28 setembro 2024

A MULHER É CHAMADA POR DEUS PARA SER RELEVANTE NO MUNDO

(Comentário do 3º tópico da Lição 13: Ester, a portadora de boas novas) 


Ev. WELIANO PIRES


No terceiro tópico, veremos que a mulher é chamada por Deus para ser relevante neste mundo. Ester foi uma mulher que se notabilizou primeiro por sua obediência a Mardoqueu. Depois, pela sua humildade, prudência, equilíbrio e honra ao rei. Veremos também que Deus não apoia a famigerada guerra dos sexos, promovida pelo feminismo. Por último, falaremos de algumas mulheres  notáveis na história da Igreja, que exerceram papéis importantes na Obra de Deus sem, no entanto, desonrar a liderança concedida por Deus ao homem. 


1- Uma mulher notável. A parceria de Ester e Mardoqueu foi fundamental para a sobrevivência dos judeus no Império Persa. Evidentemente, tudo isso aconteceu pela providência divina, que sempre preservou o povo de Israel em todas as circunstâncias adversas, pois havia a promessa incondicional de Deus de, através deste povo, trazer o Messias ao mundo. Se olharmos para o Livro de Ester, fica a dúvida sobre quem seria o personagem principal, Mardoqueu ou Ester. Isto porque, logo após a deposição de Vasti do posto de rainha, o Livro de Ester menciona primeiro Mardoqueu, dizendo que ele criara a sua prima Hadassa, que era Órfã. Depois, menciona que foi dele todo o protagonismo para que ela se tornasse a rainha da Pérsia. Por fim, o Livro de Ester termina falando da exaltação de Mardoqueu. 


Ester também teve papel fundamental em todo o processo de livramento dos judeus. Foi ela quem arriscou a própria vida para falar com o rei, no momento mais crítico, quando saiu o decreto com a sentença de morte de todos os judeus. Foi Ester também que teve toda a habilidade e coragem para denunciar Hamã ao rei no momento certo, com palavras sábias e total reverência ao rei. Por último, foi Ester quem falou ao rei para revogar o decreto após a morte de Hamã e conseguiu o direito de defesa para os judeus. Enfim, as atitudes e qualidades de Ester são muitas. 


Ambos, como vimos, foram muito importantes para a preservação dos judeus. Os dois foram usados por Deus, cada um em sua posição. Mas, o mais importante é que, em momento algum, houve inversão dos papéis de homem e mulher, nem tampouco disputa entre eles. Mardoqueu, mesmo sendo homem e pai adotivo de Ester, nunca se impôs sobre ela e a respeitou como rainha em todo o tempo. Ester, por sua vez, depois que se tornou rainha, manteve a humildade e a amabilidade para com todos. Ela conquistava a todos por onde passava e não deixava que o poder lhe subisse à cabeça. Como rainha, ela respeitou e honrou o rei. Respeitava também a Mardoqueu e nunca esqueceu as suas origens judaicas. Por isso, com humildade e reverência para com o rei, ela sempre conseguiu o que precisava da parte dele. A Bíblia diz que “a mulher sábia edifica a sua casa, mas a tola a derruba com as próprias mãos.” (Pv 14.1). Ester era o oposto de Vasti, que em sua arrogância e insubmissão ao rei, foi deposta do cargo de rainha. 


2- A banal “guerra dos sexos”. Quando falamos de guerra dos sexos é uma referência às disputas tolas entre homens e mulheres. Neste aspecto, há dois movimentos antagônicos que instigam esta disputa, ao longo da história e ambos contrariam a vontade de Deus: o machismo e o feminismo. O machismo surgiu desde os primórdios da humanidade. Este movimento defende que o homem é superior à mulher, que a mulher é um ser humano de uma categoria inferior e pode inclusive ser agredida pelo homem. O feminismo surgiu como reação a esta opressão. Inicialmente, era  um movimento em defesa dos direitos das mulheres, mas se transformou em um movimento de extrema esquerda, que  é totalmente contrário aos padrões familiares bíblicos, ataca ferozmente a família, os homens e o Cristianismo.


Estes dois pensamentos contrariam o padrão de Deus. O homem não é superior à mulher e vice-versa. Deus criou o homem e a mulher, à sua imagem, conforme a sua semelhança. Ambos são iguais em valor, honra e respeito. Entretanto, são diferentes na estrutura física, emocional e nos papéis na família. Homem e mulher não foram criados para serem competidores entre si e sim para se completarem. Deus confiou ao homem a liderança da família e deu à mulher o papel de auxiliadora nesta missão. Isso, no entanto, não faz do homem um ser superior, pois o modelo bíblico de liderança é caracterizado pelo servir e pelo sacrificar-se. O pastor, por exemplo, é um líder da Igreja. Mas em lugar algum a Bíblia diz que ele é superior à Igreja. 


