25 maio 2021

JESUS, O SUMO PASTOR

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Neste primeiro tópico, falaremos sobre as características de Jesus como o “sumo pastor.” Esta palavra “sumo” significa “o mais alto ou o mais elevado em categoria; supremo.” A palavra tem outras aplicações, mas, na Bíblia é usada para se referir ao superior de uma categoria, como no caso do sumo sacerdote, que era o principal dos sacerdotes. Muitos pastores erram, porque usam como modelo para o seu ministério, os sacerdotes do Antigo Testamento. Mas, são coisas muito diferentes. 

1. Diferenças entre o sacerdócio levítico e o ministério pastoral: 

a. Os sacerdotes eram mediadores entre Deus e a Congregação de Israel. Os sacerdotes, especificamente o Sumo sacerdote, eram tipos de Cristo e, como tal, faziam o papel de mediadores entre o povo de Israel e Deus. Os ministros do Novo Testamento não exercem este ofício.

b. Os sacerdotes exerciam papel de juízes. Os sacerdotes, especificamente no período teocrático, como nos casos de Eli e Samuel, exerciam o papel de juízes da Nação, não apenas em questões religiosas, mas, em questões civis e criminais. Este também não é papel dos ministros da Nova Aliança, pois, isso é papel do estado.

c. O sacerdócio da Antiga Aliança era hereditário e automático. Todos os filhos de Aarão eram naturalmente sacerdotes e o filho mais velho era o sucessor automático do Sumo sacerdote. Na Nova Aliança não existe isso. Os ministros do Evangelho são chamados individualmente por Deus, sem critérios genealógicos.

d. O sumo sacerdote era o administrador do Templo e os sacerdotes os seus auxiliares. Não podiam ter outras atividades além do sacerdócio e não tinham herança em Israel. As demais tribos os sustentavam através dos dízimos e ofertas. Estas contribuições eram semelhantes aos impostos nos dias de hoje.

Na Nova Aliança, Jesus é o nosso exemplo para um ministério integral: acolhedor, admoestador e servidor. Jesus é o bom pastor, que conhece as suas ovelhas, é conhecido delas e dá a sua vida pelo rebanho. 

2. Jesus é o pastor supremo. Em Hebreus 12.20, Jesus é chamado de "o Grande Pastor". Em 1 Pedro 5.4, Pedro usa a expressão "Sumo Pastor", para se referir a Jesus. Estas palavras "grande" e "sumo" remetem ao Sumo Sacerdote do Antigo Testamento, que era o maioral entre os sacerdotes. Era o único que podia entrar no Santo dos santos e não ser morto. Estas referências a Jesus como Supremo, Grande e Sumo, indicam a sua grandeza e superioridade em todos os aspectos. Quando Jesus ressuscitou, Ele disse: - É-me dado todo poder no Céu e na Terra. (Mt 28.18)

a. Jesus é Senhor absoluto no Céu e na terra. Ele não é uma criatura, como dizem as Testemunhas de Jeová e os Adventistas. Jesus é criador (Jo 1.3). Todas as coisas foram feitas por Ele. 

b. Jesus é Deus. As Escrituras mostram diversos atributos exclusivos da divindade, aplicados a Cristo: Onipotência (Mt 28.18) Onisciência (Jo 2.24; Jo 21.17); Eternidade (Jo 8.58). Além destes atributos divinos aplicados a Cristo, há textos na Bíblia que mostram claramente que Jesus é Deus: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. […] E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” (João 1.1,14). 

c. Jesus fez-se servo. Entretanto, mesmo sendo Supremo, Eterno, Senhor e Deus, Jesus tornou-se servo, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. (Fp 2.8). Ele nos disse para aprendermos dEle, que é manso e humilde de coração (Mt 11.29). Quem quiser ser um verdadeiro pastor, precisa aprender com Jesus. 

3. O pastor conhece as suas ovelhas. No capítulo 10, do Evangelho de João, Jesus se compara a um pastor de ovelhas, que era uma figura muito conhecida dos seus ouvintes. Jesus começa o discurso falando que, a pessoa que entra no curral das ovelhas por outra parte e não pela porta, é ladrão. Mas o que entra pela porta é o pastor. Depois, ele diz que Ele é a porta e aquele que por Ele entrar, será salvo. 

