06 novembro 2020

Estudo da lição 06: A teologia de Elifaz: Só os pecadores sofrem?


Culto online de estudo bíblico com o Presbítero Weliano Pires e sua família. Estudamos a lição 06, da nossa Escola Bíblica Dominical, com o tema: A teologia de Elifaz: Só os pecadores sofrem? 

Estudamos nesta lição os seguintes pontos: 

  • O eixo da teologia de Elifaz é a chamada justiça retributiva. 
  • No primeiro tópico temos a lei da semeadura e colheita: o ser humano colhe o que planta. 
  • O segundo tópico apresenta que a teoria de Elifaz representa a tradição religiosa da época e as palavras de Jó representavam a quebra dessa tradição. 
  • O terceiro tópico faz um paralelo entre um Deus transcendente e o homem finito. Segundo a teologia de Elifaz, Deus não se importaria com as queixas humanas, pois Ele está muito acima do homem.

05 novembro 2020

Lição 6: A teologia de Elifaz: Só os pecadores sofrem?


Data: 08 de Novembro de 2020.

TEXTO ÁUREO

 

“Lembra-te, agora: qual é o inocente que jamais pereceu? E onde foram os sinceros destruídos? Segundo eu tenho visto, os que lavram iniquidade e semeiam o mal segam isso mesmo” (Jó 4.7,8). (ARC).


Nota sobre o texto áureo:

A palavra "jamais" usada neste texto pela versão Almeida Revista e Corrigida traz certa confusão, pois, está em desacordo com o contexto dos discursos de Elifaz. Veja a tradução da Nova Versão Internacional, que me parece mais adequada:

“Lembra-te: acaso, já pereceu algum inocente? E onde foram os retos destruídos?

Segundo eu tenho visto, os que lavram a iniquidade e semeiam o mal, isso mesmo eles segam.” (Jó 4.7,8 NVI).



VERDADE PRÁTICA


“Embora transcendente, Deus tem prazer em se relacionar com o homem terreno.” [imanência]


[A transcendência de Deus é um atributo que o torna infinitamente superior a todos os seres que Ele criou e a imanência significa que Ele está acessível e se relaciona com os seres criados]. 


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Jó 4.1-8; 15.1-4; 22.1-5.


Jó 4


1 — Então, respondeu Elifaz, o temanita, e disse:

2 — Se intentarmos falar-te, enfadar-te-ás? Mas quem poderá conter as palavras?

3 — Eis que ensinaste a muitos e esforçaste as mãos fracas.

4 — As tuas palavras levantaram os que tropeçavam, e os joelhos desfalecentes fortificaste.

5 — Mas agora a ti te vem, e te enfadas; e, tocando-te a ti, te perturbas.

6 — Porventura, não era o teu temor de Deus a tua confiança, e a tua esperança, a sinceridade dos teus caminhos?

7 — Lembra-te, agora: qual é o inocente que jamais pereceu? E onde foram os sinceros destruídos?

8 — Segundo eu tenho visto, os que lavram iniquidade e semeiam o mal segam isso mesmo.

 

Jó 15

1 — Então, respondeu Elifaz, o temanita, e disse:

2 — Porventura, dará o sábio, em resposta, ciência de vento? E encherá o seu ventre de vento oriental,

3 — arguindo com palavras que de nada servem e com razões que de nada aproveitam?

4 — E tu tens feito vão o temor e diminuis os rogos diante de Deus.


Jó 22

1 — Então, respondeu Elifaz, o temanita, e disse:

2 — Porventura, o homem será de algum proveito a Deus? Antes, a si mesmo o prudente será proveitoso.

3 — Ou tem o Todo-Poderoso prazer em que tu sejas justo, ou lucro algum em que tu faças perfeitos os teus caminhos?

4 — Ou te repreende pelo temor que tem de ti, ou entra contigo em juízo?

5 — Porventura, não é grande a tua malícia; e sem termo, as tuas iniquidades?

 

HINOS SUGERIDOS: 31, 75 e 105 da Harpa Cristã.


INTRODUÇÃO


Relembrando a Lição anterior:


Estudamos na lição passada, O lamento de Jó e discorremos sobre os seguintes pontos: 


  • O início da parte poética do Livro de Jó, que começa no capítulo 3 e vai até ao capítulo 42 e versículo 6. 