3- O contexto cristão. Neste subtópico, o comentarista destaca o papel da mulher no contexto cristão e menciona várias mulheres que foram importantes na história da Igreja de modo geral e na história da Assembleia de Deus. Na história da Igreja ele menciona cinco mulheres, que tiveram papéis relevantes em seu tempo:


a) Catarina von Bora. Foi uma freira alemã, que se casou com o reformador Martinho Lutero e ficou conhecida como a primeira dama da Reforma Protestante. Ela não foi simplesmente a esposa de um teólogo. Foi uma corajosa mulher que estudou os escritos de Lutero e se convenceu dos princípios da Reforma Protestante. Ela fugiu do convento e poderia ter acabado na fogueira como muitos da sua época. 


b) Susannah Wesley. Esposa de um pastor anglicano, criou 19 filhos, entre eles os irmãos Charles e John Wesley. Susannah exerceu grande influência na educação cristã dos seus filhos e é considerada a mãe do metodismo. John Wesley chegou a dizer que aprendeu muito mais com a sua mãe, que com os teólogos. Não era um elogio exagerado. Ela, de fato, era uma grande educadora e teóloga, muito à frente do seu tempo. 


c) Sarah Kalley. Missionária inglesa no Brasil, casada com o Dr. Robert Kalley, Sarah foi uma mulher de Deus, dedicada à obra missionária e ao ensino bíblico. Sarah ministrou a primeira aula bíblica para crianças no Brasil e criou a primeira Escola Dominical em nosso país, em Petrópolis, no Rio de Janeiro. 


d) Corrie ten Boom. Era uma missionária holandesa, a caçula de quatro filhos de uma família que pertencia à Igreja Reformada. Corrie estudou teologia e escreveu a sua tese sobre antisemitismo racial. Durante a Segunda Guerra Mundial, ela construiu uma parede falsa em sua casa, para abrigar clandestinamente judeus, e salvou centenas deles dos nazistas. Ela foi traída por um cidadão holandês e a família inteira acabou sendo presa pelos nazistas. Corrie sobreviveu ao Nazismo e depois iniciou um ministério mundial. 


e) Ruth Graham. Filha de um casal de médicos missionários americanos, que fazia missão na China, Ruth esteve também com a família no campo missionário em Xangai, que na época enfrentava uma guerra civil e depois foi à Coreia do Norte, completar os estudos. De volta aos Estados Unidos, casou-se com o jovem evangelista Billy Graham, tornando-se o grande suporte de seu ministério evangelístico por mais de cem países. 


Na história da Assembleia de Deus, foram mencionadas dez mulheres que tiveram grande relevância na história da nossa denominação no Brasil:


a) Celina Martins Albuquerque. Era membro da Igreja Batista de Belém e professora da Escola Dominical. Celina creu na Doutrina Pentecostal pregada pelos missionários suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren. Ela foi curada de uma enfermidade incurável e depois disso, começou a orar em sua casa com a amiga Maria de Nazaré, para ser batizada no Espírito Santo. Foi a primeira brasileira a receber o revestimento de poder. Por causa disso, foi expulsa da Igreja Batista com 19 irmãos, inclusive os missionários. Em sua casa começou a Missão da Fé Apostólica, que depois se tornou a Assembleia de Deus. 


b) Lina Nyström. Carolina Josefina Berggren, conhecida como Lina Nyström, era missionária sueca e esposa do pastor Samuel Nyström. Era enfermeira e depois de ser batizada no Espírito Santo, recebeu a chamada de Deus para a obra missionária. Após o casamento foi enviada com o marido pela Igreja Batista da Suécia ao Brasil. Trabalharam muito na evangelização da Amazônia e depois em outros estados do Brasil. 


c) Zélia Brito Macalão. Esposa do pastor Paulo Leivas Macalão, foi missionária, musicista e trabalhou na evangelização de casas de detenção junto com a missionária Frida Vingren. Escreveu também vários artigos para o Jornal Mensageiro da Paz. 


d) Frida Vingren. Frida Strandberg, era enfermeira, jornalista, poetisa, musicista, compositora, tradutora e missionária sueca. Veio ao Brasil e casou-se com o missionário Gunnar Vingren. Aqui, foi acometida de várias enfermidades e sofreu muitas tribulações. Em situações muito dolorosas escreveu belíssimos hinos da Harpa Cristã e traduziu outros. Trabalhou muito na evangelização, ensino bíblico, na produção de literatura e nos órgãos de imprensa da Assembléia de Deus. 


e) Signe Carlson. Recém casada com o jovem pastor Joel Carlson, o casal foi enviado pela Igreja Batista da Suécia para apoiar o trabalho missionário no Brasil. Depois de nove meses no Brasil, foram enviados pelo missionário Gunnar Vingren para dar continuidade ao trabalho em Recife/PE, iniciado por Adriano Nobre. Este casal enfrentou muitas dificuldades em Pernambuco, mas fizeram um grande trabalho naquele estado, onde foram pioneiros da Assembleia de Deus e eram muito queridos. 