O Mestre diz também que as ovelhas conhecem a voz do seu pastor e, de modo algum, seguirão o estranho. Para entendermos isso, é preciso conhecer como funcionava a criação de ovelhas em Israel. Havia um relacionamento entre pastor e ovelhas. O pastor conhecia uma a uma e notava quando faltava alguma. 

a. As ovelhas têm algumas características especiais: 

• Elas identificam a voz do pastor que as alimenta e o seguem. 

• Elas não seguem a outra pessoa e fogem ao ouvir vozes estranhas. 

• Elas andam em bando. Se um grupo se desviar por um caminho, as outras tendem

a acompanhar. Se uma for sozinha, ela se perde do rebanho. 

b. O líder da Igreja é chamado de pastor, nesse sentido: 

• O pastor deve conhecer as suas ovelhas. 

• Um verdadeiro pastor tem cheiro de ovelha e não cheiro de gabinete. 

• O pastor deve ser conhecido delas, alimentá-las, guiá-las e protegê-las. 

• O mercenário ou falso pastor quer apenas servir-se das ovelhas. 

• O verdadeiro pastor sacrifica-se pelo rebanho. 

4. O pastor dá a vida pelas ovelhas. Em Israel, nos tempos bíblicos, a criação de ovelhas era uma das principais fontes de renda. As ovelhas forneciam lã, couro e carne para alimentos e sacrifícios. Jesus comparou-se ao pastor ovelhas, no sentido de que o verdadeiro pastor cuida das suas ovelhas, protege, alimenta, conhece e é conhecido por elas. Mas, Ele mostrou-se diferente dos pastores, quando disse que dá a Sua vida pelas ovelhas. (Jo 10.11). Jesus não se serve das suas ovelhas, nem as explora. Ele se doou por elas. 


Este é o exemplo para os pastores da Igreja: servir e doar-se pela Igreja. Ser pastor não é enriquecer-se à custa da Igreja ou viver no luxo. Paulo disse: "eu me gastarei por vós" (2 Com 12.15) e "sofrerei as dores de parto, até que Cristo seja gerado em vós". (Gl 4.19). Ser pastor é doar-se pelas ovelhas do Senhor e não servir-se delas.


Pb. Weliano Pires

24 maio 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 09: O MINISTÉRIO DE PASTOR

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REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA


Na lição passada, falamos sobre o Ministério de evangelista. No primeiro tópico, falamos sobre o envio de setenta discípulos por Jesus, para uma missão evangelística. Destacamos que são poucos os obreiros para a evangelização e que os campos estão brancos para a ceifa. Discorremos também sobre as perseguições que a Igreja sofre, pois, Jesus nos enviou como ovelhas para o meio de lobos. Ainda no primeiro tópico, falamos sobre os sinais e maravilhas que o Senhor opera, quando nos dispomos a proclamar o Evangelho, confirmando a palavra que pregamos. 


No segundo tópico falamos a respeito da grande comissão, que foi a ordem dada por Jesus aos seus discípulos, para saírem pelo mundo ensinando a sua doutrina e batizando aqueles que crerem, em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Esta grande comissão tem alcance global, pois, o Senhor nos mandou ir por todas as nações. Vimos que o mundo está dividido em dois grupos: os que crêem e os que não crêem. Falamos também a respeito do desafio de cumprirmos a grande comissão na atualidade. 


No terceiro e último tópico, estudamos sobre o dom ministerial de evangelista, as suas funções e finalidade. A palavra evangelista significa literalmente “transmitir boas boas novas”. Então, um evangelista é, por natureza alguém chamado por Deus, exclusivamente para proclamar o Evangelho aos perdidos. Portanto, deve ser alguém com profundo amor pelas almas e com preparo espiritual e teológico para pregar mensagens evangelísticas. 


INTRODUÇÃO À LIÇÃO 09


Dando continuidade ao nosso estudo dos dons ministeriais, estudaremos nesta lição sobre o Ministério de pastor. Embora almejado por muitos, ser pastor não é uma tarefa fácil. Pode ser que seja fácil ser um lobo ou um mercenário, disfarçado de pastor. Mas, ser um verdadeiro pastor, segundo o modelo bíblico, é uma tarefa árdua. 