  • No auge do seu sofrimento, Jó exprime de forma poética um profundo lamento, extravasando os seus sentimentos;

  • Jó, em profunda angústia, desejou a morte como uma forma de escapar dos sofrimentos terríveis a que foi submetido. Porém, jamais falou em suicídio, ou tentou fazê-lo. Ele desejou que Deus, o autor da vida tivesse evitado o seu nascimento.

  • As três perguntas do lamento de Jó: Por que nasci? Por que não nasci morto? Por que continuo vivo? 

  • O lamento de Jó representa as pessoas que estão em situações de desespero e  não veem nenhuma saída.


Lição 06: A teologia de Elifaz: só os pecadores sofrem? 


Resumo da lição:


  • A partir desta lição, veremos as teorias que os amigos de Jó começam a fazer acerca das calamidades que Jó estava sofrendo.

  • O eixo da teologia de Elifaz é a chamada justiça retributiva. 

  • No primeiro tópico temos a lei da semeadura e colheita: o ser humano colhe o que planta. 

  • O segundo tópico apresenta que a teoria de Elifaz representa a tradição religiosa da época e as palavras de Jó representavam a quebra dessa tradição. 

  • O terceiro tópico faz um paralelo entre um Deus transcendente e o homem finito. Segundo a teologia de Elifaz, Deus não se importaria com as queixas humanas, pois Ele está muito acima do homem. 


I. OS PECADORES NO CONTEXTO DA TEOLOGIA RETRIBUTIVA


1. Quem foi Elifaz. A Bíblia fala de duas pessoas com o nome de Elifaz, cujo nome significa “Deus é forte” ou “Deus é a sua força”. A primeira citação do nome Elifaz, refere-se ao filho de Esaú com Ada, uma de suas mulheres (Gn 36.4,10, 11-16). Este foi o pai dos edomitas. O segundo personagem chamado Elifaz é o amigo de Jó, que é chamado de “o temanita”. Não se trata da mesma pessoa, pois, como já vimos em lições anteriores, Jó viveu na época dos patriarcas, próximo à época de Abraão, que era o avô de Esaú. Logo, não deve ter sido contemporâneo  de um filho de Esaú, que era bisneto de Abraão. 

Temã, a terra de Elifaz, pertencia ao território tribal dos edomitas. Temã era um neto de Esaú, que dera o seu nome a uma região da Iduméia do Sul, que era famosa pela sabedoria. 


2. A teologia de Elifaz. Em seu primeiro discurso, nos capítulos 4 e 5, Elifaz defende a chamada teologia retributiva, segundo a qual, todo sofrimento é uma punição ao pecador e, portanto, os justos não sofrem. É a chamada lei da causa e do efeito. Embora a lei da semeadura e da colheita esteja na Bíblia, isso não é uma regra geral. O apóstolo Paulo disse que “Tudo o que homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). O ser humano, realmente, colhe aqui que planta, mas, não apenas isso. Nós colhemos também o que outras pessoas plantam. Sofremos as consequências das ações de outras pessoas e do Diabo. Além disso, somos submetidos às provações de Deus. Então, Elifaz tem razão quando diz que “...os que lavram iniquidade e semeiam o mal colhem isso mesmo”. (Jó 4.7b). Porém, ele erra quando diz que somente os pecadores sofrem ou que todos os que sofrem é porque pecaram.


3. A queixa de Jó. Evidentemente, Jó se contrapôs às afirmações de Elifaz. O caso de Jó não se enquadrava  na teoria de Elifaz, pois, Jó era um homem justo e, mesmo assim, estava em profundo sofrimento. Jó apelou para Deus, desejando abrir um canal de diálogo com o Todo Poderoso, para que Ele ouvisse as suas queixas. Esta é, sem dúvidas, a melhor atitude a  ser tomada, quando somos incompreendidos e acusados injustamente. Deus é o nosso juiz. 


4. A teoria do carma. A teoria de Elifaz se assemelha ao carma das religiões orientais, presente também no Espiritismo. Segundo estas religiões, o ser humano sofre, para pagar os seus erros em “vidas passadas”. Nessa teologia, não há espaço para Graça de Deus, pois, entendem que todos devem pagar pelos próprios erros, inevitavelmente. Ora, se o sofrimento fosse punição por pecados cometidos, Jesus teria sido o pior dos pecadores.

