A Vale do Rio Doce era um poço de
corrupção e cabide de empregos, que não trazia benefícios ao país. Ainda bem que foi privatizada. Alguns petistas estatizantes, que têm a ilusão de que empresas nas mãos do estuado funcionam e 'pertencem ao povo', insistem em afirmar que a Vale fora vendida 'a preço de banana'. Vamos aos fatos.
Não podemos analisar o preço de uma
empresa privatizada, pelo preço que ela vale hoje, sem considerar as características dessa empresa, na época em que ela foi vendida.
A Vale do Rio Doce valia, em
1997, por volta de 9 bilhões, com a estimativa mais otimista colocando o valor
de mercado da empresa em 10,3 bilhões de dólares, valor usado pelo governo. Além disso, a venda
do controle acionário foi acompanhada de uma transferência de dívida de 4
bilhões de dólares. Isso equivalia, na época, a 7,4 bilhões de reais. A
inflação acumulada entre 1997 e 2014 foi 178,66%, o que corresponderia a 20,5
bilhões de reais atuais. Portanto, A Vale não só valia muito pouco como foi
vendida por muito.
Após a privatização, tornou-se uma das
maiores empresas mineradoras do mundo. Para se ter uma ideia, no
período estatal, a Vale recolheu R$ 620 milhões em impostos. No período
privado, os impostos subiram para R$ 1,5 bilhão, mais que o dobro. O
recolhimento do Imposto de Renda, passou de R$ 104 milhões no período estatal,
para R$ 4,4 bilhões no período privado. Ou seja, a contribuição da Vale em
impostos para o governo passou de R$ 724 milhões para R$ 6 bilhões, depois de
privatizada.
Se
ainda fosse estatal, a Vale jamais chegaria
aonde chegou.
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