No primeiro tópico, falaremos sobre as características de Jesus como o sumo pastor. Ele é o melhor exemplo para um ministério integral: acolhedor, admoestador e servidor. Jesus é o bom pastor, que conhece as suas ovelhas, é conhecido delas e dá a sua vida pelo rebanho. 


No segundo tópico, veremos as características de um verdadeiro pastor. Um verdadeiro pastor deve ser irrepreensível e ter um caráter íntegro. A sua conduta deve estar de acordo com o seu discurso, senão não terá credibilidade. Além de ter um bom caráter, o verdadeiro pastor deve ter uma boa reputação. Ele deve ser um exemplo para os fiéis, para a sua família e até para os infiéis. 


No terceiro e último tópico falaremos sobre os detalhes da missão do ministério pastoral. A missão do pastor é múltipla, pois ele cuida desde os assuntos espirituais até os mais terrenos. Do ponto de vista bíblico, a missão do pastor está relacionada à oração, ensino da Palavra de Deus, defesa da fé, exortação, aconselhamento bíblico, visita aos enfermos e o cuidado com as pessoas, não como dominador, mas, servindo de exemplo à Igreja. (At 6.4; 1 Pe 5.2; Hb 13.20). Entretanto, em nosso modelo de administração eclesiástica, incorporou-se funções administrativas, financeiras, construção civil e outras ao pastor, tornando a sua tarefa mais difícil do que já era. 


Oremos por nossos pastores, ajudemos-lhes nas suas tarefas, para que não fiquem sobrecarregados e sejamos-lhes submissos às suas orientações bíblicas, para que o seu trabalho não se torne mais pesado do que já é. (Hb 13.17). Entretanto, vale lembrar que esta submissão não é absoluta e não pode fugir dos parâmetros bíblicos. Quem pratica a submissão incondicional aos seus líderes, inclusive aos falsos ensinos, são os adeptos das seitas, que consideram os seus líderes inquestionáveis. 


Pb. Weliano Pires

Lição 9: O Ministério de Pastor

 Data: 30 de maio de 2021

TEXTO ÁUREO:

“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10.11).


VERDADE PRÁTICA:

“Por meio do ministério pastoral, conduzimos as ovelhas ao Supremo Pastor, Jesus Cristo.”


HINOS SUGERIDOS: 156, 337, 515.


LEITURA DIÁRIA

Segunda - Ec 12.11 - Há um só Pastor

Terça - Is 40.11 - O pastor apascenta as ovelhas

Quarta - Ez 34.12 - O pastor em busca das ovelhas

Quinta - Am 3.12 - O pastor protege as ovelhas

Sexta - Zc 11.17 - O pastor negligente com o rebanho

Sábado - Hb 13.20 - Cristo, o Pastor das ovelhas


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 10.11,14; Tito 1.7-11; 1 Pedro 5.2-4.


João 10

11 - Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.

14 - Eu sou o bom Pastor; e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.


Tito 1

7 - Porque convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;

8 - mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante,

9 - retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes.

10 - Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão,

11 - aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras, ensinando o que não convém, por torpe ganância.


1 Pedro 5

2 - apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;

3 - nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.

4 - E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória.


INTERAÇÃO COM O PROFESSOR


Atualmente, muitos são os modelos de liderança pastoral sugeridos sob os aspectos empresarial e meramente psicológico. Entretanto, o modelo de liderança para um pastor cristão deve estar centralizado sob o de Jesus de Nazaré. A vida do nosso Mestre é o melhor exemplo para um ministério integral: acolhedor, admoestador e servidor. Um modelo pastoral centrado na concepção empresarial pode até trazer resultados visíveis, mas para Deus será um verdadeiro fracasso. Seguir a liderança de Jesus de Nazaré pode parecer um grande fracasso, mas em relação a Deus é grande vitória. Qual você escolhe?