f) Elisabeth Nordlund. Missionária sueca, veio ao Brasil com o esposo Gustav Nordlund. Permaneceram por nove meses em Belém/PA aperfeiçoando o conhecimento do nosso idioma, recebendo instruções culturais e sobre a evangelização. Foram enviados ao Rio Grande do Sul e foram os pioneiros da Assembleia de Deus gaúcha, permanecendo por 30 anos na liderança da Igreja. 


g) Florência Silva Pereira. Devido à escassez de obreiros, em 1943, o missionário Aldo Petterson enviou a irmã Florência, que era zeladora da Igreja, para a cidade de Alagoinhas/BA, para dar suporte ao trabalho naquele local. Além de dirigir o trabalho por um tempo, a irmã Florência construiu o primeiro templo daquela cidade. Depois dirigiu um campo com seis igrejas no estado de Sergipe, onde abriu trabalhos e construiu outros dois templos. 


h) Albertina Bezerra Barreto.  A irmã Albertina foi a fundadora do Círculo de Oração no Brasil. A sua filha Zuleide não andava nem falava e, segundo os médicos, não passaria dos oito anos de vida. Ela reuniu um grupo de irmãs em sua casa para orar pela filha. Durante o período de oração, ela recebeu uma profecia de que a filha seria curada. A menina recebeu a cura e viveu até aos 49 anos. Este acontecimento deu origem ao Círculo de Oração em nossas Igrejas. 


i) Ruth Doris Lemos. A missionária norte-americana Ruth Doris Lemos era casada com o pastor João Kolenda Lemos. Ele era gaúcho e foi aos Estados Unidos estudar teologia. Lá conheceu a irmã Doris, casaram-se e depois retornaram ao Brasil. Ela era formada em pedagogia, música e teologia. A irmã Doris e o esposo João Kolenda foram pioneiros do ensino teológico pentecostal no Brasil e fundaram o renomado Instituto Bíblico da Assembléia de Deus (IBAD) em Pindamonhangaba/SP, que é uma referência no ensino teológico no Brasil. 


J) Wanda Freire Costa. Esposa do Pr. José Wellington Bezerra da Costa, acompanhou o marido em vários trabalhos que ele exerceu no Ministério do Belém em São Paulo, como pastor local, pastor setorial, secretário do Ministério, vice-presidente e presidente do Ministério do Belém, Presidente da Convenção estadual, vice-presidente e presidente da Convenção Geral. O casal criou e educou quatro filhos, que são todos pastores, e duas filhas, uma é coordenadora geral do Departamento infantil da Igreja e deputada estadual, e a outra é vereadora da capital paulista. A irmã Wanda coordenou o Círculo de Oração do Ministério do Belém por muitos anos e criou a UMADEB (União de Esposas de Ministros das Assembleias de Deus). 


Estas são apenas algumas das mulheres notáveis que se destacaram na história da Igreja. Mas, há muitas outras que trabalharam e trabalham incansavelmente na Obra do Senhor e não são muito conhecidas, cujos trabalhos serão conhecidos na eternidade. Quem de nós não conheceu mulheres do círculo de oração e esposas de obreiros que deram suporte à Igreja na oração? E as inúmeras professoras da Escola Dominical, começando pelas classes infantis e depois adolescentes e juvenis? Falta-nos espaço e tempo para fazer referência a tantas mulheres de Deus que dedicam às suas vidas a obra de Deus.


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág. 42.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.843; 846. 

27 setembro 2024

RESUMO DAS LIÇÕES BÍBLICAS DO 3° TRIMESTRE DE 2024


Ev. WELIANO PIRES 

Graças a Deus chegamos ao final de mais um trimestre de estudos em nossa Escola Bíblica Dominical. Estudamos o tema: O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. O comentarista foi o pastor Silas Rosalino de Queiroz, pastor na Assembleia de Deus em Ji-Paraná (RO) e procurador-geral no mesmo município. Pr. Silas Queiroz é jornalista e membro do Conselho de Comunicação e Imprensa da CGADB. Especialista em Direito Público, Direito Processual Civil e Docência Universitária, formado em Direito pela Universidade Luterana do Brasil. É também bacharel em Teologia pela Faculdade de Teologia Logos (FAETEL).

Estudamos neste trimestre, os dois livros históricos da Bíblia, que levam o nome de mulheres e têm mulheres como personagens principais, que são os livros de Rute e Ester. Estas duas mulheres viveram em épocas e contextos muito diferentes, mas nos dois casos, temos duas mulheres de fé, cujas ações fizeram a diferença em sua geração e repercutiram também nas gerações futuras. A história destas duas servas de Deus tem muito a ensinar à nossa geração, que tem sido influenciada pelo movimento feminista, com a idéia de empoderamento feminino e disputas entre homens e mulheres.