Infelizmente, esse tipo de discurso tem sido pregado até em Igrejas evangélicas, por pessoas que desconhecem a Palavra de Deus. Há pessoas que pregam que se alguém está sofrendo é porque está em pecado e Deus “está pesando a mão”. 


II. OS PECADORES NO CONTEXTO DA TRADIÇÃO RELIGIOSA


1. Uma teologia engessada pela tradição. O segundo do discurso de Elifaz se apóia na tradição religiosa (Jó 15.1-35). Elifaz acusa Jó de atentar contra a tradição religiosa vigente naquela época, que afirmava que os bons prosperam e os maus sofrem. 

Infelizmente, em nossos dias também, muitas pessoas se apegam cegamente aos dogmas de uma religião, negando a realidade ou acusando pessoas de não terem fé ou de estarem em pecado, por estarem sofrendo. Em vez de avaliarem os seus dogmas à luz da Palavra de Deus, tiram textos bíblicos do contexto, para tentarem justificar as suas teorias. Precisamos ler a Bíblia sem as lentes da nossa denominação. 

2. Jó representava uma ameaça à tradição. Em vez de questionar a falácia dos seus dogmas, Elifaz questiona a sabedoria e o conhecimento de Jó. Elifaz responde à pergunta que ele mesmo levantou, concluindo que, na verdade, Jó não é mais sábio do que eles: “Que sabes tu, que nós não saibamos? Que entendes, que não haja em nós? Também há entre nós encanecidos e idosos, muito mais idosos do que teu pai”. (Jó 15.10).

Sempre que houver confronto entre a Palavra de Deus e a tradição religiosa, devemos ficar com a Palavra de Deus. Ela é o único manual de fé e prática do cristão. (Sola Scriptura!). Não é porque a maioria defende uma teoria que ela está correta.  


3. A defesa de Jó. Jó chama os seus amigos de “consoladores molestos” (Jó 16.2). De fato, eles eram péssimos consoladores. Em vez de consolar, acusavam e torturavam psicologicamente àquele que já estava sofrendo horrores. Jó reclamou, mas, não blasfemou contra Deus. As suas palavras devem ser lidas de forma poética e não literal. Jó não estava, de forma alguma, desprezando as coisas sagradas. Ele apelava para um defensor celeste: “O meu intercessor é meu amigo, quando diante de Deus correm lágrimas dos meus olhos.” (Jó 16:20). Assim, de forma profética, Jó prenuncia a vinda de um advogado justo, que é Jesus Cristo. (1 Jo 2.1).


III. OS PECADORES DIANTE DE UM DEUS INFINITO

Em seu terceiro discurso, no capítulo 22, Elifaz apela a transcendência de Deus para atacar Jó. 

1. A transcendência de Deus. A transcendência é o conjunto de atributos de Deus, que o torna infinitamente superior a tudo o que Ele criou. A transcendência de Deus é bíblica. De fato, Deus está infinitamente acima de nós, em todos os aspectos. Ele é Onipotente, Onipresente, Onisciente, Eterno, e Autoexistente. Nós sequer conseguimos compreender a dimensão destes atributos. Elifaz não estava errado ao defender a transcendência de Deus. Ele errou ao ignorar  a imanência de Deus. (Is 57.15)

2. A imanência de Deus. Quando falamos da imanência de Deus, estamos afirmando que Ele está acessível às suas criaturas e se interessa por seus problemas. Deus jamais abandonou a criação à própria sorte. 


CONCLUSÃO


Não há dúvidas, de que há a lei da semeadura e colheita. A Bíblia mostra que aquilo que o homem semear, irá colher. Porém, não podemos nos esquecer da Graça de Deus, que é o favor imerecido, que nos dá aquilo que não merecemos. 

Em meio às lutas, sofrimentos e dificuldades, Deus está conosco. Ele não nos trata segundo os nossos pecados, pois, conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó. Deus é longânimo, misericordioso, compassivo e bom. 

Precisamos tomar cuidado ao avaliarmos as causas dos sofrimentos. 