OBJETIVOS:

  • Reconhecer o papel fundamental de Jesus como o sumo pastor.
  • Classificar as características de um verdadeiro pastor.
  • Conscientizar-se da missão do ministério pastoral.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Caro professor, para o terceiro tópico da lição, e após o subtópico que conceitua a missão do pastor, use o esquema abaixo. Fale a respeito do aspecto múltiplo da missão pastoral. Na igreja local, o pastor é um guia espiritual do povo de Deus. Dele se espera maturidade, idoneidade e amor no trato com as coisas de Deus e ao rebanho. Por isso, conclua a lição desta semana afirmando a complexidade da função pastoral e como Deus leva a sério o pastor que cumpre o seu ministério. Em seguida, reúna os seus alunos para orarem pelo pastor local e pelos pastores de todo o mundo.


COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO


Palavra Chave

Pastor: Guia espiritual.


Ser pastor sempre foi uma tarefa árdua. Muitas são as demandas internas e externas da igreja local, entre elas o cuidado para com as pessoas do rebanho, visita a enfermos, questões relacionadas a administração eclesiástica e o constante desafio de se dedicar à oração, à pregação e ao ensino da Palavra de Deus. O dia a dia pastoral é desafiador a quem é vocacionado por Deus para apascentar. Somente pela graça e o amor do Pai é possível encarar tão grande responsabilidade. Por outro lado, uma liderança madura e servidora é imprescindível ao desenvolvimento da igreja local. Assim, a lição de hoje abordará esse importante ministério.


I. JESUS, O SUMO PASTOR

1. Jesus é o pastor supremo. A expressão “grande Pastor das ovelhas”, que aparece em Hebreus 13.20, refere-se diretamente à sublimidade do Senhor Jesus como pastor no Novo Testamento. Marcado pela humildade e despojamento da sua glória, Ele foi chamado “grande” em seu nascimento (Lc 1.32). O adjetivo “grande” enfatiza o quanto o Nazareno é incomparável e mediador da nova aliança de Deus com os homens. Jesus Cristo é o supremo pastor em todos os aspectos. Ele venceu a morte e libertou o homem da prisão do pecado. Ele é Deus!

2. O pastor conhece as suas ovelhas. Em João 10.14, o adjetivo “bom” identifica Jesus como o pastor que por amor protege e cuida das ovelhas que lhe pertence. Por isso, Ele é o “bom Pastor”. Tal expressão designa ainda a intimidade entre o Sumo Pastor e as suas ovelhas. Estas não ouvem a voz de outro pastor. O bondoso Salvador conhece a sua Igreja por inteiro, e se relaciona com cada membro (Jo 10.5,15).

3. O pastor dá a vida pelas ovelhas. Uma das principais fontes da economia israelita era o trabalho pastoril. Os pastores cuidavam das ovelhas para delas obterem o lucro diário. Este é o contexto de que se valeu o Senhor Jesus para referir-se ao ensinamento contido na expressão “o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10.11). Aqui, diferente dos pastores que garantiam o seu sustento no campo através do uso das ovelhas, o Mestre Jesus mostra a disposição em dar a própria vida pelo seu rebanho (Jo 10.15). Os verdadeiros pastores da igreja devem imitar o Sumo Pastor, Jesus. NEle não há jamais exploração alguma do rebanho, e isso deve servir de exemplo a todos aqueles que desejam ministrar à igreja do Senhor, tal como ensina a Palavra em 1 Pedro 5.2-4.


SINOPSE DO TÓPICO (I)

Jesus, o Pastor Supremo, conhece as suas ovelhas e deu a sua vida por elas.


II. AS CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO PASTOR


1. Um caráter íntegro. Entre outras coisas, o exercício pastoral envolve aptidão para ensinar, aconselhar e comunicar-se de forma clara com a igreja local. Porém, essas características não são validadas se o caráter do pastor não for íntegro. Uma das piores queixas que se pode ouvir acerca de um ministro é que sua palavra pastoral não se coaduna com a sua vida. Como pode o líder falar sobre honestidade e ser desonesto? De simplicidade e mostrar-se esbanjador? De humildade e comportar-se soberbo? A melhor palavra pastoral é a vida do pastor em sintonia com a mensagem do Evangelho que ele proclama (Mt 7.24-27; 23.2-36).