RESUMO DAS LIÇÕES


Lição 1: Duas importantes mulheres na história de um povo


Nesta primeira lição, fizemos uma breve introdução ao tema que será estudado no trimestre. Apresentamos um breve histórico de Rute e também de Ester. Depois falamos a respeito de mulheres de Deus que foram protagonistas na história bíblica e na história da Igreja. Entretanto, estas mulheres sempre cumpriram o seu papel de mulher e não usurparam o papel do homem. Por último, falamos sobre a importância da educação familiar, tomando como exemplo o caso de Ester, que era órfã de pai e mãe e foi bem educada por Mardoqueu, o seu primo e pai adotivo. 


Lição 3: Rute e Noemi: Entrelaçadas pelo Amor


Nesta lição falamos da emocionante história de amizade, lealdade e superação de Rute e Noemi, respectivamente, nora e sogra. 

Falamos sobre a proposta de Noemi às suas noras, após as mortes do seu esposo Elimeleque, e dos seus dois filhos, Malom e Quiliom. Noemi não apelou para os sentimentos das suas noras, mas expôs-lhes a dura realidade e propôs que elas voltassem para os seus parentes. 

Na sequência, vimos a convicção amorosa de Rute, que foi muito mais forte que a sua própria vida. Órfa, a outra nora de Noemi, acatou o conselho da sogra e retornou ao seu povo. Rute,  porém, jurou perante a sua sogra que nada, além da morte, iria separá-las. 

Por último vimos a fé fervorosa de Rute, que declarou à sua sogra: “O teu Deus será o meu Deus.” A fé desta jovem moabita é uma fé que foi inspirada na vida e na crença da sua sogra. A Bíblia nos mostra a profunda sensibilidade espiritual das mulheres. Elas foram as primeiras a crerem na ressurreição de Jesus. 


Lição 4: O encontro de Rute com Boaz


Nesta lição vimos o início da bela história de amor entre Rute e Boaz. Rute foi trabalhar exatamente nos campos de Boaz, um parente do esposo de Noemi, que era um homem próspero e era o remidor da família. Boaz era um homem honrado, respeitador e temente a Deus.

Falamos de Boaz como o remidor da família de Noemi. Boaz tinha muitos trabalhadores em seu plantio de trigo e cevada. Falamos também das prescrições da Lei Mosaica sobre o “Goel” e “Levir”, respectivamente, a Lei do Resgatador e a do Levirato. Por último, falamos do temor a Deus e do respeito ao próximo, demonstrados nas palavras de Boaz.

Falamos também do carinho de Boaz para com a Rute. Boaz era um homem temente a Deus, que tratava a todos com ternura e respeito. Deus fez com que ele desse um tratamento diferenciado àquela jovem estrangeira. O proceder de Rute foi determinante para as portas se abrirem para ela.  Boaz tinha sensibilidade e espiritualidade. Era também um cavalheiro, educado e que respeitava as pessoas de condição inferior.

Por fim, falamos da colheita de Rute e sua sobrevivência na terra de Israel. Rute semeou amor e lealdade à sua sogra, e fidelidade a Deus. Por causa disso, experimentou a mão invisível do Deus da providência agindo em seu favor. Falamos também sobre os “acasos” de Deus. Rute foi trabalhar, aparentemente, por acaso, nos campos de Boaz, mas isso foi providência de Deus, que é soberano e está no controle de todas as coisas. Rute colheu não apenas cereais em abundância, mas também encontrou o remidor da família e entrou para a genealogia do Messias. 


Lição 5: O casamento de Rute e Boaz: A remição da família


Na lição passada, falamos do casamento de Rute e Boaz, que foi o desfecho final da história de Rute e a conclusão da remição da família de Noemi. Esta história começa com a fome e o sofrimento da família de Elimeleque, por causa da sua morte e dos seus dois filhos. Mas termina com dois eventos marcantes: o casamento de Rute e Boaz, e o nascimento de Obede. 

Falamos do compromisso de Boaz para com Rute de casar com ela. Rute poderia ter outras oportunidades fora de casa, mas preferiu ficar no lugar da bênção, sob a liderança de sua sogra Noemi, que elaborou um plano para aproximar Rute e Boaz. O caráter santo e justo de Rute e Boaz, levou-os a respeitar o processo e esperar o momento certo para terem qualquer intimidade. 

Vimos também os detalhes do casamento de Boaz e Rute. Boaz estava decidido a se casar com Rute, mas havia um obstáculo, que era a preferência do parente mais próximo. Respeitando o processo, Boaz foi falar com o titular da remição da família. O casamento de Boaz com Rute ressalta o papel da liderança masculina que pressupõe atitude, amor responsável e honra à mulher.

Por fim, falamos da remição da linhagem de Davi. Rute e Boaz geraram a Obede, que foi o avô do rei Davi e permitiu a continuidade da descendência de Noemi e Elimeleque. Esta linda história de amor entre um israelita próspero e uma pobre estrangeira é também um tipo do relacionamento de Cristo com a sua Igreja. 


Lição 6: O livro de Ester


Nesta lição estudamos sobre o Livro de Ester. Fizemos um estudo panorâmico deste Livro, trazendo as informações referentes à posição do Livro na Bíblia Hebraica e na Bíblia Cristã, a autoria e data da redação, o contexto dos fatos narrados e a mensagem do Livro de Ester. 