Nem sempre o sofrimento na vida de uma pessoa é uma punição ou consequência de pecado. Pode ser uma provação para nos ensinar e nos fazer amadurecer espiritualmente.


Pb. Weliano Pires
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério do Belém

São Carlos - SP.

REFERÊNCIAS:
Revista LIÇÕES BÍBLICAS. RJ: CPAD, 4° Trimestre de 2020. 
Revista Ensinador Cristão.  RJ: CPAD, 4° Trimestre de 2020.
CHAPMAN, Milo L.; PURKISER, W. T.; WOLF, Earl C. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.55

03 novembro 2020

Parabéns, meu irmão primogênito Urbano pelos seus 51 anos!


Hoje completa mais um ano

O meu irmão Francisco Urbano

Desde criança, amigo sincero

Trabalhador de muito esmero.


Por todos era considerado

E por sua conduta respeitado

A pecuária e a agricultura

Desde cedo eram a sua cultura.


Com esforço e dedicação

Ele concluiu a sua formação

Sempre levou o estudo a sério

E com êxito fez o magistério.


Aos dezoito anos foi chamado

Para assumir o professorado

Em uma escola da Zona Rural

Fez uma carreira magistral.


Mudou-se para outra cidade

Nas trilhas da honestidade

Foi traçando a sua trajetória

E aos poucos construiu história.


Na bela cidade de Parnamirim

Uma flor enfeitou o seu Jardim

Foi a minha primeira cunhada

Por todos nós, muito estimada. 


Esta bela e sólida união

Alegrou o nosso coração

Com duas belas sobrinhas

Que são princesas minhas. 


Parabéns, meu irmão primogênito

O bom caráter lhe é congênito

O meu desejo é a sua felicidade

Paz, saúde e prosperidade!


Do seu irmão, amigo e admirador,

Weliano Pires



01 novembro 2020

Depressão, uma prisão da alma

"Tira a minha alma da prisão, para que louve o teu nome; os justos me rodearão, pois me fizeste bem". (Salmo 142.7)

A Depressão é um dos problemas sociais mais graves da atualidade. Estima-se que de 15 a 20% da população mundial sofrem deste mal. A depressão é um dos principais fatores que levam ao suicídio.

A depressão é uma doença psiquiátrica crônica, caracterizada por tristeza profunda, desesperança, baixa autoestima e sentimentos de culpa e incapacidade. Não é uma tristeza normal, caracterizada por uma circunstância adversa, ou motivação justificada. A tristeza da depressão não tem motivo e não passa.

1. Causas da depressão

A depressão é multicausal e pode ser causada por fatores internos e externos. As principais causas da depressão são:
a) Disfunção bioquímica do cérebro. (Diferenças em certas substâncias químicas no cérebro).
b) Consumo de drogas, álcool ou outras substâncias tóxicas.
c) Traumas familiares (abusos, lutos, agressões, humilhações, etc)
d) Estresse e ansiedade crônicos;
e) Disfunções hormonais, problemas na tireoide;
f) Uso indiscriminado de alguns medicamentos, como os estimulantes e emagrecedores.

2. Equívocos sobre a depressão

Há alguns pensamentos equivocados sobre a depressão, inclusive no meio religioso, por falta de conhecimento.
a) Depressão é demônio. Embora o diabo use a depressão para oprimir as pessoas e até levá-las ao suicídio, não se pode dizer que a depressão em si é uma atuação demoníaca e que a pessoa deprimida está endemoninhada.
b) Depressão é pecado. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Há crentes fiéis a Deus que ficam deprimidos.
c) Depressão é frescura ou mimimi. Quem faz uma afirmação dessa não idéia do que seja depressão.
d) Depressão é preguiça. Igualmente absurda. Não tem nada a ver. Uma pessoa trabalhadora e esperta pode ficar deprimida pelas causas citadas.

3. A depressão é uma doença
Segundo Dr. Dráuzio Varella, a depressão é uma doença psiquiátrica denominada pelo CID 10 – F33: Transtorno depressivo recorrente, que pode ser leve, moderado ou grave. Sendo uma doença, a depressão exige acompanhamento médico, pois, é necessário avaliar o grau de depressão as causas e o tratamento adequado para cada caso.