2. Exemplo para os fiéis e os infiéis. O texto bíblico de 1 Timóteo 3.2,3, afirma que o bispo não deve ser dado ao vinho, espancador, cobiçoso de torpe ganância, contencioso ou avarento; a recomendação é que o obreiro seja moderado. A Igreja, o Corpo de Cristo, precisa contemplar em seu líder sinais claros do fruto do Espírito, tais como autocontrole, mansidão, bondade e amor. Estas características denotam idoneidade moral e maturidade espiritual. A mesma postura moral que o pastor atesta aos fiéis deve ser demonstrada, igualmente, aos infiéis (1Tm 3.7).

3. Exemplo para a família. Não podemos esquecer que antes de ser exemplo para igreja local, e com os de fora, o ministro do Evangelho, em primeiro lugar, deve ser o exemplo para a sua própria família — sua primeira comunidade e igreja. Governar a própria casa com modéstia e equilíbrio, criando seus filhos com respeito (1Tm 3.4), é o testemunho que toda a família cristã deseja experimentar na convivência sadia com o pastor que é esposo, pai e avô. Portanto, todo obreiro deve cuidar bem do seu lar, pois sem o devido respaldo deste, o seu ministério jamais terá credibilidade.


SINOPSE DO TÓPICO (II)

Do pastor espera-se um caráter íntegro; um exemplo para os fiéis, aos infiéis e a toda a sua família.


III. O MINISTÉRIO PASTORAL


1. A missão do pastor. O termo pastor (do gr. poimēn) no Novo Testamento tem o significado de “apascentador de ovelhas”. De acordo com esta definição podemos afirmar que a principal missão de um ministro é cuidar das pessoas que receberam Cristo como Salvador, dando-lhes alimento espiritual através do ensino da Palavra de Deus, como encontramos no livro do profeta Isaías (Is 40.11). O verdadeiro pastor cuida das ovelhas com zeloso amor e compaixão, entregando-se totalmente às suas demandas.

2. Uma missão polivalente. A missão pastoral também é múltipla, pois o ministério envolve o ensinamento, o aconselhamento, a evangelização e missões, bem como a pregação expositiva da Palavra de Deus, que é o seu mais importante empreendimento. Para além dessas responsabilidades, o pastor age como o bom conciliador e administrador eclesiástico dos bens e recursos humanos disponíveis para toda boa obra da igreja local. Está sob os seus cuidados a gestão eficiente e honesta dos bens materiais, patrimoniais e das finanças da igreja local.

3. O cuidado contra os falsos pastores. Quando Deus levantou Ezequiel como profeta de Israel, Ele ordenou-lhe que repreendesse os pastores infiéis da nação. O Altíssimo considerava como falsos pastores os que apascentavam a si mesmo e não as ovelhas (Ez 34.2c); exploravam o rebanho e não o poupavam (34.3); não demonstravam amor pelas ovelhas, fazendo com que elas se dispersassem (34.4-6). O próprio Deus é contra os falsos pastores (Ez 34.8-10)! Ele inspirou o apóstolo Paulo a escrever para Tito quando da sua instrução pastoral ao jovem obreiro, que este retivesse “firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes. Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores [...] aos quais convém tapar a boca” (Tt 1.9-11).


SINOPSE DO TÓPICO (III)

A missão do pastor é múltipla, pois ele cuida desde os assuntos espirituais até os mais terrenos.


CONCLUSÃO


O dom ministerial de pastor é concedido àqueles a quem Deus chama para servir ao seu precioso rebanho, a Igreja de Jesus. Esta acha-se espalhada nas igrejas locais que reúnem crentes oriundos de todos os lugares do mundo. Eles estão sob os cuidados de líderes para serem alimentados com a Palavra de Deus. O objetivo do ministério pastoral é fazer com que o rebanho do Senhor cresça na graça e no conhecimento do Evangelho de nosso Salvador (2Pe 3.18). Portanto, o pastor precisa da graça divina para não fracassar em seu ministério. Oremos pelos pastores, compreendamos as suas lutas e os apoiemos com amor e carinho.