Vimos a categorização do livro de Ester, apresentando a sua posição na Bíblia Hebraica e na Bíblia Cristã. Falamos das características literárias do livro de Ester que são historicidade objetiva e o estilo menos dialógico. Por último, vimos as informações referentes à autoria e data da composição desta obra. 

Na sequência, falamos do exílio do povo hebreu. Vimos um resumo dos cativeiros da Assíria e da Babilônia, até chegar ao Império Persa. Por último, falamos do fim do exílio e do período pós-exílio. 

Por fim, falamos da mensagem do Livro de Ester. Vimos a providência divina, para salvar o seu povo do extermínio. Falamos também da falsa estabilidade dos judeus que decidiram permanecer na Pérsia após o fim do cativeiro. Por último, falamos da instituição da festa de Purim para comemorar o livramento dado aos judeus. 


Lição 7: A deposição da rainha Vasti e a ascensão de Ester


Nesta lição, vimos o contraste entre duas mulheres: a rainha Vasti e a jovem judia Ester. A rainha Vasti foi deposta do posto de rainha por desobedecer a uma ordem expressa do rei para que comparecesse ao palácio. Ester, uma jovem judia, órfã de pai e mãe, tornou-se rainha por obedecer às orientações do seu primo e pai adotivo, Mardoqueu. 

Falamos do banquete do rei Assuero e da recusa da rainha Vasti a participar deste. Trouxemos algumas informações biográficas do rei Assuero e os detalhes do banquete que ele ofereceu a todos os nobres do seu reino e chefes das províncias, a fim de mostrar-lhes as grandezas do seu reino. Falamos também de dois banquetes oferecidos: um que foi oferecido publicamente pelo rei Assuero  a todo o povo de Susã. Por último, falamos do convite do rei Assuero à rainha Vasti, para que viesse ao palácio com a coroa real, para que os seus nobres vissem a sua beleza. 

Na sequência, vimos os detalhes da recusa da rainha Vasti a comparecer ao banquete, descumprindo a ordem do rei, que culminou na sua deposição do posto de rainha. Falamos da aplicação da lei contra Vasti. O rei ficou furioso com a recusa de Vasti, mas suportou o constrangimento público e consultou submeteu o caso aos sábios do palácio. Por último, falamos da sentença proferida com base no conselho de Memucã, um dos sábios que recomendou ao rei a deposição da rainha.

Finalmente, vimos os detalhes da ascensão de Ester, ao posto de rainha do império persa. O processo de sucessão da rainha Vasti durou cerca de quatro anos. Não havia restrições legais quanto à origem étnica e racial das candidatas ao posto de rainha da Pérsia. A única exigência era que fossem virgens e belas. Mesmo assim, Mardoqueu orientou Ester a que não revelasse as suas origens judaicas e ela obedeceu.


Lição 8: A resistência de Mardoqueu


Nesta lição, vimos a história de conspiração, lealdade e ódio, envolvendo dois personagens importantes do Livro de Ester: Mardoqueu e Hamã. Mardoqueu era um judeu que trabalhava no palácio do rei Assuero e descobriu um plano para assassinar o rei. Hamã era descendente de Agague, rei dos amalequitas, que odiava o povo judeu e acabou sendo exaltado ao cargo mais importante do império persa. Inicialmente, vimos os detalhes da descoberta de um plano para assassinar o rei Assuero. Mardoqueu descobriu este plano, revelou-o a Ester, que transmitiu a informação ao rei. O rei mandou executar os conspiradores. O caso foi registrado nas crônicas do rei, mas Mardoqueu acabou sendo esquecido. 

Em seguida, falamos da exaltação de Hamã, um descendente dos amalequitas, que odiava os judeus. O ato heróico de Mardoqueu e a sua lealdade ao rei caíram no esquecimento. Entretanto, ele continuou as suas funções e não se abalou emocionalmente. 

Por fim, vimos a resistência de Mardoqueu a se curvar diante de Hamã. Isso provocou um ódio mortal por parte de Hamã, a ponto de resolver exterminar todo o povo judeu, que vivia na Pérsia. Este ódio era motivado por inimizades intergeracionais, pois Hamã era descendente dos amalequitas e Mardoqueu era israelita. 


Lição 9: A conspiração de Hamã contra os judeus


Na lição, vimos os detalhes do plano diabólico de Hamã para exterminar todo o povo judeu do império persa. Com base nessa tentativa de Hamã, de eliminar o povo judeu, falamos também do ódio ao povo judeu ao longo da história, e do antissemitismo atual.

Falamos do plano odioso de Hamã. Era um plano maligno, baseado em intrigas e patologias do poder. Falamos também da extensão do plano de Hamã, que incluía não apenas os judeus que viviam em Susã, mas de todas as províncias do Império Persa, inclusive os que haviam voltado a Jerusalém. Por último, falamos da astúcia e oportunismo de Hamã, que escondeu as suas reais motivações perante o rei, para convencê-lo a autorizar o extermínio dos judeus.