4. Recomendações para quem tem depressão e para familiares
a) Depressão é uma doença como qualquer outra.
b) A depressão não escolhe pessoa ou idade
c) Familiares e a pessoa deprimida devem manter-se informados sobre a doença, causas, características, riscos e sintomas da doença.
d) O diagnóstico precoce é o melhor caminho para qualquer doença. Com a depressão não é diferente.

5. Exemplo bíblico de depressão e o tratamento dado por Deus.

Um exemplo mais claro de um quadro de depressão na Bíblia foi o profeta Elias. (1 Reis 19.3-5). Depois de haver enfrentado o Rei Acabe e sua esposa Jezabel, em um dos quadros mais graves de apostasia generalizada, Elias foi ameaçado de morte pela rainha Jezabel e fugiu para o deserto, Lá, deitou-se debaixo de uma árvore, extremamente desanimado e pediu a Deus a morte.
Deus deu o seguinte tratamento a Elias: (1 Rs 19.7-9)
a) Encontrou-o. Deus não abandona a pessoa deprimida.
b) Ouviu-o com sensibilidade. Deus ouviu as lamentações de Elias e continua ouvindo as nossas.
c) Alimentou-o. Deus preparou uma comida fortíssima para Elias, que o encorajou a caminhar 40 dias.
d) Encorajou-o e deu-lhe novas missões. Deus não desiste de um servo seu, porque está deprimido. A jornada não termina aqui.

CONCLUSÃO

Se você está em depressão, não se culpe, não se desespere e não desista da vida. Procure orientação médica para tratar a doença. Mas, principalmente, busque ajuda em Deus. Ele te conhece como ninguém, te ama como ninguém, te entende como ninguém e jamais te abandonará.

30 outubro 2020

Estudo da Lição 5: O lamento de Jó


Culto online de ensino bíblico com o Presbítero Weliano Pires e família. 

Estudamos a lição 5, da nossa Escola Bíblica Dominical, cujo tema é: O LAMENTO DE JÓ. 

Discorremos nesta lição os seguintes pontos: 
  • O início da parte poética do Livro de Jó, que começa no capítulo 3 e vai até ao capítulo 42 e versículo 6. 
  • No auge do seu sofrimento, Jó exprime de forma poética um profundo lamento, extravasando os seus sentimentos;
  • Jó, em profunda angústia, desejou a morte como uma forma de escapar dos sofrimentos terríveis a que foi submetido. Porém, jamais falou em suicídio, ou tentou fazê-lo. Ele desejou que Deus, o autor da vida tivesse evitado o seu nascimento.
  • A lição nos apresenta três perguntas do lamento de Jó: Por que nasci? Por que não nasci morto? Por que continuo vivo? 
  • O lamento de Jó representa as pessoas que estão em situações de desespero e  não veem nenhuma saída.
Jó era um homem íntegro, justo, temente a Deus e que se desviava do mal. Mesmo assim, diante do sofrimento terrível que passou, ele fez um profundo e sincero lamento e Deus não o recriminou. Entretanto, em seu lamento, Jó não blasfemou e não tentou o suicídio. Ele desejou que Deus tivesse evitado que ele nascesse. 
Se você está sofrendo, clame ao Senhor. Busque o consolo de Deus que Ele nos ama e nos ampara nos momentos difíceis. Confiemos nele, pois, Ele sabe o que faz.

Pb. Weliano Pires
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério do Belém
São Carlos - SP

Jesus está voltando! Você está preparado?

Imagem: Pr. Antonio Júnior

O Senhor Jesus está voltando!
Será que nós estamos preparados?
Ele mandou aguardá-lo vigiando,
Para que não sejamos enganados.
 
A sua Vinda é uma realidade;
Não é, de forma alguma, fantasia.
A sua Palavra diz e é verdade;
Ele mesmo prometeu que voltaria.
 
Os anjos e os apóstolos falaram,
Que Cristo em breve retornará;
Para buscar aos que o aguardaram.
  
Será glorioso, quando Jesus voltar!
No Céu, a trombeta de Deus a estrugir
E nós subindo para no Céu morar.
 