QUESTIONÁRIO


1. A expressão “grande Pastor das ovelhas”, que aparece em Hebreus 13.20, está diretamente ligada a quê?

Ao valor que o Novo Testamento atribui ao Senhor Jesus.


2. De acordo com a lição, relacione as características do verdadeiro pastor.

Um caráter íntegro, exemplo para os fiéis e os infiéis e exemplo para a família.


3. Segundo o texto bíblico de 1 Timóteo 3.2,3, cite o que o pastor não pode ser.

O texto bíblico de 1 Timóteo 3.2,3 afirma que o bispo não pode ser dado ao vinho, espancador, cobiçoso de torpe ganância, contencioso ou avarento; a recomendação é que o obreiro seja moderado.


4. Qual o significado do termo “pastor” no Novo Testamento?

“Apascentador de ovelhas”.


5. Qual é a principal missão de um ministro?

Cuidar das pessoas que receberam a Cristo como salvador, dando-lhes alimento espiritual através do ensino da Palavra de Deus.


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsídio Teológico


Viver como Pedro: A Supervisão Pastoral (5.1-11)


Dirigindo-se aos ‘estrangeiros’ (1.2) que haviam sido dispersos entre povos infiéis, e frequentemente hostis, Pedro inicia sua carta com um imperativo à vida santificada baseada no exemplo de Deus Pai (1.3-2.10). Pelo fato de muitos de seus leitores poderem sofrer injustamente e de modo abusivo nas mãos de cruéis agentes do governo, senhores ou maridos, na parte central e mais importante de sua carta Pedro manda que se submetam à autoridade e sofram, mesmo sem merecer, segundo o exemplo de Cristo (2.11-4.13). Nesta seção final da carta, Pedro dirige-se aos presbíteros [pastores], responsáveis pelo pastoreio do rebanho de Deus (5.1-4). Escrevendo como um presbítero [pastor] mais experiente, Pedro é seu modelo de liderança sobre o povo de Deus (5.1-11). Termina os ensinamentos com uma série de obrigações aplicáveis não só aos presbíteros, mas também a todo o povo de Deus (5.5-11)” (STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2: Romanos a Apocalipse. 4 ed., RJ: CPAD, 2009, p.921).

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II


Subsídio Teologia Devocional


[...] Prioridades na Vida do Pastor


Manter as prioridades em sua devida ordem é um dos maiores desafios que o pastor enfrenta. As muitas ocupações do pastorado constantemente pressionam os ministros a comprometer a oração, a vida devocional, a família e, às vezes, até o padrão moral exigido pela Palavra de Deus.

As prioridades do ministro do Evangelho devem estar nesta ordem: (1) seu relacionamento com o Senhor, (2) sua esposa e filhos e (3) seu ministério e trabalho. Acompanhe-me em alguns pontos de especial interesse no campo dessas três prioridades.

Seu relacionamento com o Senhor. Sua vida devocional é absolutamente decisiva. Anos atrás, pedi ao Senhor que pusesse em ordem meu horário, e Ele o fez. Todos os dias, das cinco às sete da manhã, estudo a Bíblia e oro. Tenho sido cuidadoso em observar esse tempo — o tempo mais precioso do meu dia. Meus pais deram-me o exemplo; seu devocional coincidia com as primeiras horas da manhã. Jesus dedicava as primeiras horas do dia à oração. O Salmista Davi disse: ‘Pela manhã, ouvirás a minha voz, ó Senhor; pela manhã, me apresentarei a ti, e vigiarei’ (Sl 5.3). Esta disciplina será fundamental em tudo o que você fizer e intentar realizar.Seu relacionamento com a esposa e filhos. Alguns ministros ficam tão ocupados, que negligenciam as necessidades emocionais, alimentares e outras carências da família. Esposa e filhos podem ficar ressentidos contra o ministério, e mesmo contra Deus, tudo porque o chefe da família falhou em suprir-lhes as necessidades básicas. Isso é trágico. Já faz tempo que determinei que não vou ganhar para o Senhor os filhos dos outros e perder os meus. O Senhor nos tem ajudado — a mim e a Shirley — nessa prioridade. [...] Paulo instruiu a Timóteo: ‘Se alguém não sabe governar sua própria casa terá cuidado da igreja de Deus?’

(CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas (et all.). Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD, 2005, p.17).


SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO


O Ministério de Pastor


Na obra “Ministério Pastoral: Alcançando a excelência no ministério cristão”, do pastor norte-americano John Macarthur, Jr., editada pela CPAD; o autor relata este comentário: “Reconhecemos essas tendências alarmantes, crendo que as decisões tomadas nesta década reprogramarão a igreja evangélica até boa parte do século 21. Assim, a futura direção da igreja é uma preocupação preeminente e legítima. Sem dúvida, a igreja enfrenta um momento decisivo. O verdadeiro contraste entre os modelos ministeriais concorrentes não é o tradicional versus o contemporâneo, mas o bíblico e o não-bíblico” (p.22).


A que tendências alarmantes, Macarthur se refere? A oito respostas que emergiram de uma pesquisa realizada por John Seel, em 1995, nos Estados Unidos. Elas foram dadas por 25 líderes evangélicos de renome que foram entrevistados pelo pesquisador.


Dentre oito principais respostas surgidas na pesquisa (identidade incerta; desilusão institucional; falta de liderança; pessimismo em relação ao futuro; crescimento positivo, impacto negativo; isolamento cultural; solução política e metodológica como resposta), a que chama mais atenção é a “troca de orientação bíblica pela pesquisa de mercado no ministério”. Não por acaso, se vê muitos seminários teológicos trocando disciplinas fundamentais para uma sólida formação de um obreiro, como o hebraico, o grego, a hermenêutica, a exegese etc., por aquelas que enfatizam a gestão, a forma de crescimento de uma igreja local nos parâmetros do marketing e das estratégias meramente empresariais. Aqui, é à hora de a igreja fazer uma profunda reflexão sobre “Que modelo de ministério pastoral se quer exercer nos próximos anos”?


Com intuito de deixarmos em aberto esta reflexão, porque o espaço não permite irmos além, solicitamos ao prezado professor meditar nesta semana em todos os textos bíblicos possíveis — use as concordâncias bíblicas, dicionários bíblicos e bons comentários para lhe auxiliarem — em que Jesus aparece como o “Bom Pastor” de ovelhas. Em seguida, procure responder, à luz dos quatro Evangelhos, as seguintes perguntas: Qual o modelo ministerial de pastorado que o Senhor Jesus espera encontrar nos seus discípulos? Que molde de liderança se acha no agir de Jesus de Nazaré? É possível implantar esse ideal hoje? Qual seria o impacto para a igreja e a sociedade? Boa aula!


 


20 maio 2021

O DOM MINISTERIAL DE EVANGELISTA

Imagem do site Resenhas Cristãs

Neste terceiro e último tópico da lição 08, falaremos sobre o dom ministerial de evangelista. Veremos o conceito da palavra evangelista, que é alguém chamado por Deus exclusivamente para pregar o Evangelho aos perdidos. Falaremos também sobre o papel e a finalidade do evangelista, que é ser um proclamador das boas novas, ganhador de almas e plantador de novas Igrejas. Um evangelista é, por natureza, apaixonado por almas. É inconcebível, um evangelista que não evangeliza e não prega uma mensagem evangelística, com o intuito de salvar almas.

1. O conceito de evangelista. A palavra evangelista deriva do verbo grego "euangelizo", que significa transmitir boas novas. Esta palavra aparece apenas três vezes no Novo Testamento: em Atos 21.48, referindo-se a Filipe; em Efésios 4.1, na lista dos dons ministeriais e em 1 a Timóteo 4.5, onde o apóstolo Paulo recomenda a Timóteo que faça o trabalho de um evangelista. A palavra Evangelho em grego é "euanggelion" e significa "Boa Notícia". Um evangelista, portanto, é alguém chamado e capacitado por Deus, exclusivamente para pregar as boas novas do Evangelho aos perdidos.

2. O papel do evangelista. Conforme já vimos, o evangelista é alguém chamado para pregar o Evangelho aos perdidos. O evangelista busca a Deus e se prepara para transmitir uma mensagem impactante no coração dos pescadores, para levá-los a Cristo. Evidentemente, quem leva o pecador ao arrependimento é o Espírito Santo. Mas o evangelista é instrumento que Deus usa para comunicar a mensagem. 