Na sequência, falamos da tristeza de Mardoqueu, de Ester e dos judeus, após o rei determinar o extermínio completo do povo judeu. Por um lado, Assuero e Hamã bebiam após terem enviado cartas às províncias, determinando o extermínio dos judeus. Por outro lado, Mardoqueu, Ester e todo o povo judeu se encheram de tristeza e se uniram em lamentação, oração e jejum, por livramento. 

Finalmente, falamos do perigo e da crueldade do antissemitismo moderno, mostrando as três faces do antissemitismo ao longo da história: nacional, religioso e racial. Por último falamos do ressurgimento do antissemitismo na atualidade. Após os ataques do grupo terrorista Hamas contra Israel, com requintes de crueldade, assistimos ao renascimento do ódio aos judeus em várias partes do mundo, inclusive no Brasil. 


Lição 10: O plano de livramento e o papel de Ester


Nesta lição, vimos o papel de Mardoqueu e Ester, para fazer o rei voltar atrás no decreto de eliminação total dos judeus. Mardoqueu rasgou as suas vestes, vestiu-se de saco, saiu pelas ruas clamando em alta voz e apresentou a Ester um plano para livrar os judeus. Ester não tinha permissão para falar com o rei e o plano era muito arriscado. Por isso, Ester resolveu buscar a Deus em oração e jejum, antes de colocar o plano em ação. 

Inicialmente, falamos do perigoso plano de Mardoqueu e o temor de Ester. Falamos do lamento, choro e compadecimento de Mardoqueu e dos judeus, por causa da sentença de morte que estava decretada. Na sequência, falamos do obstáculo real que havia para Ester falar com o rei, pois

ela não tinha permissão para falar com o rei naquele dia e corria o risco de morte, se assim o fizesse. Por último, falamos da relação entre autoritarismo e morte. Assuero foi assassinado, oito anos após os eventos narrados no Livro de Ester. Decisões autoritárias produzem muitos inimigos e nenhum ditador está livre de atentados. 

Em seguida, vimos que Mardoqueu convenceu Ester da gravidade da situação. Falamos da importância de confiar na providência divina. Ester jejuou junto com as suas criadas e pediu a Mardoqueu que fizesse o mesmo, junto com o povo. Na sequência, vimos que devemos colocar Deus em primeiro lugar e depois apelar para o homem.  Antes de falar com o rei, Ester buscou a Deus. Por último, vimos que confiar em Deus não é tentá-lo. Ester sabia que não tinha permissão para entrar na presença do rei naquele momento e se desobedecesse poderia ser executada. 

Por fim, falamos do plano de Ester para falar com o rei. Inicialmente, falamos de prudência, preparação e ação. Ester se preparou espiritual, emocional e fisicamente. Ela colocou as suas vestes reais, foi ao pátio interior da casa real e aguardou ser chamada. Na sequência, vimos que o rei estendeu-lhe o cetro e permitiu que ela fizesse a sua petição. Por último, vimos que Ester agiu em plena sintonia com Deus. Se ela fosse precipitada, já teria denunciado Hamã imediatamente e poderia ter colocado tudo a perder.


Lição 11: A humilhação de Hamã e a honra de Mardoqueu


Nesta lição, falamos sobre dois episódios muito importantes relatados no Livro de Ester: a humilhação de Hamã e a honra de Mardoqueu. Estes dois fatos não aconteceram por coincidência, mas por providência divina. 

Falamos da lembrança do rei em relação ao ato de lealdade de Mardoqueu. Aquela noite foi uma noite decisiva, pois, dois destinos se preparavam para Mardoqueu: a honra ou a forca.  Estes fatos aconteceram cinco anos depois do ato heróico de Mardoqueu. Deus tirou o sono do rei e providenciou esta honra para Mardoqueu. 

Em seguida, vimos que Hamã foi chamado para exaltar Mardoqueu. Foi um ato de justiça, pois Mardoqueu não havia recebido nenhuma honra por ter salvado a vida do rei.  Em sua presunção e autoconfiança, Hamã imaginava que o rei não poderia se agradar de alguém mais do que dele. Falamos também do devido lugar da honra. Se o honrado for outra pessoa, devemos nos alegrar por isso. Se formos nós, devemos sempre manter a humildade. 

Finalmente, falamos da síndrome do imperador. A soberba de Hamã evidencia que ele tinha a chamada “síndrome do imperador”, que é comum em muitas crianças e adolescentes dos nossos dias. Falamos também do mau prenúncio que veio a Hamã. Ele foi para casa arrasado e ouviu da esposa e dos amigos que aquilo era o prenúncio da sua iminente derrota humilhante. 


Lição 12: O banquete de Ester: denúncia e livramento


Nesta lição, vimos  o desfecho final do plano elaborado por Ester para salvar o seu povo. Ester denunciou o plano maligno de Hamã contra o povo judeu, que era o seu povo e até aquele momento ninguém sabia. 