Weliano Pires

29 outubro 2020

A tristeza de um homem de Deus


Pregação da Palavra de Deus, pelo Pb. Weliano Pires, em nossa Igreja, Sede no Culto Online do Círculo de Oração masculino. 

Tema da mensagem: 

A TRISTEZA DE UM HOMEM DE DEUS. 

28 outubro 2020

Lição 5: O lamento de Jó

 


Data: 01 de Novembro de 2020.

TEXTO ÁUREO:
“Porque antes do meu pão vem o meu suspiro; e os meus gemidos se derramam como água” (Jó 3.24).

VERDADE PRÁTICA:
“O sofrimento pode nos levar a situação de extrema angústia, mas não devemos perder a esperança no agir de Deus.”

HINOS SUGERIDOS: 256, 271 e 578 da Harpa Cristã.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Jó 3.1-26.

1 — Depois disto, abriu Jó a boca e amaldiçoou o seu dia.
2 — E Jó, falando, disse:
3 — Pereça o dia em que nasci, e a noite em que se disse: Foi concebido um homem!
4 — Converta-se aquele dia em trevas; e Deus, lá de cima, não tenha cuidado dele, nem resplandeça sobre ele a luz!
5 — Contaminem-no as trevas e a sombra da morte; habitem sobre ele nuvens; negros vapores do dia o espantem!
6 — A escuridão tome aquela noite, e não se goze entre os dias do ano, e não entre no número dos meses!
7 — Ah! Que solitária seja aquela noite e suave música não entre nela!
8 — Amaldiçoem-na aqueles que amaldiçoam o dia, que estão prontos para fazer correr o seu pranto.
9 — Escureçam-se as estrelas do seu crepúsculo; que espere a luz, e não venha; e não veja as pestanas dos olhos da alva!
10 — Porquanto não fechou as portas do ventre, nem escondeu dos meus olhos a canseira.
11 — Por que não morri eu desde a madre e, em saindo do ventre, não expirei?
12 — Por que me receberam os joelhos? E por que os peitos, para que mamasse?
13 — Porque já agora jazeria e repousaria; dormiria, e, então, haveria repouso para mim,
14 — com os reis e conselheiros da terra que para si edificavam casas nos lugares assolados,
15 — ou com os príncipes que tinham ouro, que enchiam as suas casas de prata;
16 — ou, como aborto oculto, não existiria; como os crianças que nunca viram o luz.
17 — Ali, os maus cessam de perturbar; e, ali, repousam os cansados.
18 — Ali, os presos juntamente repousam e não ouvem a voz do exator.
19 — Ali, está o pequeno e o grande, e o servo fica livre de seu senhor.
20 — Por que se dá luz ao miserável, e vida aos amargurados de ânimo,
21 — que esperam o morte, e ela não vem; e cavam em procura dela mais do que de tesouros ocultos;
22 — que de alegria saltam, e exultam, achando a sepultura?
23 — Por que se dá luz ao homem, cujo caminho é oculto, e a quem Deus o encobriu?
24 — Porque antes do meu pão vem o meu suspiro; e os meus gemidos se derramam como água.
25 — Porque o que eu temia me veio, e o que receava me aconteceu.
26 — Nunca estive descansado, nem sosseguei, nem repousei, mas veio sobre mim a perturbação.

COMENTÁRIO

RELEMBRANDO A LIÇÃO ANTERIOR

Estudamos na lição passada, O DRAMA DE JÓ, com os seguintes pontos: 
  • A tragédia de natureza econômica: Jó foi atingido tanto na esfera comercial quanto na esfera do campo;
  • A tragédia de natureza familiar: Jó perdeu dez filhos em um só dia e, para piorar, a sua esposa o aconselhou a abandonar a fé em Deus e morrer;
  • A tragédia de natureza física e psicológica: Além de perder bens e familiares, a tragédia atingiu a saúde física e mental de Jó.