O evangelista atua também como plantador de Igrejas, onde o Evangelho ainda não chegou. Porém, uma vez estabelecida a Igreja, um pastor deve assumi-la e o evangelista deve partir em busca de almas. Não é papel do evangelista, pastorear Igrejas. Infelizmente em nossos dias vemos evangelistas pastoreando congregações, trabalhando em serviços administrativos da Igreja e até fazendo campanhas políticas. Isso é uma total desvirtuação do ministério de evangelista, que foi chamado por Deus, exclusivamente, para proclamar o Evangelho às almas que estão perecendo. 

3. A finalidade do ministério do evangelista. O ministério de evangelista está no mesmo patamar de apóstolos, profetas, pastores e doutores. As funções, evidentemente, são diferentes, mas, a finalidade é também aperfeiçoar os santos e edificar a Igreja de Cristo. (Ef 4.11,12). 

Um evangelista precisa buscar a direção do Espírito Santo, pois, é Ele que prepara as pessoas e as convence do pecado, da justiça e do juízo. Temos o exemplo de Filipe, o evangelista, no Livro de Atos dos apóstolos. Um eunuco etíope, oficial da rainha Candace, retornava da festa em Jerusalém e parou o carro para ler as Escrituras e não entendia nada do que estava lendo. O Espírito Santo conduziu Filipe ao local. Quando Filipe chegou, perguntou-lhe se entendia o que lia e o eunuco respondeu:

- Como entenderei, se não há quem me explique?

O eunuco lia a profecia de Isaías sobre os sofrimentos do Messias. Filipe, então contextualizou a leitura e anunciou a Cristo. O eunuco creu e pediu para ser batizado. Filipe o batizou e ele retornou para a sua terra salvo.

Um evangelista precisa estar preparado espiritual e teologicamente, para responder as questões que surgirem na evangelização. Não pode ser alguém inexperiente e que não conhece a Palavra de Deus.

CONCLUSÃO DA LIÇÃO

Vimos nesta lição, a importância do Ministério de evangelista. Falamos sobre a missão evangelística dos setenta discípulos enviados por Jesus, sobre a importância do cumprimento da grande comissão e sobre os aspectos e finalidade do dom ministerial de evangelista. 

Ao longo da história da Igreja, Deus levantou vários evangelistas e que impactaram o mundo. A revista do professor nos mostra três exemplos de evangelistas que foram usados por Deus para buscar os perdidos: 

1. John Wesley. Fundador da Igreja Metodista, aos 37 anos, junto com o seu irmão Charles Wesley, viajou por toda a Inglaterra, levando o Evangelho aos presos e trabalhadores de várias categorias.

2. Jonathan Edwards. Pastor congregacional do Século XVIII, nos Estados Unidos, viveu para a pregação do Evangelho e participou de grandes avivamentos em seu país.  O seu sermão mais famoso foi "Pecadores nas mãos de um Deus irado", que ao término levou os ouvintes a um profundo arrependimento e temor. 

3. David Wilkerson. Fundador da Igreja Times Square e do Desafio Jovem, em Nova Iorque, foi um evangelista que pregou o Evangelho em comunidades carentes dominadas por gangues e alcançou muitos jovens para Cristo, que viviam nas drogas. O Pastor David Wilkerson escreveu o livro "A Cruz e o Punhal'', contando vários relatos desse trabalho. 


Há muitos outros, como Moody, Charles Spurgeon, Billy Graham, Bernhard Johnson, Daniel Berg, Gunnar Vingren e outros que são desconhecidos, mas, levaram a Palavra de Deus incansavelmente. Deus continua chamando evangelistas e conta conosco para a importante e urgente tarefa de evangelizar os pedidos. Oremos para que a Igreja desperte para a importância deste ministério.


Pb. Weliano Pires

 

A PAZ ILUSÓRIA DO MUNDO

(Comentário do 2° tópico da Lição 8: A promessa de paz) Ev. WELIANO PIRES No segundo tópico, falaremos da paz ilusória deste mundo. Veremos ...