Inicialmente, falamos do segundo banquete de Ester e da denúncia que ela fez ao rei. Falamos da instabilidade de Hamã, após a exaltação de Mardoqueu. Falamos também sobre o chamado “banquete do vinho”. O falou dos terríveis males que o vinho causa na vida das pessoas que fazem uso dele. Por último, falamos da pergunta do rei a Ester, pela segunda vez, sobre qual seria a sua petição. 

Em seguida, falamos da fúria do rei contra a injustiça. Após a denúncia de Ester, o rei quis saber quem teria feito tal coisa, pois até aquele momento, ninguém sabia que Ester era uma judia. Ester, então, revelou ao rei que era Hamã o protagonista deste plano. O rei ficou furioso e levantou-se imediatamente do banquete. Hamã lançou-se aos pés de Ester para pedir misericórdia e o rei interpretou que ele estaria tentando forçar a rainha. 

Por fim, falamos do grande livramento concedido ao povo judeu. A história da forca de Hamã chegou ao palácio em um momento crítico para Hamã. Ao saber disso, o rei ordenou que Hamã fosse enforcado nela. Isto mostra que Hamã não era querido no palácio, era reverenciado apenas por imposição.


Lição 13: Ester, a portadora das Boas-Novas


Nesta última lição vimos que o drama do povo judeu chegou ao fim e a rainha Ester agiu como propagadora de boas novas ao seu povo.  Mardoqueu, que havia pouco tempo estava condenado à morte, agora foi honrado por todo o Império Persa. 

Falamos do pedido de defesa aos judeus, que foi atendido pelo rei Assuero. Humildemente, Ester suplicou ao rei que revogasse o decreto feito por influência de Hamã. O rei não poderia simplesmente revogar um decreto assinado por ele mesmo, para não causar insegurança jurídica. Assuero, então, emitiu outro decreto que permitia ao povo judeu o direito de se defender perante os seus inimigos.  

Falamos das boas notícias que a rainha Ester escreveu ao seu povo. Mardoqueu escreveu cartas aos judeus em todas as províncias relatando os fatos e instituindo a festa de Purim, para comemorar o livramento. Ester também escreveu uma carta dirigida ao seu povo, confirmando a instituição dessa festa. Agora, o rei sabia que Mardoqueu era o pai adotivo de Ester e deu-lhe o anel e o posto de Hamã no reino.

Por fim, vimos que a mulher é chamada por Deus para ser relevante neste mundo. Ester foi uma mulher que se notabilizou primeiro por sua obediência a Mardoqueu. Depois, pela sua humildade, prudência, equilíbrio e honra ao rei. Deus não apoia a famigerada guerra dos sexos, promovida pelo feminismo. Homem e mulher foram criados por Deus com as suas diferenças para serem parceiros e não competidores. Na história da Igreja, diversas mulheres exerceram papéis importantes na Obra de Deus sem, no entanto, desonrar a liderança concedida por Deus ao homem. 


Conclusão


Rute e Ester viveram em épocas e situações muito diferentes. Enquanto uma era pobre viúva, não israelita, que passou por muitas dificuldades e pobreza, a outra era uma belíssima moça judia, que apesar de ser órfã e viver em terra estranha, tornou-se rainha. Ambas experimentaram e foram protagonistas da provisão de Deus em tempos de crise e esboçaram as mesmas virtudes. A história destas duas servas de Deus tem muito a ensinar à nossa geração, que tem sido influenciada pelo movimento feminista, com a idéia de empoderamento feminino e disputas entre homens e mulheres. 


Deus abençoe e até o próximo trimestre, se for da vontade dele. 

26 setembro 2024

A RAINHA ESTER ESCREVE BOAS NOTÍCIAS PARA O SEU POVO

(Comentário do 2º tópico da Lição 13: Ester, a portadora de boas novas

Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico, falaremos das boas notícias que a rainha Ester escreveu ao seu povo. Primeiro, Mardoqueu escreveu cartas aos judeus em todas as províncias relatando os fatos ocorridos no palácio e instituindo a festa de Purim. Depois, a própria Ester escreveu uma carta dirigida ao seu povo, confirmando a instituição dessa festa. Agora, o rei sabia que Mardoqueu era o pai adotivo de Ester e deu-lhe o anel e o posto de Hamã no reino. 


1- A comemoração dos judeus. O decreto de Hamã foi comunicado a todos os judeus de todas as províncias do Império. Depois da execução de Hamã e do novo decreto redigido por Mardoqueu, selado com o anel do rei, permitindo aos judeus que se defendessem dos ataques dos seus inimigos, Mardoqueu registrou todos estes acontecimentos. Ele instituiu também uma festa para ser celebrada anualmente pelos judeus, denominada “Festa de Purim”. O nome Purim é o plural de Pur, palavra de origem persa que significa sorte. Este nome se deu porque Hamã havia lançado a sorte (pur) para matar todos os judeus, no dia 13 do mês de Adar. 