NESTA LIÇÃO ESTUDAREMOS: O LAMENTO DE JÓ

Veremos nesta lição os seguintes pontos: 

  • O início da parte poética do Livro de Jó, que começa no capítulo 3 e vai até ao capítulo 42 e versículo 6. 
  • No auge do seu sofrimento, Jó exprime de forma poética um profundo lamento, extravasando os seus sentimentos;
  • Jó, em profunda angústia, desejou a morte como uma forma de escapar dos sofrimentos terríveis a que foi submetido. Porém, jamais falou em suicídio, ou tentou fazê-lo. Ele desejou que Deus, o autor da vida tivesse evitado o seu nascimento.
  • A lição nos apresenta três perguntas do lamento de Jó: Por que nasci? Por que não nasci morto? Por que continuo vivo? 
  • O lamento de Jó representa as pessoas que estão em situações de desespero e  não veem nenhuma saída.

I. PRIMEIRO LAMENTO DE JÓ: POR QUE NASCI? (3.1-10)

Este primeiro lamento de Jó revela o seu desejo de esquecer o dia em que ele nasceu. Embora esta pergunta não esteja registrada diretamente no lamento de Jó, analisando as suas palavras é possível perceber que foi isso que ele quis dizer. 
1. “Por que nasci?”. Jó não blasfemou contra Deus, conforme o inimigo sugeriu que ele faria. Também não atribuiu a Deus nenhuma falta. Mas, no auge do seu desespero, de forma poética, Jó amaldiçoou o dia do seu nascimento, questionando a razão de haver nascido, para sofrer tanto. O profeta Jeremias também, diante de intenso sofrimento, amaldiçoou o dia do seu nascimento. (Jr 20.14-18).
Em nossos dias também há muitas pessoas que diante do sofrimento desejariam nem tem nascido. Mas, é importante lembrarmos que Deus é o dono da vida. Cabe a ele decidir quem nasce. É por isso que somos radicalmente contra o aborto.
2. Que em lugar da memória viesse o esquecimento. Jó desejou que em vez de celebração pelo dia do seu nascimento, deveria haver esquecimento. Ele usa o estilo literário da poesia, para extravasar os seus sentimentos de profunda angústia. Os sentimentos de Jó, expressos neste lamento, mostram que ele estava em profunda depressão. É natural, em uma situação dessa, a pessoa perder a auto estima e perder a vontade de de viver. 
3. Que em vez da ordem viesse o caos. Jó utiliza a figura do tenebroso animal marinho, chamado leviatã, para expressar o momento terrível em que estava vivendo. É como se alguém despertasse este terrível animal e fosse por ele perseguido.
Em sua poesia, Jó deseja que Deus não tivesse feito aquele dia, pois, dessa forma, ele não teria nascido para sofrer tanto. 
O comentarista chama a atenção para o Novo Testamento, que nos mostra que nos momentos de angústia e aflição, devemos colocar os nossos lamentos perante o Senhor aos pés da cruz. Ele cita o caso de Maria, irmã de Lázaro, que disse a Jesus que “se Ele estivesse lá, o seu irmão teria morrido.” (Jo 11.32). Mas, é interessante lembrar que Jó não tinha esta compreensão e esperava em Deus somente nesta vida. O apóstolo Paulo disse que “se esperarmos em Cristo somente nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” (1 Co 15.19). 

II. SEGUNDO LAMENTO DE JÓ: POR QUE NÃO NASCI MORTO? (3.11-19)

Neste segundo lamento, Jó revela o seu desejo de ter sido abortado. Ele questiona porque os joelhos a parteira e os peitos que o amamentaram não falharam. A partir do versículo 11, Jó deixa de amaldiçoar e passa a reclamar. 
1. Descansando em paz. Diante de tantos sofrimentos e perdas, Jó desejou ter nascido morto, pois, teria sido poupado de tanto sofrimento. Os sofrimentos, muitas vezes nos impedem de raciocinar. Jó vivera muitos momentos bons e de felicidade, antes deste momento dramático em que estava vivendo. Ele foi feliz e fez muita gente feliz. Mas, o sofrimento o fez esquecer de tudo isso e desejar nem ter nascido. 
Embora Jó ainda não tivesse conhecimento da ressurreição dos mortos, ele tinha a concepção de que a morte seria um descanso para o seu imenso sofrimento. Muitas pessoas hoje, diante do sofrimento, também pensam a mesma coisa: É melhor morrer do que continuar sofrendo. Mas, é importante lembrar que a morte só é melhor se a pessoa que está sofrendo morrer com Cristo. Mesmo sofrendo muito, se a pessoa morrer sem Cristo, a sua situação será infinitamente pior. É importante lembrar que ninguém será salvo por causa do sofrimento. 
2. Livre de tribulações. Quanto mais aumenta o sofrimento de Jó, mais ele continua com o seu argumento de que se não existisse, seria melhor. A palavra hebraica traduzida por “natimorto”, ou “aborto oculto”, é “nephel” e refere-se a um aborto espontâneo e não um aborto provocado. Em momento algum, Jó defende a prática do aborto como forma de evitar o sofrimento. Ele desejou que Deus, como dono da vida, tivesse evitado que ele viesse ao mundo.
3. Uma realidade para o cristão. Ao contrário do que dizem os pregadores da teologia da prosperidade, o Novo Testamento nos ensina que nesta vida o cristão passa por muitas tribulações, aflições, perseguições e até morte por amor a Cristo. (João 16.33; Filipenses 4.11,12; 1 Timóteo 3.8,9). 

