a uma voz e disse:

- Tudo o que o Senhor falou nós faremos. Moisés escreveu todas as palavras do Senhor e, tendo-se levantado de manhã cedo, edificou um altar ao pé do monte e ergueu doze colunas, segundo as doze tribos de Israel.” (Êx  24.3,4). Da mesma forma, os profetas Jeremias, Ezequiel, Isaías, Jonas e muitos outros, se referiram às palavras que eles escreveram como Palavra do Senhor (Jr 26.2; Ez 1.3; Os 1.1; Jn 1.1; Jl 1.1; Mq 1.1; Hc 3.2; Ag 1.1; Zc 1.1; Ml 1.1). No Novo Testamento, tanto o Senhor Jesus como os seus apóstolos, ao citarem as Escrituras do Antigo Testamento, também se referiram a elas como a Palavra de Deus: (Mc 7.13; Hb 4.12; 1 Pe 4.11).


Deus falando a Jeremias, deu garantia de que a Sua Palavra se cumpre, pois, Ele vela por sua Palavra para cumpri-la. (Jr 1.12). O profeta Isaías também foi usado por Deus para escrever que "... a Palavra do Senhor subsiste eternamente." (Is 40.8). O Senhor Jesus também assegurou a imutabilidade da Palavra de Deus, dizendo que até mesmo os símbolos diacríticos hebraicos, que mudam o som das palavras, contidos nas Escrituras, não cairão por terra (Mt 5.18). Ainda em Mateus 24.35, o Senhor reiterou: "Passarão os céus e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar". Estas afirmações bíblicas de que as palavras foram inspiradas por Deus, de que são Palavras de Deus e a garantia dada pelo próprio Deus de que se cumprirão, provam que o conteúdo da Bíblia foi produzido pelo próprio Deus. 


2.   A inspiração bíblica é verbal e plenária. Conforme falamos na introdução desta lição, há várias teorias erradas a respeito da inspiração divina da Bíblia. A teoria correta, que a Assembleia de Deus adota, é chamada de inspiração verbal plenária. Esta teoria afirma que o Espírito Santo, agiu sobre os escritores da Bíblia e os conduziu na transcrição daquilo que Deus queria que fosse escrito. Esta ação do Espírito Santo manteve a inerrância das Escrituras e deu-lhe a autoridade divina. O Pr. Raimundo de Oliveira, assim escreveu sobre a inspiração divina da Bíblia: "Deus os usou tal qual, com seu caráter e temperamento, seus dons e talentos, sua educação e cultura, seu vocabulário e estilo; iluminou suas mentes, os impulsionou a escrever, excluindo a influência do pecado sobre suas atividades literárias."


A inspiração divina é verbal, porque Deus soprou na mente dos escritores exatamente aquilo que eles deveriam escrever e não apenas as idéias, para que eles as interpretassem e escrevessem conforme o entendimento deles. A inspiração verbal significa que todas as palavras da Bíblia são inspiradas por Deus. Por outro lado, a inspiração bíblica também é plenária, ou seja, todo o texto bíblico foi inspirado por Deus e não apenas algumas palavras. Sendo assim, rejeitamos as idéias da teologia liberal que afirma que a Bíblia não é a Palavra de Deus, mas, "contém a Palavra de Deus". 


REFERÊNCIAS:

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.    

CONFORT, Philip Wesley. A Origem da Bíblia. Editora CPAD. pag. 51-53.    

HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Editora CPAD.    

OLIVEIRA, Raimundo de. As grandes doutrinas da Bíblia. 9ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. p.22.


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Pb. Weliano PIres


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