Agora Mardoqueu enviou cartas a todos os judeus do Império, ordenando-lhes que guardassem os dias 14 e 15 do mês de Adar em todos os anos. Nestes dias, os judeus deveriam fazer uma festa em comemoração ao livramento que Deus lhes concedera e a vitória sobre aqueles que queriam exterminá-los em um só dia. Deus havia transformado a tristeza deles em alegria e o luto em dia de festa. Nesta festa, os judeus deveriam fazer banquetes para celebrar a vitória, além de dar presentes uns aos outros e dádivas aos pobres (Et 9.21,22). 


Esta festa de Purim é a primeira festa judaica que foi estabelecida fora da Lei de Moisés. Continuou sendo celebrada ao longo dos séculos nas comunidades judaicas e permanece até os dias atuais. A festa de Purim é um incentivo para nós cristãos, para também celebrarmos as vitórias que Deus nos concede, com ações de graças, principalmente tendo a participação de pessoas pobres. Que as nossas festas jamais sejam discriminatórias e voltadas apenas para as pessoas de posses. 


2- A carta e o decreto de Ester. Após Mardoqueu escrever a sua carta e enviá-la aos judeus de todas as províncias, a rainha Ester resolveu escrever também uma carta em seu nome a todos os judeus, confirmando tudo o que Mardoqueu dissera. Todos os judeus agora sabiam que a rainha Ester era uma judia, pois a sua origem judaica havia sido ocultada a pedido de Mardoqueu, no concurso para escolher a nova rainha. Pela primeira vez, Ester se dirige ao seu povo como rainha. 


Em sua carta, selada com o anel do rei, Ester demonstrou toda a sua amabilidade para com o seu povo, com palavras de paz e verdade, convocando-os a celebrarem a festa de Purim. Deve ter sido maravilhoso para aquele povo, outrora condenado à morte, vivendo em profunda tristeza e desespero, aguardando apenas o dia do extermínio, sem ter a quem recorrer, receber uma carta da rainha, com a boa notícias de que agora estavam livres e podiam celebrar. Deus mudou a sorte deles e os seus inimigos é que foram mortos. Ester, como portadora das boas novas ao povo judeu, retrata perfeitamemente a proclamação das boas novas de Salvação aos pecadores. 


A pregação do Evangelho consiste em duas notícias: uma má e outra boa. A má notícia é que o ser humano, sem exceção, é um miserável pecador, inimigo de Deus e que não pode fazer nada por si mesmo para mudar esta triste realidade (Rm 3.23). A boa notícia é que Jesus veio a este mundo trazer a Salvação. Ele é o Cordeiro de Deus, o Único que pode salvar o ser humano da condenação eterna (Jo 1.29; Jo 3.16; At 4.12). Jesus iniciou a proclamação desta boa notícia (Evangelho) e ordenou que os seus discípulos também proclamassem esta mensagem a toda criatura (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16).


3- A exaltação de Mardoqueu. Mardoqueu sempre foi um funcionário exemplar do palácio. Ele cumpria as suas atribuições e era leal ao rei, pois denunciou o plano assassino de Bigtã e Teres, dois guardas do palácio que planejavam assassinar o rei. Mesmo não recebendo nenhuma recompensa, nem mesmo um elogio, por essa lealdade, ele continuou fazendo o seu trabalho. Além de não ter sido recompensado, ainda viu o seu pior inimigo ser promovido ao posto mais importante do governo. Este último fato culminou no decreto que autoriza a matança de todo o seu povo em um único dia. Isto o levou a uma profunda tristeza e lamentação, como vimos nas lições anteriores. 


O episódio da leitura das crônicas, que caiu exatamente no registro do ato heróico de Mardoqueu, e a forma como o rei se referiu a ele – o judeu Mardoqueu – leva-nos a concluir que ele era bem conhecido no palácio, inclusive pelo rei. Naquela ocasião, Mardoqueu foi honrado pelo rei, mas, até então, o rei não sabia que ele era o pai adotivo da rainha, nem tampouco que ela pertencia a este povo. Somente após a denúncia de Ester contra Hamã e o seu enforcamento, o rei tomou conhecimento do seu parentesco com a rainha. 


Agora, o rei concedeu a Mardoqueu a casa de Hamã e o seu anel, alçando-o ao mesmo cargo que Hamã tinha. Mardoqueu, ao contrário de Hamã, era um homem humilde e de boa índole, respeitado por todos. Este respeito foi conquistado e não exigido. Ele era um servidor público exemplar, que trabalhava pensando no bem estar do seu povo e não buscava as benesses do poder, como muitos governantes fazem atualmente. Que possamos seguir o seu exemplo e nos comportar dessa forma, caso venhamos assumir algum posto elevado, seja no governo, em alguma empresa, ou mesmo na liderança da Igreja. No Reino de Deus, o maior é aquele que serve. Alguém já disse sabiamente que “aquele que não serve para servir, não serve”.


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág. 42.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.843; 846. 

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