III. TERCEIRO LAMENTO DE JÓ: POR QUE CONTINUO VIVO? (3.20-26)

1. Vale a pena viver? No versículo 20, Jó pergunta "Por que se dá ao miserável e vida aos amargurados de ânimo?". A palavra hebraica "anel" refere-se a alguém atribulado pela miséria, a ponto de não conseguir realizar as suas atividades. Com isso, Jó estava dizendo que a sua vida se tornou insuportável. 
A vida é um dom de Deus. Cabe única e exclusivamente a Ele, decidir o dia de nascer e de morrer. Por isso, somos contra o aborto e a eutanásia. Não podemos aceitar a ideia de que a vida de quem sofre ou dos miseráveis deve ser interrompida. Deus está no controle de tudo e Ele sabe se momento certo de colocar fim em nossa casa existência terrena. 
2. Sem o favor de Deus? Jó pergunta também, "por que se dá luz ao homem, cujo caminho é oculto e quem Deus o encobriu?". A palavra hebraica traduzida por caminho é "dereke" e refere-se ao caminho da sabedoria de Deus, que conduz à vida. Por isso, Jó não entendia o fato de Deus ter escolhido para ele o sofrimento. Ainda hoje, muitas pessoas fazem este questionamento: por que um Deus que é bom e ama o ser humano, permite o sofrimento?
3. Um caminho de sabedoria e maturidade. Nem sempre iremos compreender as ações de Deus e as suas razões. Mas, devemos confiar total e incondicionalmente nele. A fé é exatamente isso, a confiança inabalável em Deus, sabendo que Ele é fiel e sabe o que faz. 

CONCLUSÃO

Lamentar e chorar, diante do sofrimento não é falta de fé. Até Jesus chorou e ficou profundamente angustiado. Muitas pessoas tentam abafar o lamento, para não parecerem fracas diante das  adversidades. Mas, isso não faz bem ao corpo, nem à alma. 
Jó era um homem íntegro, justo, temente a Deus e que se desviava do mal. Mesmo assim, diante do sofrimento terrível que passou, ele fez um profundo e sincero lamento e Deus não o recriminou. Entretanto, em seu lamento, Jó não blasfemou e não tentou o suicídio. Ele desejou que Deus tivesse evitado que ele nascesse. Elias também, diante da perseguição implacável de Jezabel, desejou a morte. Mas, neste momento Deus o confortou.
Se você está sofrendo, clame ao Senhor. Busque o consolo de Deus que Ele nos ama e nos ampara nos momentos difíceis. Confiemos nele, pois, Ele sabe o que faz. 

Pb. Weliano Pires
Igreja Evangélica Assembleia de Deus
Ministério do Belém
São Carlos - SP. 

REFERÊNCIAS
Revista LIÇÕES BÍBLICAS. RJ: CPAD, 4° Trimestre de 2020. 
Revista Ensinador Cristão.  RJ: CPAD, 4° Trimestre de 2020.
CHAPMAN, Milo L.; PURKISER, W. T.; WOLF, Earl C. (et al). Comentário Bíblico
Beacon: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.34).


AS TRÊS ARMAS ESPIRITUAIS DO CRISTÃO

(Comentário do 2º tópico da Lição 06: As nossas armas espirituais)  Ev. WELIANO PIRES No segundo tópico, descreveremos as três princip...